O futuro da AAAe no Brasil
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- Henrique Brito
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Sobre a terra, a responsabilidade de defesa antiaérea de baixa e média altitude é responsabilidade do EB, e das maiores altitudes da FAB.
Penso nesse sentido, é da FAB a responsabilidade da defesa antiaérea macro dos céus brasileiros usando seus caças para negar a circulação a um invasor, e de baterias antiaéreas apenas pra defender suas bases aéreas.
Enquanto que caberia ao EB as defesas antiaéreas de nossas infra-estruturas terrestres, como usinas hidrelétricas, nucleares, pontes sobre ferrovias e rodovias, base industrial de defesa e de insumos de primeira necessidade, palácio do governo federal, e também as suas próprias tropas.
E caberia a Marinha a defesa antiaérea costeira, dos portos, estaleiros, docas, e dos navios mercantes em nossas rotas comerciais navais, pelo menos dentro das nossas águas, e claro, de seus próprios navios.
Por si só, vemos que as três forças tem necessidades completamente diferentes, ainda que ganhe em preço e logística, não sei até que ponto seria bom padronizar um mesmo sistema pras tres forças.
Penso nesse sentido, é da FAB a responsabilidade da defesa antiaérea macro dos céus brasileiros usando seus caças para negar a circulação a um invasor, e de baterias antiaéreas apenas pra defender suas bases aéreas.
Enquanto que caberia ao EB as defesas antiaéreas de nossas infra-estruturas terrestres, como usinas hidrelétricas, nucleares, pontes sobre ferrovias e rodovias, base industrial de defesa e de insumos de primeira necessidade, palácio do governo federal, e também as suas próprias tropas.
E caberia a Marinha a defesa antiaérea costeira, dos portos, estaleiros, docas, e dos navios mercantes em nossas rotas comerciais navais, pelo menos dentro das nossas águas, e claro, de seus próprios navios.
Por si só, vemos que as três forças tem necessidades completamente diferentes, ainda que ganhe em preço e logística, não sei até que ponto seria bom padronizar um mesmo sistema pras tres forças.
"Nada justifica que se abrandem os rigorosos métodos de formação do combatente paraquedista." Gen. De Pessoa
"Enquanto houver no céu a silhueta de um paraquedista, haverá sempre a esperança de vitória!" Gen Acrísio
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Olá Henrique.
No caso da FAB, a necessidade de AAe está restrita a auto-defesa de sua própria infraestrutura, que não por acaso é bem grande e espalhada pelo país. Conforme o tipo, localização, função, tamanho e sua importância dentro do SISDACTA, um RBS-70 pode ser o suficiente, enquanto em outras, no mínimo um IRIS-T SLS é necessário. Há similaridade com a MB, que também possui OM por todo o país, mas como no primeiro caso, precisa também de Igla até um Aster 120 para poder resolver seus problemas de defesa AAe. Inclusive futuramente dos navios que vierem a ser adquiridos.
O EB é um caso mais complicado por ser a força que mais demanda tipos e funções diferentes em termos de AAe. Assim, a força demanda todos os setores elencados naquele manual, dada as suas características, sendo necessário dispor desde um simples Manpad, em diferentes configurações, até um sistema como um S-300 da vida para a defesa de pontos estratégicos do país. O imbróglio começa aí.
A FAB não aceita que o EB ou MB atire em qualquer coisa acima de 15 mil metros, por entender que acima deste limite é tudo domínio dos seus caças, e que o controle da AAe deve ser apenas seu. Isso tira do EB a possibilidade de contar com sistemas de grande altura/longo alcance que a meu ver são necessários para a defessa de área que o exército deve poder, também, fazer. Ou seja, se o exército quiser implementar sistemas com mais de 100 kms de alcance eles teriam que se limitar aos 15 mil metros, coisa que nenhum míssil AAe desta classe hoje em dia se limita, pelo contrário. É muito provável que a extensão dos trabalhos do GT AAe relativo a essa parte tenha encontrado nesta questão o motivo, ou um deles, para ter seu prazo prolongado. Acredito que não é o sistema, mas quem vai mandar em quem.
Duvido que um cmte de região militar ou comando militar do EB abra mão de controlar a AAe de sua área de responsabilidade e a entregue o seu comando exclusivamente á FAB ou á MB dependendo do TO. Ninguém em são consciência faria isso. A FAB fala muito em integração, mas na hora do vamos ver, a integração tem que ser com ela, para ela, e por ela. Assim fica fácil. É o famoso "venha a mim, e o vosso reino que é bom, nada".
