OPERAÇÕES ESPECIAIS

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1261 Mensagem por FCarvalho » Sáb Dez 28, 2019 1:40 pm

Esse pessoal de relações públicas é muito ruim. Não sabem nem mentir direito. Tão precisando fazer uns cursos de aperfeiçoamento.

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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1262 Mensagem por FilipeREP » Dom Dez 29, 2019 2:13 pm

Mentalidade da Pontaria de Combate

Por Frankie McRae, Diretor da Training Raidon Tactics Inc, www.raidontactics.com.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 2008.

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Pontaria de Combate (Combat Marksmanship – CMMS) é a habilidade de aplicar fogo de precisão letal em um alvo ameaça em todos os ambientes sob o stress de combate com a finalidade de reduzir uma ameaça a um ponto em que ela não seja mais viável. CMMS difere dos fundamentos de Pontaria (Marksmanship - MMS), de uma forma que, o inimigo está atirando contra você ou estava atirando contra você. Em eventos de tiro de pontaria, o atirador tem todo o tempo para fazer a contagem de tiro. Em CMMS, o atirador possui tempo limitado, literalmente o resto de sua vida para distinguir uma ameaça e eliminar aquela ameaça. Quando um lutador de UFC (Ultimate Fighting Championship) vai ao octógono, eles chamam isso de combate. Entretanto, será isso mesmo? Ele não pode morder, dar cabeçada, ou arrancar o olho do oponente. Não é nada mais do que um evento atlético muito doloroso. O lutador de UFC tem a possibilidade de dizer, “eu desisto” ou bater. Em combate, o cara-a-cara com os oponentes é até a morte, você não tem a possibilidade de desistir. Se você desistir é muito provável que você ou outra pessoa irá morrer.

O CMMS começa com a ideia de que o atirador está indo para uma situação de combate. Quando um boxeador adentra o ringue, ele espera ser atingido. Quando uma pessoa toma a responsabilidade para proteger a si e a outros, ele deve supor que tão logo a luta se inicie, deve ser até o fim. Pode terminar pacificamente. Posar pode realmente funcionar. Estudos mostraram que uma arma apresentada por uma vítima mantém os agressores à distância ou os põe pra correr. A decisão mental da “vítima” em recusar ser a vítima foi a primeira ação efetuada para salvar sua vida. Essa decisão foi feita logo que a pessoa decidiu se armar. O pensamento correto para a situação de “Combate” começa com a preparação.

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Preparação é a consciência situacional de que algo pode acontecer e então “preparar” a mente para imaginar os “e se”. “Se isso acontecer, eu faço isso...”. Este pequeno ditado é um dos melhores pensamentos para se ter em mente antes que algo de fato aconteça. O tempo de reação humana gira em torno de .25 segundos. Esses tempos de reação são atingidos quando uma pessoa pode racionalizar as ações necessárias ao cumprimento de uma tarefa antes que ela seja necessária. Isto é um ensaio mental. Meu treinador de luta no colegial era um grande defensor do “ensaio mental”. Antes de partidas, eu me deitaria na cama na noite de véspera e mentalmente imaginar a competição em minha cabeça. Eu visualizaria as ações que eu iria executar primeiro e pensar comigo “se isso ou aquilo acontecer, então eu farei isso...” Eu lutava a partida muitas vezes virtualmente muitas vezes antes de lutá-la de fato. Agora, eu sou um atirador muito melhor do que eu era lutador no colegial, mas eu aprendi muito com estes exercícios mentais simples. Estes me prepararam para muitas situações na vida. A preparação também influencia a determinação e a habilidade de ser proativo.

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Determinação é o próximo princípio do pensamento para o combate. É a decisão pessoal inata de “não desistir” até que a situação tenha acabado. Ao estar mentalmente preparado, o atirador não é tão surpreendido em determinada situação e por conta disso não tão superado pelos acontecimentos quanto alguém que não faz a menor idéia do que está acontecendo. Porque uma pessoa pode pensar à frente em um tiroteio, ele pode então perceber o resultado e ser proativo, não reativo. Ao ser determinado e proativo, o atirador tem um fator medo reduzido. Não estou dizendo que não existe medo no tiroteio. Existe medo, medo de outras pessoas serem feridas ou morrerem, além de outros tipos de medo. Talvez medo de o bandido fugir. Porém, determinação, a atitude mental de “EU NÃO VOU DESISTIR” levam-nos até o fim da luta. Determinação nos dá paixão e paixão pode ser uma força motriz que nos leva a levantar da cama nas manhãs de sábado e nos leva para o estande.

