Então, o problema é exatamente esse, eu não sei que lógica se dá em tentar modernizar o 1A5. Se fosse o M60, seria discutível.FCarvalho escreveu: ↑Ter Jun 16, 2020 10:10 pm Se for como vosmecês estão dizendo, qual a lógica então do lançamento de um ROB para tentar, eu disse tentar, verificar a possibilidade de uma atualização dos Leo 1A5, se qualquer um com um mínimo de informação concreta sobre a sua logística de manutenção deve saber de antemão que os custos daquela não estarão, por óbvio, fora da capacidade orçamentária do EB, e ainda mais, que o resultado pode não entregar o desejado? Não lhes parece um tanto quanto contraditório isso? Elaborar um documento que já se sabe previamente que não se vai poder pagar por nem metade do que é cito nele?
Não estou defendendo nem sim, e nem não para essa suposta atualização/modernização. Estou tentando entender onde está a lógica da coisa.
Obviamente sabe-se quem em 7 anos o apoio da KMW acaba, e depois disso é cada um por si. Conquanto não me parece do interesse dos alemães deixarem um cliente como o EB simplesmente por conta e risco. Até porque, este mesmo cliente no futuro a médio prazo será obrigado a buscar alternativas factíveis para a substituição do próprio produto. Claro, os alemães tem todo interesse em vender os Leo II para o EB, nem que sejam usados.
Agora, quanto a custos, eu não tenho como saber. Está longe de minhas capacidades verificar com fidedignidade tais informações. Mas é inconteste que praticamente todo o veículo deve ser renovado.
Conquanto, continuo na assertiva acima. As tecnologias apresentadas nas torres TORC30 e UT30BR aparentemente são de domínio da indústria. Além delas, há o projeto realizado pela Equitron que dispões de várias alternativas nacionais para funcionalidades do Cascavel que se mostraram promissoras. Isto pode significar despesas em reais, e não em dólar ou euro. Estou fazendo um exercício de reflexão. Se a ideia básica é tentar manter o CC operacional, e por tabela contrabalançar a dependência externa para esta, então a saída pela BID e indústria nacional me parece a mais óbvia no que tange soluções cujos custos possam ser controlados em reais.
Se esta solução não for possível na maior parte do processo de substituição de partes e peças, então o projeto como um todo tornar-se questionável ou mesmo inviável dado os custos de importação de insumos para a sua realização. Simplesmente não compensa e não tira a nossa dependência sobre a manutenção do veículo.
Creio que a coisa é por aí. Se for possível custear a substituição da maior parte do que deve ou precisa ser trocado no CC por soluções da indústria nacional, pode ser que valha a pena. Caso contrário, é melhor então nem começar.
Neste sentido, como disse antes, qualquer intervenção no Leo 1A5 hoje estará restrita a um paralelo com o que foi feito nos M-113. Nada demais em termos tecnológicos, mas o suficiente para manter o carro rodando e fazer o seu papel de "escola". O CC do exército me parece ir pelo mesmo caminho. E para isso não precisa trocar canhão, munição, ou qualquer outra coisa que possa ser mantida em boas condições tal como está.
abs
Se quiser operar esse até 2035 ou até mais, a única coisa aproveitável dele é o chassis e olhe lá, pois podem haver fissuras, o que é comum pra uma viatura de aço puro, sem nenhuma blindagem homogênia. O comparativo com o M113 é tremendo de descabido, porém lembre-se que gastamos milhares de DÓLARES em cada viatura e foi sim uma modernização cara para o que entregou, que não mudou quase nada, só o fez continuar andando e hoje o próprio EB disse que ele não serve para a função.
"Pode significar despesas em reais, não em dolar ou euro", é mesmo? Qual motor nacional é qualificado para Carros de Combate com 43 toneladas que podemos comprar em "reais"? Você cita a UT-30, ora, o contrato feito com ela foi em dólares também. Aparentemente você não entende como se dá o processo.
Com o 1A5 a charla é outra, é motor com mais de 8 cilindros, 800 hp's, transmissão, achar algo que caiba nele numa gambiarra e entre outros. Será que teremos que passar a mesma coisa que passamos com o M113, gastando mais de US$ 116 milhões em uma modernização que, após ela, o próprio EB constatou que a viatura não servia mais ao seu propósito?