TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

[FCarvalho]

As multas contratuais do FX-2 são astronômicas ao ponto de ser muito mais barato pagar o que se deve, do que cancelar o programa no meio do caminho só para fazer charme à claque analfabeta política eleitoral.
Até porque, já estamos pagando os custos de implantação e desenvolvimento do Gripen E faz tempo. E nenhum partido irá se meter a deixar o país sem defesa aérea para justificar um investimento a troco de caixa para poder dizer "fui eu que fiz".
E se alguém chegar a bater no peito, ou na mesa, e disser que banca essa briga com a FAB, então, pode apostar que quem quer que seja o cmte da FAB no dia seguinte bota todos os F-5 e A-1 no chão e vai a público dizer que por ordem do presidente(a) o país está oficialmente sem defesa aérea para podermos investir em assuntos mais importantes que Defesa e que a força aérea não tem meios para garantir a nossa soberania nos céus dos 22 milhões km2 sob sua responsabilidade.
Vale uma investigação do congresso sobre crime de responsabilidade presidencial.

abs

[knigh7]

Estava lendo uma nota curta na Revista Força Aérea de julho de 2020. Segundo eles o Comandante da Ala 2 deu uma previsão de que em setembro de 2021 haverá pelo menos 4 unidades do F-39 operacionais em Anápolis, mais 8 em 2022 e a partir daí vão ser 6 por ano até 2026.

Não sei quanto aos demais, mas não estava sabendo desse cronograma de entregas. Gostei bastante das datas, principalmente porque encerramos 2022 com 12 operacionais, o que já coloca o programa em um ponto irreversível para o governo seguinte, qualquer que seja ele.

Edit: Lembrando ainda que o orçamento de 2023 ainda é de autoria do atual governo, então em 2023 teremos 18 caças já.

Correto.

O novo cronograma foi apresentado pela FAB numa audiência na CREDN há 1 ano atrás.

2021 a FAB terá 1 esquadrilha. Em 2022, terá 1 esquadrão.
A diferença para o contrato anterior é que teríamos 1 esquadrão já em 2021 completando em 2024 as 36. Agora completa-se em 2026 embora só restam para entregar 2 aeronaves neste último ano:

[knigh7]

Imagina a treta em operar o WAD todo embaçado por umidade...

O WAD foi desenvolvido aqui na AEL (com tecnologia israelense, claro) e ela tinha um cockpit do Gripen E. Passou por testes de temperatura e umidade.

Quanto ao IRST, o SkyWard-G é uma derivação do Pirate, que está há mais de 1 década em operação nos Typhoons em diversos TOs. E olha que esse caça é empregado em Forças Aéreas de países nos mais diversos ambientes. E sem abrirem mão do IRST, exceto a Áustria.

[knigh7]

Exato, isso é uma discussão inérte. O cenário climático do Brasil entrou nos requisitos de desenvolvimento, todos os sistemas foram implementados e desenvolvidos considerando todas essas possibilidades, é primário isso.

Por mais que se preveja isso ou aquilo, a operação real que vai dar o veredito final.
Afinal, se prever coisas na fase de projeto resolvesse mesmo, o F-35 não seria tão problemático, por exemplo.

O F-35 não serve de parâmetro de desenvolvimento. Ele é fora da curva. Desobedeceu preceitos básicos. Há documentos da década passada alertando que ele estava sendo construído com um agregado de sistemas que ainda não deveriam terem saídos da prancheta.

O GAO só não tocou um processo sério pra frente com base nesses documentos - o que acarretaria prisões pelos danos ao erário por negligência e imprudência- porque iria envolver pesadamente a Lockheed Martin e um bando estrelados.

[Marcelo Ponciano]

As multas contratuais do FX-2 são astronômicas ao ponto de ser muito mais barato pagar o que se deve, do que cancelar o programa no meio do caminho só para fazer charme à claque analfabeta política eleitoral.
Até porque, já estamos pagando os custos de implantação e desenvolvimento do Gripen E faz tempo. E nenhum partido irá se meter a deixar o país sem defesa aérea para justificar um investimento a troco de caixa para poder dizer "fui eu que fiz".
E se alguém chegar a bater no peito, ou na mesa, e disser que banca essa briga com a FAB, então, pode apostar que quem quer que seja o cmte da FAB no dia seguinte bota todos os F-5 e A-1 no chão e vai a público dizer que por ordem do presidente(a) o país está oficialmente sem defesa aérea para podermos investir em assuntos mais importantes que Defesa e que a força aérea não tem meios para garantir a nossa soberania nos céus dos 22 milhões km2 sob sua responsabilidade.
Vale uma investigação do congresso sobre crime de responsabilidade presidencial.

abs

Me expressei mal, eu acreditava na rescisão até chegar a primeira unidade. Antes disso acredito que era possível, não importando o tamanho da multa.

