Notícias desde Espanha
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Re: Notícias desde Espanha
Era fuzila-los a todos como nos bons tempos do caudilho
Triste sina ter nascido português
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Re: Notícias desde Espanha
https://www.comunidadeculturaearte.com/ ... catalunha/
No dia 30 de julho, acordei em Réus, cidade da Catalunha, que uns dizem ser a terra natal do arquiteto Antoni Gaudí. Com os dias anteriores passados em Barcelona – onde, janela sim, janela não, pendia um laço amarelo ou uma bandeira com a frase ‘llibertat presos politics’ -, foi ali, em Réus, que senti o verdadeiro peso desses símbolos. Enquanto bebia o típico vermute e o fim daquela manhã de verão se avizinhava, irrompeu, pela praça, um grupo de idosos com bandeiras catalãs, cartazes com a mesma mensagem de liberdade e acessórios amarelos, quaisquer que fossem, desde o boné ao lenço do pescoço. Eram cerca de 30 e, após terem dado uma volta à praça, posicionaram-se em fila, exigindo, em coro, a liberdade dos independentistas. Era dia 30 de julho, mas podia ser qualquer outro. Como a minha amiga, natural da cidade, me explicou, todas as manhãs, sempre à mesma hora, aquele grupo de pessoas tinha encontro marcado naquela praça; todos os dias, os abuelos ocupavam a rua para, por uns minutos, reivindicar, lembrar, alertar, num dos apelos mais sinceros à democracia.
A partir do dia 1 de outubro de 2017, data da realização do referendo, a questão da independência da Catalunha, que nos colocava a discutir o direito à autodeterminação dos povos por oposição à inconstitucionalidade que tal ato implicaria, obrigou-nos a discutir algo bem mais estrutural – a democracia e os princípios básicos onde esta assenta. A partir de 1 de outubro de 2017, a questão da independência deixou de ser “a questão” porque Rajoy, ao empurrar a sua solução para a justiça, proibiu-a. A argumentação deixou de ser em torno da viabilidade ou inviabilidade de uma Catalunha independente, para passar a ser sobre a legitimidade de um regime democrático com presos políticos. Foi como se, de repente, se tivesse retrocedido no tempo e no debate.
Desdobrando o meu argumento anterior, é a democracia que permite que um povo seja livre para reclamar a sua independência. Neste caso em particular, foi a democracia que permitiu, em 2015, a existência de eleições livres e justas que levaram à vitória da coligação independentista “Juntos Pelo Sim” e que, consequentemente, permitiu que a vontade do povo catalão tivesse representação governamental. Em 2017, a repressão policial a que assistimos no referendo e a posterior determinação de prisão para os líderes independentistas envolvidos na sua realização demonstrou-nos que a luta dos catalães voltou a ser pela democracia, pela liberdade que lhes permite escolher se querem, ou não, pertencer a Espanha, pelo direito a ser-lhes apresentada uma resposta à sua reivindicação, seja ela contra ou a favor das suas vontades.
A manifestação, que falava no início desta crónica, é a prova disso mesmo. Os abuelos “perderam” a manhã de 30 de julho, como as anteriores e as que se seguiram, a gritar pela liberdade dos políticos, os mesmos que eles elegeram, e não pela independência da Catalunha. Atrás deles, penduradas nas varandas das casas, estavam bandeiras da Catalunha e não bandeiras da Catalunha independente (estas últimas distinguem-se das primeiras por terem uma estrela).
Dir-me-ão que, não obstante, estas pessoas, tal como as que nesta última semana se têm juntado aos protestos contra as penas de prisão dos independentistas, são, elas próprias, defensoras de uma Catalunha independente. É bem provável que assim seja mas, desta forma, regresso ao meu argumento: se os meios – desde o uso do referendo à representação institucional -, que permitem a uma sociedade lutar por uma vontade que, praticável ou impraticável neste caso em concreto, todos reconhecemos como legítima (autodeterminação), lhe são negados, a luta principal deixa de ser essa vontade, para passar a ser o retorno ao acesso a essas mesmos meios.
A resposta a esta reivindicação legítima faz-se por via do diálogo, não da repressão. Enquanto assim for e enquanto a questão da independência da Catalunha estiver proibida, não podemos esperar que as pessoas deixem a rua. E, eu própria, espero que não o façam.
No dia 30 de julho, acordei em Réus, cidade da Catalunha, que uns dizem ser a terra natal do arquiteto Antoni Gaudí. Com os dias anteriores passados em Barcelona – onde, janela sim, janela não, pendia um laço amarelo ou uma bandeira com a frase ‘llibertat presos politics’ -, foi ali, em Réus, que senti o verdadeiro peso desses símbolos. Enquanto bebia o típico vermute e o fim daquela manhã de verão se avizinhava, irrompeu, pela praça, um grupo de idosos com bandeiras catalãs, cartazes com a mesma mensagem de liberdade e acessórios amarelos, quaisquer que fossem, desde o boné ao lenço do pescoço. Eram cerca de 30 e, após terem dado uma volta à praça, posicionaram-se em fila, exigindo, em coro, a liberdade dos independentistas. Era dia 30 de julho, mas podia ser qualquer outro. Como a minha amiga, natural da cidade, me explicou, todas as manhãs, sempre à mesma hora, aquele grupo de pessoas tinha encontro marcado naquela praça; todos os dias, os abuelos ocupavam a rua para, por uns minutos, reivindicar, lembrar, alertar, num dos apelos mais sinceros à democracia.
