China...
Moderador: Conselho de Moderação
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55257
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2752 vezes
- Agradeceram: 2433 vezes
Re: China...
Chinese Officials Reveal New Details of Country’s 6G Research
By Matthew Walsh / Nov 22, 2019 03:52 AM / Business & Tech
Chinese officials revealed further tantalizing details of its research into sixth-generation wireless technology just weeks after the country’s three main network operators launched commercial 5G services.
Officials of the Ministry of Industry and Information Technology (MIIT) and the Ministry of Science and Technology confirmed to Xinhua that the government recently initiated 6G research, the state news agency reported Thursday.
In addition, two major state-owned carriers, China Unicom and China Telecom, told Xinhua that they started research into the extremely high electromagnetic frequencies critical for 6G development.
Future 6G networks will feature peak download speeds of 1 terabyte — the equivalent of 250 movies — per second, Xinhua reported, adding that the technology will also enable the use of three-dimensional holographic maps as well as virtual and augmented reality.
“No matter whether you’re navigating from your car, your bike, or on foot, 6G will combine with holographic technology, allowing you to view three-dimensional holographic maps of the city projected onto the road in front of you without looking down at your phone,” Xinhua quoted China Telecom CEO Bi Qi as saying at the 2019 World 5G Convention in Beijing.
Meanwhile, Zhang Zhonghao, a lead wireless technology researcher at China Unicom, said at the conference that if miniaturized and mounted on satellites, drones, or spacecraft, 6G could help to transmit huge amounts of uncorrupted data across vast distances, revolutionizing communications between Earth and space, Xinhua said.
For now, China is focusing on building out commercial 5G networks. The country has built 113,000 5G base stations so far and intends to raise that number to 130,000 by the end of the year, the MIIT’s Miao Wei said at the conference.
Chinese smartphone makers, including Huawei, Vivo and Xiaomi, are also scrambling to release 5G-ready handsets in a bid to grab a share of the nascent market.
Contact reporter Matthew Walsh (matthewwalsh@caixin.com)
https://www.caixinglobal.com/2019-11-22 ... 85946.html
By Matthew Walsh / Nov 22, 2019 03:52 AM / Business & Tech
Chinese officials revealed further tantalizing details of its research into sixth-generation wireless technology just weeks after the country’s three main network operators launched commercial 5G services.
Officials of the Ministry of Industry and Information Technology (MIIT) and the Ministry of Science and Technology confirmed to Xinhua that the government recently initiated 6G research, the state news agency reported Thursday.
In addition, two major state-owned carriers, China Unicom and China Telecom, told Xinhua that they started research into the extremely high electromagnetic frequencies critical for 6G development.
Future 6G networks will feature peak download speeds of 1 terabyte — the equivalent of 250 movies — per second, Xinhua reported, adding that the technology will also enable the use of three-dimensional holographic maps as well as virtual and augmented reality.
“No matter whether you’re navigating from your car, your bike, or on foot, 6G will combine with holographic technology, allowing you to view three-dimensional holographic maps of the city projected onto the road in front of you without looking down at your phone,” Xinhua quoted China Telecom CEO Bi Qi as saying at the 2019 World 5G Convention in Beijing.
Meanwhile, Zhang Zhonghao, a lead wireless technology researcher at China Unicom, said at the conference that if miniaturized and mounted on satellites, drones, or spacecraft, 6G could help to transmit huge amounts of uncorrupted data across vast distances, revolutionizing communications between Earth and space, Xinhua said.
For now, China is focusing on building out commercial 5G networks. The country has built 113,000 5G base stations so far and intends to raise that number to 130,000 by the end of the year, the MIIT’s Miao Wei said at the conference.
Chinese smartphone makers, including Huawei, Vivo and Xiaomi, are also scrambling to release 5G-ready handsets in a bid to grab a share of the nascent market.
Contact reporter Matthew Walsh (matthewwalsh@caixin.com)
https://www.caixinglobal.com/2019-11-22 ... 85946.html
Triste sina ter nascido português
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 39487
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1137 vezes
- Agradeceram: 2847 vezes
- Naval
- Sênior
- Mensagens: 1505
- Registrado em: Dom Jul 27, 2003 10:06 am
- Agradeceu: 156 vezes
- Agradeceram: 43 vezes
Re: China...
Nenhuma força pode impedir a China de ficar mais forte: conselheiro de estado chinês
http://eng.chinamil.com.cn/view/2019-11 ... 682193.htm
Abraços
http://eng.chinamil.com.cn/view/2019-11 ... 682193.htm
Abraços
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
- EDSON
- Sênior
- Mensagens: 7303
- Registrado em: Sex Fev 16, 2007 4:12 pm
- Localização: CURITIBA/PR
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 335 vezes
Re: China...
Com certeza com um nível educacional tão bom vai ficar ainda mais forte.
Viva os comunistas!!!!!!
Viva os comunistas!!!!!!
Prova mundial de educação revela que China é o país a ser copiado
Províncias chinesas lideram Pisa 2018, o ranking da educação da OCDE; censura pode impedir, porém, que estudantes desenvolvam potencial
São Paulo — A cada três anos educadores do mundo inteiro se voltam para os dados do Pisa 2018, a mais respeitada avaliação de qualidade da educação básica, para saber de quem precisam aprender a aprender. Os resultados da última edição do ranking mundial da educação saíram nesta terça-feira (03), e devem fazer as atenções dos próximos anos se voltarem para a China.
O Pisa é organizado pela OCDE, o clube de países desenvolvidos, e avalia alunos de 15 anos desde 2.000. Em seu primeiro levantamento fez da pequena Finlândia um sucesso mundial. O país foi o primeiro em leitura e entre os primeiros em matemática e ciências. O país chegou a criar uma unidade dentro de seu ministério da Educação para exportar os ensinamentos do país — que defendem valorização e autonomia do professor, liberdade para os alunos e trabalhos em grupo e interdisciplinares.
Esses preceitos continuam valiosos, mas os últimos anos mostraram o valor de, digamos, uma educação mais baseada na força bruta. A disciplinada Singapura ficou em primeiro lugar nas três categorias em 2016. Desta vez, o topo do ranking ficou com quatro províncias chinesas: Pequim, Xangai, Jiangsu e Zhejiang, líderes no aprendizado de matemáticas e ciências e empatadas com Singapura em leitura.
Os bons resultados chineses devem servir de intenso debate nos próximos anos. O país conseguirá oferecer as melhores oportunidades a esses estudantes num ambiente de crescente tensão social e fechamento político e econômico? Como é possível ter o melhor sistema educacional do mundo com um governo que impede a livre circulação de ideias?
Ao menos as províncias chinesas conseguem romper com uma lógica que permeia o Pisa desde sua criação: mais dinheiro costuma trazer melhor educação. Mas os resultados dos países membros da OCDE estão estagnados há duas décadas, apesar de um aumento de 15% nos investimentos por estudante. Os Estados Unidos, país mais rico do mundo, ocupam o 11º lugar em leitura, o 30º em matemática e o 16º em ciências.
O Brasil subiu três posições no ranking geral, mas segue em 59º entre as 79 nações avaliadas. O país é o 42º em leitura, o 58º em matemática e o 53º em ciências. Apenas 32% dos estudantes brasileiros sabem o mínimo de matemática, ante 98% dos estudantes chineses. O relatório mostra o Brasil abaixo de países de renda semelhante, como a Turquia, e no mesmo patamar dos vizinhos Argentina e Colômbia.
A OCDE destaca o avanço brasileiro na inclusão de estudantes à sala de aula nas últimas duas décadas. Precisamos, agora, de um plano para tirar a diferença para os melhores.
- FilipeREP
- Avançado
- Mensagens: 438
- Registrado em: Qua Nov 13, 2019 2:50 pm
- Agradeceu: 17 vezes
- Agradeceram: 52 vezes
Re: China...