Eu particularmente sou de opinião que devemos e podemos escolher uma família de mísseis que possa se encaixar nos requisitos e necessidades de cada força e ao mesmo tempo equipar as demais. Existem propostas e sistemas por aí que nos oferecem isso. A questão é saber qual o melhor se encaixa no nosso orçamento e tem abertura para as transferências de tecnologia que devem ser pedidas quando da escolha.
Por fim, vou tomar o exemplo do Umkhonto novamente. O A-Darter pode gerar um míssil AAe de média altura e curto a médio alcance, por exemplo. O Umkhonto possui versões que se encaixam na média e longa distância, e média altura. Mas pode vir a dispor de mísseis com longo alcance e alta altitude. Ele serve tanto para a MB como para FAB e EB. O Cheetah e Mongoose são tipo C-RAM que podem complementar a defesa AAe de uma base aérea junto ao Umkhonto e/ou Marlin AAe, como um navio ou um veículo blindado. É questão de encaixe nas necessidades do cliente.
O nosso problema não se esse ou aquele sistema nos serve, mas como pretendemos utilizar da forma mais eficiente possível o que viermos a dispor. Porque de nada adianta temos S-400 nas três forças se na hora que precisar elas ficarem batendo cabeça com quem é responsável por onde, quando, como e porque atirar no alvo.
abs
No caso da FAB, a necessidade de AAe está restrita a auto-defesa de sua própria infraestrutura, que não por acaso é bem grande e espalhada pelo país. Conforme o tipo, localização, função, tamanho e sua importância dentro do SISDACTA, um RBS-70 pode ser o suficiente, enquanto em outras, no mínimo um IRIS-T SLS é necessário. Há similaridade com a MB, que também possui OM por todo o país, mas como no primeiro caso, precisa também de Igla até um Aster 120 para poder resolver seus problemas de defesa AAe. Inclusive futuramente dos navios que vierem a ser adquiridos.
O EB é um caso mais complicado por ser a força que mais demanda tipos e funções diferentes em termos de AAe. Assim, a força demanda todos os setores elencados naquele manual, dada as suas características, sendo necessário dispor desde um simples Manpad, em diferentes configurações, até um sistema como um S-300 da vida para a defesa de pontos estratégicos do país. O imbróglio começa aí.
A FAB não aceita que o EB ou MB atire em qualquer coisa acima de 15 mil metros, por entender que acima deste limite é tudo domínio dos seus caças, e que o controle da AAe deve ser apenas seu. Isso tira do EB a possibilidade de contar com sistemas de grande altura/longo alcance que a meu ver são necessários para a defessa de área que o exército deve poder, também, fazer. Ou seja, se o exército quiser implementar sistemas com mais de 100 kms de alcance eles teriam que se limitar aos 15 mil metros, coisa que nenhum míssil AAe desta classe hoje em dia se limita, pelo contrário. É muito provável que a extensão dos trabalhos do GT AAe relativo a essa parte tenha encontrado nesta questão o motivo, ou um deles, para ter seu prazo prolongado. Acredito que não é o sistema, mas quem vai mandar em quem.
Duvido que um cmte de região militar ou comando militar do EB abra mão de controlar a AAe de sua área de responsabilidade e a entregue o seu comando exclusivamente á FAB ou á MB dependendo do TO. Ninguém em são consciência faria isso. A FAB fala muito em integração, mas na hora do vamos ver, a integração tem que ser com ela, para ela, e por ela. Assim fica fácil. É o famoso "venha a mim, e o vosso reino que é bom, nada".
Eu particularmente sou de opinião que devemos e podemos escolher uma família de mísseis que possa se encaixar nos requisitos e necessidades de cada força e ao mesmo tempo equipar as demais. Existem propostas e sistemas por aí que nos oferecem isso. A questão é saber qual o melhor se encaixa no nosso orçamento e tem abertura para as transferências de tecnologia que devem ser pedidas quando da escolha.