A partir do dia 1 de outubro de 2017, data da realização do referendo, a questão da independência da Catalunha, que nos colocava a discutir o direito à autodeterminação dos povos por oposição à inconstitucionalidade que tal ato implicaria, obrigou-nos a discutir algo bem mais estrutural – a democracia e os princípios básicos onde esta assenta. A partir de 1 de outubro de 2017, a questão da independência deixou de ser “a questão” porque Rajoy, ao empurrar a sua solução para a justiça, proibiu-a. A argumentação deixou de ser em torno da viabilidade ou inviabilidade de uma Catalunha independente, para passar a ser sobre a legitimidade de um regime democrático com presos políticos. Foi como se, de repente, se tivesse retrocedido no tempo e no debate.
Desdobrando o meu argumento anterior, é a democracia que permite que um povo seja livre para reclamar a sua independência. Neste caso em particular, foi a democracia que permitiu, em 2015, a existência de eleições livres e justas que levaram à vitória da coligação independentista “Juntos Pelo Sim” e que, consequentemente, permitiu que a vontade do povo catalão tivesse representação governamental. Em 2017, a repressão policial a que assistimos no referendo e a posterior determinação de prisão para os líderes independentistas envolvidos na sua realização demonstrou-nos que a luta dos catalães voltou a ser pela democracia, pela liberdade que lhes permite escolher se querem, ou não, pertencer a Espanha, pelo direito a ser-lhes apresentada uma resposta à sua reivindicação, seja ela contra ou a favor das suas vontades.
A manifestação, que falava no início desta crónica, é a prova disso mesmo. Os abuelos “perderam” a manhã de 30 de julho, como as anteriores e as que se seguiram, a gritar pela liberdade dos políticos, os mesmos que eles elegeram, e não pela independência da Catalunha. Atrás deles, penduradas nas varandas das casas, estavam bandeiras da Catalunha e não bandeiras da Catalunha independente (estas últimas distinguem-se das primeiras por terem uma estrela).
Dir-me-ão que, não obstante, estas pessoas, tal como as que nesta última semana se têm juntado aos protestos contra as penas de prisão dos independentistas, são, elas próprias, defensoras de uma Catalunha independente. É bem provável que assim seja mas, desta forma, regresso ao meu argumento: se os meios – desde o uso do referendo à representação institucional -, que permitem a uma sociedade lutar por uma vontade que, praticável ou impraticável neste caso em concreto, todos reconhecemos como legítima (autodeterminação), lhe são negados, a luta principal deixa de ser essa vontade, para passar a ser o retorno ao acesso a essas mesmos meios.
A resposta a esta reivindicação legítima faz-se por via do diálogo, não da repressão. Enquanto assim for e enquanto a questão da independência da Catalunha estiver proibida, não podemos esperar que as pessoas deixem a rua. E, eu própria, espero que não o façam.
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Re: Notícias desde Espanha
Deixo aqui um artigo para lerem com atenção https://www.elmundo.es/opinion/2017/10/ ... b45f3.html
Não é de uma pensadora qualquer. Ainda não é um sentimento generalizado. Mas o mais provável é já se começar a falar entre portas. Mais vale ter um bom vizinho que um mau inquilino
Não é de uma pensadora qualquer. Ainda não é um sentimento generalizado. Mas o mais provável é já se começar a falar entre portas. Mais vale ter um bom vizinho que um mau inquilino
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Re: Notícias desde Espanha
José Pacheco Pereira no Público de hoje:
«La libertad, Sancho, es uno de los más preciosos dones que a los hombres dieron los cielos; con ella no pueden igualarse los tesoros que encierran la tierra y el mar: por la libertad, así como por la honra, se puede y debe aventurar la vida. (Cervantes, Don Quijote)
Este é um artigo indignado e como eu sou de raras indignações podem parar de o ler aqui. Nestas alturas estou-me positivamente “marimbando” – sem desculpa pelo plebeísmo porque preciso da sua força – para as nossas tricas nacionais, e para o gigantesco espectáculo de hipocrisia que é a União Europeia, capaz de se mobilizar pelas mais minoritárias causas da moda, mas indiferente ao que se passa na Catalunha.
Como cá. São todos muito liberais, todos muito preocupados pelas liberdades (económicas), todos muito tradicionais, alguns muito revoltados com a repressão (na Venezuela ou em Cuba), e chega-se à Catalunha e ficam todos muito indignados com a “violência” na rua, todos muito legalistas, todos indiferentes a um processo político persecutório, todos olhando para o lado para não verem as multidões na rua, e acima de tudo para não verem as faces dessa multidão. Para não verem que eles são iguais a nós, velhos, mulheres, donas de casa, trabalhadores, jovens casais, moradores, professores, funcionários, gente LGBT, gente conservadora, gente cujos pais e avós conheceram a guerra civil e guardam a memória dos fuzilamentos de dirigentes catalães ou dos movimentos estudantis e operários que confrontaram o franquismo numa Catalunha mais irridenta do que muitas partes de Espanha. Eles olham para a rua e vêem os capuzes, e como o El País e a imprensa portuguesa que o segue, estão muito preocupados com a Constituição e com a lei, com revoltas, golpes de estado, revoluções, sedições, separatismo, independentismo. O que não vêem ou admitem é que possa haver uma vontade, uma determinação, uma razão pela independência da maioria dos catalães.