Um conselheiro estatal chinês falando isso, que surpresa...
Avaliação da fonte é uma ação primária para qualquer análise.
Avaliação da fonte é uma ação primária para qualquer análise.
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 61474
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceu: 6306 vezes
- Agradeceram: 6656 vezes
- Contato:
Re: China...
Sinto discordar, e posso ser chamado com razão de muita coisa mas não de COMUNISTA!
Desde quando eu próprio estava no então segundo grau já lia e via na TV matérias sobre a excelência do EM Chinês e suas famosas Olimpíadas Nacionais de Matemática, sem igual no planeta.
Não confundamos China com ideologia, peguem uma Universidade Federal de lá e comparem com uma daqui: a de lá toda arrumadinha, limpinha, alunos atentos e disciplinados; já aqui...
Desde quando eu próprio estava no então segundo grau já lia e via na TV matérias sobre a excelência do EM Chinês e suas famosas Olimpíadas Nacionais de Matemática, sem igual no planeta.
Não confundamos China com ideologia, peguem uma Universidade Federal de lá e comparem com uma daqui: a de lá toda arrumadinha, limpinha, alunos atentos e disciplinados; já aqui...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
- Sterrius
- Sênior
- Mensagens: 5140
- Registrado em: Sex Ago 01, 2008 1:28 pm
- Agradeceu: 115 vezes
- Agradeceram: 323 vezes
Re: China...
Sorry, já entrei na UFRN, UFBA e a do RS em Caxias do Sul tudo em menos de 4 anos. De fato morei 20 anos do lado da UFRN e apesar da grana estar curtíssima nesse estado não estavam. Pelo contrario, estava boa pra quem não tem grana nem pra pagar o faxineiro. Não retratar uma minoria de faculdades como realidade nacional.Túlio escreveu: ↑Ter Dez 03, 2019 4:00 pmSinto discordar, e posso ser chamado com razão de muita coisa mas não de COMUNISTA!
Desde quando eu próprio estava no então segundo grau já lia e via na TV matérias sobre a excelência do EM Chinês e suas famosas Olimpíadas Nacionais de Matemática, sem igual no planeta.
E na escola pública que votava. A cada 4 anos a estrutura tava igual ou melhor que antes. Hoje já não sei dizer pq hoje voto num galpão do teatro.
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 61474
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceu: 6306 vezes
- Agradeceram: 6656 vezes
- Contato:
Re: China...
Sorry digo eu, insisto na excelência do sistema educacional Chinês, e minha referência é o fim dos anos 70, quando eu estava cursando o secundário.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
- EDSON
- Sênior
- Mensagens: 7303
- Registrado em: Sex Fev 16, 2007 4:12 pm
- Localização: CURITIBA/PR
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 335 vezes
Re: China...
A fonte é a própria OCDE e a matéria esta na Exame. E claro que o "viva" era por pura brincadeira e provocação. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
https://exame.abril.com.br/mundo/pisa-m ... -educacao/
Vai ser difícil fazer melhor que os chineses e principalmente aqui.
A verdade dói!!!!!!!!!!!!!!!!
https://exame.abril.com.br/mundo/pisa-m ... -educacao/
Vai ser difícil fazer melhor que os chineses e principalmente aqui.
A verdade dói!!!!!!!!!!!!!!!!
- EDSON
- Sênior
- Mensagens: 7303
- Registrado em: Sex Fev 16, 2007 4:12 pm
- Localização: CURITIBA/PR
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 335 vezes
Re: China...
A fonte meu caro é a própria OCDE e isto é fato é é incontestável. E sim os chineses estão muito bem!
https://www.oecd.org/pisa/
https://exame.abril.com.br/mundo/pisa-m ... -educacao/
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2 ... tura.ghtml
- FilipeREP
- Avançado
- Mensagens: 438
- Registrado em: Qua Nov 13, 2019 2:50 pm
- Agradeceu: 17 vezes
- Agradeceram: 52 vezes
Quer entender a história chinesa? Estes 5 eventos são a chave.
Por Bryan W. Van Norden, The National Interest, 28 de outubro de 2019.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 28 de outubro de 2019.
5 grandes eventos isto é.
Carga do 98º Regimento de Infantaria durante a Batalha de Chin-Kiang-Foo, 21 de julho de 1842.
Como Shakespeare nos lembra, "o que é passado é prólogo". Esse é especialmente o caso da China, uma nação com uma história escrita contínua de três milênios. Em particular, o conhecimento de cinco grandes eventos históricos é essencial para entender completamente a política e a política externa da China contemporânea.
Reino do Imperador Kangxi (1661-1722)
O que foi isso? A última dinastia chinesa foi a Qing (1644-1911), e atingiu seu pico sob o Imperador Kangxi. O reinado de Kangxi foi um período de eflorescência na literatura e nas artes, mas também um período de expansão militar agressiva. O território efetivamente controlado pela China variou bastante ao longo do tempo. Muitas regiões que agora fazem parte da República Popular não estiveram tradicionalmente sob controle chinês, incluindo o Tibete, Xinjiang, Taiwan e Mongólia interior. De fato, alguns dos povos dessas áreas dominavam os chineses. No entanto, no final do reinado de Kangxi, a China havia conquistado todas essas províncias e muito mais.
Por que isso importa agora? Como Harold M. Tanner aponta em seu excelente China: A History (China: Uma História), o Ocidente normalmente entende as mudanças que a China sofreu desde a morte de Mao Tsé-Tung(1976) como uma questão de "se abrir" após um período de "isolamento auto-imposto". Por outro lado, a narrativa chinesa é de uma“ recuperação da glória perdida ”. A imagem dessa glória é o reinado de Kangxi, no qual a China era o poder econômico, militar e cultural indiscutível da Ásia. E embora as fronteiras da China de Kangxi não sejam características da maior parte da história chinesa, elas normalmente coincidem com a visão da China sobre o que "pertence" a ela. Assim, Taiwan, que não é governado pela República Popular desde 1949, e não tinha presença substancial da China antes do século XVII, é considerado digno de guerra. E, como eu sempre lembro meus alunos em idade militar, os Estados Unidos têm um tratado de defesa com Taiwan, que nos obriga a defendê-los no caso de um ataque do continente.
Guerras do Ópio (1839-1842, 1856-1860)
O que foi isso? No início do século XIX, a Grã-Bretanha estava gastando grandes quantidades de prata para comprar sedas chinesas, produtos de porcelana e especialmente chá. O inglês “tea” vem de tê, a palavra chá no dialeto de Fujian, da qual os britânicos exportavam seus produtos. No entanto, a China não precisava de nada que a Grã-Bretanha estivesse vendendo, criando um sério desequilíbrio comercial. Comerciantes britânicos engenhosos facilitaram o uso recreativo de ópio, que eles cultivavam na Índia controlada pelos britânicos e depois vendiam na China. A Corporação Bancária de Hong Kong-Xangai, agora conhecida como HSBC, foi fundada para atender às necessidades dos comerciantes britânicos na China. Isso resolveu o problema comercial da Grã-Bretanha, mas criou uma crise de dependência na China. Quando a China tentou fazer cumprir suas leis contra a importação de ópio, a Grã-Bretanha reagiu travando uma guerra em nome do "livre comércio". As forças armadas britânicas, tecnologicamente superiores, esmagaram os chineses. Como resultado das Guerras do Ópio, a China foi, nas palavras contundentes de um diplomata ocidental, "entalhada como em melão" em "esferas de influência". O Reino Unido e outras potências europeias forçaram a China a aceitar tratados que essencialmente lhes permitiam governar partes do território da China. Foi também durante esse período que Hong Kong foi "arrendada" à Grã-Bretanha.
