A Esquadra brasileira em 2028

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Lord Nauta
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Re: A Esquadra brasileira em 2028

#61 Mensagem por Lord Nauta » Sáb Set 07, 2019 11:32 pm

Lord Nauta escreveu: Dom Jul 01, 2018 10:41 pm Prezados colegas, saudações.

Peço licença em abrir este tópico para que possamos ter uma visão prospectiva do que deverá ser a Esquadra brasileira em 2028 em relação aos meios navais. Neste ano a nossa Esquadra no mês de novembro completará 206 anos de existência. Entretanto em face da maritimidade do Brasil, uma das maiores do mundo, o Poder Naval nacional ainda será incompatível com as necessidades de defesa deste patrimônio incomensurável.
Acredito que poderemos realizar alguns exercícios interessantes a partir desta visão prospectiva, que tem como base os programas em andamento e/ou em implantação e noticias/informações ostensivas.

1. Submarinos:

1.1. Classes Tupi/TiKuna: (1)
Tupi (39 anos); Tamoio (33 anos); Timbira (34 anos); Tapajó (29 anos) e Tikuna (23 anos).

1.2. Classe Riachuelo:
Riachuelo, Humaita, Tonelero e Angostura: (novos)

2. Porta helicópteros: (2)

Atlântico (30 anos)

3. Navios de escolta: (3)

3.1. Corvetas classes Inhaúma/Barroso:
Jaceguai (37 anos); Julio de Noronha (36 anos) e Barroso (20 anos)

3.2. Classe Tamandaré:
Tamandaré. Jerônimo de Albuquerque, Cunha Moreira e Mariz e Barros (novos)

4. Navios anfíbios:

4.1. NDM Bahia (30 anos) (4); e
4.2. NDCC Garcia D’ Avila (41 anos)

5. Navios de Apoio:

5.1. Navio de salvamento submarino (novo) (5);
5.2. Navio escola Brasil (42 anos) (6);
5.3. Navio tanque Gastão Motta (36 anos);
5.4. Navios tanques ex-Royal Navy: Wave Knight e Wave Ruler ( 25anos) (7)
5.5. Navio veleiro Cisne Branco (28 anos).

Notas:

(1) Em função da idade dos primeiros SSK’s da classe Tupi por volta de 2023 seria factível a autorização para construção de um segundo lote de submarinos. Este lote teria a construção iniciada simultaneamente com as obras do SNA Alvaro Alberto, que deverá estar em curso.

(2) A MB com a incorporação de um PHM já deveria iniciar os estudos de substituição do mesmo. Em 2033 este navio alcançara 35 anos de idade. O ideal e que o mesmo seja substituído antes de completar esta idade. Acredito que os projetos das classes Juan Carlos e Conte di Cavour poderiam proporcionar a base do projeto der um novo LPH.

(3) Em relação aos navios escolta não foram consideradas no quantitativo para o ano de 2028 as FCN. A análise de integridade estrutural do casco deve mostrar ser inviável a relação custo-benefício de estender a vida útil destas fragatas. As compras de oportunidade de navios escolta também foram descartadas por representarem um risco a obtenção de um segundo lote de navios da classe Tamandaré.

(4) A obtenção do NDM Bahia possibilitou a MB uma mudança de patamar de seu conjugado anfíbio. Entretanto já deveria ser iniciado os estudos de substituição do mesmo e dos NDCC e NDD desativados. Em 2033 o Bahia alcançara 35 anos de idade. Acredito que a idéia original prevista no ex-PAEMB de construção de navios anfíbios da LPD da classe seria uma alternativa a ser considerada.

(5) Em função de sua idade hoje, cerca de 38 anos, o NSS Felinto Perry deverá ser substituído por um navio novo ou por compra de oportunidade capaz de operar ROV e atender as demandas de salvamento de SNA’s.

(6) Este navio que tem se mostrado adequado a sua missão poderia ser submetido a um programa de extensão de vida útil e modernização, visando sua substituição nos anos da década de 2030.

(7) A obtenção destes navios tem como base a ampla possibilidade de uma negociação bem sucedida entre a MB e a RN para a vinda dos dois navios supracitados, que possibilitariam a Esquadra a ampliar sua presença no TOM de nosso interesse imediato, além de proporcionar uma moldura de tempo adequada para permitir em futuro previsível a construção de navios novos de apoio logístico.

Sds

Lord Nauta

Considerando as noticias mais recentes do inventário acima podem ser excluídos os seguintes meios: NDCC Garcia D' Avila, corveta Jaceguai, dois NT classe Wave e talvez o SSK Tupi e acrescentadas três FCN repotencializadas/moderrnizadas.