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Paixão é o amor que nós temos por atividades que fazemos. Indo para o estande e treinando para tarefas que são desconfortáveis ou difíceis de realizar. Entretanto, logo que completamos estas tarefas nós sentimos gratificação e satisfação. Essa paixão gera mais determinação para se distinguir e nos faz melhores e nos empenhar ainda mais. Nós apenas devemos nos lembrar, muito “deixa comigo” algumas vezes pode acabar conosco. Precisamos de freio na hora certa no ciclo de treinamento. Nós devemos ser capazes de controlar nossa paixão e usar a calma que desenvolvemos em nossas ações para desenvolver a velocidade mental necessária para antecipar o que acontecerá em seguida.

Velocidade, tanto mental e física, é alcançada por treinar ações repetitivamente. Ao repetir as mesmas ações corretamente muitas vezes, nós “entalhamos” esta ação em nosso cérebro. Uma vez que esse movimento for “entalhado”, a ação pode se tornar quase reflexiva. Não existe tal coisa como “memória muscular” por assim dizer. É um termo usado para explicar as ações reflexo de tarefas treinadas que podem acontecer com mínima influência externa. Um reflexo, por definição, é uma resposta a um estímulo que não necessita ir até o cérebro e ser processada. Ele vai até a coluna vertebral e de volta para o ponto de origem. O treinamento aumenta a velocidade. O treinamento nos dá a experiência para saber o que deve estar prestes a acontecer na sequencia de eventos. A paixão nos leva a treinar e a determinação nos mantém caminhando quando ele fica difícil. Ao focar essa paixão e determinação, nós podemos “forçar a passagem” para o próximo nível de desempenho e nossa velocidade aumenta. Com poder e velocidade focados, nós alcançamos a violência na ação.

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Violência na ação é a execução de ações com força surpreendentemente esmagadora. É a culminação de toda paixão, determinação e velocidade necessárias para atingir a vitória. Quando confrontado com a violência na ação o agressor deve reavaliar a situação. A violência na ação também diminui o ímpeto do agressor e aumenta a coragem do atirador. Violência na ação é um aspecto que os criminosos usam para surpreender as vítimas e dominar totalmente a situação. Por dominar a situação, eles controlam a vítima. O atirador precisa utilizar todos os aspectos do pensamento de COMBATE para ser o único a dominar a situação, eliminar quaisquer ameaças com o nível apropriado de força e estar preparado para ir até aquele nível de força. Desse modo, controlando a situação e sendo vitorioso.

O Pensamento de Combate não é uma habilidade inata para a maioria das pessoas. Ele é e pode ser uma resposta aprendida. Ao se preparar para uma luta, o pensamento de combate deve ser dominado. Você deve ter determinação para trilhar o caminho, paixão para trabalhar duro e o preparo mental para estar consciente da situação.

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Frankie McRae é o Diretor da Training Raidon Tactics Inc. Ele é o antigo chefe do Curso de Forças Especiais do Exército dos EUA que é o proponente o treinamento e operações de Resgate de Reféns/Contra-terrorismo. Raidon Tactics Inc é uma companhia que oferece treinamento de Tiro, Combate em Espaços Confinados e Contra-Terrorismo. Esses são oferecidos às Forças Armadas, Aplicação da Lei, firmas de Segurança Corporativa e público em geral.