Por que isso importa agora? As Guerras do Ópio começaram o que a China chama de "Século das Humilhações" nas mãos de potências estrangeiras. Como um adulto que foi vítima de bullying na escola, a China continua ofendendo-se com qualquer coisa que remotamente indique que outras pessoas a estão coagindo ou tentando pegar o que lhe pertence. As chamadas para o “Tibete Livre” podem ressoar em todo o espectro político nos Estados Unidos, mas a China as vê como exemplos de estrangeiros interferindo em seus assuntos internos. De fato, a China comparou repetidamente o movimento de independência tibetano à secessão dos Estados Confederados e até sugeriu que, como afro-americano, o presidente Obama deveria apreciar a política da China no Tibete. As conseqüências do controle britânico de Hong Kong também continuam sendo sentidas. Apesar de terem retornado ao controle chinês em 1997, os hongkongneses (que sentem-se mais à vontade falando inglês ou cantonês) se referem aos continentais de língua mandarim que inundaram Hong Kong como "gafanhotos"*. Os status de Hong Kong e Tibete estão relacionados, pois todas as concessões feitas a uma parte (como maior soberania local) certamente serão exigidas pela outra.
*Nota do tradutor: No original, "locusts", que dá a ideia de enxame de pragas.
A Rebelião Taiping (1850-1864)
O que foi isso? A perda da Primeira Guerra do Ópio ajudou a alimentar a Rebelião Taiping. Os Taiping eram um grupo de cristãos chineses não-ortodoxos, liderados por um homem que alegava ser o irmão mais novo de Jesus. Procurando estabelecer um reino celestial utópico na terra, milhões de Taiping fanáticos fizeram uma rebelião anti-governamental. A rebelião foi eventualmente debelada, mas não antes que vinte milhões de chineses tivessem morrido de ambos os lados, devido não apenas ao combate, mas também à fome, doenças e crimes associados ao conflito. Para colocar isso em perspectiva, a população atual do estado de Nova York também é de cerca de vinte milhões.
Por que isso importa agora? As atitudes ocidentais em relação à religião são moldadas pela experiência das guerras religiosas na Europa após a Reforma Protestante (1517). Após séculos de brutal violência sectária, os ocidentais passaram a ver o valor da liberdade e da tolerância religiosas. John Locke (1632-1704), que tem uma grande influência na filosofia política dos EUA, deu uma expressão paradigmática a essa perspectiva ocidental sobre religião em sua "Carta sobre a tolerância". Em contraste, a Rebelião Taiping ensinou à China os perigos de permitir que movimentos religiosos, especialmente os novos, cresçam em força. Consequentemente, quando o governo chinês suprime o Falun Gong, ou intervém nos assuntos dos cristãos chineses, os ocidentais contextualizam como uma violação de um direito humano fundamental, enquanto muitos chineses vêem isso como um esforço legítimo para impedir movimentos que poderiam se tornar perigosamente apocalípticos.
Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945)
O que foi isso? As sementes da Segunda Guerra Sino-Japonesa podem ser rastreadas até o final do Período Tokugawa do Japão (1603-1868). Era uma era de paz e prosperidade no Japão, mas aquela em que a sociedade era dominada pelo Shogun, um ditador militar, que governava o Japão com punho de ferro e proibia o contato estrangeiro. Esse isolacionismo chegou a um fim abrupto em 1853, quando o comodoro americano Matthew Perry chegou à Baía de Tóquio, exigindo que o Japão assinasse um tratado comercial. Quando os japoneses hesitaram, Perry começou a disparar seus canhões em edifícios aleatórios no porto até que eles mudaram de idéia. Enquanto o primeiro encontro do Japão com o Ocidente moderno foi tão desastroso quanto o da China, o Japão foi capaz de se modernizar rapidamente em resposta. As razões para as diferentes respostas da China e do Japão são complexas, mas incluem o fato de que, no Japão, a modernização poderia ser considerada uma "restauração" da autoridade do Imperador Meiji contra o Shogun, e não como uma derrocada generalizada do hierarquia social. O livro Empress Dowager Cixi: The Concubine Who Launched Modern China (A imperatriz-viúva Cixi: a concubina que lançou a China moderna), de Jung Chang, é um trabalho de leitura muito agradável que discute as lutas da China para se modernizar.
Na virada do século, o Japão tinha um exército e uma marinha modernos, o que lhe permitiu derrotar facilmente a China na Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-1895). Como resultado desse conflito, Taiwan foi cedida ao Japão. Mais tarde, o Japão conquistou o respeito das potências ocidentais com sua vitória na Guerra Russo-Japonesa (1904-1905), que lhe deu o controle da Manchúria. No final da Primeira Guerra Mundial, como recompensa pela luta do lado dos Aliados, o Japão recebeu privilégios econômicos e políticos especiais na província de Shandong que a Alemanha desfrutara anteriormente. A China, que lutou do lado dos Aliados com a promessa de que os privilégios alemães seriam completamente revogados (não apenas dados a outrem), ficou compreensivelmente indignada. O Japão acabou provocando uma guerra total com a China em 1937, no que foi efetivamente o começo da Segunda Guerra Mundial. Historicamente, uma consequência não intencional da guerra foi garantir a vitória dos comunistas. Os comunistas haviam sido quase aniquilados pelos nacionalistas pró-ocidentais antes do início da Segunda Guerra Mundial, mas conseguiram se reagrupar enquanto os nacionalistas eram os principais responsáveis pela luta contra os japoneses. Quando os japoneses se renderam, os comunistas tomaram de assalto as forças nacionalistas dizimadas e esgotadas.
Por que isso importa agora? Em qualquer noite da semana na China, você pode ligar a televisão e ter a certeza absoluta de que encontrará uma minissérie sobre a "Guerra de Resistência Anti-Japonesa". O governo gosta de manter as feridas frescas como forma de incentivar o nacionalismo, mas não é preciso muito esforço. Não é preciso ser anti-japonês para reconhecer o horror do comportamento do Exército Imperial durante o conflito. Em seu livro recente, Chinese Comfort Women: Testimonies from Imperial Japan’s Sex Slaves (Mulheres de Conforto Chinesas: Depoimentos das escravos sexuais do Japão Imperial), a professora Peipei Qiu registrou para a posteridade a experiência de mulheres chinesas estupradas e/ou forçadas sistematicamente à prostituição sancionada pelo governo para soldados japoneses. Com esse tipo de pano de fundo histórico, qualquer disputa com o Japão aumenta de importância, seja sobre quem é o proprietário das Ilhas Senkaku ou a disposição do Japão em admitir seu passado militarista em seus livros didáticos de história.
A Revolução Cultural (1966-1976)
O que foi isso? Tendo levado os comunistas chineses à vitória na guerra civil contra os nacionalistas (1949), Mao Tsé-Tung foi capaz de instituir as radicais "reformas" agrícolas e industriais do Grande Salto Adiante (1958-1961). Os resultados foram desastrosos. Dezenas de milhões morreram de fome durante a "Grande Fome". As autoridades inicialmente relutaram em relatar a verdade por medo de serem perseguidas, mas quando a extensão do desastre se tornou conhecida, moderados como Deng Xiaoping começaram a deslocar Mao do poder. Mao respondeu lançando a “Grande Revolução Cultural Proletária”, na qual os alunos eram incentivados a abandonar a escola e se juntar aos Guardas Vermelhos paramilitares. Com toda a misericórdia da Inquisição e toda a objetividade dos julgamentos das bruxas de Salém, os guardas vermelhos humilharam, torturaram e mataram quem quer que parecesse ser um defensor do "feudalismo" ou "capitalismo". Na minha visita mais recente à China, conversei com um professor aposentado que me mostrou as cicatrizes de quando os guardas vermelhos enfiaram as unhas em suas mãos, tentando fazê-lo confessar ser um agente estrangeiro. A evidência contra esse professor? Ele estudou literatura alemã no exterior. Os oponentes políticos de Mao foram rapidamente expulsos como "contra-revolucionários", deixando-o novamente como o líder incontestado da China.
