11. NOVOS OBUSEIROS
O CFN é um tropa leve de pronto emprego por excelência. Isto faz com que as demandas para os materiais que utiliza sejam via de regra bastante objetivas quanto às características dos sistemas que emprega. Neste aspecto, o batalhão de artilharia da FFE hoje dispõe dos L-118 Light Gun britânicos que já vem sendo usados há mais de vinte anos.
Assim, deve-se ressaltar tanto a possibilidade de suas substituição como a dos vestutos M-114AR que ainda eram utilizados em tempos remotos e já fora de operação.
Como premissas básicas para os novos obuseiros podemos entender como sendo necessário:
1. ser leve;
2. transporte por helo e/ou cargo tático militar;
3. transporte pelos meios motorizados atuais e futuros do CFN;
4. operar no ambiente anfíbio sem degradação de uso.
É público o interesse do CFN pelo Bae Systems M-777, que é a menina dos olhos dos artilheiros no Brasil. Conquanto, é também um fato que este obuseiro é um sistema muito caro de comprar, operar e manter. E isto é um problema em geral para o cobertor orçamentário sempre curto da MB.
Por outro lado existem no campo dos obuseiros 155mm duas outras opções que se põe no mercado, e que podem vir a ser de interesse a sua avaliação, na forma do Norinco AH-4 chinês e do Pegasus da ST Kinetics, ambos na faixa de peso entre 4 e 5 ton e concorrentes diretos do obuseiro britânico.
Nenhuma dessas empresas é uma fornecedora tradicional das ffaa's e seus produtos são pouco conhecidos no país, o que deve de certa forma ser uma limitação a qualquer compra.
Como o EB também está em vias de adquirir novos obuseiros 155 AR é possível que o MD envide em uma única ação a aquisição de um mesmo modelo para ambos, a depender dos acertos que se faça em termos de requisitos operacionais. Quanto a isto, o EB já tem um ROB/RLTI emitido para o obuseiro 155 AP-SL, que deve servir também como parâmetro, com as devidas adpatações.
Se ocorrer esta similaridade de interesses e requisitos, pode ser que um modelo diferente daqueles acima tenha uma chance de concorrer em igualdade de condições já que as AD do exército não necessariamente precisam que seu material tenha as características descritas acima. Mas este é um ponto que ainda deve ser ajustado entre as forças.
A empresa ARES já ofereceu ao EB o obuseiro M-71 155/39 e sistemas de apoio, e esta oferta tem algo de privilegiada devido a presença das subsidiárias israelenses no país. Mesmo com suas 9 ton de peso, o M-71 pode ser transportado por helos pesados, outro vetor que tanto MB como o exército tem em conta possuir um dia, mas que não faz parte dos planos até o presente momento.
Assim, caso haja uma substituição em curto prazo, é possível dizer que a escolha ficará restrita ao M-777, AH-4 e Pégasus, com cada um oferecendo vantagens e desvantagens.
abs