Noticias de Portugal
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Re: Noticias de Portugal
10 famosos brasileiros que estão a viver em Portugal
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Em 2015, Adriana Calcanhotto foi convidada para ser embaixadora da Universidade de Coimbra. Mais tarde, foi convidada para dar aulas na mesma instituição. Atualmente divide-se entre as aulas e as suas canções.
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Depois de várias aventuras pelo mundo, a atriz Joana Balaguer optou por Portugal para construir uma vida com o marido e com os filhos. Há um ano tornou-se cidadã portuguesa.
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Luana Piovani trocou o Brasil por Portugal em fevereiro. Meses depois tornou-se apresentadora do programa "Like Me", juntamente com Rúben Rua.
...
https://magg.pt/2019/06/12/10-famosos-b ... -portugal/#
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Em 2015, Adriana Calcanhotto foi convidada para ser embaixadora da Universidade de Coimbra. Mais tarde, foi convidada para dar aulas na mesma instituição. Atualmente divide-se entre as aulas e as suas canções.
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Depois de várias aventuras pelo mundo, a atriz Joana Balaguer optou por Portugal para construir uma vida com o marido e com os filhos. Há um ano tornou-se cidadã portuguesa.
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Luana Piovani trocou o Brasil por Portugal em fevereiro. Meses depois tornou-se apresentadora do programa "Like Me", juntamente com Rúben Rua.
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Re: Noticias de Portugal
cabeça de martelo escreveu: Sáb Jun 15, 2019 8:58 am 10 famosos brasileiros que estão a viver em Portugal
Em 2015, Adriana Calcanhotto foi convidada para ser embaixadora da Universidade de Coimbra. Mais tarde, foi convidada para dar aulas na mesma instituição. Atualmente divide-se entre as aulas e as suas canções.
Depois de várias aventuras pelo mundo, a atriz Joana Balaguer optou por Portugal para construir uma vida com o marido e com os filhos. Há um ano tornou-se cidadã portuguesa.
Luana Piovani trocou o Brasil por Portugal em fevereiro. Meses depois tornou-se apresentadora do programa "Like Me", juntamente com Rúben Rua.
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Por caridade
NÃO PAREM, NÃO PAREM
Tem muito mais pra levar!!!!!!!!!!!
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Noticias de Portugal
Estaleiros de Viana: da agonia aos mares do mundo
Os estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo, preparam-se para colocar mais um navio nos mares do Ártico e da Antártida.
O World Explorer, do empresário Mário Ferreira, custou 65 milhões de euros e vai ter como madrinha a ex-primeira-dama francesa Carla Bruni.
Este é o 15.º navio construído pela MARTIFER desde que o grupo ganhou a subconcessão dos antigos Estaleiros Navais de Viana, em 2014.
Cinco anos depois do conturbado processo de privatização, cerca de um terço dos trabalhadores dispensados refizeram as suas vidas mas muitos outros sentem-se à deriva.
A Reportagem Especial "Estaleiros de Viana: da agonia aos mares do mundo" é da autoria do jornalista Carlos Rico, com imagem de Rui Flórido, edição de imagem de António Soares e coordenação de Marta Brito dos Reis.
Video: https://sicnoticias.pt/programas/report ... s-do-mundo
Os estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo, preparam-se para colocar mais um navio nos mares do Ártico e da Antártida.
O World Explorer, do empresário Mário Ferreira, custou 65 milhões de euros e vai ter como madrinha a ex-primeira-dama francesa Carla Bruni.
Este é o 15.º navio construído pela MARTIFER desde que o grupo ganhou a subconcessão dos antigos Estaleiros Navais de Viana, em 2014.
Cinco anos depois do conturbado processo de privatização, cerca de um terço dos trabalhadores dispensados refizeram as suas vidas mas muitos outros sentem-se à deriva.
A Reportagem Especial "Estaleiros de Viana: da agonia aos mares do mundo" é da autoria do jornalista Carlos Rico, com imagem de Rui Flórido, edição de imagem de António Soares e coordenação de Marta Brito dos Reis.
Video: https://sicnoticias.pt/programas/report ... s-do-mundo
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Re: Noticias de Portugal
Sim, podes chamar a Policia... Judiciária, já que foram eles que provavelmente fizeram a investigação. Neste caso é provável que nada aconteça, já que ninguém perdeu seja o que for.P44 escreveu: Sex Jun 21, 2019 9:40 am https://expresso.pt/revista-de-imprensa ... documentos
Chamem a Policia...oh wait!
