Uma, duas ou três Esquadras necessita o Brasil?

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Henrique Brito
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Uma, duas ou três Esquadras necessita o Brasil?

#1 Mensagem por Henrique Brito » Ter Out 06, 2020 2:55 pm

A uns anos atrás, quando a economia ia de vento em popa, a Marinha cogitava ter três esquadras, e eu concordo.

Se em um futuro hipotético onde tivermos 3% do PIB para a defesa, seria possível.

A primeira Esquadra, baseada na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana, deveria permanecer ali por economia de custos e ser a responsável pela defesa do litoral sul/sudeste e do Pré-Sal. Como a nova base de submarinos fica em Itaguaí-RJ, essa esquadra deveria ter sua força principalmente baseada em submarinos, inclusive nucleares, uns 15 submarinos da classe Riachuelo e uns dois ou três nucleares seria realmente muito dissuasório para a defesa do petróleo em nosso litoral, já que o petróleo foi a causa de muitas guerras.

Com a ameaça de presidentes e presidenciaveis de potências estrangeiras sobre a Amazônia, nós deveríamos ter uma esquadra focada na defesa da porta de entrada da Amazônia, que é o Rio Amazonas. Qualquer ataque militar estrangeiro na região tentará controlar a entrada e circulação desse rio.

Então, nada melhor do que instalar a segunda Esquadra na Ilha de Marajó, visto que, esse é um ponto, que fica na foz do Rio Amazonas, e penso eu, seria usado como base de Operações de uma força naval invasora na Amazônia, por proporcionar defesa natural terrestre contra a maioria das tropas do Éxercito e também de lá é muito fácil controlar a entrada do Rio.

Essa Esquadra seria capitaneada pelo PHM Atlântico, visto que os helicópteros são o principal meio de deslocamento em operações na selva, deveria ter 15 escoltas de fragatas Tamandaré, 7 submarinos Riachuelo e um nuclear.

E eu instalaria a terceira Esquadra, no ponto mais desguarnecido do litoral brasileiro, e que penso eu, seria o ponto ideal para um assalto anfíbio estrangeiro em caso de um ataque ao Brasil durante uma guerra total liderada por uma potência estrangeira, falo da Ilha de Fernando de Noronha, é o ponto de grande proporção mais oriental do nosso litoral, fazendo com que uma força invasora tenha uma viagem mais curta vinda do Atlântico Norte ou da costa africana, e ainda serviria como uma base com proteção natural de onde eles poderiam bombardear nosso país, enquanto nós pouca coisa poderíamos fazer pra revidar.

Mas já em caso de nós termos uma esquadra forte neste ilha, a vantagem seria nossa, inclusive, a ilha funcionária como um ponto avançado para artilharia de costa ou até mesmo como um "porta-avioes fixo".

Penso eu que aí deva estar nossa esquadra mais forte, com um porta avioes operando o Gripen M ou F-18, escoltado por 9 Fragatas Tamandaré e 6 Escoltas de 6.000 toneladas, uns 4 sub nucleares, inclusive para ações em outros oceanos em apoio a operações da ONU e OTAN, e com isso, a força anfíbia deveria estar ali também por isso, e porque já que esta seria a esquadra mais centralizada no litoral, seria também o lugar ideal para estar baseada a Força de Fuzileiros da Esquadra, para responder rapidamente com tropas navais a qualquer invasão em nosso litoral.

Eu sei que isto está longe das nossas possibilidades e seria algo meio que surreal. Mas estrategicamente falando, se houvessem os recursos, o que vocês pensam sobre isso?




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FCarvalho
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Re: Uma, duas ou três Esquadras necessita o Brasil?

#2 Mensagem por FCarvalho » Ter Out 06, 2020 3:45 pm

Se a proposta do MD para 2% do PIB um dia vingar, e conseguirmos resolver a questão do pagamento de aposentados e pensionista em outro lugar fora do orçamento da Defesa, já vai ser muito bom, pois os valores seriam suficientes para manter todos os projetos em desenvolvimento das ffaa's em dia e ainda sobrava um troco para algo mais.

Quanto ao número de bases, penso que a MB indicou isso como sendo uma base no norte ou nordeste e a sudeste, no Rio de Janeiro, que segundo o cmte da marinha, irá ser paulatinamente transferida para Itajaí.

No quesito tamanho da esquadra, penso que os números indicados na primeira versão do PEAMB são mais que suficientes para nos dar uma esquadra realmente crível no sentido de defender nossos interesses no novo entorno geoestratégico definido pela MB no PEM 2040.

Com aquela capacidade de investimento sendo dada ao MD, não seria difícil conseguirmos realizar todo aquele planejamento.

Só acresceria 2 Nae a mais naquela conta, pois, com duas esquadras, quem tem 4 Nae, pode ter 2 sempre disponíveis.

Só faltava combinar agora com as ratazanas do planalto central.

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
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