Foto O problema é que na rua catalã não estão fascistas de pata ao alto, nem gente a marchar detrás de variantes da suástica, ou de runas nórdicas, nem a gritar contra os refugiados, nem a atacar mesquitas e sinagogas – está gente como nós. Mas o mesmo não se pode dizer das setas da Falange, nem da bandeira espanhola transformada no estandarte da “España, una, grande y libre” do franquismo, que recrudesceram nos dias de hoje em resposta ao independentismo catalão, numa causa que já mereceu em Espanha muitos milhares de mortos.
Na verdade, os nossos anti-catalães, parte do PS e quase toda a direita, acabam por ser muito amigos de uma das mais sinistras tradições do país ao nosso lado, o espanholismo de Castela, historicamente muito agressivo, tradicional inimigo de Portugal, a pátria que supostamente lhes enche o peito antes de chegarem a Bruxelas, onde desincha. O espanholismo que encontrou os seus melhores porta-vozes em partidos de extrema-direita como o Vox, que Nuno Melo branqueou, ou num PP minado pela corrupção, ou na sua versão modernizada o Ciudadanos, o partido que o CDS gostaria de ser quando for grande. E em Espanha nesse partido que nem é socialista, nem operário, mas que agora é muito espanhol e que aceitou ser chantageado pelos herdeiros de Francisco Franco e que não teve a coragem de evitar o julgamento político dos independentistas.
Podem não ser favoráveis à independência catalã, não podem ser indiferentes aos presos políticos e às suas sentenças punitivas. E só por ironia é que se vê ficarem muito ofendidos com a comparação entre Hong Kong e Barcelona, eles que não mexeram uma palha sobre Hong Kong porque o seu anticomunismo pára na EDP e na REN, e não têm muita autoridade para fazer essa distinção. O mesmo com a “progressiva” e de “referência” comunicação social espanhola cuja agressividade anti-catalã é repulsiva. E o mesmo para a portuguesa.
E repetem-se argumentos absurdos. O argumento contra o referendo então é o de máxima hipocrisia. O referendo não valeu porque correu sem qualquer controlo. Não é inteiramente verdade, mas é natural que não tenha ocorrido em condições ideais com a polícia a roubar as urnas, a ocupar lugares de votação e a bater nos que queriam votar. Mas, se o problema foram as condições do referendo, então que se faça outro em condições de liberdade e paz civil. Resposta: não, não, nunca, jamais em tempo algum.
Eu sou um grande admirador de Espanha, da sua cultura, das suas gentes. Li o Quixote mais de que uma vez e não é por falta de vontade que não o leio outra vez. Tudo o que de grande existe na história da literatura e da arte está nesse livro, de Ulisses a Leopold Bloom. O país que “deu” este livro merece tudo, menos muita da sua política. Não é um país de história fácil, como se viu na matança da guerra civil, de que o actual conflito é demasiado herdeiro. Em política sempre foi dado a pouca tolerância e a muito sangue, mas os seus grandes homens e mulheres nos últimos 200 anos foram-no exactamente por contrariarem isso. Unamuno é um exemplo.
É também por admiração e estima por Espanha que escrevo isto.»
https://entreasbrumasdamemoria.blogspot ... e.html?m=1
.
«La libertad, Sancho, es uno de los más preciosos dones que a los hombres dieron los cielos; con ella no pueden igualarse los tesoros que encierran la tierra y el mar: por la libertad, así como por la honra, se puede y debe aventurar la vida. (Cervantes, Don Quijote)
Este é um artigo indignado e como eu sou de raras indignações podem parar de o ler aqui. Nestas alturas estou-me positivamente “marimbando” – sem desculpa pelo plebeísmo porque preciso da sua força – para as nossas tricas nacionais, e para o gigantesco espectáculo de hipocrisia que é a União Europeia, capaz de se mobilizar pelas mais minoritárias causas da moda, mas indiferente ao que se passa na Catalunha.
Como cá. São todos muito liberais, todos muito preocupados pelas liberdades (económicas), todos muito tradicionais, alguns muito revoltados com a repressão (na Venezuela ou em Cuba), e chega-se à Catalunha e ficam todos muito indignados com a “violência” na rua, todos muito legalistas, todos indiferentes a um processo político persecutório, todos olhando para o lado para não verem as multidões na rua, e acima de tudo para não verem as faces dessa multidão. Para não verem que eles são iguais a nós, velhos, mulheres, donas de casa, trabalhadores, jovens casais, moradores, professores, funcionários, gente LGBT, gente conservadora, gente cujos pais e avós conheceram a guerra civil e guardam a memória dos fuzilamentos de dirigentes catalães ou dos movimentos estudantis e operários que confrontaram o franquismo numa Catalunha mais irridenta do que muitas partes de Espanha. Eles olham para a rua e vêem os capuzes, e como o El País e a imprensa portuguesa que o segue, estão muito preocupados com a Constituição e com a lei, com revoltas, golpes de estado, revoluções, sedições, separatismo, independentismo. O que não vêem ou admitem é que possa haver uma vontade, uma determinação, uma razão pela independência da maioria dos catalães.
Foto O problema é que na rua catalã não estão fascistas de pata ao alto, nem gente a marchar detrás de variantes da suástica, ou de runas nórdicas, nem a gritar contra os refugiados, nem a atacar mesquitas e sinagogas – está gente como nós. Mas o mesmo não se pode dizer das setas da Falange, nem da bandeira espanhola transformada no estandarte da “España, una, grande y libre” do franquismo, que recrudesceram nos dias de hoje em resposta ao independentismo catalão, numa causa que já mereceu em Espanha muitos milhares de mortos.