Por fim, vou tomar o exemplo do Umkhonto novamente. O A-Darter pode gerar um míssil AAe de média altura e curto a médio alcance, por exemplo. O Umkhonto possui versões que se encaixam na média e longa distância, e média altura. Mas pode vir a dispor de mísseis com longo alcance e alta altitude. Ele serve tanto para a MB como para FAB e EB. O Cheetah e Mongoose são tipo C-RAM que podem complementar a defesa AAe de uma base aérea junto ao Umkhonto e/ou Marlin AAe, como um navio ou um veículo blindado. É questão de encaixe nas necessidades do cliente.
O nosso problema não se esse ou aquele sistema nos serve, mas como pretendemos utilizar da forma mais eficiente possível o que viermos a dispor. Porque de nada adianta temos S-400 nas três forças se na hora que precisar elas ficarem batendo cabeça com quem é responsável por onde, quando, como e porque atirar no alvo.
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- Henrique Brito
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Complicado mesmo isso que a FAB está fazendo com o EB, complicando sua artilharia antiaerea, sua aviacao de asa fixa
Pelo mesmo ponto de vista, o EB poderia dizer que a FAB não pode ter uma infantaria, já que a defesa terrestre é responsabilidade do EB. Que idiotice
E fico mais puto porque o EB sempre foi parceiro da FAB, ajudou a criar seus cursos de infantaria pra oficiais e sargentos, ajudou a FAB a criar seus cursos de comandos e de precursor de Força Aérea, e até pouco tempo atrás formava os paraquedistas da FAB
Pelo mesmo ponto de vista, o EB poderia dizer que a FAB não pode ter uma infantaria, já que a defesa terrestre é responsabilidade do EB. Que idiotice
E fico mais puto porque o EB sempre foi parceiro da FAB, ajudou a criar seus cursos de infantaria pra oficiais e sargentos, ajudou a FAB a criar seus cursos de comandos e de precursor de Força Aérea, e até pouco tempo atrás formava os paraquedistas da FAB
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- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
É mio aquela coisa Henrique, uma mão lava a outra. A FAB ajudou o EB a criar recriar a Avex, e por aí vai.
Nosso maior problema é uma doutrina atrasada e deslocada da realidade.
Mas temos de lidar com ela. E isso só vai mudar efetivamente, quiçá, quando a realidade bater a nossa porta. Talvez. Quem sabe.
Enquanto o pessoal aqui estiver mais preocupado com burrocracia e direitos e deveres de cada um, a operacionalidade de cada força sempre estará comprometida e em segundo plano.
Como disse ao Gabriel, temos que colocar alguma coisa na AAe para funcionar de verdade em primeiro lugar. Depois pensamos no resto. Não é a lógica e nem certo, mas tal como a nossa defesa AAe está organizada doutrinal e operacionalmente hoje, não tem jeito.
Não adianta ficar esperando que tudo se encaixe perfeitamente porque isso não vai acontecer.
O MD que deveria cuidar disso não faz e não tem força para fazer.
Então, neste presente caso, é melhor prevenir do que remediar.
abs
Nosso maior problema é uma doutrina atrasada e deslocada da realidade.
Mas temos de lidar com ela. E isso só vai mudar efetivamente, quiçá, quando a realidade bater a nossa porta. Talvez. Quem sabe.
Enquanto o pessoal aqui estiver mais preocupado com burrocracia e direitos e deveres de cada um, a operacionalidade de cada força sempre estará comprometida e em segundo plano.
Como disse ao Gabriel, temos que colocar alguma coisa na AAe para funcionar de verdade em primeiro lugar. Depois pensamos no resto. Não é a lógica e nem certo, mas tal como a nossa defesa AAe está organizada doutrinal e operacionalmente hoje, não tem jeito.
Não adianta ficar esperando que tudo se encaixe perfeitamente porque isso não vai acontecer.
O MD que deveria cuidar disso não faz e não tem força para fazer.
Então, neste presente caso, é melhor prevenir do que remediar.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Exercício de Tiro Antiaéreo em Ambiente de Selva
Primeiro disparo do Míssil Antiaéreo Telecomandado RBS-70 na Amazônia
Manaus - AM – no período de 11 à 15 de julho de 2020, o 12º GRUPO DE ARTILHARIA ANTIAÉREA DE SELVA, “Grupo Tenente Juventino da Fonseca”, executou o Exercício de Tiro Antiaéreo em Ambiente de Selva - Operação Felipe Camarão II, executando na ocasião o primeiro disparo do Míssil Telecomandado RBS-70 na Amazônia.
