ramme escreveu: ↑Ter Jan 14, 2020 1:27 pm
FCarvalho escreveu: ↑Ter Jan 14, 2020 10:17 am
Tá, o que acontece se os europeus não aprovarem o acordo?
E se a Embraer não tem um plano B, alguém além dos seus acionistas pode se dar muito mal com essa falta de precaução dos seus gestores. Incluindo o governo, que permitiu essa excrescência.
Afinal, vez em quando as coisas costumam não sair exatamente cono planejado.
Uma lei que obrigasse todas as empresas aéreas do pais, da menor à maior, a dispor no mínimo de 20% de sua frota com aeronaves nacionais poderia ser contestada na OMC?
abs
Barbaridade... Que ninguém te ouça com essa lei de conteúdo nacional.
Preço da passagem iria pro espaço.
Olá ramme.
A ideia basicamente é direcionada a indústria nacional de aviação geral e regional. Para as muitas empresas que projetam e gostariam de fabricar aviões de leve a médios, e não conseguem fazer isso, como disse ao Cássio, porque o mercado interno é uma verdadeira sandice e totalmente oligopolizado.
Não seria uma lei permanente, e muito menos com o objetivo de favorecer a Embraer. As 3 grandes possuem via de regra frotas com mais de cem aviões. Possuir 20% deste número, com todas as possibilidades e qualidades que os E-2 possuem, com certeza não seria um problema. A AZUL é um exemplo disso.
Os aviões da Embraer são perfeitos para integrar regiões e aeroportos onde as grandes não operam ou não querem operar, o que deixaria margem também para empresas regionais investirem neles e cobrir os muitos hiatos que existem neste campo.
Na minha região, por exemplo, os E-2 do -175 ao -195 seriam mais que suficientes para dar conta da malha aérea existente e ainda expandir e ligar muitas cidades do interior que só recebem voos pontuais ou de turbohélices pequenos.
A mesma situação se repete em outras regiões.
Acredito que se o Estado parar de atrapalhar o setor aéreo comercial e regional, além da aviação geral, já seria um começo bom para dar a indsutria existente no país ligada a ele um respiro. Mas como não fazem isso, talvez seja possível pelo menos tratar a indústria aeronáutica com o mesmo denodo que a BID está recebendo neste momento, ou quem sabe incluir a toda a industria aeronáutica no mesmo pacote legal de incentivo a BID. O que já seria muita coisa.
Protecionismo por protecionismo, europeus, americanos, japoneses, chineses, coreanos, indianos, russos e muito mais gente por aí cresceu e apareceu tendo como suporte em algum momento da vida a proteção industrial, com condicionantes de desempenho e qualidade. E isso fez bem à época até que a indústria pudesse andar com as próprias pernas. Depois, é cada um por si.
Mas já reparaste que as países desenvolvidos até hoje protegem suas industrias a ferro e fogo com os mais diversos instrumentos legais e institucionais, aparentes ou disfarçados, mais estes do que aqueles, e ninguém diz nada entre eles?
Mas quando se trata de países em desenvolvimento, não pode?
abs