Na verdade, os nossos anti-catalães, parte do PS e quase toda a direita, acabam por ser muito amigos de uma das mais sinistras tradições do país ao nosso lado, o espanholismo de Castela, historicamente muito agressivo, tradicional inimigo de Portugal, a pátria que supostamente lhes enche o peito antes de chegarem a Bruxelas, onde desincha. O espanholismo que encontrou os seus melhores porta-vozes em partidos de extrema-direita como o Vox, que Nuno Melo branqueou, ou num PP minado pela corrupção, ou na sua versão modernizada o Ciudadanos, o partido que o CDS gostaria de ser quando for grande. E em Espanha nesse partido que nem é socialista, nem operário, mas que agora é muito espanhol e que aceitou ser chantageado pelos herdeiros de Francisco Franco e que não teve a coragem de evitar o julgamento político dos independentistas.
Podem não ser favoráveis à independência catalã, não podem ser indiferentes aos presos políticos e às suas sentenças punitivas. E só por ironia é que se vê ficarem muito ofendidos com a comparação entre Hong Kong e Barcelona, eles que não mexeram uma palha sobre Hong Kong porque o seu anticomunismo pára na EDP e na REN, e não têm muita autoridade para fazer essa distinção. O mesmo com a “progressiva” e de “referência” comunicação social espanhola cuja agressividade anti-catalã é repulsiva. E o mesmo para a portuguesa.
E repetem-se argumentos absurdos. O argumento contra o referendo então é o de máxima hipocrisia. O referendo não valeu porque correu sem qualquer controlo. Não é inteiramente verdade, mas é natural que não tenha ocorrido em condições ideais com a polícia a roubar as urnas, a ocupar lugares de votação e a bater nos que queriam votar. Mas, se o problema foram as condições do referendo, então que se faça outro em condições de liberdade e paz civil. Resposta: não, não, nunca, jamais em tempo algum.
Eu sou um grande admirador de Espanha, da sua cultura, das suas gentes. Li o Quixote mais de que uma vez e não é por falta de vontade que não o leio outra vez. Tudo o que de grande existe na história da literatura e da arte está nesse livro, de Ulisses a Leopold Bloom. O país que “deu” este livro merece tudo, menos muita da sua política. Não é um país de história fácil, como se viu na matança da guerra civil, de que o actual conflito é demasiado herdeiro. Em política sempre foi dado a pouca tolerância e a muito sangue, mas os seus grandes homens e mulheres nos últimos 200 anos foram-no exactamente por contrariarem isso. Unamuno é um exemplo.
É também por admiração e estima por Espanha que escrevo isto.»
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Re: Notícias desde Espanha
Aqui podemos ver a pacífica polícia castelhana tratando como deve ser de perigosos agitadores
https://www.facebook.com/775169864/post ... 5/?app=fbl
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Re: Notícias desde Espanha
O que a direita tem medo de dizer sobre a Catalunha
https://ionline.sapo.pt/artigo/674602/- ... ini%C3%A3o
Citar
O perigo para a democracia da repressão na Catalunha é bem maior do que qualquer Salvini ou Le Pen.Sou de direita e monárquico. Ou seja, teria tudo para ser um fervoroso apoiante do unionismo de Espanha. Acontece que, por ser de direita, coloco as liberdades individuais e coletivas acima de tudo o resto e que, por ser monárquico em Portugal, sei bem o que é uma Constituição proibir os cidadãos de se exprimem livremente, em referendo, sobre um determinado tema – no nosso caso, a forma de chefia do Estado.
Aliás, para além de ser de direita e monárquico, sou também um liberal. Talvez por isso olhe com estranheza para a forma como o Governo português aceitou que um país vizinho condenasse à prisão pessoas que tentaram fazer um referendo democrático. Mas pior do que o comportamento do Governo só mesmo o da oposição. Partidos com raízes liberais (quanto mais não seja na economia e quanto às liberdades políticas) como o PSD, CDS e IL simplesmente assobiam para o lado perante o que se está a passar? Será que as boas relações do PSD e do CDS com o PP espanhol são mais importantes do que a defesa do ideal democrático? Será que as relações da IL com o Cidadãos são mais importantes do que os valores que deveriam servir de pilar ideológico a qualquer liberal?
Até quando vamos viver numa Europa em que as instituições assobiam para o lado perante um atropelo dos direitos humanos e da liberdade de opinião? Os burocratas de Bruxelas que se indignam tão facilmente com a boçalidade de Trump ou Bolsonaro são exatamente os mesmos que se calaram quando polícias de Madrid atacaram pessoas que organizavam um referendo. Quando polícias de Madrid prenderam políticos catalães. Quando juízes de Madrid condenaram a penas pesadíssimas políticos que em Barcelona nunca apelaram ao uso da força para a defesa dos seus ideais políticos.
A Europa tem de ser um espaço de liberdade. Um espaço onde o direito ao referendo democrático e à autodeterminação dos povos nunca pode ser negado. Sob pena de todos os valores basilares da fundação da União caírem em descrédito perante os seus cidadãos. O perigo para a democracia da repressão na Catalunha é bem maior do que qualquer Salvini ou Le Pen. Aliás, penso que, neste tema, estes dois são improváveis compagnons de route dos supostos democratas que preferem assistir impávidos e serenos ao que se passa mesmo aqui ao lado
https://ionline.sapo.pt/artigo/674602/- ... ini%C3%A3o
Citar
O perigo para a democracia da repressão na Catalunha é bem maior do que qualquer Salvini ou Le Pen.Sou de direita e monárquico. Ou seja, teria tudo para ser um fervoroso apoiante do unionismo de Espanha. Acontece que, por ser de direita, coloco as liberdades individuais e coletivas acima de tudo o resto e que, por ser monárquico em Portugal, sei bem o que é uma Constituição proibir os cidadãos de se exprimem livremente, em referendo, sobre um determinado tema – no nosso caso, a forma de chefia do Estado.
