Geopolítica Brasileira

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Re: Geopolítica Brasileira

#1861 Mensagem por knigh7 » Qua Dez 02, 2020 6:21 pm

Vai dar de bandeja para o Macron denunciar o contrato do Submarino Nuclear e não ter de pagar multa alguma e vai acelerar medidas para perdermos a Amazônia.

Só temos 1 brigada completa na Amazônia, que é a 23ª (nem a 1ª de Selva é...)

A gente tem de saber quando é hora de lutar e quando não.




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Re: Geopolítica Brasileira

#1862 Mensagem por gabriel219 » Qua Dez 02, 2020 6:31 pm

Complementando um pouco:

Considerando que não vamos operar reatores do tipo "FNR" (Reatores de Neutrons Rápidos) que exigem U235 enriquecido até 20% ou mais, o único sentido de enriquecer tanto o Urânio assim seria para construir armas. Com 30% atuais já podemos realizar testes, mais que isso construímos bombas. A partir daí é um pulo para produzirmos Pu-239 e então...

A expectativa é que ano que vem fecharemos um acordo com a Rússia pelo VVER-1200 para Angra 3, um Reator PWR de Neutron Térmico comum, que precisa somente de 4,5% de enriquecimento para funcionamento pleno.




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Re: Geopolítica Brasileira

#1863 Mensagem por gabriel219 » Qua Dez 02, 2020 6:46 pm

knigh7 escreveu: Qua Dez 02, 2020 6:21 pm Vai dar de bandeja para o Macron denunciar o contrato do Submarino Nuclear e não ter de pagar multa alguma e vai acelerar medidas para perdermos a Amazônia.

Só temos 1 brigada completa na Amazônia, que é a 23ª (nem a 1ª de Selva é...)

A gente tem de saber quando é hora de lutar e quando não.
Já enriquecemos 30% e ninguém fala nada. Se conseguirmos acelerar isso e só depois retirar essa parte da constituição, com a capacidade já estabelecida.

Razões pelo que eu acho que absolutamente nada ocorrerá:

:arrow: Um acordo fechado com a Rússia, precisariam de votos unânimes no Conselho de Segurança da ONU. Já temos um a menos;

:arrow: China idem, perderia demais dando o Brasil para a Europa, menos dois;

:arrow: Aqui não é o Iraque e sanções Militares possuem limitações enormes. EUA iria arriscar tanto assim pela AL, que não é uma zona tão importante assim quanto o Oriente Médio? Lá eles tinham uma razão, que era freiar Sadam ao ponto de não se tornar mais poderoso que a Arábia Saudita, mas e o Brasil? Será que arriscariam um conflito longo na região pra isso? Até o Biden já moderou bastante o tom ultimamente, nem ouvi mais falar as bravatas da Eleição, como Amazônia. Perder o Brasil pra Rússia e China seria um desastre diplomático e parece que é algo que até o Biruleibe está disposto a fazer.

:arrow: UE fecha seu mercado ao Brasil, mas temos a Ásia e a África, boa sorte a eles. Brasil ainda é o melhor vendedor de commodities, nas melhores qualidades e preços. E a UE?

:arrow: Possuem coisas bem mais urgentes para tratar, como expansão da China e ascensão do Irã. Vão entregar o Oriente Médio ao Irã e a Turquia, só pela Amazônia? Além do resto do mundo pra China? Não somos uma ameaça Global e nem regional, como é o casos desses citados, plus Coréia do Sul e do que foi o Iraque.

:arrow: Até onde sei, já absorvemos todos os ensinamentos quanto ao casco do SSN e o que realmente faltava era o reator. Todos os ensinamentos já foram passados há um bom tempo e teríamos outros possíveis fornecedores por ai.

:arrow: UE vai arriscar uma empreitada Militar sozinha sem EUA? UE leia-se França e Alemanha, talvez Reino Unido. O restante, como Itália, Portugual e Espanha não estão bem ai, ainda há alguns que ficarão contra.

UE contra o Brasil, eles possuem muito mais a perder do que nós.

Sim, temos somente 1 Brigada completa e mais 4 esperando, 2 em planejamento. Isso pode ser perfeitamente completado em um ano, basta vontade. Seriam, aproximadamente, 40-50 mil homens, fora reservistas na região. O que eles possuem?

Vale muito a pena nós corrermos o risco de estarmos errados.




Editado pela última vez por gabriel219 em Qua Dez 02, 2020 7:36 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Geopolítica Brasileira

#1864 Mensagem por knigh7 » Qua Dez 02, 2020 7:07 pm

É só entrar no site da MB. Hoje mesmo teve notícias do comitê de cooperação Brasil-França no PROSUB:
https://www.marinha.mil.br/noticias/mar ... ranca-para

"Ao Comitê, incumbe, ainda, supervisionar a adequada execução das cooperações definidas no Acordo, manter-se atualizado sobre o progresso dos contratos subsequentes, pesquisar e implementar soluções apropriadas ao surgimento eventual de óbices na cooperação e alinhavar a prestação de contas de seus trabalhos a cada semestre."

O SSN vai começar a ser construído em 2023. Ainda vai aparecer muito problema e vamos precisar deles.