Por que isso importa agora? Após a morte de Mao em 1976, Deng Xiaoping liderou a China em uma direção muito mais moderada, e um aspecto significativo de seu governo foi reconhecer os erros de Mao. O slogan oficial é que Mao estava setenta por cento certo e trinta por cento errado. No entanto, a China continua lutando com o legado de Mao. Mao fundou a República Popular da China, então repudiá-lo completamente seria desmentir o comunismo. O Partido Comunista está muito intimamente envolvido no próprio tecido do governo para fazer isso. No entanto, não há quase nada reconhecível como “Pensamento de Mao Tsé-Tung” per se nas práticas reais da sociedade, cultura e economia chinesas. No entanto, a quantidade de apoio a Mao, pelo menos como um símbolo, costuma surpreender os visitantes de primeira viagem na China. Um número não-trivial de jovens, que não têm conhecimento em primeira-mão da Revolução Cultural, na verdade parece nostálgico. E até conheci intelectuais que foram “rusticados” durante a Revolução Cultural (enviados para fazer trabalhos forçados no campo) que acham que a China sob Mao tinha um espírito moral positivo que falta hoje na China.
Termino com um exemplo da cultura popular. O famoso filme de 2002 do diretor chinês Zhang Yimou, Hero (Herói), é um drama histórico sobre uma tentativa de assassinato contra o Primeiro Imperador da Dinastia Qin (221-207 aC). O público ocidental desfrutou de Hero por sua impressionante cinematografia e trama estilo Rashômon. No entanto, a maioria dos críticos ocidentais não conseguiu entender por que o filme era tão controverso na China. O público chinês sabe que Mao havia se comparado favoravelmente ao Primeiro Imperador, conhecido por sua crueldade. Quando o protagonista do filme de Zhang decide deixar o Primeiro Imperador viver, a mensagem parece ser que a China às vezes precisa de um líder cruel para unificá-la. Vemos que a besta gigante da história sempre se esconde abaixo da superfície na China, mesmo em um épico de artes marciais. Não é de admirar que Confúcio tenha descrito um verdadeiro professor como alguém bom em "manter vivos os ensinamentos do passado e entender o presente".
Bryan W. Van Norden é professor de filosofia no Vassar College e autor mais recentemente do livro Introduction to Classical Chinese Philosophy (Introdução à Filosofia Clássica Chinesa) (Hackett Publishing, 2011).
Original: https://nationalinterest.org/blog/buzz/ ... -key-91216
Tradução Filipe do A. Monteiro, 28 de outubro de 2019.
5 grandes eventos isto é.
Carga do 98º Regimento de Infantaria durante a Batalha de Chin-Kiang-Foo, 21 de julho de 1842.
Como Shakespeare nos lembra, "o que é passado é prólogo". Esse é especialmente o caso da China, uma nação com uma história escrita contínua de três milênios. Em particular, o conhecimento de cinco grandes eventos históricos é essencial para entender completamente a política e a política externa da China contemporânea.
Reino do Imperador Kangxi (1661-1722)
O que foi isso? A última dinastia chinesa foi a Qing (1644-1911), e atingiu seu pico sob o Imperador Kangxi. O reinado de Kangxi foi um período de eflorescência na literatura e nas artes, mas também um período de expansão militar agressiva. O território efetivamente controlado pela China variou bastante ao longo do tempo. Muitas regiões que agora fazem parte da República Popular não estiveram tradicionalmente sob controle chinês, incluindo o Tibete, Xinjiang, Taiwan e Mongólia interior. De fato, alguns dos povos dessas áreas dominavam os chineses. No entanto, no final do reinado de Kangxi, a China havia conquistado todas essas províncias e muito mais.
Por que isso importa agora? Como Harold M. Tanner aponta em seu excelente China: A History (China: Uma História), o Ocidente normalmente entende as mudanças que a China sofreu desde a morte de Mao Tsé-Tung(1976) como uma questão de "se abrir" após um período de "isolamento auto-imposto". Por outro lado, a narrativa chinesa é de uma“ recuperação da glória perdida ”. A imagem dessa glória é o reinado de Kangxi, no qual a China era o poder econômico, militar e cultural indiscutível da Ásia. E embora as fronteiras da China de Kangxi não sejam características da maior parte da história chinesa, elas normalmente coincidem com a visão da China sobre o que "pertence" a ela. Assim, Taiwan, que não é governado pela República Popular desde 1949, e não tinha presença substancial da China antes do século XVII, é considerado digno de guerra. E, como eu sempre lembro meus alunos em idade militar, os Estados Unidos têm um tratado de defesa com Taiwan, que nos obriga a defendê-los no caso de um ataque do continente.
Guerras do Ópio (1839-1842, 1856-1860)
O que foi isso? No início do século XIX, a Grã-Bretanha estava gastando grandes quantidades de prata para comprar sedas chinesas, produtos de porcelana e especialmente chá. O inglês “tea” vem de tê, a palavra chá no dialeto de Fujian, da qual os britânicos exportavam seus produtos. No entanto, a China não precisava de nada que a Grã-Bretanha estivesse vendendo, criando um sério desequilíbrio comercial. Comerciantes britânicos engenhosos facilitaram o uso recreativo de ópio, que eles cultivavam na Índia controlada pelos britânicos e depois vendiam na China. A Corporação Bancária de Hong Kong-Xangai, agora conhecida como HSBC, foi fundada para atender às necessidades dos comerciantes britânicos na China. Isso resolveu o problema comercial da Grã-Bretanha, mas criou uma crise de dependência na China. Quando a China tentou fazer cumprir suas leis contra a importação de ópio, a Grã-Bretanha reagiu travando uma guerra em nome do "livre comércio". As forças armadas britânicas, tecnologicamente superiores, esmagaram os chineses. Como resultado das Guerras do Ópio, a China foi, nas palavras contundentes de um diplomata ocidental, "entalhada como em melão" em "esferas de influência". O Reino Unido e outras potências europeias forçaram a China a aceitar tratados que essencialmente lhes permitiam governar partes do território da China. Foi também durante esse período que Hong Kong foi "arrendada" à Grã-Bretanha.
Por que isso importa agora? As Guerras do Ópio começaram o que a China chama de "Século das Humilhações" nas mãos de potências estrangeiras. Como um adulto que foi vítima de bullying na escola, a China continua ofendendo-se com qualquer coisa que remotamente indique que outras pessoas a estão coagindo ou tentando pegar o que lhe pertence. As chamadas para o “Tibete Livre” podem ressoar em todo o espectro político nos Estados Unidos, mas a China as vê como exemplos de estrangeiros interferindo em seus assuntos internos. De fato, a China comparou repetidamente o movimento de independência tibetano à secessão dos Estados Confederados e até sugeriu que, como afro-americano, o presidente Obama deveria apreciar a política da China no Tibete. As conseqüências do controle britânico de Hong Kong também continuam sendo sentidas. Apesar de terem retornado ao controle chinês em 1997, os hongkongneses (que sentem-se mais à vontade falando inglês ou cantonês) se referem aos continentais de língua mandarim que inundaram Hong Kong como "gafanhotos"*. Os status de Hong Kong e Tibete estão relacionados, pois todas as concessões feitas a uma parte (como maior soberania local) certamente serão exigidas pela outra.
*Nota do tradutor: No original, "locusts", que dá a ideia de enxame de pragas.