Aliás, para além de ser de direita e monárquico, sou também um liberal. Talvez por isso olhe com estranheza para a forma como o Governo português aceitou que um país vizinho condenasse à prisão pessoas que tentaram fazer um referendo democrático. Mas pior do que o comportamento do Governo só mesmo o da oposição. Partidos com raízes liberais (quanto mais não seja na economia e quanto às liberdades políticas) como o PSD, CDS e IL simplesmente assobiam para o lado perante o que se está a passar? Será que as boas relações do PSD e do CDS com o PP espanhol são mais importantes do que a defesa do ideal democrático? Será que as relações da IL com o Cidadãos são mais importantes do que os valores que deveriam servir de pilar ideológico a qualquer liberal?
Até quando vamos viver numa Europa em que as instituições assobiam para o lado perante um atropelo dos direitos humanos e da liberdade de opinião? Os burocratas de Bruxelas que se indignam tão facilmente com a boçalidade de Trump ou Bolsonaro são exatamente os mesmos que se calaram quando polícias de Madrid atacaram pessoas que organizavam um referendo. Quando polícias de Madrid prenderam políticos catalães. Quando juízes de Madrid condenaram a penas pesadíssimas políticos que em Barcelona nunca apelaram ao uso da força para a defesa dos seus ideais políticos.
A Europa tem de ser um espaço de liberdade. Um espaço onde o direito ao referendo democrático e à autodeterminação dos povos nunca pode ser negado. Sob pena de todos os valores basilares da fundação da União caírem em descrédito perante os seus cidadãos. O perigo para a democracia da repressão na Catalunha é bem maior do que qualquer Salvini ou Le Pen. Aliás, penso que, neste tema, estes dois são improváveis compagnons de route dos supostos democratas que preferem assistir impávidos e serenos ao que se passa mesmo aqui ao lado
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Re: Notícias desde Espanha
P44 escreveu: ↑Dom Out 20, 2019 9:04 am O que a direita tem medo de dizer sobre a Catalunha
https://ionline.sapo.pt/artigo/674602/- ... ini%C3%A3o
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O perigo para a democracia da repressão na Catalunha é bem maior do que qualquer Salvini ou Le Pen.Sou de direita e monárquico. Ou seja, teria tudo para ser um fervoroso apoiante do unionismo de Espanha. Acontece que, por ser de direita, coloco as liberdades individuais e coletivas acima de tudo o resto e que, por ser monárquico em Portugal, sei bem o que é uma Constituição proibir os cidadãos de se exprimem livremente, em referendo, sobre um determinado tema – no nosso caso, a forma de chefia do Estado.
Aliás, para além de ser de direita e monárquico, sou também um liberal. Talvez por isso olhe com estranheza para a forma como o Governo português aceitou que um país vizinho condenasse à prisão pessoas que tentaram fazer um referendo democrático. Mas pior do que o comportamento do Governo só mesmo o da oposição. Partidos com raízes liberais (quanto mais não seja na economia e quanto às liberdades políticas) como o PSD, CDS e IL simplesmente assobiam para o lado perante o que se está a passar? Será que as boas relações do PSD e do CDS com o PP espanhol são mais importantes do que a defesa do ideal democrático? Será que as relações da IL com o Cidadãos são mais importantes do que os valores que deveriam servir de pilar ideológico a qualquer liberal?
Até quando vamos viver numa Europa em que as instituições assobiam para o lado perante um atropelo dos direitos humanos e da liberdade de opinião? Os burocratas de Bruxelas que se indignam tão facilmente com a boçalidade de Trump ou Bolsonaro são exatamente os mesmos que se calaram quando polícias de Madrid atacaram pessoas que organizavam um referendo. Quando polícias de Madrid prenderam políticos catalães. Quando juízes de Madrid condenaram a penas pesadíssimas políticos que em Barcelona nunca apelaram ao uso da força para a defesa dos seus ideais políticos.
A Europa tem de ser um espaço de liberdade. Um espaço onde o direito ao referendo democrático e à autodeterminação dos povos nunca pode ser negado. Sob pena de todos os valores basilares da fundação da União caírem em descrédito perante os seus cidadãos. O perigo para a democracia da repressão na Catalunha é bem maior do que qualquer Salvini ou Le Pen. Aliás, penso que, neste tema, estes dois são improváveis compagnons de route dos supostos democratas que preferem assistir impávidos e serenos ao que se passa mesmo aqui ao lado
Pra ver como andam a entupir de lixo mentiroso a vós, Europeus: o "gaijo" se autoproclama "de direita", "monárquico" e até "liberal" no mesmíssimo texto em que desce o porrete no Trump, Bolsonaro, Salvini e até na cada vez mais aguada Le Pen.
Imaginem se fosse XUXALIXTX...
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Notícias desde Espanha
É o que passa quando entras numa guerra civil (ou mesmo depois dela), para evitar a expansão e implantação do comunismo no teu país
Vc tem que fuzilar, ainda que para mim o melhor seria fuzilar e cremar.
