UM MBT NACIONAL

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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gabriel219
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Re: UM MBT NACIONAL

#2011 Mensagem por gabriel219 » Dom Abr 26, 2020 6:43 pm

Algumas considerações:
A versão do MBT Abrams M1A2C SEPv3, proposto pela GDLS em 2009, tem o peso de combate de 73.6 toneladas. O simples ato de levar esse veículo a algum lugar já é uma ‘operação de guerra’ (Foto: General Dynamics Land Systems).

E o que fazer? A solução parece ser uma só: Diminuir o peso dos tanques!
1) M1A2 SepV3 Abrams pesava 73.6 toneladas LONGAS - no EUA usam toneladas longas -, o que dá algo similar a 66 toneladas MÉTRICAS, medidas que usamos no Brasil. Ou seja, o peso da viatura vazia deve ser algo em torno das 62-63 toneladas. Fonte: https://asc.army.mil/web/portfolio-item ... ttle-tank/

Disse pesava, pois a atualização SepV3, que contava com nova blindagem de DU, foi abandonada em favor da versão Charlie (M1A2C), que conta com esforços para substituir parte da blindagem de DU por nanocompostos.

2) Se você diminui o peso de viaturas, você fatalmente diminui sua blindagem. A questão não se trata de tirar peso da viatura e sim mudar a configuração de sua blindagem com materiais mais leves mas que ofereçam a mesma proteção blindada, a exemplo do K2 BP, AMAP e entre outros. Todos os exemplos de IFV's com canhão que chamam de MMBT por puro eufemismo, nenhum deles possuem isso.

Os únicos MBT's que superam a casa das 70 toneladas métricas são o Challenger II e o Arjun.
Aparentemente armado com um canhão de 105mm, o protótipo também poderá receber a arma maior de 120mm, no contexto do programa Mobile Protected Firepower (MPF), que busca adquirir inicialmente 504 veículos (14 por Brigada Infantaria) para ser utilizado TO’s que os M1A2 Abrams não consigam chegar, complementando-o.
MEU DEUS!!!!

O MPF não tem a ver com M1A2 chegar ou não, é fornecer a IBCT um meio de apoio de fogo direto, que tenha blindagem para permanecer em combate e que seja aerotransportado por um C-17. Não tem a ver com M1A2 "não chegar lá", pois os IBCT's NUNCA tiveram Abrams atrelado as suas organizações.
Imagem
De início, provou-se que os Stryker M1128 é ineficiente na tarefa devido a sua deficiência na blindagem e limitadíssimo poder de choque, podendo prover apoio de fogo somente há distâncias, o que impossibilita algumas operações destinadas ao IBCT.
A CMI lançou a torre XC-8, com carregamento automático, destinado a veículos leves, sobre lagartas ou rodas, que poderia ser equipada com o canhão 105HP ou o 120HP, de 120mm e 50 calibres, mais capaz de perfurar blindagens e apto a usar o míssil Falarick 120, com a capacidade de penetrar 700mm de blindagem RHA, com um alcance de 5.000 metros
Falarick não penetra 700 mm e sim 550 mm. Poderiam muito bem ter citado o LAHAT, que pode penetrar 800 mm, porém preferiram falar números errados sobre outro míssil.

O mais interessante é que foi citado várias viaturas, desde o CV90 até o ASCOD, além de alguns protótipos. O mais interessante ainda é que NINGUÉM adotou qualquer um deles como MMBT, substituindo os carros de combate super pesados, caros, gordos, mamutes, NINGUÉM!

Os únicos ai que encontraram vendas foram o Kaplan-MT, que custa mais que um M1A2 e quase o preço do K2, e Griffin II ou o ASCOD-T. O VT-4 conseguiu achar alguns clientes, países de terceiro mundo e ainda sim por lá fazem papel secundário.

Apenas o Brasil que considera essas viaturas como uma força principal, espinha dorsal, de uma tropa blindada.