A Rebelião Taiping (1850-1864)
O que foi isso? A perda da Primeira Guerra do Ópio ajudou a alimentar a Rebelião Taiping. Os Taiping eram um grupo de cristãos chineses não-ortodoxos, liderados por um homem que alegava ser o irmão mais novo de Jesus. Procurando estabelecer um reino celestial utópico na terra, milhões de Taiping fanáticos fizeram uma rebelião anti-governamental. A rebelião foi eventualmente debelada, mas não antes que vinte milhões de chineses tivessem morrido de ambos os lados, devido não apenas ao combate, mas também à fome, doenças e crimes associados ao conflito. Para colocar isso em perspectiva, a população atual do estado de Nova York também é de cerca de vinte milhões.
Por que isso importa agora? As atitudes ocidentais em relação à religião são moldadas pela experiência das guerras religiosas na Europa após a Reforma Protestante (1517). Após séculos de brutal violência sectária, os ocidentais passaram a ver o valor da liberdade e da tolerância religiosas. John Locke (1632-1704), que tem uma grande influência na filosofia política dos EUA, deu uma expressão paradigmática a essa perspectiva ocidental sobre religião em sua "Carta sobre a tolerância". Em contraste, a Rebelião Taiping ensinou à China os perigos de permitir que movimentos religiosos, especialmente os novos, cresçam em força. Consequentemente, quando o governo chinês suprime o Falun Gong, ou intervém nos assuntos dos cristãos chineses, os ocidentais contextualizam como uma violação de um direito humano fundamental, enquanto muitos chineses vêem isso como um esforço legítimo para impedir movimentos que poderiam se tornar perigosamente apocalípticos.
Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945)
O que foi isso? As sementes da Segunda Guerra Sino-Japonesa podem ser rastreadas até o final do Período Tokugawa do Japão (1603-1868). Era uma era de paz e prosperidade no Japão, mas aquela em que a sociedade era dominada pelo Shogun, um ditador militar, que governava o Japão com punho de ferro e proibia o contato estrangeiro. Esse isolacionismo chegou a um fim abrupto em 1853, quando o comodoro americano Matthew Perry chegou à Baía de Tóquio, exigindo que o Japão assinasse um tratado comercial. Quando os japoneses hesitaram, Perry começou a disparar seus canhões em edifícios aleatórios no porto até que eles mudaram de idéia. Enquanto o primeiro encontro do Japão com o Ocidente moderno foi tão desastroso quanto o da China, o Japão foi capaz de se modernizar rapidamente em resposta. As razões para as diferentes respostas da China e do Japão são complexas, mas incluem o fato de que, no Japão, a modernização poderia ser considerada uma "restauração" da autoridade do Imperador Meiji contra o Shogun, e não como uma derrocada generalizada do hierarquia social. O livro Empress Dowager Cixi: The Concubine Who Launched Modern China (A imperatriz-viúva Cixi: a concubina que lançou a China moderna), de Jung Chang, é um trabalho de leitura muito agradável que discute as lutas da China para se modernizar.
Na virada do século, o Japão tinha um exército e uma marinha modernos, o que lhe permitiu derrotar facilmente a China na Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-1895). Como resultado desse conflito, Taiwan foi cedida ao Japão. Mais tarde, o Japão conquistou o respeito das potências ocidentais com sua vitória na Guerra Russo-Japonesa (1904-1905), que lhe deu o controle da Manchúria. No final da Primeira Guerra Mundial, como recompensa pela luta do lado dos Aliados, o Japão recebeu privilégios econômicos e políticos especiais na província de Shandong que a Alemanha desfrutara anteriormente. A China, que lutou do lado dos Aliados com a promessa de que os privilégios alemães seriam completamente revogados (não apenas dados a outrem), ficou compreensivelmente indignada. O Japão acabou provocando uma guerra total com a China em 1937, no que foi efetivamente o começo da Segunda Guerra Mundial. Historicamente, uma consequência não intencional da guerra foi garantir a vitória dos comunistas. Os comunistas haviam sido quase aniquilados pelos nacionalistas pró-ocidentais antes do início da Segunda Guerra Mundial, mas conseguiram se reagrupar enquanto os nacionalistas eram os principais responsáveis pela luta contra os japoneses. Quando os japoneses se renderam, os comunistas tomaram de assalto as forças nacionalistas dizimadas e esgotadas.
Por que isso importa agora? Em qualquer noite da semana na China, você pode ligar a televisão e ter a certeza absoluta de que encontrará uma minissérie sobre a "Guerra de Resistência Anti-Japonesa". O governo gosta de manter as feridas frescas como forma de incentivar o nacionalismo, mas não é preciso muito esforço. Não é preciso ser anti-japonês para reconhecer o horror do comportamento do Exército Imperial durante o conflito. Em seu livro recente, Chinese Comfort Women: Testimonies from Imperial Japan’s Sex Slaves (Mulheres de Conforto Chinesas: Depoimentos das escravos sexuais do Japão Imperial), a professora Peipei Qiu registrou para a posteridade a experiência de mulheres chinesas estupradas e/ou forçadas sistematicamente à prostituição sancionada pelo governo para soldados japoneses. Com esse tipo de pano de fundo histórico, qualquer disputa com o Japão aumenta de importância, seja sobre quem é o proprietário das Ilhas Senkaku ou a disposição do Japão em admitir seu passado militarista em seus livros didáticos de história.
A Revolução Cultural (1966-1976)
O que foi isso? Tendo levado os comunistas chineses à vitória na guerra civil contra os nacionalistas (1949), Mao Tsé-Tung foi capaz de instituir as radicais "reformas" agrícolas e industriais do Grande Salto Adiante (1958-1961). Os resultados foram desastrosos. Dezenas de milhões morreram de fome durante a "Grande Fome". As autoridades inicialmente relutaram em relatar a verdade por medo de serem perseguidas, mas quando a extensão do desastre se tornou conhecida, moderados como Deng Xiaoping começaram a deslocar Mao do poder. Mao respondeu lançando a “Grande Revolução Cultural Proletária”, na qual os alunos eram incentivados a abandonar a escola e se juntar aos Guardas Vermelhos paramilitares. Com toda a misericórdia da Inquisição e toda a objetividade dos julgamentos das bruxas de Salém, os guardas vermelhos humilharam, torturaram e mataram quem quer que parecesse ser um defensor do "feudalismo" ou "capitalismo". Na minha visita mais recente à China, conversei com um professor aposentado que me mostrou as cicatrizes de quando os guardas vermelhos enfiaram as unhas em suas mãos, tentando fazê-lo confessar ser um agente estrangeiro. A evidência contra esse professor? Ele estudou literatura alemã no exterior. Os oponentes políticos de Mao foram rapidamente expulsos como "contra-revolucionários", deixando-o novamente como o líder incontestado da China.
Por que isso importa agora? Após a morte de Mao em 1976, Deng Xiaoping liderou a China em uma direção muito mais moderada, e um aspecto significativo de seu governo foi reconhecer os erros de Mao. O slogan oficial é que Mao estava setenta por cento certo e trinta por cento errado. No entanto, a China continua lutando com o legado de Mao. Mao fundou a República Popular da China, então repudiá-lo completamente seria desmentir o comunismo. O Partido Comunista está muito intimamente envolvido no próprio tecido do governo para fazer isso. No entanto, não há quase nada reconhecível como “Pensamento de Mao Tsé-Tung” per se nas práticas reais da sociedade, cultura e economia chinesas. No entanto, a quantidade de apoio a Mao, pelo menos como um símbolo, costuma surpreender os visitantes de primeira viagem na China. Um número não-trivial de jovens, que não têm conhecimento em primeira-mão da Revolução Cultural, na verdade parece nostálgico. E até conheci intelectuais que foram “rusticados” durante a Revolução Cultural (enviados para fazer trabalhos forçados no campo) que acham que a China sob Mao tinha um espírito moral positivo que falta hoje na China.