Ainda estou pra ver alguem da esquerda que seja equidistante nos seus comentarios.
Ainda estou pra ver alguem da esquerda que reconheçe que sua ideologia foi a que mais fuzilou gente nos últimos 200 da historia da humanidade.
Ainda bem que estou eu aqui para ajudar derrubar essa falsa narrativa sobre a guerra civil espanhola.
Não vaia ser que algum despistado, pense que naquela guerra somente um lado matou e o outro foram umas pobres vitimas dos "fascistas".
Não esta demais conheçer um pouco da historia da Espanha no periodo pre guerra
1931 - Segunda Republica .
Pese a haver acabado a monarquia e haver retornado a Republica que os militantes e politicos de esquerda diziam desejar, o que vimos em realidade foram muitos socialistas, anarquistas e separatistas durante esses primeiros anos queimando igrejas, torturando, fuzilando e trazendo o horror a todo aquele que não se submetia a sua ideologia, posto que em verdade o objetivo deles era chegar ao poder para terminar de implantar a ditadura do proletariado.
1934 - Revolução de Asturias (golpe de estado do PSOE)
Em outubro de 1934 (Octubre Rojo), com o sistema democrático implantado em Espanha baixo o regime republicano, o PSOE (Partido Socialista Obreiro Espanhol) o mesmo de hoje, que tinha perdido as eleições e não fazia parte do governo, não se conformaram ao verse afastados dos lugares chaves desde o qual não podia aceder as arcas publicas (os soa isso?)
Para conseguir recuperar o poder não duvidaram em organizar um golpe de estado contra a República e a democracia com o fim de instaurar uma ditadura proletaria como a dos soviets em URSS com a Revolta mineira de Asturias de carater bolchevique que tinha como objetivo exportar a revolução para o resto da Espanha
Por sorte a insurreição fracassou mais deixou em duas semanas uns 2 mil mortos e mais de 15 mil detidos.
1934 - Declaração unilateral de Independencia de Catalunha
No dia 5 de outubro explode a revolução marxista em Asturias e um dia depois em Catalunha, o Presidente da Generalitat (equivalente a governador) Lluis Companys declara unilateralmente a independencia da Republica Catalana.
Tambem fracassaram, já que no dia sequinte ele e todo o seu governo foi preso.
Eleição fraudulenta de 1936
Para esse ano socialistas, anarquistas e separatistas se unem politicamente pra chegar ao poder com a chamada Frente Popular, e ganham a eleição usando de fraude.
Ao chegar ao poder começaram o caminho a revolução de corte sovietico aprovando leis que recortavam liberdades.
1936 - O Assassinato de Calvo Sotelo
Em verdade um chega a esse ponto e não conseque entender como a guerra civil na Espanha já não tinha explodido antes com toda a M, que os vermelhos já tinham feito antes.
Calvo Sotelo era o lider da oposição de então (mal comparando seria o Bolsonaro da epoca)
A noite de 12 ao 13 de junho o lider da oposição e sacado de sua casa por socialistas que formam parte das forças de segurança do estado e é assassinado com um tiro na nuca.
Foi então e somente então que apareceu Francisco Franco Bahamonde.
Ditador e tambem um heroe da humanidade, impediu o comunismo de dominar Espanha.
Ouro de Moscou
Um detalhe pouco conhecido fora da Espanha, em 1936 a principios da guerra os socialiistas retiraram praticamente toda a reserva de ouro do Banco de Espanha, e enviaram eles pra fora
510 toneladas de ouro em moedas foram enviados a URSS e 193 toneladas forma levadas a Paris, essas para serem vendidas na sua maior parte.
.........................
Durante a epoca pre guerra e a epoca da guerra mais de 7000 religiosos foram mortos (incrivel que hoje ate a igreja seja comunista) era comum que os anarquistas, separatistas e socialistas torturaram os religiosos arrancando les os olhos e os seus genitais, porém uma das coisas que os "Rojos de Mierda" gostavam de fazer era profanar tumbas dos religiosos pra fazer fotos com os seus esqueletos.
E como uma imagem vale mais que mil palavras.
Quando a guerra civil terminou o pais estava arrasado e sem recursos posto que toda sua reserva tinha sido roubada, pese a tudo e passado o seu devido tempo Espanha se recuperou daquela total destruição, e que terra que o socialismo pisa custa a crescer de novo.
Hoje ainda é possivel encontrar pessoas idosas que lembram da epoca do Franco com saudosismo (meu sogro um deles), uma epoca onde não havia violencia em Espanha, existia o respeito ao ser humano e não faltava trabalho para as pessoas.
Ou como vc diria, os bons tempos do Caudilho.
Em Tempo.
Ver alguem da esquerda condenar somente ditadores de direita soa tão surrealista como seria, ter visto a Fidel Castro falar de direitos humanos.
Tentar defender ou justificar a esquerda e igual que tentar explicar batom em cueca, não tem como!
Em todo caso tambem convem recordar que gente como Franco o Pinochet somente apareceram em momentos muito criticos para defender as suas nações e a sua gente da maior lacra atual da humanidade.
É ate algo curioso ver o parlamento da URSE condenar o comunismo, mais não termina de explicar que socialismo e comunismo são praticamente a mesma M.
A principal diferença é que o comunismo seria o ultimo patamar do socialismo, se bem é verdade que nos ultimos tempos ambas coisas se distanciaram, também é verdade que o socialismo degenerou em algo bastante perigoso com a sua ideologia de genero, o seu multiculturalismo e o eterno jogo de dividir a sociedade jogando uns contra os outros.