A partir do momento que nós demonstrarmos a intenção de enriquecer Urânio acima de 20% vêm sanção na certa. E sobre um país militarmente fraco, com a economia enfraquecida e sobre tudo DEMOCRÁTICO aonde a população não aceitaria viver como no Iraque, Venezuela e outros buracos por aí. Dos 5 presidentes eleitos no pós-regime militar, 2 sofreram impeachment...

Então vamos ficar com algum presidente bundão do NOVO/PSDB, com a comunidade internacional desconfiada, com sanção, sem submarino nuclear, mantendo uma merda de FFAA, com problemas econômicos. Muito boa a ideia de construir uma bomba nuclear.




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Re: Geopolítica Brasileira

#1865 Mensagem por gabriel219 » Qua Dez 02, 2020 7:35 pm

knigh7 escreveu: Qua Dez 02, 2020 7:07 pm É só entrar no site da MB. Hoje mesmo teve notícias do comitê de cooperação Brasil-França no PROSUB:
https://www.marinha.mil.br/noticias/mar ... ranca-para

"Ao Comitê, incumbe, ainda, supervisionar a adequada execução das cooperações definidas no Acordo, manter-se atualizado sobre o progresso dos contratos subsequentes, pesquisar e implementar soluções apropriadas ao surgimento eventual de óbices na cooperação e alinhavar a prestação de contas de seus trabalhos a cada semestre."

O SSN vai começar a ser construído em 2023. Ainda vai aparecer muito problema e vamos precisar deles.

A partir do momento que nós demonstrarmos a intenção de enriquecer Urânio acima de 20% vêm sanção na certa. E sobre um país militarmente fraco, com a economia enfraquecida e sobre tudo DEMOCRÁTICO aonde a população não aceitaria viver como no Iraque, Venezuela e outros buracos por aí. Dos 5 presidentes eleitos no pós-regime militar, 2 sofreram impeachment...

Então vamos ficar com algum presidente bundão do NOVO/PSDB, com a comunidade internacional desconfiada, com sanção, sem submarino nuclear, mantendo uma merda de FFAA, com problemas econômicos. Muito boa a ideia de construir uma bomba nuclear.
Knight véio, passamos a enriquecer mais do que 20% de Urânio ainda na década de 90. Sarney já havia anunciado plena capacidade de enriquecer 20% e estava indo pra 25%, o que ocorrera no mandato de FHC, salvo engano.

Hoje já operamos ultracentrífugas capazes de enriquecer, no mínimo, 30%! Hoje podemos perfeitamente estarmos enriquecendo algo bem acima disso, aquelas ultracentrífugas podem ser capazes de enriquecer mais do que 30%. Já operamos 8 delas, até onde sei.

Nós dominamos todo o ciclo e só precisamos de duas coisas para construir armas nucleares: retirar da Constituição a proibição e realizar testes nucleares, coisa que já podemos fazer hoje!

Quais sanções estamos tendo com isso, atualmente? Faz uma semana que foi anunciado o plano de expansão da produção de U235, inclusive do aumento de enriquecimento, quantas sanções tivemos nesse meio tempo? Alguma declaração?

Além do mais, com 20% de enriquecimento, já podemos realizar testes nucleares e produzir Pu-239 em reatores breeder, inclusive um deles já foi noa ofertado. Se o acordo com a Rússia for fechado no VVER-1200 para Angra 3, a possibilidade é que o reator escolhido para uma segunda Usina seja o BN-1200.

Não estamos falando aqui em um desenvolvimento de 10 anos ou mais para conseguir a primeira ogiva, estou falando que conseguimos em 2 anos ou até menos, posso te garantir isso.

Quanto ao Comitê do Prosub, isso é normal, esperava algo diferente? O que estávamos interessado era no Know-how do Casco, pois o reator sempre foi pensado ser Brasileiro e já temos ele, até onde é possível saber.




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Re: Geopolítica Brasileira

#1866 Mensagem por knigh7 » Qua Dez 02, 2020 8:12 pm

Vc pode consultar qq fonte oficial da MB e vai ver que ela enriquece urânio até 20%.

Bombas nucleares exigem enriquecimento acima de 95% e o Brasil é fiscalizado:

Quem fiscaliza a atividade de enriquecimento de urânio aqui no Brasil?
Além da Comissão Nuclear de Energia Nuclear - CNEN, órgão federal responsável pelo licenciamento e fiscalização de instalações nucleares e radioativas no Brasil, também fiscalizam as instalações de enriquecimento a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares – ABACC e a Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA, em cumprimento a acordos internacionais.



https://www.inb.gov.br/Contato/Pergunta ... rigem=1102


Eu sei que existe a tal proposição, mas com certeza não vai ser aprovada. Sabemos as consequências. Ainda bem. Mal começamos a andar e alguns já querem correr, ainda mais nesta década. Iria fuder com tudo.




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Re: Geopolítica Brasileira

#1867 Mensagem por Penguin » Qua Dez 02, 2020 9:05 pm

Teles ameaçam ir à Justiça se governo banir a Huawei
02/12/2020
https://cnf.org.br/teles-ameacam-ir-a-j ... -a-huawei/


As principais empresas de telecomunicações do Brasil se preparam para entrar na Justiça pedindo indenização do governo, caso o Palácio do Planalto decida impedir a chinesa Huawei de fornecer tecnologia para o 5G.