Algumas considerações finais: apostar absolutamente tudo em blindagem reativa e ativa é de uma burrice sem fim. Hoje já existem sistemas de mísseis que conseguem jammear brevemente os radares e atacar em ângulos superiores há 70º, por cima, o que impossibilita 90% dos ADS atuais.

Já existem canhões em desenvolvimento com munições que ultrapassam 2200 m/s, o que faz passar a barreira de qualquer ADS existente, até o super AMAP ADS. É dito que o canhão 130 mm da Rheinmetal irá passar essa barreira e estamos falando de um canhão convencional, imagine os ETC's e principalmente os EM's, que devem chegar a partir de 2035.

A blindagem de um MBT não é somente útil para salvar a tripulação e sim para permanecer em combate após ser alvejado. Vejam como foi os enfrentamentos blindados na guerra do golfo e principalmente guerra dos 6 dias e Yom Kippur.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2012 Mensagem por cabeça de martelo » Seg Abr 27, 2020 10:46 am

Eu não percebo qual é a dúvida... vejam!





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: UM MBT NACIONAL

#2013 Mensagem por FCarvalho » Seg Abr 27, 2020 12:59 pm

Mal comparando, no nosso caso, essas IBCT são mais ou menos como as nossas bgda cav mec, com o diferencial de serem aerotransportável, o que não acontece no EB.
Claro, com a ideia de armas combinadas, nós podemos pegar uma bgda inf lev, colocar alguns meios leves mecanizados bldos nelas, como no filme, juntar com certos elementos da bgda cav mec e temos basicamente o mesmo efeito.
O que o EB quer aqui com a tal mobilidade que a END tanto prega é conseguir fazer isso aí só que limitado aos meios de que iremos dispor.
Eu já vinha pensando em alguns aspectos disso no caso de se aproveitar os projetos de veículos que temos por aqui.
Claro, se contarmos só com os KC-390 ficamos bastante limitados em termos de transporte, mas se eventualmente viermos a contar com aeronaves pesadas de transporte, isto seria um pouco mais facilitado.
Notar que o ROB para a VBC Rec lançado recentemente pode atender as necessidades de apoio de fogo e transporte vistos no vídeo, além de, obviamente, terem versões de todos os tipos.
Agregar este tipo de veículos a uma bgda inf leve não seria de todo complicado caso necessário.
Por outro lado, este veículo aí que o US Army deseja possui alguns aspectos, mas não todos, do que o ROB da VBC CC dispõe.
Notar que aeromobilidade para CC não consta no mesmo. Até porque, deseja-se um bldo que possua até 50 ton.
Bem, quantas aeronaves teremos aqui capazes de carregar um bldo com 50 toneladas pronto para combate?
Enfim, há mais diferenças do que semelhanças entre o bldo do projeto americano e o que o exército deseja de seu novo MBT..

abs




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Re: UM MBT NACIONAL

#2014 Mensagem por Túlio » Seg Abr 27, 2020 1:03 pm

cabeça de martelo escreveu: Seg Abr 27, 2020 10:46 am Eu não percebo qual é a dúvida... vejam!

Cupincha, apples and oranges: notes que, à simples menção de US Army, a gente já sabe que se está falando de Guerra Expedicionária (logo, OFENSIVA e NO EXTERIOR - que eu saiba, essa Força precisa de um monte de permissões especiais para poder operar dentro da fronteira dos EUA); nosso caso é o exato oposto, DEFENSIVA e NO PAÍS. Ademais:

:arrow: Quase não é mostrado (só vi uma vez, um quadricóptero) mas o reconhecimento via UAV pequeno é crucial para que a tropa desmontada seja efetivamente informada e protegida da maior parte das ameaças. Até os fatiamentos podem ser reduzidos em grande parte com o uso de versões bem pequenas e que uma delas tive na mão faz SETE ANOS, tinha sensor IR da FLYR SYSTEMS e já estava em desenvolvimento uma ainda menor e mais leve mas com a mesma capacidade e endurance;

:arrow: A situação de Dominância Aérea é evidente, sem isso desdobrar esse tipo de força seria suicídio, pode-se inclusive ver um F-35 atacando, além da impunidade com que os Cargos podem lançar paraquedistas e veículos;