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- GIL
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Re: Notícias desde Espanha
O que esta fora de Barcelona e se solidariza com essa gente violenta, não tem a noção do que realmente ocorre nela.
O governo socialista de Espanha, qualificou esses dias todas essas manifestações como apenas um problema de segurança publica, é isso é uma grande mentira.
O problema foi insurrecional e esse governo covarde quer esconder isso do resto do mundo.
Encima desde Madrid o governo, não deu a permissão para que os guardas civis que estão em Catalunha pudessem ajudar a proteger os antidisturbios.
Mandaram poucos policias, que ademas iam com as mãos literalmente amarradas, posto que estavam proibidos de usar gas lacrimogeno, balas de borracha e outros sistemas eficazes para dissolver as violentas insurreições.
Os policiais Nacionais (os Mossos de Esquadra são a policia catalana) eram tao poucos por ordem do governo em alguns momentos que não podiam marchar contra eles, como muito mantinham uma posição fixa
A violencia foi tao grande no primeiro dia no Aeroporto do Prat, que o governo voltou atras no uso das bolas de borracha, mais ainda assim somente os deixou usarem as bolas de borracha menos poderosas.
Nos dias sequintes as violencias foram a mais, com grupos de gente de extrema esquerda, anarquistas e antisistemas chegados de outras partes de Espanha e da Europa, sobretudo da França e da Alemanha pra ajudar nos conflitos de rua.
Os policiais foram atacados com tudo, ácidos, coquetel molotov, bolas de aço atiradas com estilingues, pedazos de paralelepipidos, garrafas de vidros, material pirotecnico de grande calibre, facas, jogavam de tudo encima dos poucos policiais mobilizados que as vezes terminavam dentro da multidão, foi uma guerrilha urbana em toda a regra.
E falamos inclusive de pre adolescentes empurrados por esses repulsivos governantes catalaes, (que deveriam estar presos) usando esses pobres jovens como carne de canhão.
Essa gente quer converter os espanhois em estrangeiros em Catalunha, é o supremacismo e o fascismo em estado puro
Pra entender isso um tem que imaginar isso passando em parte de Portugal (Free Algarve) ou do Brasil , imagine uma região do Brasil onde só pelo fato de vc sair com uma bandeira brasileira te chamem de fascista.
Por certo, a "brutal policia espanhola" contra os "pacificos manisfestantes" teve mais de cem feridos, apenas no quarto dia de insurreição com um policial em estado grave por uma bola de aço que transpasso o casco e perfurou o seu cranio.
O governo socialista de Espanha, qualificou esses dias todas essas manifestações como apenas um problema de segurança publica, é isso é uma grande mentira.
O problema foi insurrecional e esse governo covarde quer esconder isso do resto do mundo.
Encima desde Madrid o governo, não deu a permissão para que os guardas civis que estão em Catalunha pudessem ajudar a proteger os antidisturbios.
Mandaram poucos policias, que ademas iam com as mãos literalmente amarradas, posto que estavam proibidos de usar gas lacrimogeno, balas de borracha e outros sistemas eficazes para dissolver as violentas insurreições.
Os policiais Nacionais (os Mossos de Esquadra são a policia catalana) eram tao poucos por ordem do governo em alguns momentos que não podiam marchar contra eles, como muito mantinham uma posição fixa
A violencia foi tao grande no primeiro dia no Aeroporto do Prat, que o governo voltou atras no uso das bolas de borracha, mais ainda assim somente os deixou usarem as bolas de borracha menos poderosas.
Nos dias sequintes as violencias foram a mais, com grupos de gente de extrema esquerda, anarquistas e antisistemas chegados de outras partes de Espanha e da Europa, sobretudo da França e da Alemanha pra ajudar nos conflitos de rua.
Os policiais foram atacados com tudo, ácidos, coquetel molotov, bolas de aço atiradas com estilingues, pedazos de paralelepipidos, garrafas de vidros, material pirotecnico de grande calibre, facas, jogavam de tudo encima dos poucos policiais mobilizados que as vezes terminavam dentro da multidão, foi uma guerrilha urbana em toda a regra.
E falamos inclusive de pre adolescentes empurrados por esses repulsivos governantes catalaes, (que deveriam estar presos) usando esses pobres jovens como carne de canhão.
Essa gente quer converter os espanhois em estrangeiros em Catalunha, é o supremacismo e o fascismo em estado puro
Pra entender isso um tem que imaginar isso passando em parte de Portugal (Free Algarve) ou do Brasil , imagine uma região do Brasil onde só pelo fato de vc sair com uma bandeira brasileira te chamem de fascista.
Por certo, a "brutal policia espanhola" contra os "pacificos manisfestantes" teve mais de cem feridos, apenas no quarto dia de insurreição com um policial em estado grave por uma bola de aço que transpasso o casco e perfurou o seu cranio.
Editado pela última vez por GIL em Seg Out 21, 2019 6:29 am, em um total de 1 vez.
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Re: Notícias desde Espanha
Meu caro, eu como Português vivo num país que já esteve debaixo da bota castelhana, por isso me solidarizo com todos que se queiram libertar dela!
Aliás se estudar um pouco de história verá que foi graças em parte à sublevação Catalã que Portugal restaurou a sua independência, pois em 1640 a Coroa Castelhana se viu obrigada a ter de optar entre manter Portugal ou a Catalunha!!!!