As empresas são contra qualquer tipo de restrição a fabricantes de equipamentos para redes de quinta geração de telefonia. Atualmente, em média, metade da infraestrutura das empresas que operam o 4G e o 3G no Brasil é composta por equipamentos da Huawei.

A chinesa é a principal fornecedora desse segmento no mundo. Parte significativa da tecnologia do 5G será montada em infraestruturas já disponíveis, de acordo com executivos das empresas. A avaliação das empresas de telefonia é que a tecnologia do futuro, ou seja, o 5G, depende do legado da infraestrutura das ferramentas atuais.

Com isso, caso o governo proíba a companhia chinesa de fornecer equipamentos ao Brasil, as empresas terão de desembolsar mais recursos e interromper contratos, além de ter menos fornecedores ao seu alcance para montar a estrutura da nova tecnologia. É com esse argumento que as empresas de telecomunicações querem ir à Justiça, cobrando indenização do governo caso a Huawei seja banida do Brasil.

Nas últimas semanas, o governo Jair Bolsonaro vem dando sinais de alinhamento com os Estados Unidos na política de banir a chinesa Huawei do 5G.

Mais que uma internet de altíssima velocidade para celulares, a quinta geração de redes móveis de telefonia representará um novo marco para a indústria, para a agricultura de precisão e na criação de tecnologias para cidades inteligentes, segurança pública e internet das coisas.

Os EUA pressionam para que países como o Brasil vetem a Huawei na construção das redes de infraestrutura, com o argumento da segurança de informações. A empresa é uma das maiores fornecedoras mundiais de tecnologia para 5G e tem como principais concorrentes a sueca Ericsson e a finlandesa Nokia. O governo do Brasil ainda não tomou decisão sobre o assunto.

O leilão das frequências com as quais o 5G vai operar está previsto para o ano que vem. Para executivos das teles — que vão disputar o leilão —, o banimento da Huawei também pode ter como consequência o adiamento do leilão para 2022.

A avaliação de fontes do setor é que pode haver uma judicialização do tema, além da necessidade de as empresas reverem suas previsões de investimentos. As teles também já sinalizaram o desejo pela adoção de uma rede aberta no 5G. Nesse modelo, o equipamento de um fornecedor consegue “conversar” com a infraestrutura do concorrente.

Mas as próprias empresas de telefonia avaliam que a adoção desse padrão é demorado. Para os grandes fabricantes de equipamentos, não é um bom negócio porque, dessa forma, elas não conseguem deixar as operadoras dependentes de suas infraestruturas.

Na semana passada, a Conexis Brasil Digital, que representa as empresas do setor, divulgou nota na qual cobra que as operadoras participem das discussões e pede que estas sejam feitas de forma ampla e a partir de critérios técnicos.




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Re: Geopolítica Brasileira

#1868 Mensagem por Penguin » Qua Dez 02, 2020 9:09 pm

COMUNICAÇÃO
Teles querem 5G com rede aberta para evitar troca de equipamentos da Huawei
Gigante chinesa já é fornecedora de 60% da infraestrutura das empresas de telefonia no Brasil
Por Folhapress
22/10/20 às 16H34 atualizado em 22/10/20 às 17H33
https://www.folhape.com.br/economia/tel ... da/159235/

Contrárias a qualquer tipo de restrição a fabricantes de equipamentos para redes 5G, as operadoras de telefonia defendem a massificação de um padrão tecnológico que permite a comunicação entre os aparelhos de seus diversos fornecedores.

Esse movimento impediria, por exemplo, que as teles fossem obrigadas a trocar todos os equipamentos, especialmente de 3G e 4G da Huawei hoje em funcionamento nas redes, caso a chinesa seja banida do 5G pelo presidente Jair Bolsonaro.

As operadoras estimam que suas redes operem com até 60%, em alguns casos, com equipamentos (servidores, roteadores, switchers) da Huawei.

Para elas, não há como partir para o leilão das frequências destinadas à quinta geração sem que o governo defina o padrão a valer no Brasil "de forma responsável", nas palavras de um alto executivo dessas operadoras.

Em entrevista à reportagem, o presidente da Huawei do Brasil, Sun Baocheng, afirmou que o 5G custará mais caro no país e seus benefícios plenos só seriam atingidos em até quatro anos caso sua empresa seja banida.

Isso porque seus equipamentos de tecnologias anteriores não conversam com os dispositivos de 5G da concorrência.

Para o usuário isso é irrelevante porque, independentemente de seu plano ser 3G ou 4G, ele conseguirá falar em qualquer lugar. Hoje, se ele está em uma área de cobertura de uma antena que opera em 4G e seu plano é 3G, os equipamentos fazem automaticamente a transição para que o usuário continue conectado.

Isso ocorre porque, no passado, órgãos internacionais, em parceria com os operadores, definiram que os equipamentos de todos os fabricantes deveriam conversar entre si, particularmente os aparelhos telefônicos.

Com o 5G, esse padrão ainda não foi definido. No Brasil, Vivo e Tim defendem que ele seja o "stand alone", uma evolução da tecnologia de quinta geração atualmente em instalação nos países que já comercializam planos de 5G.

