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Mensagem
por FCarvalho » Seg Mai 10, 2021 11:21 am
Algumas decisões são tomada tendo em vista a realidade fática que temos ao invés da eventual obtenção de capacidade real. É a forma que a MB e outras forças encontram de tentar manter seus projetos vivos apesar de todas as restrições.
A mudança da legislação ainda encontra resistência dentro de certos setores da FAB o que pode ser visto em relação ao caso dos Sherpa da Avex.
Por enquanto, nestes tempos de vacas magérrimas nenhuma das forças irá se mexer para mudar nada na lei, que aliás, não liberou totalmente o uso de aeronaves de asa fixa para EB e MB por força de pressões da força aérea, que não queria perder totalmente a exclusividade do voo militar no país. Coisa de fisiologismo institucional castrense.
Mais cedo ou mais tarde a Avex e Aviação Naval irão dispor de seus próprios meios aéreos de asa fixa em todas as vertentes, o quê, ao menos para mim, irá permitir à FAB centrar esforços em setores de P&D e operacionais muito mais importantes que ficar dispendendo tempo e esforço barrando todo mundo de voar com seus próprios aviões.
Aliás, a patrulha naval não foi para a MB por que simplesmente os recursos para operar todo o sistema - aviões, pessoal, bases, logística, etc - não iria junto, obviamente. E sem grana para manter o que existe atualmente na forma do VF-1, e do projeto do KC-1 Trader, pouco provável que alguém em sã consciência queira arrumar mais este problema na marinha.
Talvez quando as coisas melhorarem no campo econômico, FAB e MB entrem em acordo para sanar esta questão. Afinal a aviação de patrulha naval é uma das mais caras de se ter, e manter, hoje no campo da aviação militar. Algo que o almirantado sabe muito bem.
Temos outras coisas mais importantes para resolver no momento. E até que se resolvam, os P-3 vão aguentando o tranco junto aos Bandeirulha.
Carpe Diem