Por isso, VISCA CATALUNYA!!!
Aliás se estudar um pouco de história verá que foi graças em parte à sublevação Catalã que Portugal restaurou a sua independência, pois em 1640 a Coroa Castelhana se viu obrigada a ter de optar entre manter Portugal ou a Catalunha!!!!
Por isso, VISCA CATALUNYA!!!
Triste sina ter nascido português
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Re: Notícias desde Espanha
Mais um dia triste para os saudosistas da Falange:
Exumação de Franco vai ser realizada na quinta-feira
O Governo espanhol já marcou data e hora para a trasladação de Franco. A exumação do Vale dos Caídos será realizada na quinta-feira, às 10h30. Os restos mortais do ditador serão trasladados para o cemitério municipal de de El Pardo-Mingorrubio, em Madrid.
A exumação vai ser feita depois de uma batalha jurídica que opôs o Governo do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) à família de Francisco Franco, que pretendia que o corpo do ditador fosse transferido para a catedral de Almudena, no centro de Madrid. A decisão foi proferida pelo Supremo Tribunal espanhol.
Em comunicado, o Governo espanhol adianta que na quinta-feira às 10:30 será feita a exumação e trasladação dos restos mortais de Francisco Franco, salientando que o processo vai ser realizado em condições de "dignidade e respeito" e contará com a presença da família do ditador.
Após a exumação, os restos mortais serão trasladados para o cemitério de El Pardo-Mingorrubio, onde a viúva de Franco, Carmen Polo, está enterrada.
Tanto a exumação como a trasladação serão realizadas em privacidade, na presença dos seus familiares, e durante o processo de transferência e no funeral de Franco estará presente a Ministra da Justiça em exercício, Dolores Delgado.
Na nota, o executivo lembra que "desde o início do processo o Governo defendeu que os restos mortais do ditador não poderiam continuar num mausoléu público que exaltaria sua figura, algo expressamente proibido pela Lei da Memória Histórica".
Da mesma forma, enfatiza a decisão "firme e unânime" do Supremo Tribunal de 30 de setembro passado que "encerrou o processo administrativo-contencioso instaurado pela família para tentar impedir a sua saída do Vale dos Caídos".
O primeiro-ministro espanhol em exercício considerou "uma grande vitória da democracia espanhola" a decisão do Tribunal Supremo de apoiar a exumação do corpo do ditador Francisco Franco do Vale dos Caídos.
O governo socialista de Pedro Sánchez quer transformar o Vale dos Caídos num memorial às vítimas da guerra civil espanhola, em que cerca de 500 mil pessoas perderam a vida.
Francisco Franco Bahamonde foi um militar espanhol que integrou o golpe de Estado que, em 1936, marcou o início da Guerra Civil Espanhola, tendo exercido desde 1938 o lugar de chefe de Estado, até morrer em 1975, ano em que se iniciou a transição do país para um sistema democrático.
c/Lusa
https://www.rtp.pt/noticias/mundo/exuma ... a_n1180520
Exumação de Franco vai ser realizada na quinta-feira
O Governo espanhol já marcou data e hora para a trasladação de Franco. A exumação do Vale dos Caídos será realizada na quinta-feira, às 10h30. Os restos mortais do ditador serão trasladados para o cemitério municipal de de El Pardo-Mingorrubio, em Madrid.
A exumação vai ser feita depois de uma batalha jurídica que opôs o Governo do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) à família de Francisco Franco, que pretendia que o corpo do ditador fosse transferido para a catedral de Almudena, no centro de Madrid. A decisão foi proferida pelo Supremo Tribunal espanhol.
Em comunicado, o Governo espanhol adianta que na quinta-feira às 10:30 será feita a exumação e trasladação dos restos mortais de Francisco Franco, salientando que o processo vai ser realizado em condições de "dignidade e respeito" e contará com a presença da família do ditador.
Após a exumação, os restos mortais serão trasladados para o cemitério de El Pardo-Mingorrubio, onde a viúva de Franco, Carmen Polo, está enterrada.
Tanto a exumação como a trasladação serão realizadas em privacidade, na presença dos seus familiares, e durante o processo de transferência e no funeral de Franco estará presente a Ministra da Justiça em exercício, Dolores Delgado.
Na nota, o executivo lembra que "desde o início do processo o Governo defendeu que os restos mortais do ditador não poderiam continuar num mausoléu público que exaltaria sua figura, algo expressamente proibido pela Lei da Memória Histórica".
Da mesma forma, enfatiza a decisão "firme e unânime" do Supremo Tribunal de 30 de setembro passado que "encerrou o processo administrativo-contencioso instaurado pela família para tentar impedir a sua saída do Vale dos Caídos".
O primeiro-ministro espanhol em exercício considerou "uma grande vitória da democracia espanhola" a decisão do Tribunal Supremo de apoiar a exumação do corpo do ditador Francisco Franco do Vale dos Caídos.
O governo socialista de Pedro Sánchez quer transformar o Vale dos Caídos num memorial às vítimas da guerra civil espanhola, em que cerca de 500 mil pessoas perderam a vida.
Francisco Franco Bahamonde foi um militar espanhol que integrou o golpe de Estado que, em 1936, marcou o início da Guerra Civil Espanhola, tendo exercido desde 1938 o lugar de chefe de Estado, até morrer em 1975, ano em que se iniciou a transição do país para um sistema democrático.
c/Lusa
https://www.rtp.pt/noticias/mundo/exuma ... a_n1180520
Triste sina ter nascido português