:arrow: Os "MMBTs" funcionam como Art AP com blindagem apenas suficiente para encarar ameaças de pouca importância para si e de muita para as VTRs mais leves e Inf. Não aparece uma só ameaça como um MBT de verdade, até porque Aviação e Artilharia já deram conta do que possivelmente havia. Nem mesmo minas, IEDs ou aquele sujeito cabeça dura que se camufla cuidadosamente no mato com seu RPG e espera pacientemente que um deles chegue a uma distância suficientemente curta (o RPG-7 ativa a espoleta da ogiva a uns 14/15 m para segurança do Operador e desconheço ADS que não detecte um disparo desses a uns 20/30 m mas desconheço ainda mais qualquer uma que consiga detectar, identificar, classificar como ameaça e acionar a tempo de ser efetiva a defesa física (foguetes/shrapnel). E com a blindagem casca de ovo desses bichinhos caros e de baixa utilidade, até as versões mais antigas do modelo Russo dão e sobram;


Mas interessante mesmo é que parece que aqui no Brasil o Exército se debruça sobre apenas uma das muitas facetas do chamado American Way of War e a toma como modelo para TODAS AS SUAS PRÓPRIAS, creio ser disso que o @gabriel219 está falando. De fato, tentar essa manobra que mostraste num ambiente onde não se tem domínio completo do céu e o IN pode ter MBTs de verdade, tripulados por gente sangue no zóio e que sabe o que está fazendo, Artilharia idem & quetales é pedir pra apanhar...




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Re: UM MBT NACIONAL

#2015 Mensagem por gabriel219 » Seg Abr 27, 2020 4:53 pm

Guerra Expedicionária, PERFEITO @Túlio!!!

Era exatamente essa a palavra que eu buscava. Logo nada tem a ver com o papel do M1A2, tratando-se da adição de uma capacidade que não existia na US Army.

Essa sua colocação resume bem o papel de um MMBT no cenário moderno, mesmo que os ESTUDADOS digam que no mundo tá todo mundo adotando MMBT no lugar dos mamutes-gordos-pesados-minha sogra-super-ultra-mega-peso-estrela-de-neutron carros de combate.
:arrow: Os "MMBTs" funcionam como Art AP com blindagem apenas suficiente para encarar ameaças de pouca importância para si e de muita para as VTRs mais leves e Inf. Não aparece uma só ameaça como um MBT de verdade, até porque Aviação e Artilharia já deram conta do que possivelmente havia. Nem mesmo minas, IEDs ou aquele sujeito cabeça dura que se camufla cuidadosamente no mato com seu RPG e espera pacientemente que um deles chegue a uma distância suficientemente curta (o RPG-7 ativa a espoleta da ogiva a uns 14/15 m para segurança do Operador e desconheço ADS que não detecte um disparo desses a uns 20/30 m mas desconheço ainda mais qualquer uma que consiga detectar, identificar, classificar como ameaça e acionar a tempo de ser efetiva a defesa física (foguetes/shrapnel). E com a blindagem casca de ovo desses bichinhos caros e de baixa utilidade, até as versões mais antigas do modelo Russo dão e sobram;
Eu sinceramente não quero um MBT de 60 toneladas aqui, até porque eu não vejo necessidade mais de um MBT possuir este peso. Creio que o ideal, com as tecnologias atuais, seja algo entre 52-57 toneladas, utilizando sistemas ADS capaz de interceptar ameaças cinéticas. Mas para isso precisamos ir de um projeto já pronto, que já possua unidades de série e perspectiva de evolução. Não existe nada mais ideal que o K2 BP!

"ah, mas o dinheiro é curto". O EB quer desenvolver do zero um MMBT e um VBCI, já vimos que um VBCI com canhão custa uma fortuna - US$ 7,5 mi pro Kaplan-MT, que é bem menos sofisticado que um Griffin II -,, considere isso o custo do desenvolvimento, a quantidade de viaturas necessárias e que não haverá clientes externos - Argentina muito provavelmente deverá ir de algo chinês, como VT-4 ou o QT, Chile irá modernizar seus Leo 2, Peru deve ir de algo Russo, provavelmente usado, como algum T-72 ou até os primeiros T-90A e a Bolívia deve ir de algo mais barato possível, provavelmente Chinês -, estamos falando de algo entre R$ 35-40 Bi, um custo muito alto por viatura.