O risco que corremos daqui pra frente são de "renegociações" contratuais com os respectivos atrasos na entrega. Mas como o orçamento atual vai até o primeiro ano do próximo governo (seja lá quem esteja governando), isso nos garante uma entrega de 18 unidades, metade do contrato, o que já é muito bom caso venha a ocorrer posterior "renegociação".

[FCarvalho]

Eu presumo aqui com os meus botões que antes desse governo acabar a FAB ensejará um novo contrato para o segundo lote. E deixará a coisa de tal forma amarrada que seria muito difícil destratar o negócio para qualquer governo da hora.
Mesmo que queiram fazer arranjos posteriores, ainda assim teríamos condições de receber todos os caças encomendados.
Caso o atual governo siga até 2026, e suponho que irá, pelo menos o primeiro lote está garantido, e na minha opinião, o segundo também, que se não for posto até 2022, o será entre 2023/2024 segundo a FAB. Acho que esse será o caminho seguido. No curto prazo é muito difícil conseguir um segundo lote por causa dessa confusão da pandemia, mas em um eventual segundo mandato fica mais fácil arbitrar essa questão.

abs

[Viktor Reznov]

A FAB tem que começar o lobby desde cedo porque, do jeito que a economia anda, um novo pedido de quem sabe uns 48 caças vai encontrar muita oposição do Paulo Guedes que tem influência enorme no presidente.

[Pablo Maica]

A FAB tem que começar o lobby desde cedo porque, do jeito que a economia anda, um novo pedido de quem sabe uns 48 caças vai encontrar muita oposição do Paulo Guedes que tem influência enorme no presidente.

A FAB, a Embraer, a AEL e todos os envolvidos na fabricação de componentes nacionalizados para o Gripen já devem ou deveriam estar engajados em uma campanha por pelo menos mais um lote de 36 Gripens.

Lembrando que que um eventual lote adicional poderia ser todo produzido/montado na Embraer, apelando para o fomento da indústria nacional, e teria um custo menor. Mas sabendo como as coisas andam por aqui, creio que seja difícil se ter alguma notícia sobre esse assunto antes de 2022. Porém a FAB já está bem ciente de que a frota de A-1 e F-5 estarão muito reduzidas dentro de um arco de 8 anos, resta saber se o GF vai se programar com antecedência junto a força, ou vai levar tudo em banho maria até a iminente parada da dessas frotas.


Um abraço e t+

[FCarvalho]

Pelo pouco que se sabe da situação atual da frota de F-5 e A-1, é crível entender que a FAB já esteja neste momento conversando com a SAAB e força aérea sueca sobre um segundo lote, até porque, é quase certo que ano que vem os suecos devam encomendar mais um para eles também. E uma encomenda conjunta seria algo pertinente e vantajoso para nós e eles.
Fica na verdade a tratar e definir a questão do custo real destes lotes que em havendo exportações facilita muito a derrubada de preços, e por conseguinte, a encomenda de lotes maiores a custos menores.
E como bem dito pelos colegas, a BID, a Embraer e todas as empresas ao redor da produção local do Gripen E, que não são poucas e nem irrelevantes no cenário econômico nacional, com certeza estarão fazendo o seu lobby para que um segundo lote seja encomendado durante a próxima gestão, seja deste ou de qualquer outro governo.
Vamos ver como a realidade evolui. Se a economia voltar a andar para frente, ainda que a passos curtos e medrosos, teremos mais um argumento em favor da encomenda, dada a geração e manutenção de empregos e renda na Embraer, e por tabela em todo o círculo de fornecedores que ela possui.
Temos os argumentos e os fatos a favor da FAB. Se serão suficientes para aquiescer novos lotes, veremos.
No Brasil, a lógica é não ter lógica.

abs

[faterra]

Casa de "mãe joana"!
Essas compras não são empenhadas? Uma vez feita, a verba não pode ser cancelada ou ter "seu endereço" alterado, embora possa sofrer atrasos.
E essa compra teve seu financiamento assegurado pela Saab/Suécia.
Ou isso não vem ao caso!

[Viktor Reznov]

Casa de "mãe joana"!
Essas compras não são empenhadas? Uma vez feita, a verba não pode ser cancelada ou ter "seu endereço" alterado, embora possa sofrer atrasos.
E essa compra teve seu financiamento assegurado pela Saab/Suécia.
Ou isso não vem ao caso!