Original: http://www.cqb-team.com/CMMS.html

Essa tradução foi publicada nos sites Plano Brazil (em 2012) e Warfare Blog, em 28 de setembro de 2018: https://www.warfareblog.com.br/2018/09/ ... mbate.html

Post Scriptum: Então 1º Sargento Augusto, Comando Anfíbio (COMANF), Grupo Especial de Retomada e Resgate (GERR), comentário de 2012.
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O artigo é interessante, mas no caso da memória muscular, na minha opinião, ela é valida sim para os princípios básicos de tiro como: base, empunhadura, enquadramento e acionamento; pois estes são movimentos que influenciam diretamente na eficácia do tiro e são movimentos reflexos, pois necessitam de pouco tempo para reação. Você vai sacar sua arma e vai atirar e terá que acertar. Isso dependerá de sua posição de tiro e sua empunhadura que envolve vários outros aspectos como pressão adequada na arma, velocidade do tiro e etc... Você terá que fazer os tiros de enquadramento e de eficácia que são ações reflexas - tem que estar massificadas -, ou seja terá que existir esta memória muscular. Nas entradas em compartimentos ou em situações de combate em locais abertos, a situação vai determinar a decisão a ser tomada: como o tipo de entrada, a abordagem ao inimigo e outras situações que possam surgir que você terá que tomar uma decisão pensada e não uma ação reflexa.

Em nossos treinamentos, nós criamos várias situações dentro de um compartimento para que possamos tomar a melhor decisão na hora “da real”; mas nós também observamos que, mesmo quando ficamos muito tempo sem atirar, os reflexos necessários para fazer um bom tiro não se perdem. Podem acontecer erros na tomada de decisões: como em casos de vários alvos no mesmo compartimento e as vezes decidir por um que não seria mais adequado, por te expor para o outro inimigo que poderia causar uma baixa na equipe, e isso vem com muito treinamento.



Eu assisti o vídeo, ele é bem instrutivo mesmo. Uma coisa que ele diz que nós também temos consciência, é sobre responsabilidade dentro do compartimento. Todos têm a responsabilidade de abater o inimigo - mesmo não estando em sua Zona de Responsabilidade Tática (ZRT) - mas na entrada o Número 1 (o primeiro que entra) tem a responsabilidade de varrer todo compartimento com o olhar e seguir para sua ZRT, e caso tenha um inimigo em outra ZRT - ele irá abater. Outro ponto é que sempre se procura os cantos, não se pára no meio do compartimento senão será alvo fácil. Agora eu notei que eles ainda não tem muita preocupação com os cotovelos abertos. O cotovelo aberto possibilita ser atingido neste lugar, que irá impossibilitar o operador de combater; mas é “na marca”. Cada grupo tático tem sua doutrina, que é treinada dentro dos parâmetros que se enquadram aos seus objetivos. Talvez a doutrina que eles empregam seja a melhor para eles. Abraço!

Warfare Blog: https://www.warfareblog.com.br/2020/01/ ... mbate.html




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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1263 Mensagem por FilipeREP » Qua Jan 01, 2020 1:29 am

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Operador das forças especiais usbeques participando da segurança durante uma reunião da Coalização e a Aliança do Norte. O General Dostum foi um dos presentes. (Foto de M.V. Lonsdale.)




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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1264 Mensagem por FilipeREP » Qui Jan 02, 2020 1:56 am

Por que a equipe comando do Grupo Alfa da Rússia é verdadeiramente assustadora

Por Darien Cavanaugh, Special Ops Magazine, 17 de março de 2019.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 02 de janeiro de 2020.

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A Rússia e a milícia islâmica libanesa Hezbollah tornaram-se aliados próximos na guerra civil na Síria, com os dois apoiando o regime do presidente sírio Bashar al-Assad no conflito. O relacionamento deles nem sempre foi tão amigável. Quando membros do Hezbollah seqüestraram quatro diplomatas russos em 1985, matando um deles, a Rússia enviou o Grupo Alfa da KGB para lidar com a situação.

O Grupo Alfa é parte rede de espiões, equipe de contraterrorismo e equipe de comandos de propósito geral - e totalmente aterrorizante.

Primeiro ganhou notoriedade por liderar o ataque ao palácio presidencial de Cabul durante as fases iniciais da invasão russa do Afeganistão em 1979. Ao longo das décadas de 1980 e 1990, seus membros participaram de várias derrubadas notórias de terroristas, insurgentes e seqüestradores.