Indo pelo caminho sugerido, ou seja comprando a licença de produção de uma viatura já pronta, abrir mão de impostos para expansão de fábricas já existentes ou construção de uma, o preço sai mais barato e em menor tempo. Levando-se em conta que as encomendas da Polônia - se caso se concretizar - e da Coréia já serão 1100-1200 novas unidades sendo desenvolvidas, com mais 400 por parte do Brasil, atingiremos uma escala que deverá baratear bastante os custos de produção, diferente de desenvolver algo bizarro que saia daquele ROB.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2016 Mensagem por Túlio » Seg Abr 27, 2020 5:07 pm

Exato, caro @gabriel219, e me é triste ver que até gente graúda e reconhecida da mídia de Defesa fica comprando (e revendendo) gato por lebre. E não estou falando do CAIAFA, que de dez marteladas, uma é no prego e nove no dedão... :lol: :lol: :lol: :lol:

Nem eu nem tu temos (ou deveríamos ter) tantos neurônios funcionais assim, mas o que temos nos basta para ver que o espírito da coisa toda é pegar um IFV, dar uma remexida e apresentar o TAM do século XXI, tão sem serventia hoje quanto o citado em sua época.

Eu não tenho problema em ver uns entusiastas como nós, @FCarvalho incluso, defendendo baboseiras assim, é do jogo; sodas é ver os que SABEM TUDO fazendo o mesmo, aí fica complicado...




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Re: UM MBT NACIONAL

#2017 Mensagem por gabriel219 » Seg Abr 27, 2020 5:25 pm

Túlio escreveu: Seg Abr 27, 2020 5:07 pm
Exato, caro @gabriel219, e me é triste ver que até gente graúda e reconhecida da mídia de Defesa fica comprando (e revendendo) gato por lebre. E não estou falando do CAIAFA, que de dez marteladas, uma é no prego e nove no dedão... :lol: :lol: :lol: :lol:

Nem eu nem tu temos (ou deveríamos ter) tantos neurônios funcionais assim, mas o que temos nos basta para ver que o espírito da coisa toda é pegar um IFV, dar uma remexida e apresentar o TAM do século XXI, tão sem serventia hoje quanto o citado em sua época.

Eu não tenho problema em ver uns entusiastas como nós, @FCarvalho incluso, defendendo baboseiras assim, é do jogo; sodas é ver os que SABEM TUDO fazendo o mesmo, aí fica complicado...
Ao menos que falem a verdade a respeito do programa, vão a público e digam que quer o mesmo conceito do TAM, uma viatura única com várias versões e que estão abrindo mão de MBT's. Isso é responsabilidade com o dinheiro público e honestidade com o escravo do governo pagador de impostos, são muito bem pagos pra isso.

Mas não, simplesmente vão lá ou vem aqui e dizem MMBT é um conceito extremamente atual, tá na moda, ai você vai ver o que os outros Exércitos de verdade dizem a respeito e são puros MGS, ou como bens disse, Art AP de fogo direto, com tudo dominado, ar e livrados da sua principal ameaça: MBT de verdade!

Aliás um VBCI com canhão de 50 mm já é algo a ser temido por um MMBT.

Isso é o que mais me revolta: mentir gastando dinheiro público e a falta de explicação para bizarrices como:
:arrow: canhão 105 mm que penetra 1200 mm RHAe há 2 km;
:arrow: viatura com uns 45 toneladas - lembrando que 50 toneladas se refere ao peso de combate carregado - que suporta 120 mm APFSDS há 1 km; e
:arrow: munição 120 mm APDS em pleno século XXI.