Sds

Lord Nauta




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Re: A Esquadra brasileira em 2028

#62 Mensagem por Túlio » Sáb Set 07, 2019 11:53 pm

Sei lá, a meu ver a Marinha está começando a aprender a pensar com a cabeça, assim, no que entrar em definitivo (após as provas) um Scorpène, sai um IKL porque, afinal, DUAS linhas logísticas completamente diferentes para SSK é meio que IDIOTA, não? No caso do Tikuna, ou será substituído pelo SNA ou - idealmente - por um novo lote de pelo menos mais dois da nova Classe de SSK. E tem gente interessada, desde a Argentina (cada vez mais difícil, ainda mais porque querem de presente) até o Peru e sei lá mais quem, IKL se vende sozinho...




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Re: A Esquadra brasileira em 2028

#63 Mensagem por FCarvalho » Dom Set 08, 2019 9:55 pm

Eu tendo a crer que a realidade finalmente baixou no comando da MB e agora o pessoal vai correr atrás do prejuízo. Não temos perspectivas de curto prazo para investimentos em novos meios a não ser, talvez, um segundo lote para as Tamandaré e os subs nacionais, além do subnuc que deve entrar em serviço, espera-se, em 2028/2029.

Tenhamos em mente que se parte do FMM for disposto aos projetos da MB como hora se propõe, isso dará um respiro para a aquisição de meios de patrulha naval e auxiliares, também muito importantes para o desempenho das multiplas missões denotadas a marinha.

Uma vez vencida esta questão, penso que o almirantado deveria aproveitar o momento político e tentar engatar novamente o repasse de uma percentagem de toda a produção de petróleo da nossa ZEE diretamente para o financiamento dos projetos relativos á esquadra. Não adianta ficar choramingando com o pires na mão no congresso e no Planalto porque desses lugares não sai nada de bom em relação a isto.

A criação destes dois fundos são as únicas possibilidades concretas que vejo de a MB conseguir financiar seus projetos sem depender única e exclusivamente do orçamento e de financiamentos externos.

Tem que ver agora se o pessoal tem culhão para reivindicar tais recursos permanentes como fontes de financiamento. Ano que vem tem eleição novamente, e os políticos estarão mais suscetíveis. Seria o caso de engendrar meios e apoio em função deste objetivo proposto.

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: A Esquadra brasileira em 2028

#64 Mensagem por Lord Nauta » Dom Set 08, 2019 11:58 pm

FCarvalho escreveu: Dom Set 08, 2019 9:55 pm Eu tendo a crer que a realidade finalmente baixou no comando da MB e agora o pessoal vai correr atrás do prejuízo. Não temos perspectivas de curto prazo para investimentos em novos meios a não ser, talvez, um segundo lote para as Tamandaré e os subs nacionais, além do subnuc que deve entrar em serviço, espera-se, em 2028/2029.

Tenhamos em mente que se parte do FMM for disposto aos projetos da MB como hora se propõe, isso dará um respiro para a aquisição de meios de patrulha naval e auxiliares, também muito importantes para o desempenho das multiplas missões denotadas a marinha.

Uma vez vencida esta questão, penso que o almirantado deveria aproveitar o momento político e tentar engatar novamente o repasse de uma percentagem de toda a produção de petróleo da nossa ZEE diretamente para o financiamento dos projetos relativos á esquadra. Não adianta ficar choramingando com o pires na mão no congresso e no Planalto porque desses lugares não sai nada de bom em relação a isto.

A criação destes dois fundos são as únicas possibilidades concretas que vejo de a MB conseguir financiar seus projetos sem depender única e exclusivamente do orçamento e de financiamentos externos.

Tem que ver agora se o pessoal tem culhão para reivindicar tais recursos permanentes como fontes de financiamento. Ano que vem tem eleição novamente, e os políticos estarão mais suscetíveis. Seria o caso de engendrar meios e apoio em função deste objetivo proposto.

abs

Concordo plenamente de que a MB, assim com as outras FFAA's, tem que ter recursos perenes para financiar seus projetos de modernização, além de uma reestruturação e reformulação em seus processos de gestão.

Sds

Lord Nauta




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Re: A Esquadra brasileira em 2028

#65 Mensagem por Lord Nauta » Seg Set 09, 2019 12:09 am

Túlio escreveu: Sáb Set 07, 2019 11:53 pm
Sei lá, a meu ver a Marinha está começando a aprender a pensar com a cabeça, assim, no que entrar em definitivo (após as provas) um Scorpène, sai um IKL porque, afinal, DUAS linhas logísticas completamente diferentes para SSK é meio que IDIOTA, não? No caso do Tikuna, ou será substituído pelo SNA ou - idealmente - por um novo lote de pelo menos mais dois da nova Classe de SSK. E tem gente interessada, desde a Argentina (cada vez mais difícil, ainda mais porque querem de presente) até o Peru e sei lá mais quem, IKL se vende sozinho...