A Operação contou com a presença do Gen Ex THEOPHILO, Comandante Militar da Amazônia, do Gen Ex FERNANDES, Comandante Militar do Sudeste, do Gen Bda RIBEIRO ROCHA, Comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, Gen Bda Rangel, Chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia, Gen Bda Marcelo, Comandante 2º Grupamento de Engenharia, além de comandantes de Organizações Militares da 1ª Bda AAAe e da Guarnição de Manaus e comitivas.
O exercício de tiro foi um adestramento nível Unidade, com todos os subsistemas da Artilharia Antiaérea do Grupo atuando integrados, e aconteceu na Base de Instrução 06, do Centro de Instrução de Guerra na Selva – CIGS, na cidade de Rio Preto da Eva-AM.
Os disparos dos mísseis foram precedidos de uma breve exposição do material de emprego militar específico de Artilharia Antiaérea pertencentes ao Grupo, e de uma demonstração do emprego de uma Seção de Artilharia Antiaérea de Selva na Defesa Antiaérea de Batalhão de Infantaria de Selva em uma marcha fluvial.
Desta forma, o 12º GRUPO DE ARTILHARIA ANTIAÉREA DE SELVA se consolida como a Unidade de Artilharia Antiaérea do Exército no coração da Amazônia.
Míssil Antiaéreo Telecomandado RBS-70
Míssil Antiaéreo Telecomandado RBS-70
Míssil Antiaéreo IGLA-S
Alvo aéreo
Primeiro disparo do Míssil Antiaéreo Telecomandado RBS-70 na Amazônia
FONTE: 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea
https://www.defesabrasilnoticias.com/20 ... iente.html
abs.
arcanjo
Primeiro disparo do Míssil Antiaéreo Telecomandado RBS-70 na Amazônia
Manaus - AM – no período de 11 à 15 de julho de 2020, o 12º GRUPO DE ARTILHARIA ANTIAÉREA DE SELVA, “Grupo Tenente Juventino da Fonseca”, executou o Exercício de Tiro Antiaéreo em Ambiente de Selva - Operação Felipe Camarão II, executando na ocasião o primeiro disparo do Míssil Telecomandado RBS-70 na Amazônia.
A Operação contou com a presença do Gen Ex THEOPHILO, Comandante Militar da Amazônia, do Gen Ex FERNANDES, Comandante Militar do Sudeste, do Gen Bda RIBEIRO ROCHA, Comandante da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, Gen Bda Rangel, Chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia, Gen Bda Marcelo, Comandante 2º Grupamento de Engenharia, além de comandantes de Organizações Militares da 1ª Bda AAAe e da Guarnição de Manaus e comitivas.
O exercício de tiro foi um adestramento nível Unidade, com todos os subsistemas da Artilharia Antiaérea do Grupo atuando integrados, e aconteceu na Base de Instrução 06, do Centro de Instrução de Guerra na Selva – CIGS, na cidade de Rio Preto da Eva-AM.
Os disparos dos mísseis foram precedidos de uma breve exposição do material de emprego militar específico de Artilharia Antiaérea pertencentes ao Grupo, e de uma demonstração do emprego de uma Seção de Artilharia Antiaérea de Selva na Defesa Antiaérea de Batalhão de Infantaria de Selva em uma marcha fluvial.
Desta forma, o 12º GRUPO DE ARTILHARIA ANTIAÉREA DE SELVA se consolida como a Unidade de Artilharia Antiaérea do Exército no coração da Amazônia.
Míssil Antiaéreo Telecomandado RBS-70
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Míssil Antiaéreo IGLA-S
Alvo aéreo
Primeiro disparo do Míssil Antiaéreo Telecomandado RBS-70 na Amazônia
FONTE: 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Tudo isso só por causa do lançamento de um simples míssil Shorad "na Amazônia"... hóóóó.
Estamos f... e mau pagos mesmo.
abs
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Quando é que o EB vai fazer o mais simples e óbvio que é comprar Manpads em quantidade e qualidade suficiente para dispor a todos os batalhões de infantaria conforme aponta o manual?
Ou será que até isso é caro demais para o EB gastar os seus parcos recursos em tempos de chuva de mísseis e bombas sobre cabeças desavisadas por aí...
Aliás, míseros 4 lançadores, salvo engano, é o que o manual manda dispor às OM nível batalhão. 4 lançadores...