Termino com um exemplo da cultura popular. O famoso filme de 2002 do diretor chinês Zhang Yimou, Hero (Herói), é um drama histórico sobre uma tentativa de assassinato contra o Primeiro Imperador da Dinastia Qin (221-207 aC). O público ocidental desfrutou de Hero por sua impressionante cinematografia e trama estilo Rashômon. No entanto, a maioria dos críticos ocidentais não conseguiu entender por que o filme era tão controverso na China. O público chinês sabe que Mao havia se comparado favoravelmente ao Primeiro Imperador, conhecido por sua crueldade. Quando o protagonista do filme de Zhang decide deixar o Primeiro Imperador viver, a mensagem parece ser que a China às vezes precisa de um líder cruel para unificá-la. Vemos que a besta gigante da história sempre se esconde abaixo da superfície na China, mesmo em um épico de artes marciais. Não é de admirar que Confúcio tenha descrito um verdadeiro professor como alguém bom em "manter vivos os ensinamentos do passado e entender o presente".
Bryan W. Van Norden é professor de filosofia no Vassar College e autor mais recentemente do livro Introduction to Classical Chinese Philosophy (Introdução à Filosofia Clássica Chinesa) (Hackett Publishing, 2011).
Original: https://nationalinterest.org/blog/buzz/ ... -key-91216
Editado pela última vez por FilipeREP em Ter Dez 03, 2019 6:52 pm, em um total de 1 vez.
- FilipeREP
- Avançado
- Mensagens: 438
- Registrado em: Qua Nov 13, 2019 2:50 pm
- Agradeceu: 17 vezes
- Agradeceram: 52 vezes
Re: China...
Por Wilfred Chan, Asian Society, 12 de novembro de 2013.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 28 de outubro de 2019.
"Empress Dowager Cixi: The Concubine Who Launched Modern China" (Alfred A. Knopf, 2013) por Jung Chang (R). (Lisa Weiss)
A nova biografia de Jung Chang, Empress Dowager Cixi: The Concubine Who Launched Modern China (A Imperatriz-Viúva Cixi: A concubina que lançou a China Moderna (Alfred A. Knopf, 2013) narra a notável vida da Imperatriz Cixi da China (1835-1908), que governou a China por 47 anos e ajudou a trazê-la para a era moderna.
Trabalhando a partir de novos documentos históricos disponíveis, Chang pretende revisar as noções tradicionais de Cixi como déspota reacionária e a época em que ela governou. Avaliando a imperatriz-viúva Cixi para a resenha do New York Times em outubro, o diretor do Centro de Relações China-EUA da Sociedade da Ásia, Orville Schell, escreveu que o "uso extensivo de novas fontes chinesas por Chang faz um forte argumento para uma reavaliação" do papel de Cixi no desenvolvimento da China. (Para outra resenha digna de nota, consulte Rahul Jacob no Business Standard da Índia.)
Os livros anteriores de Chang são Wild Swans (Cisnes Selvagens, 1991), uma história familiar que vendeu mais de 10 milhões de cópias e também foi proibida na China, e Mao: The Unknown Story (Mao: A história desconhecida, 2005), em co-autoria com seu marido, o historiador britânico Jon Halliday.
Chang se junta a Orville Schell para uma discussão na Sociedade da Ásia de Nova York nesta noite, 12 de novembro. (Para quem não puder comparecer pessoalmente, o programa também será um webcast gratuito ao vivo no AsiaSociety.org/Live às 18h30, hora da Cidade de Nova York.) A turnê de livros de Chang também a levará ao Centro da Sociedade da Ásia do Texas em 17 de novembro e à Sociedade da Ásia do Norte da Califórnia em 18 de novembro.
Chang conversou com o Asia Blog por telefone pouco antes de sua aparição na Sociedade da Ásia de Nova York.
O que o atraiu para a Imperatriz-viúva como assunto?
Eu me interessei por ela quando estava pesquisando Wild Swans. Percebi que foi ela quem proibiu a amarração dos pés. Eu tinha pensado, de alguma maneira, que a amarração dos pés foi banida pelos comunistas porque era isso que minha educação me dizia. Então isso me interessou. E então, depois que escrevi Wild Swans, depois que escrevi Mao: The Unknown Story, quando amigos sugeriram escrever sobre a Imperatriz-viúva, eu a procurei na Web e descobri que sua reputação era tão ruim quanto, você sabe , meus dias de lavagem cerebral quando eu estava na China. O pouco que eu sabia sobre ela era completamente diferente de sua reputação. Isso me fez sentir que poderia encontrar novos materiais e ter novas idéias. Não quero escrever coisas em que todos concordem. Em outras palavras, há controvérsia sobre ela - eu gosto disso.
Como o personagem da Imperatriz-viúva se tornou tão distorcido e difamado mais tarde na história?
Bem, três anos depois que ela morreu, a China se tornou uma república. Os republicanos queriam criticá-la. Bem, não apenas os republicanos - os governantes depois dela, as pessoas no poder depois dela, não queriam vê-la tendo uma boa reputação porque queriam dizer que, você sabe, ela fez uma bagunça na China, e caiu sobre eles resgatar a China dela.
Como Cixi melhorou a vida das mulheres na China?
Além de proibir a amarração dos pés, ela deu educação às mulheres e as libertou do lar. Ela as incentivou a terem educação. E ela basicamente defendia a libertação das mulheres. Tanto que, em uma revista na China em 1903, as pessoas declaravam que o século XX seria o "século dos direitos das mulheres".
Você a vê como um modelo para as mulheres chinesas hoje?
Não. Não acho que ela seja um modelo. Ela foi uma imperatriz - a Imperatriz-viúva. Ela veio de uma China medieval; ela era capaz de imensa crueldade, quero dizer, ela era uma política. Quando ela enviou um exército para recuperar Xinjiang, a expedição foi extremamente brutal. Sabemos que ela envenenou o filho adotivo ao longo do caminho. Você sabe, ela era uma figura medieval. Meu livro também descreve sua transformação dessa imperatriz medieval, ou concubina imperial, em uma pessoa moderna - sua própria transformação e a transformação da China. Eu acho, sabe, que ela tem uma certa qualidade, acho que as pessoas podem aprender, ela tinha consciência, ela se importava com seu povo, ela não gostava de derramamento de sangue, etc. Pode-se apreciar essas qualidades. Mas modelo, quero dizer, (risos) ser a governante absoluta da China?
Mas você não acha que há uma falta de mulheres na política chinesa?
Sim. Eu acho que sim. Não conheço o processo de seleção dos líderes. Eu certamente gostaria de ver mais mulheres políticas na China.
Você acha que há perspectivas de mais mulheres ingressando nos escalões superiores da liderança chinesa em um futuro próximo?
Sim, acho que essa é a tendência do mundo - ter mais e mais mulheres no círculo de tomada de decisão. Eu acho que provavelmente essa também seja a estrada pela qual a China também estará embarcando.
Você acha que os líderes chineses de hoje podem aprender algo estudando a liderança da Imperatriz-viúva?
O problema é, que eu não escrevi uma fábula política. Eu apenas registrei a vida dela. Como livro, acho que os leitores podem tirar o que for relevante para eles. Não sei o que as pessoas tirarão da Imperatriz-viúva Cixi, nem tenho essa intenção deles tirarem uma certa mensagem. Meu lema sobre a mensagens em um livro é: flores em mel, sal em água. As mensagens desapareceram, mas os sabores estão por toda parte. Meu livro não é um livro de mensagens.
Em termos de processo, como este livro foi diferente do seu último?