Acredito também que o caminho seja este mesmo. Em relação aos meios de superfície uma meta realista até 2030 de 10 FF classe Tamandaré. Em relação aos submarinos um segundo lote de classe Riachuelo com AIP em substituição aos quatro classe Tupi. Este segundo lote poderia ser de 2/3 submarinos contratados por volta de 2021. Outros meios, como por exemplo, navios patrulha e auxiliares ( AOR, NDD, Hidrograficos) seriam construídos com recursos do FMM e royalties do petróleo.
Entretanto estes programas devem ser ''pé no chão''. Um exemplo de ''pé no chão'' seria a obtenção, por exemplo, até 2025 de um ou dois AOR's de 14.000 ton do que NaApLo's de 25.00 ton. Estes AOR's seriam suficientes para as FF classe Tamandaré e os Atlântico e o Bahia. Navios de maior capacidade seriam uma etapa posterior.

Sds

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Re: A Esquadra brasileira em 2028

#66 Mensagem por FCarvalho » Seg Set 09, 2019 12:19 am

Sou de opinião que devemos sair do quadrado e buscar soluções e parcerias fora do eixo USA-UE para implantar aqui os meios auxiliares de que precisamos.
Investir nos BRICS é apenas uma das opções.
Há uma miríade muito grande de países e empresas fora daquele eixo oferecendo um mundo de possibilidades. Mas para isso deve haver vontade e clareza de objetivos.
Ficar esperando que os mesmos países de sempre venham nos oferecer as respostas de que precisamos é insistir no erro.
O bolso do contribuinte com certeza agradece.

abs




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Re: A Esquadra brasileira em 2028

#67 Mensagem por FCarvalho » Ter Set 10, 2019 5:28 pm

Lord Nauta escreveu: Sáb Set 07, 2019 11:32 pm Considerando as noticias mais recentes do inventário acima podem ser excluídos os seguintes meios: NDCC Garcia D' Avila, corveta Jaceguai, dois NT classe Wave [e talvez o SSK Tupi e acrescentadas três FCN repotencializadas/moderrnizadas.
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Nauta, o que houve com a classe Wave, pois procurei notícias sobre os mesmos e nada encontrei de mais recente. A RN desistiu mesmo de negociar os navios?
Por outro lado, a MB vinha acompanhando in loco o desenvolvimento dos LSS da Fincantieri. Saberias dizer em que pé está esta a situação desses navios e se a marinha tem em algo em mente em relação a eles?

abs




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Re: A Esquadra brasileira em 2028

#68 Mensagem por Lord Nauta » Ter Set 10, 2019 8:38 pm

FCarvalho escreveu: Ter Set 10, 2019 5:28 pm
Lord Nauta escreveu: Sáb Set 07, 2019 11:32 pm Considerando as noticias mais recentes do inventário acima podem ser excluídos os seguintes meios: NDCC Garcia D' Avila, corveta Jaceguai, dois NT classe Wave [e talvez o SSK Tupi e acrescentadas três FCN repotencializadas/moderrnizadas.
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Nauta, o que houve com a classe Wave, pois procurei notícias sobre os mesmos e nada encontrei de mais recente. A RN desistiu mesmo de negociar os navios?
Por outro lado, a MB vinha acompanhando in loco o desenvolvimento dos LSS da Fincantieri. Saberias dizer em que pé está esta a situação desses navios e se a marinha tem em algo em mente em relação a eles?

abs

Prezado colega, saudações.

O classe Wave ainda se encontra a disposição, assim como o LSS e de interesse da MB. Entretanto falta disposição politica no momento, ou seja os R$ estão contingenciados.
:evil: :evil: :evil: :evil: :evil:




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Re: A Esquadra brasileira em 2028

#69 Mensagem por FCarvalho » Ter Set 10, 2019 11:57 pm

Em sendo assim, entendo que os LSS podem ser a opção mais adequada já que podem ser objeto de negociação no longo prazo governo a governo e envolver off set beneficos para ambos.
Se os 5 navios pretendidos originais não for possível, pelo menos 2 ou 3 devem ser adquiridos.

Abs




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Re: A Esquadra brasileira em 2028

#70 Mensagem por FCarvalho » Sex Nov 13, 2020 12:52 pm

Então, 2028 se tornou curto prazo no planejamento da MB.
Quais são as nossas opções até o final da próxima década mediante possíveis pressões internacionais?
Ou continuamos esperando que as disposições alocadas ao PEM 2040 um dia saiam do papel?

abs




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