Outra bandeira defendida pelas teles é a adoção do open RAN. Este modelo permite a utilização de vários fornecedores nas diversas etapas de cada camada da rede. Seria possível usar servidores da Cisco ou da Dell, rádios da Ericsson ou da Nokia e softwares diversos.

A japonesa NEC é uma das grandes defensoras desse modelo e já disponibilizou no Brasil linhas de crédito para as operadoras interessadas em adquirir essa solução.

"Este é um modelo que permite mais flexibilidade para as operadoras", disse à reportagem Ângelo Guerra, vice-presidente-executivo da NEC no Brasil. "Em vez de ficarem presas a um grupo restrito de fornecedores, elas podem optar por diversos fabricantes."

Para as empresas, é muito melhor ter uma gama variada de fornecedores, especialmente no 5G. Como a nova tecnologia prevê soluções sobre a rede móvel, como telemedicina e automação industrial, será fundamental adotar equipamentos que aceitem softwares específicos para cada área de negócio.

Um programa que potencializa a rede para o agronegócio, por exemplo, exploraria atributos da rede de uma forma diferente de soluções para serviços hospitalares.

Para os grandes fabricantes de equipamentos, como Huawei, Ericsson e Nokia, esse não é um bom negócio porque eles pretendem deixar as operadoras dependentes de seus equipamentos e de soluções sobre a rede 5G.

Essa situação seria similar àquela em que, no passado, levou o mundo da informática a adotar o Linux, sistema operacional de códigos abertos, colocando à prova o mercado da Microsoft com seus sistemas fechados.

As operadoras dizem que não há como banir a Huawei do 5G sem que essa rede tenha um padrão aberto (stand alone). Caso contrário, terão de trocar os atuais equipamentos de 4G e 3G da Huawei pelos de outros fabricantes. Esperam que esse novo padrão só surja no final de 2021.

Neste caso, elas consideram que teriam de discutir uma forma de indenização pelos investimentos já realizados, algo que muda a precificação dos lances no leilão do 5G, previsto para junho de 2021.

Aceitam restrições à Huawei no 5G, mas não admitem a possibilidade de que as redes atuais, basicamente equipadas com dispositivos chineses, não possam conversar com as de quinta geração construídas pelos concorrentes. Isso acarretaria em aumento de custos para os consumidores.

O movimento de restrições à China ocorre porque o governo brasileiro se aliou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que trava uma guerra comercial e geopolítica com os chineses.

Nesta semana, representantes do governo americano estiveram no Brasil para discutir o 5G.

A delegação liderada pelo conselheiro de segurança nacional dos EUA, Robert O'Brien, trouxe na bagagem um fundo de US$ 60 bilhões para o financiamento de operadoras interessadas em adquirir produtos da Ericsson e da Nokia.

A pressão levou a embaixada da China no Brasil a se manifestar publicamente.

Em uma declaração dura, inédita até o momento, o Ministério das Relações Exteriores da China chegou a afirmar, nesta terça-feira (20), que políticos americanos estão se intrometendo na cooperação econômica e comercial normal entre Brasil e China.




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Re: Geopolítica Brasileira

#1869 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 03, 2020 2:22 am

80% da população brasileira adulta chafurdando na merda do analfabetismo funcional, com outros 8-10% analfabetos literais, e tu pensando em nukes para o Brasil, Gabriel?
Temos coisas mais sérias para resolver antes de ficar brincando de gente grande.
Nenhum país ao sul do rio grande jamais terá nukes enquanto os USA forem o capitão do mato desta senzala chamada América do Sul. Escreve isso aí.

abs




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Re: Geopolítica Brasileira

#1870 Mensagem por gabriel219 » Qui Dez 03, 2020 4:08 am

knigh7 escreveu: Qua Dez 02, 2020 8:12 pm Vc pode consultar qq fonte oficial da MB e vai ver que ela enriquece urânio até 20%.

Bombas nucleares exigem enriquecimento acima de 95% e o Brasil é fiscalizado:

Quem fiscaliza a atividade de enriquecimento de urânio aqui no Brasil?
Além da Comissão Nuclear de Energia Nuclear - CNEN, órgão federal responsável pelo licenciamento e fiscalização de instalações nucleares e radioativas no Brasil, também fiscalizam as instalações de enriquecimento a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares – ABACC e a Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA, em cumprimento a acordos internacionais.



https://www.inb.gov.br/Contato/Pergunta ... rigem=1102


Eu sei que existe a tal proposição, mas com certeza não vai ser aprovada. Sabemos as consequências. Ainda bem. Mal começamos a andar e alguns já querem correr, ainda mais nesta década. Iria fuder com tudo.
Existem vários tipos de armas nucleares, entre elas é comum utilizar um misto de U-238 com Pu-239, principalmente do tipo implosão, sendo este facilmente produzido em QUALQUER reator térmico operando com U-235 enriquecido em até 4,5%. Basta você pegar U-238, aplicar um neutron no mesmo até ficar instável o suficiente passando de U-239 para Np-239, passando sua meia-vida e se transformando em Pu-239. Esse processo já dominamos plenamente desde a década de 80, mais precisamente desde 1986!

Desde 1986 nós sofremos duras sanções, igual o Irã, não é?

Há um erro ai, não falei que hoje enriquecemos Urânio até 30% e sim que temos essa capacidade devido as novas Ultracentrífugas. Se a INB opta por 20%, ok, mas isso não é uma limitação técnica, muito pelo contrário.