Eu não sei se a verba pra essas compras está empenhada mas descumprir um contrato desses é uma multa insana, e não somente isso como também causaria um prejuízo enorme na Embraer. O que eu sei é que essa verba não vem do orçamento do MD, é de fora, assim como a verba do KC390.

[knigh7]

Pessoal,

Sugiro que vocês façam o que o nosso antigo amigo Cel. Jauro fazia: procurar documentos que são acessíveis (E que infelizmente esse trabalho não é feito pelos tais "jornalistas especializados em defesa" brasileiros. Porque no exterior fazem isso).

A preocupação de vocês vai mudar...

O último informe do MD para o TCU enviado no mês passado:

-Aponta que o Programa do Sub Nuclear atrasou mais 2 anos (vão contando aí os atrasos no programa. Será finalizado em 2032);
-Que o Projeto Guarani até dez de 2019 apenas foi gasto 8,8% do total programado (olha quanto tempo está em execução);
-Que o Projeto SISFRON até dez 2019 só foi gasto 12,3% do programado (olha quanto tempo está em execução...)

Quando vcs olham um atraso no kc-390 é "pinto" perto dos outros programas. Eu não cito o projeto do GripenE, porque aquele ajuste é nada tendo em vista o contrato assinado em outubro de 2014.

Projetos importantes como o Guarani e o SISFRON caminham para serem desfigurados. Quando ao submarino nuclear, que é importante, é uma lástima o que está ocorrendo. É bom terem cautela com as entrevistas pusilânimes de militares com "jornalistas especializados em Defesa". Documentos e depoimentos na CRE e CREDN são mais fiáveis.

Obs: A JEC (Junta de Execução Orçamentária, na qual faz parte o Sr. Paulo Guedes) cortou na sexta-feira do Ministério da Defesa R$430 milhões do orçamento deste ano. Ou vão dar calote em programas ou vai cortar no rancho e na luz. Ou melhor, mais provável que ocorra os 3...

Eu encaminhei um e-mail à CGU anteontem, arrogando a prerrogativa da Lei de Acesso à Informação detalhes sobre o corte no orçamento do MD. Me responderam hoje no fim da tarde que ainda que não houve uma resolução (está em discussão aonde cortar) e, por isso, não poderiam satisfazer o meu questionamento.

[Marcelo Ponciano]

Pessoal,

Sugiro que vocês façam o que o nosso antigo amigo Cel. Jauro fazia: procurar documentos que são acessíveis (E que infelizmente esse trabalho não é feito pelos tais "jornalistas especializados em defesa" brasileiros. Porque no exterior fazem isso).

A preocupação de vocês vai mudar...

O último informe do MD para o TCU enviado no mês passado:

-Aponta que o Programa do Sub Nuclear atrasou mais 2 anos (vão contando aí os atrasos no programa. Será finalizado em 2032);
-Que o Projeto Guarani até dez de 2019 apenas foi gasto 8,8% do total programado (olha quanto tempo está em execução);
-Que o Projeto SISFRON até dez 2019 só foi gasto 12,3% do programado (olha quanto tempo está em execução...)

Quando vcs olham um atraso no kc-390 é "pinto" perto dos outros programas. Eu não cito o projeto do GripenE, porque aquele ajuste é nada tendo em vista o contrato assinado em outubro de 2014.

Projetos importantes como o Guarani e o SISFRON caminham para serem desfigurados. Quando ao submarino nuclear, que é importante, é uma lástima o que está ocorrendo. É bom terem cautela com as entrevistas pusilânimes de militares com "jornalistas especializados em Defesa". Documentos e depoimentos na CRE e CREDN são mais fiáveis.

Obs: A JEC (Junta de Execução Orçamentária, na qual faz parte o Sr. Paulo Guedes) cortou na sexta-feira do Ministério da Defesa R$430 milhões do orçamento deste ano. Ou vão dar calote em programas ou vai cortar no rancho e na luz. Ou melhor, mais provável que ocorra os 3...

Eu encaminhei um e-mail à CGU anteontem, arrogando a prerrogativa da Lei de Acesso à Informação detalhes sobre o corte no orçamento do MD. Me responderam hoje no fim da tarde que ainda que não houve uma resolução (está em discussão aonde cortar) e, por isso, não poderiam satisfazer o meu questionamento.

Só posso dizer uma coisa: verdadeiro filme de terror!!!!

[knigh7]

Georges Clemenceau dizia que as guerras eram sérias demais para serem deixadas nas mãos dos militares.

Com o advento de sexta-feira (corte de R$430 mihões no MD, diante desse quadro geopolítico), acho que a soberania nacional é séria demais para ser deixada nas mãos dos economistas...

[Wolfgang]

EDIT MOD - Túlio

O Notícias Políticas acabou, não desfigures o tópico.