É diferente de escrever sobre Mao no sentido de que, com Mao, meu marido Jon Halliday e eu passamos 12 anos pesquisando e escrevendo. O principal problema foram as fontes, os documentos. Porque houve muito encobrimento - ainda existe - sobre Mao. Então tivemos que desenterrar todas as informações. Mas com a Imperatriz-viúva, todos os documentos foram disponibilizados: os estudiosos, os arquivistas na China e no resto do mundo, têm trabalhado muito compilando, fotocopiando, editando, fazendo obras completas disso e daquilo, liberando documentos de tribunal, alguns até digitalizados, por isso são relativamente fáceis de obter. Então eu posso sentar em Londres no meu computador e exibir decretos imperiais na minha tela.
Se as informações estavam disponíveis, por que um trabalho como o seu nunca foi feito antes?
Bem, as pessoas têm escrito - não uma biografia como a minha, mas aspectos dela. Quero dizer, os estudiosos chineses têm coberto vários aspectos do seu governo e seu tempo, e produziram muito material. Eles não escreveram uma biografia, mas eu me beneficiei de suas descobertas e trabalhos.
É triste para você que o livro não esteja amplamente disponível na China no momento?
Bem, não apenas não está amplamente disponível, espero que não seja banido! Estou traduzindo o livro para o chinês e será publicado no próximo ano. Espero que seja publicado na China continental. Mas eu não sei - teremos apenas que ver.
Quais são seus planos depois de terminar esta turnê?
Meu plano no momento é traduzir o livro para o chinês. É muito trabalho - já fiz metade do trabalho - e só preciso de mais tempo para me concentrar na tradução, que é o que farei depois que voltar dos Estados Unidos para Londres.
Mas depois disso?
Não tenho planos. Sem dúvida, em algum momento, em algum lugar, a inspiração virá.
Original: https://asiasociety.org/blog/asia/inter ... role-model
Tradução Filipe do A. Monteiro, 28 de outubro de 2019.
"Empress Dowager Cixi: The Concubine Who Launched Modern China" (Alfred A. Knopf, 2013) por Jung Chang (R). (Lisa Weiss)
A nova biografia de Jung Chang, Empress Dowager Cixi: The Concubine Who Launched Modern China (A Imperatriz-Viúva Cixi: A concubina que lançou a China Moderna (Alfred A. Knopf, 2013) narra a notável vida da Imperatriz Cixi da China (1835-1908), que governou a China por 47 anos e ajudou a trazê-la para a era moderna.
Trabalhando a partir de novos documentos históricos disponíveis, Chang pretende revisar as noções tradicionais de Cixi como déspota reacionária e a época em que ela governou. Avaliando a imperatriz-viúva Cixi para a resenha do New York Times em outubro, o diretor do Centro de Relações China-EUA da Sociedade da Ásia, Orville Schell, escreveu que o "uso extensivo de novas fontes chinesas por Chang faz um forte argumento para uma reavaliação" do papel de Cixi no desenvolvimento da China. (Para outra resenha digna de nota, consulte Rahul Jacob no Business Standard da Índia.)
Os livros anteriores de Chang são Wild Swans (Cisnes Selvagens, 1991), uma história familiar que vendeu mais de 10 milhões de cópias e também foi proibida na China, e Mao: The Unknown Story (Mao: A história desconhecida, 2005), em co-autoria com seu marido, o historiador britânico Jon Halliday.
Chang se junta a Orville Schell para uma discussão na Sociedade da Ásia de Nova York nesta noite, 12 de novembro. (Para quem não puder comparecer pessoalmente, o programa também será um webcast gratuito ao vivo no AsiaSociety.org/Live às 18h30, hora da Cidade de Nova York.) A turnê de livros de Chang também a levará ao Centro da Sociedade da Ásia do Texas em 17 de novembro e à Sociedade da Ásia do Norte da Califórnia em 18 de novembro.
Chang conversou com o Asia Blog por telefone pouco antes de sua aparição na Sociedade da Ásia de Nova York.
O que o atraiu para a Imperatriz-viúva como assunto?
Eu me interessei por ela quando estava pesquisando Wild Swans. Percebi que foi ela quem proibiu a amarração dos pés. Eu tinha pensado, de alguma maneira, que a amarração dos pés foi banida pelos comunistas porque era isso que minha educação me dizia. Então isso me interessou. E então, depois que escrevi Wild Swans, depois que escrevi Mao: The Unknown Story, quando amigos sugeriram escrever sobre a Imperatriz-viúva, eu a procurei na Web e descobri que sua reputação era tão ruim quanto, você sabe , meus dias de lavagem cerebral quando eu estava na China. O pouco que eu sabia sobre ela era completamente diferente de sua reputação. Isso me fez sentir que poderia encontrar novos materiais e ter novas idéias. Não quero escrever coisas em que todos concordem. Em outras palavras, há controvérsia sobre ela - eu gosto disso.
Como o personagem da Imperatriz-viúva se tornou tão distorcido e difamado mais tarde na história?
Bem, três anos depois que ela morreu, a China se tornou uma república. Os republicanos queriam criticá-la. Bem, não apenas os republicanos - os governantes depois dela, as pessoas no poder depois dela, não queriam vê-la tendo uma boa reputação porque queriam dizer que, você sabe, ela fez uma bagunça na China, e caiu sobre eles resgatar a China dela.
Como Cixi melhorou a vida das mulheres na China?
Além de proibir a amarração dos pés, ela deu educação às mulheres e as libertou do lar. Ela as incentivou a terem educação. E ela basicamente defendia a libertação das mulheres. Tanto que, em uma revista na China em 1903, as pessoas declaravam que o século XX seria o "século dos direitos das mulheres".
Você a vê como um modelo para as mulheres chinesas hoje?
Não. Não acho que ela seja um modelo. Ela foi uma imperatriz - a Imperatriz-viúva. Ela veio de uma China medieval; ela era capaz de imensa crueldade, quero dizer, ela era uma política. Quando ela enviou um exército para recuperar Xinjiang, a expedição foi extremamente brutal. Sabemos que ela envenenou o filho adotivo ao longo do caminho. Você sabe, ela era uma figura medieval. Meu livro também descreve sua transformação dessa imperatriz medieval, ou concubina imperial, em uma pessoa moderna - sua própria transformação e a transformação da China. Eu acho, sabe, que ela tem uma certa qualidade, acho que as pessoas podem aprender, ela tinha consciência, ela se importava com seu povo, ela não gostava de derramamento de sangue, etc. Pode-se apreciar essas qualidades. Mas modelo, quero dizer, (risos) ser a governante absoluta da China?
Mas você não acha que há uma falta de mulheres na política chinesa?
Sim. Eu acho que sim. Não conheço o processo de seleção dos líderes. Eu certamente gostaria de ver mais mulheres políticas na China.
Você acha que há perspectivas de mais mulheres ingressando nos escalões superiores da liderança chinesa em um futuro próximo?
Sim, acho que essa é a tendência do mundo - ter mais e mais mulheres no círculo de tomada de decisão. Eu acho que provavelmente essa também seja a estrada pela qual a China também estará embarcando.
Você acha que os líderes chineses de hoje podem aprender algo estudando a liderança da Imperatriz-viúva?
O problema é, que eu não escrevi uma fábula política. Eu apenas registrei a vida dela. Como livro, acho que os leitores podem tirar o que for relevante para eles. Não sei o que as pessoas tirarão da Imperatriz-viúva Cixi, nem tenho essa intenção deles tirarem uma certa mensagem. Meu lema sobre a mensagens em um livro é: flores em mel, sal em água. As mensagens desapareceram, mas os sabores estão por toda parte. Meu livro não é um livro de mensagens.
Em termos de processo, como este livro foi diferente do seu último?