Para produzir uma ogiva nuclear de U-235, precisammos sim de possuir capacidade de enriquecer até 94,5%, porém para testes, 20% já é o suficiente. Com 16 kg de U-235 até 20% já é possível realizar testes e faríamos isso se Collor não tivesse enterrado um campo de testes.

O primeiro passo para construção de uma ogiva são seus testes e posterior o enriquecimento, não o contrário.




Editado pela última vez por gabriel219 em Qui Dez 03, 2020 4:20 am, em um total de 3 vezes.
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Re: Geopolítica Brasileira

#1871 Mensagem por gabriel219 » Qui Dez 03, 2020 4:10 am

FCarvalho escreveu: Qui Dez 03, 2020 2:22 am 80% da população brasileira adulta chafurdando na merda do analfabetismo funcional, com outros 8-10% analfabetos literais, e tu pensando em nukes para o Brasil, Gabriel?
Temos coisas mais sérias para resolver antes de ficar brincando de gente grande.
Nenhum país ao sul do rio grande jamais terá nukes enquanto os USA forem o capitão do mato desta senzala chamada América do Sul. Escreve isso aí.

abs
O que uma coisa tem a ver com outra, aqui é tema de Defesa e você falando de Educação?

Então desinstitui as FFAA's e investe os 110 Bi em Educação, pois se tivermos algum tento estrangeiro, mem 108 Gripens, nem SSN vai adiantar, muito menos em mesas de negociação diplomáticas. Será que a história não nos mostrou isso? Ucrânia, Iraque?

Talvez você com sua sabedoria na área de Diplomacia consiga afasta-los, já que enche o peito ao mostrar que sabe tanto.

Pergunte-se quem foi que ajudou a CNPq, na década de 70-80 e o Programa Nuclear do Regime Militar, inclusive na década de 80, quando aprendemos até o ciclo de fabricação de Pu-239?

Sabe onde que aprendi esse ciclo na faculdade? Em livros de Engenheiros Brasileiros datados da década de 80, outros vindos de Aramar.




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Re: Geopolítica Brasileira

#1872 Mensagem por Penguin » Qui Dez 03, 2020 6:53 am

gabriel219 escreveu: Qui Dez 03, 2020 4:10 am
FCarvalho escreveu: Qui Dez 03, 2020 2:22 am 80% da população brasileira adulta chafurdando na merda do analfabetismo funcional, com outros 8-10% analfabetos literais, e tu pensando em nukes para o Brasil, Gabriel?
Temos coisas mais sérias para resolver antes de ficar brincando de gente grande.
Nenhum país ao sul do rio grande jamais terá nukes enquanto os USA forem o capitão do mato desta senzala chamada América do Sul. Escreve isso aí.

abs
O que uma coisa tem a ver com outra, aqui é tema de Defesa e você falando de Educação?

Então desinstitui as FFAA's e investe os 110 Bi em Educação, pois se tivermos algum tento estrangeiro, mem 108 Gripens, nem SSN vai adiantar, muito menos em mesas de negociação diplomáticas. Será que a história não nos mostrou isso? Ucrânia, Iraque?

Talvez você com sua sabedoria na área de Diplomacia consiga afasta-los, já que enche o peito ao mostrar que sabe tanto.

Pergunte-se quem foi que ajudou a CNPq, na década de 70-80 e o Programa Nuclear do Regime Militar, inclusive na década de 80, quando aprendemos até o ciclo de fabricação de Pu-239?

Sabe onde que aprendi esse ciclo na faculdade? Em livros de Engenheiros Brasileiros datados da década de 80, outros vindos de Aramar.
Muitos países abdicaram do uso militar da energia nuclear, mas têm certa desenvoltura na área civil: Japão, Coreia do Sul, Alemanha etc etc
Até a Argentina tem uma capacidade nuclear civil bastante avançada (ver INVAP: https://www.invap.com.ar/). Será a responsável pelo Reator Multiprocessor Brasileiro: http://www.aben.com.br/noticias/reator- ... -inac-2019

Não me parece boa coisa começar uma corrida nuclear no Atlântico Sul, quando se tem vizinhos como Argentina e Africa do Sul com expertise nuclear similar ou, muito provavelmente, superior à nossa.


Argentina forneceu um reator para a Australia:
OPAL Research Reactor, Lucas Heights, Australia
https://www.invap.com.ar/old/en/2014-05 ... ralia.html

E têm exportado equipamentos e tecnologia nuclear civil por ai, inclusive para o Brasil...
Argentina : one of the top exporters of nuclear technology
Argentina : one of the top exporters of nuclear technology
by Arnaud Lefevre , March 7, 2018

Argentina sold recently a nuclear reactor to the Netherlands. The scope of this long-term policy has the stamp of INVAP, a state company of Rio Negro that has two directors of the national state and an extensive international prestige. In addition to the contract with the Pallas Foundation of Holland for the design and construction of a radioisotope research and production reactor for medicinal uses in the city of Petten, Netherlands.

INVAP won in the tender the proposals that had been submitted by South Korea and France. It is a contract signed by INVAP with Dutch Pallas.