Tem algumas coisas que não chegam a ser bizarrices no ROB, mas que ainda carecem de explicação, mas esses três itens jamais deveriam estarem juntos num ROB feito por uma GT de um Exército da 8ª Economia do Mundo e um Player adomercido do Hemisfério Sul que possuiu bastante importância no século XX e ainda deverá apresentar nesta década de 20.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2018 Mensagem por Túlio » Seg Abr 27, 2020 6:09 pm

gabriel219 escreveu: Seg Abr 27, 2020 5:25 pm
Aliás um VBCI com canhão de 50 mm já é algo a ser temido por um MMBT.
Ué, pra que precisa 50 mm pra furar uma casca de ovo? Um 30 em semi bota umas 3 APFSDS em menos de 2 s e com precisão, mais ou menos na mesma área do alvo, que vai se fragilizando. E lembremos, cada impacto é um coice que reduz legal a capacidade de reação, ou seja...
gabriel219 escreveu: Seg Abr 27, 2020 5:25 pm Isso é o que mais me revolta: mentir gastando dinheiro público e a falta de explicação para bizarrices como:
:arrow: canhão 105 mm que penetra 1200 mm RHAe há 2 km;
No comments além de: VIAGEM DAS BRABAS!!! [003] [003] [003] [003]

gabriel219 escreveu: Seg Abr 27, 2020 5:25 pm :arrow: viatura com uns 45 toneladas - lembrando que 50 toneladas se refere ao peso de combate carregado - que suporta 120 mm APFSDS há 1 km;
É uma blindagem MÁGICA, feita pelos elfos usando chifres de unicórnios... :lol: :lol: :lol: :lol:

gabriel219 escreveu: Seg Abr 27, 2020 5:25 pm e
:arrow: munição 120 mm APDS em pleno século XXI.
APDS ainda tem sua função, tipo é um disparo mais barato e que detona IFV e qualquer coisa abaixo. Para que usar APFSDS?

PARA DETONAR MBT DE VERDADE!!!

Porque para "MMBT" (as aspas são intencionais) APDS também serve, afinal, é casca de ovo mesmo, é tipo atirou furou, e tchau pra quem tá lá dentro... [082] [082] [082] [082]




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Re: UM MBT NACIONAL

#2019 Mensagem por FCarvalho » Ter Abr 28, 2020 12:48 am

Eu gostaria de ter muitas das dúvidas dos colegas que foram levantadas aqui respondidas pelo próprio EB. Ma não tenho competência para elaborar as perguntas de forma que fiquem claras as questões.
Então, se alguém puder fazer o Eligio responder tudo o que vem sendo levantado aqui até o momento, ou outro militar que esteja lendo este tópico, seria de grande ajuda.
Ou então, vamos tentar entrar em contato com o EB e OM ligadas ao projeto e solicitar informações que possam ser divulgadas e debatidas em termos acessíveis a todos nós aqui. O exército estaria prestando um grande serviço ao público interessado e a si mesmo ao abrir para debate o que ele deseja para si, tendo em vista que os investimentos sairão do erário público.
Enfim, deixei uma lista com os links de contato aqui e no outro tópico.
Se alguém puder se dispor a falar com eles, agradeço.

abs




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Re: UM MBT NACIONAL

#2020 Mensagem por gabriel219 » Ter Abr 28, 2020 5:14 am

Túlio escreveu: Seg Abr 27, 2020 6:09 pm
APDS ainda tem sua função, tipo é um disparo mais barato e que detona IFV e qualquer coisa abaixo. Para que usar APFSDS?

PARA DETONAR MBT DE VERDADE!!!

Porque para "MMBT" (as aspas são intencionais) APDS também serve, afinal, é casca de ovo mesmo, é tipo atirou furou, e tchau pra quem tá lá dentro... [082] [082] [082] [082]
Munição APDS não é produzida mais no calibre 120 mm, a última foi a L15, ainda para o canhão L11A5 do Chiftain. Desde os anos 70 não existem mais.