Bem, já acharia muito legal Manpad deixar de ser arma de artilharia por aqui.
abs
Ou será que até isso é caro demais para o EB gastar os seus parcos recursos em tempos de chuva de mísseis e bombas sobre cabeças desavisadas por aí...
Aliás, míseros 4 lançadores, salvo engano, é o que o manual manda dispor às OM nível batalhão. 4 lançadores...
Bem, já acharia muito legal Manpad deixar de ser arma de artilharia por aqui.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Rapaz, olha a cerimônia que é o disparo de um Igla, meu Deus do Céu. E olha que se o Brasil pedir, a Rússia fácil fácil troca carne nossa por Iglas novinhos.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Se bobear, eles entregam o VERBA na porta de cada batalhão. E ainda sobra troco para outras quinquilharias.Viktor Reznov escreveu: ↑Ter Jul 21, 2020 12:44 am Rapaz, olha a cerimônia que é o disparo de um Igla, meu Deus do Céu. E olha que se o Brasil pedir, a Rússia fácil fácil troca carne nossa por Iglas novinhos.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Estou com uma pulga atrás da orelha com os resultados desses GT da artilharia AAe. Alguma coisa me diz que isso vai dar certo.
Parece que estamos ensaiando mais uma novela de 18 anos...
abs
Parece que estamos ensaiando mais uma novela de 18 anos...
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Outro dia conversando com o Knigh7 sobre outro assunto, surgiu a questão da defesa das refinarias e infraestrutura de distribuição de óleo e gás, sendo que a maior parte desse parque está localizado no litoral ou a menos de 200 kms dele.
Neste aspecto, conforme a doutrina atual da AAe nas forças armadas, a defesa de grande altura/alcance é feita somente pela FAB que utiliza-se dos caças para a defesa aérea em si, e de sistemas de longo alcance/altura como defesa AAe de suas bases e infraestrutura. Conquanto a defesa de pontos estratégicos e da infraestrutura política e econõmica do país é do exército, que para isso, aparentemente, tem a intenção de se mobiliar com estes mesmos sistemas, que note-se, entra dentro do espaço de atuação da FAB. Aí talvez resida o imbróglio gerado pelo atraso do GT relativo aos sistemas de longo alcance/altura. A FAB advoga para si o uso exclusivo destes sistemas, enquanto o EB reclama a si a necessidade de utilizà-los como meios mais eficientes no que tange a defesa AAe dos pontos fulcrais do poder nacional.
Assim, esse debate sobre quem pode ou não operar a AAe de longo alcance/altura está minando os trabalhos do GT em tela devido o próprio atraso em que se encontra a doutrina AAe do país.
Nota-se que a defesa AAe de pontos neurágicos do poder nacional tem de oferecer uma capacidade de defesa em camadas que hoje nenhuma das forças dispõe. Assim, a cobertura de diversos sistemas se faz necessária, principalmente quanto falamos, como acima exposto, de refinarias e os centros de distribuição de produtos derivados do petróleo, como portos, estradas, dutos, e centros de distribuição. Para a defesa destes pontos o emprego de mísseis de longo alcance/altura não somente é necessário como impositivo, tendo em vista que estas estruturas podem se espalhar por dezenas de kilõmetros. A capacidade de interceptar os vetores de lançamento e/ou munições lançadas contra estes pontos deve ser interpretado como um meio efetivo de proteger e manter a maior distância possível eventuais atacantes, senão, dificultar-lhes a vida o máximo que pudermos.
Em todo caso, no mundo ocidental, os sistemas AAe de longo alcance estão na faixa de 120 a 150 kms de alcance, enqaunto sistemas russos e seus homólogos chineses trabalham na faixa de até 400 kms. O uso destes sistemas por si só não é eficaz, mas necessita que outros também os complementem, o que é feito por meios Shorad/V-Shorad ou mísseis anti-PGM.