Argentina will obtain about 400 million dollars for technology of the reactor of 35 MW. Currently, some 10,000 European hospitals use these radioisotopes produced by the reactor and every year more than 40 million diagnostic procedures and treatments are performed, in most of them, oncological cases. The INVAP offer was chosen in June 2009, but at that time the authorities decided to discontinue the project due to the global economic crisis, until in 2015 the Pallas Foundation called for a new tender and Argentina won it. INVAP had to compete with five companies worldwide.

A reactor to Brazil. The other project that INVAP signed with Brazil two months ago was the sale of engineering for the development of a high-tech research RMB reactor. The cost of this agreement was 35 million. There is also a research agreement for two reactors, intended for the production of radioisotopes, the carrying out of irradiation tests on fuel and materials and research with neutron beams. They will have a capacity of 30 MW and will be developed taking as reference the OPAL reactor designed and built by INVAP for the Australian Organization of Nuclear Science and Technology (ANSTO) and inaugurated in April 2007.

Assistance to Bolivia. Argentina developed another nuclear project for Bolivia that is in process and consists of three nuclear research assistance centers. The intention of INVAP in this case is to develop a Center for Nuclear Medicine and Radiotherapy of the latest technology , which will have three components: a cyclotron (generator of radioisotopes, tumor marker), a Pet Scan (scanning system) and a Linear Accelerator (for a focused treatment). In addition, a Radiopharmaceutical Production Center will be implemented in the Nuclear Citadel in Tarija.

The purchase of Saudi Arabia. In March of next year the project of the sale of a small LPRL reactor to Saudi Arabia for an estimated value of 20 million dollars will be finalized . It is a small 1 MG thermal reactor, but this initiative agreed with the Saudis opens an advantage of opportunities for Argentina since Saudi Arabia and the rest of the countries in the region are investing millions of dollars in renewable energy to the long term taking into account that in 50 years the oil will leave a central source of financing.

Although currently 70% of INVAP contracts are related to the national State, the long-term intention is to give a more export profile to Argentina’s nuclear projects. There are other countries like the United States, Russia and China interested in the nuclear technology of Argentina. A nuclear activity with great potential and focus on research is currently being developed in the country. But there are clear intentions of the Macri government to support the INVAP projects in everything that has to do with the development of a business model with foreign partners. “There will be funds and resources for INVAP,” said an official at the Casa Rosada. Hence the relevance of Macri’s announcement with Holland and the other projects on an international scale.

Meanwhile, the specialist in nuclear energy issues and director of the NPS Global Foundation, Irma Argüello, remarked that “export projects such as the Netherlands serve to position INVAP as a leading provider of nuclear technology in the international market. and this speaks of the international recognition of Argentine nuclear technology, unparalleled in our region. For this, it is not enough to develop nuclear technology with excellence, but our country must be perceived as a nation that promotes nonproliferation “.

Note:

INVAP is a company dedicated to the design and construction of complex technological systems, with a history of forty years in the national market and thirty on the international scene. Its mission is the development of advanced technology in different fields of industry, science and applied research, creating “technological packages” of high added value both to meet national needs and to enter foreign markets through export.

Its main activities are focused on Nuclear areas; Space; Government and Defense; Industrial Technology and Alternative Energies;. It has designed and manufactured several research and production reactors of radioisotopes in different parts of the world, low orbit satellites for ground observation, various industrial plants, radar systems and radiant therapy centers, among other developments.

At the local level, INVAP maintains a close relationship with the National Atomic Energy Commission (CNEA) and the National Commission for Space Activities (CONAE), entities with which it has carried out large-scale projects. At the international level, the company is related to numerous organizations, among which the North American space agency NASA, the International Atomic Energy Agency (IAEA), the Australian Organization of Nuclear Science and Technology (ANSTO) and the Atomic Energy Authority of Egypt (AEA).

85% of the INVAP staff consists of highly specialized professionals and technicians, organized in dynamic structures that facilitate the adaptation of the work groups to the different projects developed by the company.

INVAP is qualified under ISO 9001: 2008 (Quality Management) and ISO 14001: 2004 (Environmental Management) standards.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Geopolítica Brasileira

#1873 Mensagem por gabriel219 » Qui Dez 03, 2020 2:32 pm

Penguin escreveu: Qui Dez 03, 2020 6:53 am
gabriel219 escreveu: Qui Dez 03, 2020 4:10 am
O que uma coisa tem a ver com outra, aqui é tema de Defesa e você falando de Educação?

Então desinstitui as FFAA's e investe os 110 Bi em Educação, pois se tivermos algum tento estrangeiro, mem 108 Gripens, nem SSN vai adiantar, muito menos em mesas de negociação diplomáticas. Será que a história não nos mostrou isso? Ucrânia, Iraque?

Talvez você com sua sabedoria na área de Diplomacia consiga afasta-los, já que enche o peito ao mostrar que sabe tanto.

Pergunte-se quem foi que ajudou a CNPq, na década de 70-80 e o Programa Nuclear do Regime Militar, inclusive na década de 80, quando aprendemos até o ciclo de fabricação de Pu-239?