Hoje em dia, contra essas viaturas, utilizam HESH ou HEAT, já que APFSDS é inútil, pois APFSDS depende da espessa blindagem da viatura atingida para possuir efeito.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2021 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Abr 28, 2020 5:54 am

FCarvalho escreveu: Seg Abr 27, 2020 12:59 pm Mal comparando, no nosso caso, essas IBCT são mais ou menos como as nossas bgda cav mec, com o diferencial de serem aerotransportável, o que não acontece no EB.

abs
Não, estas IBCT são as Brigadas Paraquedistas, Aeromóveis e de Montanha do Exército Norte-Americano.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: UM MBT NACIONAL

#2022 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Abr 28, 2020 6:26 am

Túlio escreveu: Seg Abr 27, 2020 1:03 pm
cabeça de martelo escreveu: Seg Abr 27, 2020 10:46 am Eu não percebo qual é a dúvida... vejam!
Cupincha, apples and oranges: notes que, à simples menção de US Army, a gente já sabe que se está falando de Guerra Expedicionária (logo, OFENSIVA e NO EXTERIOR - que eu saiba, essa Força precisa de um monte de permissões especiais para poder operar dentro da fronteira dos EUA); nosso caso é o exato oposto, DEFENSIVA e NO PAÍS. Ademais:

:arrow: Quase não é mostrado (só vi uma vez, um quadricóptero) mas o reconhecimento via UAV pequeno é crucial para que a tropa desmontada seja efetivamente informada e protegida da maior parte das ameaças. Até os fatiamentos podem ser reduzidos em grande parte com o uso de versões bem pequenas e que uma delas tive na mão faz SETE ANOS, tinha sensor IR da FLYR SYSTEMS e já estava em desenvolvimento uma ainda menor e mais leve mas com a mesma capacidade e endurance;

:arrow: A situação de Dominância Aérea é evidente, sem isso desdobrar esse tipo de força seria suicídio, pode-se inclusive ver um F-35 atacando, além da impunidade com que os Cargos podem lançar paraquedistas e veículos;

:arrow: Os "MMBTs" funcionam como Art AP com blindagem apenas suficiente para encarar ameaças de pouca importância para si e de muita para as VTRs mais leves e Inf. Não aparece uma só ameaça como um MBT de verdade, até porque Aviação e Artilharia já deram conta do que possivelmente havia. Nem mesmo minas, IEDs ou aquele sujeito cabeça dura que se camufla cuidadosamente no mato com seu RPG e espera pacientemente que um deles chegue a uma distância suficientemente curta (o RPG-7 ativa a espoleta da ogiva a uns 14/15 m para segurança do Operador e desconheço ADS que não detecte um disparo desses a uns 20/30 m mas desconheço ainda mais qualquer uma que consiga detectar, identificar, classificar como ameaça e acionar a tempo de ser efetiva a defesa física (foguetes/shrapnel). E com a blindagem casca de ovo desses bichinhos caros e de baixa utilidade, até as versões mais antigas do modelo Russo dão e sobram;


Mas interessante mesmo é que parece que aqui no Brasil o Exército se debruça sobre apenas uma das muitas facetas do chamado American Way of War e a toma como modelo para TODAS AS SUAS PRÓPRIAS, creio ser disso que o @gabriel219 está falando. De fato, tentar essa manobra que mostraste num ambiente onde não se tem domínio completo do céu e o IN pode ter MBTs de verdade, tripulados por gente sangue no zóio e que sabe o que está fazendo, Artilharia idem & quetales é pedir pra apanhar...
Não percebeste o que eu queria mostrar. O Gabriel e o Carvalho estão no meio de um debate entre o que é o MPF e a sua função no Exército Norte-Americano, eu limitei-me a mostrar isso mesmo usando para isso um vídeo da própria instituição Não percebeste o que eu queria mostrar. O Gabriel e o Carvalho estão no meio de um debate entre o que é o MPF e a sua função no Exército Norte-Americano, eu limitei-me a mostrar isso mesmo usando para isso um vídeo da própria instituição acima mencionada.

É claro que que os drones têm cada vez mais importância, até os pobretões dos Portugueses já usam drones desde 2014 nas missões internacionais. A Marinha até já tem uns para os NPO de descolagem vertical… que deixaram-me de boca aberta porque nunca imaginei que eles tivessem disso e ainda por cima feitos por uma empresa Portuguesa.