É diferente de escrever sobre Mao no sentido de que, com Mao, meu marido Jon Halliday e eu passamos 12 anos pesquisando e escrevendo. O principal problema foram as fontes, os documentos. Porque houve muito encobrimento - ainda existe - sobre Mao. Então tivemos que desenterrar todas as informações. Mas com a Imperatriz-viúva, todos os documentos foram disponibilizados: os estudiosos, os arquivistas na China e no resto do mundo, têm trabalhado muito compilando, fotocopiando, editando, fazendo obras completas disso e daquilo, liberando documentos de tribunal, alguns até digitalizados, por isso são relativamente fáceis de obter. Então eu posso sentar em Londres no meu computador e exibir decretos imperiais na minha tela.
Se as informações estavam disponíveis, por que um trabalho como o seu nunca foi feito antes?
Bem, as pessoas têm escrito - não uma biografia como a minha, mas aspectos dela. Quero dizer, os estudiosos chineses têm coberto vários aspectos do seu governo e seu tempo, e produziram muito material. Eles não escreveram uma biografia, mas eu me beneficiei de suas descobertas e trabalhos.
É triste para você que o livro não esteja amplamente disponível na China no momento?
Bem, não apenas não está amplamente disponível, espero que não seja banido! Estou traduzindo o livro para o chinês e será publicado no próximo ano. Espero que seja publicado na China continental. Mas eu não sei - teremos apenas que ver.
Quais são seus planos depois de terminar esta turnê?
Meu plano no momento é traduzir o livro para o chinês. É muito trabalho - já fiz metade do trabalho - e só preciso de mais tempo para me concentrar na tradução, que é o que farei depois que voltar dos Estados Unidos para Londres.
Mas depois disso?
Não tenho planos. Sem dúvida, em algum momento, em algum lugar, a inspiração virá.
Original: https://asiasociety.org/blog/asia/inter ... role-model
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55257
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2752 vezes
- Agradeceram: 2433 vezes
Re: China...
Yes, China is probably outspending the US in AI—but not on defense
New estimates show how much China’s investments in AI have been overblown.
by Karen Hao
Dec 5, 2019
There is a number that floats around Washington, DC, circles about how much the Chinese government is projected to spend on AI: $70 billion by 2020, up from an estimated $12 billion in 2017. The figure was originally shared in a speech by a top US Air Force general in 2018, but where it comes from is something of a mystery. Nonetheless, it has helped fan a deep-seated fear within the policy community that the US is sorely losing in the so-called AI arms race.
As the narrative goes, China is greatly outspending the US not only in total research, but specifically in military AI. If the US does not make aggressive moves to catch up, the country—and democracy—will be doomed.
But new estimates from the Center for Security and Emerging Technology (CSET) show that China is likely spending far less on AI than previously assumed. Additionally, most of its AI money seems to be going to non-military-related research, such as fundamental algorithm development, robotics research, and smart-infrastructure development. By contrast, the US’s planned spending for fiscal year 2020 allocates the majority of its AI budget to defense, which means it will likely outspend China in that category. In other words, the numbers directly oppose the prevailing narrative.
The researchers at CSET approximated the upper and lower bounds of China’s AI investments for the year 2018 by cross-referencing its ministry of finance’s national expenditure report with other government agencies’ descriptions of their spending. The findings are still preliminary, given that they are based on several assumptions. But the researchers have high confidence that their analysis at least confirms that China’s spending is nowhere near existing claims.
The report underscores the amount of exaggeration and fear-mongering dominating DC’s conversations around AI strategy. As OneZero reported from this year’s National Security Commission on Artificial Intelligence conference, it has even become a primary tool for the Pentagon to recruit help from tech companies.
But experts have warned that this attitude could ultimately hurt US AI development by focusing too much on military AI and too little on more fundamental research, by proposing sweeping export controls that undermine US businesses, and by restricting the kinds of international collaborations that have underpinned major advancements in the field.
https://www.technologyreview.com/s/6148 ... -spending/
....
Não tenhamos dúvidas, senhores, A CHINA VAI DOMINAR O MUNDO...pode demorar mais uns 20, 30 anos (acho que nem tanto), mas o futuro é DELES!
Triste sina ter nascido português
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 61474
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceu: 6306 vezes
- Agradeceram: 6656 vezes
- Contato:
Re: China...
Eu duvidava, até ali pelo fim do ano passado. Daí vi os caras chegarem pro Bolsonaro, todo pró-EUA, e de mansinho o fazerem sossegar o facho, sem ameaça nem cara feia. Agora os vejo lidando cada vez melhor com a Trade War, enquanto o POTUS exibe claros sinais de estar ENDOIDANDO de vez - estava lendo o Twitter dele e chega a dar pena quantas vezes já citou que o Presidente da Ucrânia garante que ele não falou nada de mais ao telefone (PQP, alguém diga pro cara que um POTUS não fica pedinchando em volta de um cara que não manda nem no País dele). Só a minha querida KILLARY ainda pode salvar os EUA, infelizmente eles parecem que não querem ser salvos...
Cada vez duvido menos de que este será mesmo o século da China (ainda bem que não chego nem na metade dele ).
Cada vez duvido menos de que este será mesmo o século da China (ainda bem que não chego nem na metade dele ).
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
- Sterrius
- Sênior
- Mensagens: 5140
- Registrado em: Sex Ago 01, 2008 1:28 pm
- Agradeceu: 115 vezes
- Agradeceram: 323 vezes
Re: China...
EUA perder a liderança global sempre foi uma questão de tempo frente a China e futuramente India.
È um país de 350milhões vs 2 países de 1 BI +.
Sec XX os EUA tinha a população como vantagem. Hoje eles não tem isso e ainda querem diminuir a imigração de cérebros que tem estendido sua vantagem tecnológica ao dificultar a imigração. E também a de força barata que liberaria +americanos, que são melhor educados, a trabalhos melhores.
Já foi avisado aqui a muito tempo no DB que EUA precisava de aliados. Aliados que Bush e Obama meio que tentaram manter mas Trump jogo longe. (EX: Acordo do pacifico).
Sozinho EUA não tem chance no long game.
Por mais que tenha vantagens geográficas e por enquanto, geopolíticas.
O Mundo ta mudando a olhos. Sò não vê quem não quer.
Se querem +1 exemplo de EUA não sabendo o que fazer. Só olhar como o Brasil ta sendo ameaçado e tratado mesmo com um presidente super disposto a dar quase tudo que eles querem.
Estão tão desesperados em impedir a china de ganhar nas telecomunicações que estão dispostos a queimar pontes por isso.
Faz sentido EUA e Australia bloquearem o 5G chinês. Ambos sofrem p ressões do governo chines na área de espionagem.
Não faz sentido "apontar armas" para que os outros não o façam. Especialmente sem um substituto a altura que ainda está em desenvolvimento.
È um país de 350milhões vs 2 países de 1 BI +.
Sec XX os EUA tinha a população como vantagem. Hoje eles não tem isso e ainda querem diminuir a imigração de cérebros que tem estendido sua vantagem tecnológica ao dificultar a imigração. E também a de força barata que liberaria +americanos, que são melhor educados, a trabalhos melhores.
Já foi avisado aqui a muito tempo no DB que EUA precisava de aliados. Aliados que Bush e Obama meio que tentaram manter mas Trump jogo longe. (EX: Acordo do pacifico).
Sozinho EUA não tem chance no long game.
Por mais que tenha vantagens geográficas e por enquanto, geopolíticas.
O Mundo ta mudando a olhos. Sò não vê quem não quer.
Se querem +1 exemplo de EUA não sabendo o que fazer. Só olhar como o Brasil ta sendo ameaçado e tratado mesmo com um presidente super disposto a dar quase tudo que eles querem.
Estão tão desesperados em impedir a china de ganhar nas telecomunicações que estão dispostos a queimar pontes por isso.
Faz sentido EUA e Australia bloquearem o 5G chinês. Ambos sofrem p ressões do governo chines na área de espionagem.
Não faz sentido "apontar armas" para que os outros não o façam. Especialmente sem um substituto a altura que ainda está em desenvolvimento.