Sabe onde que aprendi esse ciclo na faculdade? Em livros de Engenheiros Brasileiros datados da década de 80, outros vindos de Aramar.
Muitos países abdicaram do uso militar da energia nuclear, mas têm certa desenvoltura na área civil: Japão, Coreia do Sul, Alemanha etc etc
Até a Argentina tem uma capacidade nuclear civil bastante avançada (ver INVAP: https://www.invap.com.ar/). Será a responsável pelo Reator Multiprocessor Brasileiro: http://www.aben.com.br/noticias/reator- ... -inac-2019

Não me parece boa coisa começar uma corrida nuclear no Atlântico Sul, quando se tem vizinhos como Argentina e Africa do Sul com expertise nuclear similar ou, muito provavelmente, superior à nossa.


Argentina forneceu um reator para a Australia:
OPAL Research Reactor, Lucas Heights, Australia
https://www.invap.com.ar/old/en/2014-05 ... ralia.html

E têm exportado equipamentos e tecnologia nuclear civil por ai, inclusive para o Brasil...
Argentina : one of the top exporters of nuclear technology
Argentina : one of the top exporters of nuclear technology
by Arnaud Lefevre , March 7, 2018

Argentina sold recently a nuclear reactor to the Netherlands. The scope of this long-term policy has the stamp of INVAP, a state company of Rio Negro that has two directors of the national state and an extensive international prestige. In addition to the contract with the Pallas Foundation of Holland for the design and construction of a radioisotope research and production reactor for medicinal uses in the city of Petten, Netherlands.

INVAP won in the tender the proposals that had been submitted by South Korea and France. It is a contract signed by INVAP with Dutch Pallas.

Argentina will obtain about 400 million dollars for technology of the reactor of 35 MW. Currently, some 10,000 European hospitals use these radioisotopes produced by the reactor and every year more than 40 million diagnostic procedures and treatments are performed, in most of them, oncological cases. The INVAP offer was chosen in June 2009, but at that time the authorities decided to discontinue the project due to the global economic crisis, until in 2015 the Pallas Foundation called for a new tender and Argentina won it. INVAP had to compete with five companies worldwide.

A reactor to Brazil. The other project that INVAP signed with Brazil two months ago was the sale of engineering for the development of a high-tech research RMB reactor. The cost of this agreement was 35 million. There is also a research agreement for two reactors, intended for the production of radioisotopes, the carrying out of irradiation tests on fuel and materials and research with neutron beams. They will have a capacity of 30 MW and will be developed taking as reference the OPAL reactor designed and built by INVAP for the Australian Organization of Nuclear Science and Technology (ANSTO) and inaugurated in April 2007.

Assistance to Bolivia. Argentina developed another nuclear project for Bolivia that is in process and consists of three nuclear research assistance centers. The intention of INVAP in this case is to develop a Center for Nuclear Medicine and Radiotherapy of the latest technology , which will have three components: a cyclotron (generator of radioisotopes, tumor marker), a Pet Scan (scanning system) and a Linear Accelerator (for a focused treatment). In addition, a Radiopharmaceutical Production Center will be implemented in the Nuclear Citadel in Tarija.

The purchase of Saudi Arabia. In March of next year the project of the sale of a small LPRL reactor to Saudi Arabia for an estimated value of 20 million dollars will be finalized . It is a small 1 MG thermal reactor, but this initiative agreed with the Saudis opens an advantage of opportunities for Argentina since Saudi Arabia and the rest of the countries in the region are investing millions of dollars in renewable energy to the long term taking into account that in 50 years the oil will leave a central source of financing.

Although currently 70% of INVAP contracts are related to the national State, the long-term intention is to give a more export profile to Argentina’s nuclear projects. There are other countries like the United States, Russia and China interested in the nuclear technology of Argentina. A nuclear activity with great potential and focus on research is currently being developed in the country. But there are clear intentions of the Macri government to support the INVAP projects in everything that has to do with the development of a business model with foreign partners. “There will be funds and resources for INVAP,” said an official at the Casa Rosada. Hence the relevance of Macri’s announcement with Holland and the other projects on an international scale.

Meanwhile, the specialist in nuclear energy issues and director of the NPS Global Foundation, Irma Argüello, remarked that “export projects such as the Netherlands serve to position INVAP as a leading provider of nuclear technology in the international market. and this speaks of the international recognition of Argentine nuclear technology, unparalleled in our region. For this, it is not enough to develop nuclear technology with excellence, but our country must be perceived as a nation that promotes nonproliferation “.

Note:

INVAP is a company dedicated to the design and construction of complex technological systems, with a history of forty years in the national market and thirty on the international scene. Its mission is the development of advanced technology in different fields of industry, science and applied research, creating “technological packages” of high added value both to meet national needs and to enter foreign markets through export.

Its main activities are focused on Nuclear areas; Space; Government and Defense; Industrial Technology and Alternative Energies;. It has designed and manufactured several research and production reactors of radioisotopes in different parts of the world, low orbit satellites for ground observation, various industrial plants, radar systems and radiant therapy centers, among other developments.

At the local level, INVAP maintains a close relationship with the National Atomic Energy Commission (CNEA) and the National Commission for Space Activities (CONAE), entities with which it has carried out large-scale projects. At the international level, the company is related to numerous organizations, among which the North American space agency NASA, the International Atomic Energy Agency (IAEA), the Australian Organization of Nuclear Science and Technology (ANSTO) and the Atomic Energy Authority of Egypt (AEA).