No caso específico do Brasil, como 80% da população mora no litoral ou a menos de 200 kms dele, e nossa ZEE é de cerca de 370 km, alcançando em alguns pontos mais de 650 kms considerando a plataforma continental, é de se pensar que a cobertura AAe a partir do litoral tem que ser capaz, no mínimo, de agir dentro da ZEE, ou seja, o alcance deve estar na faixa dos 300 kms ou mais. Não há de momento no ocidente sistemas AAe que operem nessa faixa, restando somente os S-300 e S-400 russo, ou sua imitação chinesa. Mas eu divido muito que os requisitos que devem ser determinados pelo GT responsável chegue a indicar tais níveis de alcance, dado que isto seria como praticamente jogar nas mãos dos russos esta parte da AAe que se pretende construir. Ou, de forma mais extrema, partirmos para um desenvolvimento autóctone nacional, uma iniciativa extremamente custosa e demorada, e sem qualquer previsão de ficar pronta em prazo visível. A não ser que o MCT da Avibrás possa também ser pensado como um ponto de partida para esta escolha. Mas um míssil pensado para ser um atacante de cruzeiro subsônico envolveria um retrabalho de engenharia muito grande para torná-lo apto a emprego ar-superfície.
É provável que o trabalho desses GT esteja levando em conta a possibilidade de desenvolvimento nacional dos sistema como uma alternativa viável e economicamente sustentável. Desde que os recursos para tanto possam ser assegurados no longo prazo a fim de que os projetos possam seguir seu cronograma e entrar em operação no menor tempo possível. Outra alternativa para essa escolha, é partir de modelos já existentes e criar-se versões 'BR' para eles, o que sairia bem mais barato e nos traria um resultado em curto prazo. Mas fato é que para tantas necessidades diferentes entre as três forças, fica muito difícil dispor de apenas um ou dois modelos de mísseis que sirvam para todas no médio e longo alcance/altura.
Mas conseguir definir um sistema que possa fazer a defesa AAe da ZEE e além seria algo a ser discutido com mais profundidade, de maneira a dispor-se da melhor solução para as forças, cada uma no seu quadrado, mas sem deixar de lado o comprometimento das demais com o sistema como todo.
abs
Neste aspecto, conforme a doutrina atual da AAe nas forças armadas, a defesa de grande altura/alcance é feita somente pela FAB que utiliza-se dos caças para a defesa aérea em si, e de sistemas de longo alcance/altura como defesa AAe de suas bases e infraestrutura. Conquanto a defesa de pontos estratégicos e da infraestrutura política e econõmica do país é do exército, que para isso, aparentemente, tem a intenção de se mobiliar com estes mesmos sistemas, que note-se, entra dentro do espaço de atuação da FAB. Aí talvez resida o imbróglio gerado pelo atraso do GT relativo aos sistemas de longo alcance/altura. A FAB advoga para si o uso exclusivo destes sistemas, enquanto o EB reclama a si a necessidade de utilizà-los como meios mais eficientes no que tange a defesa AAe dos pontos fulcrais do poder nacional.
Assim, esse debate sobre quem pode ou não operar a AAe de longo alcance/altura está minando os trabalhos do GT em tela devido o próprio atraso em que se encontra a doutrina AAe do país.
Nota-se que a defesa AAe de pontos neurágicos do poder nacional tem de oferecer uma capacidade de defesa em camadas que hoje nenhuma das forças dispõe. Assim, a cobertura de diversos sistemas se faz necessária, principalmente quanto falamos, como acima exposto, de refinarias e os centros de distribuição de produtos derivados do petróleo, como portos, estradas, dutos, e centros de distribuição. Para a defesa destes pontos o emprego de mísseis de longo alcance/altura não somente é necessário como impositivo, tendo em vista que estas estruturas podem se espalhar por dezenas de kilõmetros. A capacidade de interceptar os vetores de lançamento e/ou munições lançadas contra estes pontos deve ser interpretado como um meio efetivo de proteger e manter a maior distância possível eventuais atacantes, senão, dificultar-lhes a vida o máximo que pudermos.
Em todo caso, no mundo ocidental, os sistemas AAe de longo alcance estão na faixa de 120 a 150 kms de alcance, enqaunto sistemas russos e seus homólogos chineses trabalham na faixa de até 400 kms. O uso destes sistemas por si só não é eficaz, mas necessita que outros também os complementem, o que é feito por meios Shorad/V-Shorad ou mísseis anti-PGM.