Quando a KGB e partes das forças armadas soviéticas tentaram um golpe em 1990, os membros do Grupo Alfa foram encarregados de tomar o parlamento em Moscou e neutralizar o então presidente Boris Yeltsin.

O Grupo Alfa sobreviveu ao colapso da União Soviética e atualmente opera sob os auspícios do FSB, o sucessor do KGB. No entanto, seu confronto com o Hezbollah durante a crise dos reféns no Líbano continua sendo uma das operações mais discutidas e surpreendentemente brutais.

A KGB criou o Grupo Alfa - ou Spetsgruppa A - em 1974, em resposta aos ataques do Setembro Negro nas Olimpíadas de Munique, dois anos antes.

Oito terroristas ligados à Frente de Libertação da Palestina se infiltraram na Vila Olímpica, mataram dois atletas israelenses e fizeram vários outros reféns. A polícia da Alemanha Ocidental fracassou numa tentativa de resgate no aeroporto da OTAN horas depois. Outros nove israelenses morreram lá, junto com cinco dos terroristas e um policial alemão ocidental.

O Grupo Alfa formou-se na sequência do fiasco. Mas o grupo rapidamente assumiu um papel mais amplo do que o mero contraterrorismo.

Quando a União Soviética invadiu o Afeganistão em 1979, o Grupo Alfa e o Grupo Zênite da KGB, outra unidade de forças especiais, lideraram um contingente de 700 soldados no ataque ao Palácio Tajbeg em Cabul, de acordo com David Cox em seu livro Close Protection: The Politics of Guarding Russia's Rulers.

Os comandos entraram no país sob os auspícios da proteção da embaixada russa. O ataque ao palácio de Tajbeg em 27 de dezembro de 1979 foi a primeira fase da invasão soviética. O presidente afegão Hafizullah Amin estava dando uma festa no palácio naquela noite. Inúmeros convidados civis e residentes do palácio, incluindo mulheres e crianças, estavam presentes quando o ataque começou.

Um membro das forças especiais que participou do ataque disse à BBC em 2009 que os oficiais encarregados ordenaram que os soldados matassem todos no edifício.

"Eu era um soldado soviético", lembra Rustam Tursunkulov. “Fomos treinados para aceitar ordens sem questionar. Eu estava nas forças especiais - é o pior trabalho.”

Uma afegã chamado Najiba estava dentro do palácio quando os soviéticos chegaram. Ela tinha apenas 11 anos na época. "As coisas que vi", disse Najiba à BBC. “Meu Deus - pessoas no chão. Eu vi uma pessoa ... como uma cena de um filme de pesadelo. Cadáveres. Muitos."

"Por favor, tente entender que, quando há uma batalha, é difícil saber que há crianças lá", explicou Tursunkulov. "Em qualquer exército, deve haver alguém que faça as tarefas mais severas e terríveis. Infelizmente, não são soldados, mas políticos que fazem guerras. "

O filho de 11 anos de Amin foi morto no ataque ao palácio, e o próprio Amin morreu durante a ação ou logo depois - talvez executado. Segundo Tursunkulov, os corpos de todos os mortos no palácio foram embrulhados em tapetes e enterrados nas proximidades sem cerimônia.

O Grupo Alfa continuou a liderar os esforços da KGB em contraterrorismo e contrainteligência doméstica até os anos 80. A unidade mirou agentes e operadores da CIA, e liderou a operação contra os seqüestradores do vôo 6833 da Aeroflot em Tbilisi, na Geórgia, em 1983. Eles mataram três dos seqüestradores e capturaram o restante, mas perderam cinco reféns.

Foi o envolvimento do grupo em uma crise de reféns em 1985 no Líbano que deu ao Grupo Alfa uma reputação internacional como uma unidade contra-terror cruel - mas eficaz.

Em 20 de setembro de 1985, a Organização de Libertação Islâmica, parte do Hezbollah, sequestrou quatro diplomatas russos em Beirute. Uma mensagem dos terroristas "alertou que os quatro prisioneiros soviéticos seriam executados, um a um, a menos que Moscou pressionasse milicianos pró-Síria a cessar o bombardeio de artilharia de posições mantidas pelas milícias fundamentalistas pró-Irã na cidade portuária de Trípoli, no norte do Líbano", de acordo com relatório contemporâneo de Jack McKinney, do Daily News da Filadélfia.