Qualquer operação aeroterrestre só pode ser realizada quando há o total domínio aéreo, senão é puro suicídio. A última missão internacional que o BOAT realizou foi no Mali e por ali a coisa está brava, mas o IN não tem meios aéreos nem anti-aéreas exceto metralhadoras em pick-ups.

Estas viaturas são algo parecidas ao conceito de autometralhadoras no Exército Português.
Possibilidades das Autometralhadoras

As AMetr dão várias possibilidades no moderno campo de batalha, mobilidade todo-oterreno, melhor obtenção de alvos, poder de fogo mais letal e proteção blindada média. Em combinação, estes fatores produzem o efeito de choque que permite estreitar o contato e destruir a ameaça sobre quaisquer condições atmosféricas e luminosas. As AMetr podem-se mover rapidamente sob variadas condições do terreno, terreno mole, trincheiras rasas, pequenas árvores, e obstáculos limitados. Em adição com os avanços tecnológicos, os vários sistemas de localização e comando e controlo, permitem às AMetr moverem-se para qualquer localização designada virtualmente, de maneira rápida e precisa. O uso de sinais visuais e o canal rádio único permite uma rápida e segura comunicação de ordens e instruções. Estas capacidades garantem às guarnições usar com máximo rendimento, os sistemas de armas, enquanto se mantêm dispersas, mantendo a segurança, ou seja, limitando o efeito das ameaças. Os aparelhos de pontaria e aquisição de alvos permitem às guarnições adquirir e destruir alvos, como, CC, veículos blindados e fortificações usando a peça, ou suprimir posições inimigas, pessoal inimigo, veículos ligeiros com as metralhadoras. A blindagem das AMetr protege as guarnições contra armas ligeiras, alguma artilharia, e alguns sistemas antiblindagem.

Limitações das Autometralhadoras

As AMetr requerem operadores proeficientes, mecânicos especializados e um nível moderado de manutenção assim como o reabastecimento diário de óleos e lubrificantes. As AMetr, apesar da sua proteção, são vulneráveis aos efeitos das armas dos CC e outros veículos blindados, helicópteros de assalto, minas, armas anticarro e ataques de aviação ao solo. Quando as AMetr operam em áreas edificadas, florestas densas e outros tipos de terreno restritivo, a visibilidade reduzida deixa as mesmas vulneráveis à Inf apeada, assim como em algumas situações o tamanho da sua peça pode restringir a manobra e a observação. Os obstáculos existentes ou reforçados podem restringir ou parar o movimento das AMetr. Além disto a guarnição de uma AMetr tem de ser uma equipa integrada, isto é, apesar de todos os membros terem uma função principal, precisam trabalhar juntos para tirar o máximo rendimento das AMetr. O treino tem de ser cruzado de maneira a que cada membro da guarnição possa realizar qualquer função dentro da AMetr. As AMetr têm um capacidade limitada de destruição de viaturas blindadas e nunca devem ser consideradas um CC. A intenção primária das AMetr é estreitar o contato e destruir Inf inimiga.

Caracteristicas da AMetr

Um sistema principal, secundário e auxiliar de pontaria. Em que o principal de telémetro laser, com estabilização 3ªgeração, aparelhos de pontaria com canal diurno e térmico no mínimo de 2ªgeração. O secundário deverá ter uma luneta de pontaria coaxial com a peça. Nos meios auxiliares de pontaria deverá possuir um quadrante de elevação e indicador de direção;
Capacidade de atingir velocidades máximas iguais ou superiores a 90 km/h;
Capacidade para rodar a torre sem ser preciso a AMetr estar a trabalhar;
Sistema de proteção NBQ;
Peça com calibre entre os 90 mm e os 105 mm, uma metralhadora coaxial, no mínimo, de calibre 7,62 mm, uma metralhadora, de preferência de calibre 12,7 mm para ser operada pelo chefe da AMetr do interior da viatura, e outra de calibre igual u superior a 7,62 a ser operada pelo municiador a partir do exterior;
Peso em ordem de batalha, não superior a 30 Ton;
Possibilidades de ser aerotransportada;
Ter possibilidades de montagem de 2 rádios
Dito isto as 33 MGS 105 mm que iam ser adquiridas para o Grupo de Autometralhadora não passavam de Pandur 8x8 com um canhão.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: UM MBT NACIONAL