85% of the INVAP staff consists of highly specialized professionals and technicians, organized in dynamic structures that facilitate the adaptation of the work groups to the different projects developed by the company.

INVAP is qualified under ISO 9001: 2008 (Quality Management) and ISO 14001: 2004 (Environmental Management) standards.
Mas ai é que está, será que eles também dominam o processo da extração de Pu-239 como nós?

Argentinos certamente teriam problemas que nós não teríamos, ainda são dependentes de insumos estrangeiros, principalmente o Urânio. Tentaram, em 2025, aumentar a produção interna de Urânio para tentarem alcançar 2.5% da necessidade do país.




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Re: Geopolítica Brasileira

#1874 Mensagem por Túlio » Qui Dez 03, 2020 3:18 pm

gabriel219 escreveu: Qui Dez 03, 2020 2:32 pm
Penguin escreveu: Qui Dez 03, 2020 6:53 am

Muitos países abdicaram do uso militar da energia nuclear, mas têm certa desenvoltura na área civil: Japão, Coreia do Sul, Alemanha etc etc
Até a Argentina tem uma capacidade nuclear civil bastante avançada (ver INVAP:

Não me parece boa coisa começar uma corrida nuclear no Atlântico Sul, quando se tem vizinhos como Argentina e Africa do Sul com expertise nuclear similar ou, muito provavelmente, superior à nossa.


Argentina forneceu um reator para a Australia:




E têm exportado equipamentos e tecnologia nuclear civil por ai, inclusive para o Brasil...

Mas ai é que está, será que eles também dominam o processo da extração de Pu-239 como nós?

Argentinos certamente teriam problemas que nós não teríamos, ainda são dependentes de insumos estrangeiros, principalmente o Urânio. Tentaram, em 2025, aumentar a produção interna de Urânio para tentarem alcançar 2.5% da necessidade do país.
viewtopic.php?f=6&t=20004

Tigrada, por que será que parei este tópico que já estava pré-desenhado para oito posts, com começo, meio e fim?

E não, não veio nenhum MIB aqui em casa me mandar parar, fiz porque quis. É que já está tudo lá, nem preciso terminar. O resto está nas notícias, como que o Brasil abriu uma nova mina de Urânio, agora na BAHIA.

Se temos a tecnologia COMPLETA das ultracentrífugas, o que nos impede de montar alguma num cafundó qualquer entre mais de oito milhões e meio de km² e refinar até o ponto que quisermos? E sem dar na vista, os caras podem até ACHAR mas não têm como SABER; então, no que der treta FEIA basta um xabú nuclear (vide NK) e é última forma em tudo... :wink: 8-]




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Re: Geopolítica Brasileira

#1875 Mensagem por knigh7 » Qui Dez 03, 2020 3:21 pm

gabriel219 escreveu: Qui Dez 03, 2020 4:08 am
knigh7 escreveu: Qua Dez 02, 2020 8:12 pm Vc pode consultar qq fonte oficial da MB e vai ver que ela enriquece urânio até 20%.

Bombas nucleares exigem enriquecimento acima de 95% e o Brasil é fiscalizado:

Quem fiscaliza a atividade de enriquecimento de urânio aqui no Brasil?
Além da Comissão Nuclear de Energia Nuclear - CNEN, órgão federal responsável pelo licenciamento e fiscalização de instalações nucleares e radioativas no Brasil, também fiscalizam as instalações de enriquecimento a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares – ABACC e a Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA, em cumprimento a acordos internacionais.



https://www.inb.gov.br/Contato/Pergunta ... rigem=1102


Eu sei que existe a tal proposição, mas com certeza não vai ser aprovada. Sabemos as consequências. Ainda bem. Mal começamos a andar e alguns já querem correr, ainda mais nesta década. Iria fuder com tudo.
Existem vários tipos de armas nucleares, entre elas é comum utilizar um misto de U-238 com Pu-239, principalmente do tipo implosão, sendo este facilmente produzido em QUALQUER reator térmico operando com U-235 enriquecido em até 4,5%. Basta você pegar U-238, aplicar um neutron no mesmo até ficar instável o suficiente passando de U-239 para Np-239, passando sua meia-vida e se transformando em Pu-239. Esse processo já dominamos plenamente desde a década de 80, mais precisamente desde 1986!

Desde 1986 nós sofremos duras sanções, igual o Irã, não é?

Há um erro ai, não falei que hoje enriquecemos Urânio até 30% e sim que temos essa capacidade devido as novas Ultracentrífugas. Se a INB opta por 20%, ok, mas isso não é uma limitação técnica, muito pelo contrário.

Para produzir uma ogiva nuclear de U-235, precisammos sim de possuir capacidade de enriquecer até 94,5%, porém para testes, 20% já é o suficiente. Com 16 kg de U-235 até 20% já é possível realizar testes e faríamos isso se Collor não tivesse enterrado um campo de testes.

O primeiro passo para construção de uma ogiva são seus testes e posterior o enriquecimento, não o contrário.
Vc está comparando a situação geopolítica global atual com 1986??

Olha, outra coisa: essa discussão sobre bomba nuclear é meramente "acadêmica" pois não vai passar no Congresso. A maioria não vai aprovar. É só os parlamentares escutarem os argumentos contrários e ver tamanha consequência que nos esperaria.




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