Moscou inicialmente tentou abrir canais de comunicação na esperança de negociar a libertação de reféns. Mas depois que os captores executaram um dos russos, Moscou enviou o Grupo Alfa.

Os reféns restantes foram libertados dentro de algumas semanas, o que surpreendeu os jornalistas, considerando que muitos reféns tomados no Líbano foram mantidos por meses ou até anos.

O General de Brigada Ghazi Kanaan, que era o chefe de inteligência das forças sírias no Líbano na época, foi originalmente creditado por orquestrar a libertação dos russos. Esse relato foi divulgado para jornalistas de outros países.

"Jornalistas ocidentais relataram que os seqüestradores foram forçados a libertar os reféns porque uma busca bloco-a-bloco por milicianos pró-Síria estava chegando perto deles", escreveu McKinney.

No entanto, de acordo com fontes israelenses citadas no Daily News, foi na verdade a KGB que negociou a libertação. E no livro Hezbollah: The Global Footprint of Lebanon's Party of God, Matthew Levitt esclarece que não eram apenas seus agentes KGB comuns. Era o Grupo Alpha.

"Em uma recontagem", escreve Levitt, "a KGB sequestrou um parente do chefe da organização que tomava reféns, cortou a orelha do parente e o enviou para sua família. Em outro, a unidade Alfa sequestrou um dos irmãos do seqüestrador e enviou dois dedos para sua família, em envelopes separados.

“Ainda outra versão tem os agentes soviéticos sequestrando uma dúzia de xiitas, um dos quais era parente de um líder do Hezbollah. O parente foi castrado e baleado na cabeça, seus testículos enfiados na boca e seu corpo enviado ao Hezbollah com uma carta prometendo um destino semelhante para os outros 11 cativos xiitas, se os três reféns soviéticos não fossem libertados.”

Embora os detalhes das várias "recontagens" sejam diferentes, o efeito é praticamente o mesmo. Dado o fato do Grupo Alfa ter sido despachado para Beirute, e de que os reféns foram libertados tão rapidamente quando outros países, incluindo os Estados Unidos, falharam em facilitar respostas tão prontas dos seqüestradores no Líbano, parece razoável que fosse o Grupo Alfa, em vez de uma busca síria que levou à liberação rápida.

A Rússia tem uma política de longa data de atacar membros da família de terroristas. Os relatórios das ações alegadas do Grupo Alfa em Beirute são consistentes com essa tradição.

A saga de Beirute é sem dúvida a mais sensacional das operações do Grupo Alfa. Mas a unidade continuou a desempenhar um papel proeminente nos esforços militares, de inteligência e contraterrorismo soviéticos e russos.

Um destacamento lituano do Grupo Alfa tentou reprimir o movimento de secessão no país em janeiro de 1991, matando 14 civis e ferindo centenas mais quando eles tomaram a torre de televisão de Vilnius.

Mais tarde, no mesmo ano, comandos do Grupo Alfa assaltaram o parlamento russo durante um golpe contra o presidente soviético Mikhail Gorbachev. Eles foram instruídos a capturar o presidente da Federação Russa Boris Yeltsin - ou matá-lo, caso parecesse que ele poderia escapar.

Vinte comandos do Grupo Alfa recusaram a ordem, adiando a missão por tempo suficiente para o golpe entrar em colapso.

Mais recentemente, a unidade de contraterrorismo esteve envolvida no fim da crise dos reféns na escola de Beslan, na Ossétia do Norte, em 2004. Durante a batalha entre o Grupo Alfa e dezenas de terroristas, 330 pessoas morreram, incluindo 186 crianças.

Os comandos do Grupo Alfa foram criticados pelo uso imprudente de força excessiva em Beslan, observa Glenn Peter Hastedt em Spies, Wiretaps and Secret Operations. O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu seus operadores especiais, dizendo que eles não planejavam invadir a escola e o fizeram apenas depois de relatos de que os terroristas começaram a executar as crianças do lado de dentro.

