#2156
Mensagem
por FCarvalho » Qua Fev 26, 2020 8:09 pm
Honestamente, há tempos que eu ouço e leio falarem sobre essa missão da ONU no leste da Ucrânia. Mas fato é que os russos não estão interessados nisso até que consigam uma situação em que possam determinar as regras de qualquer cessar fogo e/ou acordo de paz. Tropas de paz da ONU não fazem parte deste plano.
Para nós seria uma grande missão, não só pela complexidade do TO em si, como pela necessidade impositiva de levar para lá tudo do bom e do melhor que conseguirmos dispor.
Sim, com certeza o COBRA seria o padrão mínimo para a infantaria atuar por lá. E isso não seria nenhuma panacéia, já que nesta fase inicial do programa quase tudo já está disponível e pode ser adquirido no mercado nacional.
Os militares tem falado bastante sobre esta questão das missões da ONU. Obviamente que eles sabem que estas missões são uma das poucas formas de arrecadar fundos para os seus projetos e também de equipar as tropas com material de qualidade.
Resta saber qual a posição do governo sobre este tema, pois até o momento não houve nenhuma iniciativa neste sentido.
Em tese, Líbano, Rep Centro Africana e Ucrânia são missões para as quais já fomos cotados, e mesmo convidados a assumir o comando. No entanto, questões ditas econômicas defenestraram qualquer chance de fazer parte delas.
Acredito que só na mama África temos pelo menos cinco ou seis missões de cunho humanitário das quais poderíamos contribuir de verdade para alguma mudança, como Darfur, Sudão, Sudão do Sul, Congo e RCA. O Mali também corre por fora.
Fizemos exercícios logísticos em 2018 na região norte, e que até o momento não se transformaram em mais exercícios e/ou operações conjuntas com os países participantes. Pelo menos não de público. As missões na África são excelentes oportunidades para nossas tropas logísticas se adestrarem. Cia Engenharia, Btl Suprimento e Mnt, Hospitais de campanha e PE/Inf Gda são bons exemplos de tropas muito necessárias naqueles TO. Não raro, muito mais que infantaria.
Enfim, a Ucrânia seria uma boa desculpa para o ministro da economia abrir a mão e permitir as ffaa's comprarem alguns equipamentos que de outra forma, com alguma sorte, só veremos em 2 ou 3 anos, como os LMV. Para não falar dos Guarani 6x6 que precisa ser testado de verdade em um TO real. Isto talvez mesmo ensejasse maior rapidez e fluidez no desenvolvimento e apronto de suas VBE. Ao menos as necessárias para uma missão como essa.
abs
AVATAR INSERIDO PELA MODERAÇÃO
(pode ser substituído sem problemas)