No caso específico do Brasil, como 80% da população mora no litoral ou a menos de 200 kms dele, e nossa ZEE é de cerca de 370 km, alcançando em alguns pontos mais de 650 kms considerando a plataforma continental, é de se pensar que a cobertura AAe a partir do litoral tem que ser capaz, no mínimo, de agir dentro da ZEE, ou seja, o alcance deve estar na faixa dos 300 kms ou mais. Não há de momento no ocidente sistemas AAe que operem nessa faixa, restando somente os S-300 e S-400 russo, ou sua imitação chinesa. Mas eu divido muito que os requisitos que devem ser determinados pelo GT responsável chegue a indicar tais níveis de alcance, dado que isto seria como praticamente jogar nas mãos dos russos esta parte da AAe que se pretende construir. Ou, de forma mais extrema, partirmos para um desenvolvimento autóctone nacional, uma iniciativa extremamente custosa e demorada, e sem qualquer previsão de ficar pronta em prazo visível. A não ser que o MCT da Avibrás possa também ser pensado como um ponto de partida para esta escolha. Mas um míssil pensado para ser um atacante de cruzeiro subsônico envolveria um retrabalho de engenharia muito grande para torná-lo apto a emprego ar-superfície.
É provável que o trabalho desses GT esteja levando em conta a possibilidade de desenvolvimento nacional dos sistema como uma alternativa viável e economicamente sustentável. Desde que os recursos para tanto possam ser assegurados no longo prazo a fim de que os projetos possam seguir seu cronograma e entrar em operação no menor tempo possível. Outra alternativa para essa escolha, é partir de modelos já existentes e criar-se versões 'BR' para eles, o que sairia bem mais barato e nos traria um resultado em curto prazo. Mas fato é que para tantas necessidades diferentes entre as três forças, fica muito difícil dispor de apenas um ou dois modelos de mísseis que sirvam para todas no médio e longo alcance/altura.
Mas conseguir definir um sistema que possa fazer a defesa AAe da ZEE e além seria algo a ser discutido com mais profundidade, de maneira a dispor-se da melhor solução para as forças, cada uma no seu quadrado, mas sem deixar de lado o comprometimento das demais com o sistema como todo.
abs
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Sistemas de Longo Alcance existentes no mundo atualmente - acima de 100 kms de alcance:
Rússia: S-300/350/400
USA: Patriot
Israel: Barak
Europa: SAMP/T
China: HQ-9/19/22
Ainda não sabemos quais os requisitos para o sistema de longo alcance/altura, mas provavelmente um desses sistemas irá pautar os mesmos, já que não temos nada assim no Brasil, e a doutrina atual reza que qualquer coisa que passe de 40 kms já se encaixa nesta categoria.
Para um país como o Brasil, dispor de sistemas AAe com mais de 100 kms de alcance não se pode dizer que seja sequer necessário, mas obrigatório.
Resta saber se na cabeça do pessoal de farda que lida o assunto é assim mesmo ou se chegarmos nos 40 kms já tá bom até demais.
abs
Rússia: S-300/350/400
USA: Patriot
Israel: Barak
Europa: SAMP/T
China: HQ-9/19/22
Ainda não sabemos quais os requisitos para o sistema de longo alcance/altura, mas provavelmente um desses sistemas irá pautar os mesmos, já que não temos nada assim no Brasil, e a doutrina atual reza que qualquer coisa que passe de 40 kms já se encaixa nesta categoria.
Para um país como o Brasil, dispor de sistemas AAe com mais de 100 kms de alcance não se pode dizer que seja sequer necessário, mas obrigatório.
Resta saber se na cabeça do pessoal de farda que lida o assunto é assim mesmo ou se chegarmos nos 40 kms já tá bom até demais.
abs
Carpe Diem
- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Um material muito interessante sobre AAe na Europa.
http://livrozilla.com/doc/995292/a-arti ... a%C3%A9rea
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- Henrique Brito
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Eu gostaria muito que o EB comprasse o S-400. É o que tem maior alcance. Mas isso talvez fecharia as portas pra compras de armas OTAN, principalmente aeronaves.
"Nada justifica que se abrandem os rigorosos métodos de formação do combatente paraquedista." Gen. De Pessoa
"Enquanto houver no céu a silhueta de um paraquedista, haverá sempre a esperança de vitória!" Gen Acrísio
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- Henrique Brito
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Considerando que é responsabilidade do EB fazer a defesa antiaérea de infraestruturas vitais como usinas hidrelétricas e nucleares do Brasil, indústrias bélicas, pontos terrestres de exploração de petróleo, palácio do planalto, grandes terminais ferroviários e rodoviários de carga, e se possível pontes sobre rodovias e ferrovias, e os próprios grandes comandos militares e seus paióis, helicópteros, blindados e aquartelamentos. De quantos S-400 precisaríamos se não faltasse dinheiro?
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