Também houve relatos do Grupo Alfa lutando na guerra civil na Ucrânia.

Original: https://special-ops.org/49464/why-russi ... najE1Bd32g

Texto postado no Special Ops Magazine pelo membro Eric SOF, ele foi inicialmente postado por Darien Cavanaugh no site War is Boring em 2016.

Warfare Blog: https://www.warfareblog.com.br/2020/01/ ... fa-da.html




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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1265 Mensagem por FilipeREP » Sex Jan 03, 2020 7:45 pm

É por isso que as Forças Especiais do Irã ainda usam boinas verdes

Por Eric SOF, Spec Ops Magazine, 9 de setembro de 2018.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 3 de janeiro de 2020.

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Ao olhar para a 65ª Brigada de Forças Especiais Aerotransportadas do Irã, você pode notar algumas semelhanças impressionantes - as divisas amarelas dos graduados parecem muito com as divisas amarelas do antigo uniforme verde do Exército, por exemplo. Antes da Revolução Iraniana, as insígnias de suas unidades pareciam muito com o brasão De Oppresso Liber, que simboliza as Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos.

A boina verde distintiva usada pelos iranianos pode não ter a mesma tonalidade de verde usada pelas Forças Especiais do Exército dos EUA de hoje, mas os operadores especiais iranianos vestem verde por um motivo - eles foram treinados pelos americanos.



Na década de 1960, os Estados Unidos enviaram ao Irã quatro destacamentos operacionais de operadores das Forças Especiais do Exército para treinar as forças militares imperiais do Xá. As Equipes de Treinamento Móvel (Mobile Training Teams) passaram dois anos como Grupo Consultivo de Assistência Militar no Irã (Military Assistance Advisory Group Iran). Antes que eles pudessem chegar ao Irã, os soldados tiveram que passar no curso de Oficial de Forças Especiais (Special Forces Officer) em Fort Bragg, e então aprenderem Farsi no Instituto de Idiomas de Defesa (Defense Language Institute) de Monterey, na Califórnia. Só então eles seriam enviados ao Irã para treinar as Forças Especiais Iranianas.

Faz muito tempo que a 65ª foi parte das Forças Especiais Imperiais Iranianas. Agora chamada 65ª Brigada NOHED (que é apenas um acrônimo farsi para "forças especiais aerotransportadas"), a missão da unidade é muito semelhante àquelas para as quais as Forças Especiais dos EUA os treinaram na década de 1960. Eles realizam resgate de reféns, operações psicológicas, guerra irregular e treinam para missões de combate ao terrorismo dentro e fora da República Islâmica.

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Dentro das forças armadas iranianas, a unidade é conhecida como "fantasmas poderosos". O apelido deriva de uma missão dada à 65ª em meados dos anos 90. Eles foram encarregados de tomar edifícios em torno de Teerã das forças armadas regulares - e conseguiram fazê-lo em menos de duas horas.

Desde o seu confronto inicial com as Forças Especiais dos EUA, a 65ª Brigada de Forças Especiais Aerotransportadas do Irã sobreviveu à Revolução Iraniana de 1979, então eles sobreviveram à brutal Guerra Irã-Iraque na década de 1980, e agora aconselham o Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana enquanto lutam pelo regime de Assad dominado pelo Irã na Síria contra uma rebelião fraturada.

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Membros do NOHED operando uma metralhadora nas terras altas do Curdistão iraniano durante a Guerra Irã-Iraque dos anos 80. (Foto: Wiki)

O legado do treinamento duro, mas completo, com os boinas verdes americanos continua no Irã. O treinamento atual inclui resistência e sobrevivência em guerra no deserto, na selva e nas montanhas, entre outras escolas, como o treinamento de pára-quedas e queda livre, assim como seus antigos aliados americanos ensinaram há muito tempo.

Original: https://special-ops.org/44699/this-is-w ... B3dZdjaQoQ

Nota do Tradutor: Em 1953, 10 oficiais do Exército Imperial Iraniano foram enviados à França para treinamento paraquedista. Retornando ao Irã, eles estabeleceram a Unidade Paraquedista em 1955, que evoluiu para o Batalhão Paraquedista em 1959. Por essa razão, a boina iraniana é usada “à francesa”, tal qual no Brasil, com o distintivo no lado direito.