#2023 Mensagem por Túlio » Ter Abr 28, 2020 9:21 am

cabeça de martelo escreveu: Ter Abr 28, 2020 6:26 am
Não percebeste o que eu queria mostrar. O Gabriel e o Carvalho estão no meio de um debate entre o que é o MPF e a sua função no Exército Norte-Americano, eu limitei-me a mostrar isso mesmo usando para isso um vídeo da própria instituição.
HAMMERHEAD véio, então estamos falando de dois debates diferentes: no que eu refiro temos de um lado o @FCarvalho, que leu um ROB doidíssimo do EB e assistiu/leu uns apoios a isso e concorda religiosamente; do outro vemos o @gabriel219, que deu o passo seguinte, ou seja, botou a cabeça pra funcionar, sem essa de comer prato feito pelos outros. Não precisa ter cursado AMAN nem feito estágio no US Army para ver quando estão falando baboseira, basta ter uns neurônios funcionando. A cereja do bolo é um dos textos "religiosos" do nosso véio e crédulo Flávio, onde nada menos que um Oficial de Cavalaria fala uma das maiores abobrinhas que já vi, mesmo sendo verdade: como assim detectar, apontar, atirar, acertar e destruir o alvo primeiro, dae nem tem muito o que se preocupar com a espessura e capacidades da própria blindagem? Não tá errado, desde que estejamos falando de Exércitos como o dos EUA ou Israel, e vai olhar o "tamanhinho" dos MBTs deles, e mesmo assim volta e meia algum vira fumaça! Até tiranossauro como o Challenger 2 já foi mandado pelos ares e vem o cara me dizer que um TAM do século XXI ia ser o fodão de qualquer TO que envolvesse a Cavalaria do EB? Tá me zoando!

E eu não citei EUA e Israel por acaso: o Oficial em questão fala como se fosse integrante de um Exército assim, que tem por trás de si um País com uma indústria que projeta, desenvolve, fabrica e vai aperfeiçoando até oferecer um substituto melhor para tudo o que envolve as coisas que o cara acha que bastam para se manter imune ao fogo inimigo. E mesmo assim não abrem mão de blindagem casca-grossa, porque sabem por experiência de combates anteriores algo que o nosso bravo Cavalariano pelo jeito não faz a menor ideia: SHIT HAPPENS!

Isso para não falar que uma coisa é comprar no exterior tudo up-to-date para o famoso "viu primeiro/acertou primeiro" e ficar usando por décadas sem qualquer alteração/aperfeiçoamento, pois não temos indústria e muito menos verba para coisas assim; outra é ter em casa o $ e as empresas para manter tudo sempre TOP até substituir no momento em que for necessário por algo que já estava sendo desenvolvido para este fim.

Cupincha véio, falamos do Brasil, um dos maiores produtores e exportadores de aço do mundo mas que mesmo assim precisa comprar fora para seus Guaranis e Scorpênis, e não é por falta de capacidade industrial para desenvolver/fazer, mas por ninguém acreditar que vai ter freguesia sólida depois, eis que todos sabem que basta um dos famigerados contingenciamentos acontecer e a empresa já está a caminho da falência.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2024 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Abr 28, 2020 11:11 am

Eu só li a última página... ou achas quando estou em casa posso vir ao fórum? O que não falta é trabalho para fazer!

Ok, agora já está a fazer sentido. Vou procurar o ROB... aposto que está nas duas páginas para trás.




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Re: UM MBT NACIONAL

#2025 Mensagem por JavaLindo66 » Ter Abr 28, 2020 11:37 am

A discussão começa lá no final da página 126, quando postaram o ROB.




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