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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1266 Mensagem por Ckrauslo » Sex Jan 03, 2020 10:41 pm

Sei que os francos inventaram as boinas, portanto se houvesse uma forma correta de usar, seria a deles.
Mas prefiro pessoalmente a boina "à inglesa".




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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1267 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jan 04, 2020 1:44 pm

Qual a diferença?

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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1268 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Jan 04, 2020 2:22 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Jan 04, 2020 1:44 pm Qual a diferença?

abs
Boinas Verdes (Paras Portugueses - 1º BIPara), Boinas Vermelhas (Paras Franceses - 3RPIMa):

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Militar Brasileiro a falar com um Comando Português, tendo de fundo dois Paraquedistas Portugueses e um da Arma de Cavalaria:

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"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1269 Mensagem por cabeça de martelo » Seg Jan 06, 2020 7:27 am





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1270 Mensagem por Frederico Vitor » Seg Jan 06, 2020 8:53 pm

F.Es (provavelmente) pertencentes à 3ª Companhia de Forças Especiais com sede em Manaus-AM.

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Créditos: Instagram / Comando de Aviação do Exército




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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1271 Mensagem por Ckrauslo » Seg Jan 06, 2020 9:53 pm

Primeira vez que vejo F.E no Brasil com colete verde.




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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1272 Mensagem por Dusek » Ter Jan 07, 2020 9:56 am

Ckrauslo escreveu: Seg Jan 06, 2020 9:53 pm Primeira vez que vejo F.E no Brasil com colete verde.
A 3 CIA FE ja utiliza faz tempo. tenho outras fotos deles utilizando.




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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1273 Mensagem por FilipeREP » Ter Jan 07, 2020 8:03 pm

Resgate do vôo SQ 117 da Singapore Airlines em 30 segundos cravados

Por Eric SOF, Spec Ops Magazine, 28 de março de 2019.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 7 de janeiro de 2020.

Imagem
A Força-Tarefa de Operações Especiais das SAF, um comando antiterrorista, inclui membros da Força de Operações Especiais e da Unidade de Mergulho Naval. (Foto: Facebook/Modern Elite Forces)

Fred Cheong, 55 anos, fez muito mais do que a pessoa média em duas vidas completamente diferentes. O comando das Forças Especiais se formou no excruciante curso SEAL da Marinha dos EUA, invadiu um avião seqüestrado da Singapore Airlines e transformou vários lotes de cadetes oficiais em soldados.

Depois de deixar as Forças Armadas de Cingapura (SAF), Cheong se tornou um monge budista. Desde então, ele viveu simplesmente em um mosteiro, meditou nas montanhas cobertas de neve nas profundezas do Himalaia e liderou retiros de dharma em todo o mundo.

É por isso que Cheong prefere ser conhecido como o Venerável Tenzin Drachom, um nome dado pelo Dalai Lama e um reconhecimento de sua carreira militar de 32 anos.

"Em tibetano, 'dra' significa ilusão, 'chom' significa destruidor", disse ele ao Channel NewsAsia em sua casinha de templo em Pasir Ris. “Nas forças armadas, eu destruí o inimigo fora. Agora eu destruo o inimigo dentro.

Mas como um garoto jovem e esquelético, Drachom nunca teve ambições de se juntar às forças armadas. Ou quaisquer ambições fortes, nesse sentido. "Eu não era muito forte, nem sabia nadar", disse ele. "Talvez eu estivesse pensando que queria ser um comissário de bordo."

Em dezembro de 1982, o jovem de 18 anos se alistou no Serviço Nacional e, eventualmente, ingressou como cadete oficial, depois de ver seus companheiros de beliche fazendo o mesmo. "Também pudera", ele meditou. "Eu pensei que (ingressar) nas forças armadas não poderia ser errado."

Seqüestro de Vôo SQ117

26 de março de 1991 foi um dia em que os militares não podiam se dar ao luxo de errar.

O vôo SQ117 da Singapore Airlines com destino a Cingapura foi seqüestrado por quatro passageiros paquistaneses logo após decolar de Kuala Lumpur.

O avião, com 114 passageiros e 11 tripulantes, aterrissou no aeroporto de Changi por volta das 22h30. Os seqüestradores, armados com facas, isqueiros e o que pareciam explosivos, agrediram o piloto, atendentes e passageiros. Dois comissários foram empurrados para fora do avião.

Os seqüestradores, que queriam que o avião fosse reabastecido e transportado para Sydney, fizeram suas exigências: falar com o ex-primeiro-ministro do Paquistão, Benazir Bhutto, e pedir às autoridades que libertem várias pessoas presas no Paquistão.

Depois que as negociações chegaram às primeiras horas da manhã seguinte, os seqüestradores perderam a paciência e ameaçaram começar a matar reféns caso suas exigências não fossem atendidas.

Foi então que as autoridades deram o sinal: comandos da Força de Operações Especiais (SOF) foram ordenados para invadir o avião e resgatar os reféns. Drachom, na época um soldado da SOF, fazia parte da equipe.

"Quando chegou a hora, era 'apenas faça'", disse ele. "Não havia nenhum devaneia mental de eu irei, não irei ou vou ligar para minha namorada. Sem besteiras."

Desde o treinamento, os comandos conheciam o traçado interior de vários tipos de aeronaves, como as palmas das mãos. Sob a cobertura da escuridão, eles se aproximaram do Airbus A310.

A adrenalina estava pulsando, mas Drachom tratou a operação como "apenas mais um exercício".

"Você treinou sua mente para operar sob pressão", disse ele, respirando fundo. "Foi realmente cirúrgico ... então temos que ser muito claros, atirar com muita retidão, e vamos fazê-lo."

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A operação de resgate naturalmente foi a primeira página dos jornais. (Foto: Facebook/National Library Singapore via Singapore Press Holdings)

Por volta das 6h50, os comandos invadiram o avião, gritaram para os passageiros deitarem e mataram todos os quatro seqüestradores. A operação durou apenas 30 segundos. Os anos de treinamento prepararam bem os comandos, mas ele também os preparou para tirarem vidas?

“Fomos muito claros quando entramos lá; sabíamos exatamente o que fazer - respondeu Drachom. “Você não pode ir lá e começar a pensar. Vamos lá e fazemos o que treinamos, porque haverá essa troca.”

Drachom enfatizou que "não havia qualquer ego" em cada membro da equipe. "Você estava lá apenas para fazer o trabalho", acrescentou. "Nada mais."

Quando os comandos retornaram à base, Drachom disse que ninguém lá sabia como a operação se desenrolara. Mas logo, as forças de elite de todo o mundo queriam visitar, curiosas sobre como haviam executado a missão com tanto sucesso.

Drachom observou que a operação havia elevado a reputação do jovem Exército aos olhos do mundo.

"Somente depois de tudo isso, percebemos que nos reunimos e nos unimos como equipe", acrescentou. “O que nos fez continuar foi um bom sistema de treinamento; nossa fé em todos os níveis de que todos farão seu trabalho.”

Os detalhes da operação ainda estão frescos na mente de Drachom, embora ele tenha dito que a equipe declarou o capítulo "fechado para sempre". "Fechamos porque desejamos que nunca mais aconteça", disse ele.

Original: https://special-ops.org/49521/rescue-of ... secs-flat/

Warfare Blog: https://www.warfareblog.com.br/2020/01/ ... apore.html




Editado pela última vez por FilipeREP em Sáb Jan 18, 2020 2:11 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1274 Mensagem por italo clay » Seg Jan 13, 2020 9:39 am

Dusek escreveu: Ter Jan 07, 2020 9:56 am
Ckrauslo escreveu: Seg Jan 06, 2020 9:53 pm Primeira vez que vejo F.E no Brasil com colete verde.
A 3 CIA FE ja utiliza faz tempo. tenho outras fotos deles utilizando.
e se não estou vendo errado estão de boot preto




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Re: OPERAÇÕES ESPECIAIS

#1275 Mensagem por Ckrauslo » Seg Jan 13, 2020 12:58 pm

Sim, estão.




Kept you waiting, huh?
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