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Re: Noticias de Portugal
Portugal é dos países mais atrasados a implementar medidas anticorrupção
Portugal foi o país com a maior proporção (73%) de recomendações não implementadas do Grupo de Estados Contra a Corrupção (GRECO), seguido da Turquia (70%), indica o relatório de 2018 deste órgão de monitorização anticorrupção do Conselho da Europa.
Nesta lista, divulgada pelo GRECO, segue-se a Sérvia (59%), Roménia (44%), Bélgica (42%), Grécia (40%) e Croácia (39%).
Segundo o relatório, que analisa o nível de implementação de recomendações para prevenir a corrupção no sistema judiciário, no que diz respeito ao número total de medidas não aplicadas, a Turquia surge à frente com 26 medidas não implementadas, seguido de Portugal (11), Grécia (10), Sérvia (10), Bélgica (oito) e Bósnia-Hergozina (oito).
Depois, aparecem três países: Azerbaijão (sete medidas não implementadas), Roménia (sete) e Chipre (seis).
O relatório faz ainda o somatório por país das medidas não implementadas com as medidas parcialmente implementadas, surgindo aqui a Turquia à frente (33), seguida da Bósnia-Herzegovina (23), Grécia (19), Arménia (17), Bélgica (17), Macedónia do Norte (17), Sérvia (17), Chipre (14), Portugal (14) e Roménia.
Portugal aparece, por outro lado, no grupo dos quatro países com maior percentagem de medidas parcialmente implementadas ou não implementadas, com a Bósnia-Herzegovina, Sérvia e Espanha a evidenciarem uma percentagem máxima (100%) neste domínio, seguido de Portugal (93%), Bélgica (89%), Turquia (89%), Chipre (88%), Dinamarca (83%), Lituânia (77%) e Grécia (76%).
Portugal figura também entre os 16 países – juntamente com o Azerbaijão, Bélgica, Bósnia-Herzegovina, Croácia, Dinamarca, Alemanha, Lituânia, Malta, Roménia, Sérvia Eslováquia, Espanha e Turquia – que ainda não implementaram completamente uma única das medidas GRECO relativas ao Ministério Público.
Portugal consta também da lista de 10 países – ao lado da Albânia, Bósnia-Herzegovina, Chipre, Dinamarca, Grécia, Islândia, Irlanda, Sérvia e Espanha – que ainda não implementaram na totalidade qualquer das medidas respeitantes aos juízes.
O GRECO é o órgão do Conselho da Europa, com sede em Estrasburgo, que faz monitorização anticorrupção.
O GRECO surgiu, em 1999, como um acordo subscrito por 17 estados- membros do Conselho da Europa, mas que também está aberto a Estados não europeus, tendo atualmente 49 membros.
https://www.noticiasaominuto.com/pais/1 ... icorrupcao
....
Gezz I wonder why![Cool 8-]](./images/smilies/icon_cool.gif)
Portugal foi o país com a maior proporção (73%) de recomendações não implementadas do Grupo de Estados Contra a Corrupção (GRECO), seguido da Turquia (70%), indica o relatório de 2018 deste órgão de monitorização anticorrupção do Conselho da Europa.
Nesta lista, divulgada pelo GRECO, segue-se a Sérvia (59%), Roménia (44%), Bélgica (42%), Grécia (40%) e Croácia (39%).
Segundo o relatório, que analisa o nível de implementação de recomendações para prevenir a corrupção no sistema judiciário, no que diz respeito ao número total de medidas não aplicadas, a Turquia surge à frente com 26 medidas não implementadas, seguido de Portugal (11), Grécia (10), Sérvia (10), Bélgica (oito) e Bósnia-Hergozina (oito).
Depois, aparecem três países: Azerbaijão (sete medidas não implementadas), Roménia (sete) e Chipre (seis).
O relatório faz ainda o somatório por país das medidas não implementadas com as medidas parcialmente implementadas, surgindo aqui a Turquia à frente (33), seguida da Bósnia-Herzegovina (23), Grécia (19), Arménia (17), Bélgica (17), Macedónia do Norte (17), Sérvia (17), Chipre (14), Portugal (14) e Roménia.
Portugal aparece, por outro lado, no grupo dos quatro países com maior percentagem de medidas parcialmente implementadas ou não implementadas, com a Bósnia-Herzegovina, Sérvia e Espanha a evidenciarem uma percentagem máxima (100%) neste domínio, seguido de Portugal (93%), Bélgica (89%), Turquia (89%), Chipre (88%), Dinamarca (83%), Lituânia (77%) e Grécia (76%).
Portugal figura também entre os 16 países – juntamente com o Azerbaijão, Bélgica, Bósnia-Herzegovina, Croácia, Dinamarca, Alemanha, Lituânia, Malta, Roménia, Sérvia Eslováquia, Espanha e Turquia – que ainda não implementaram completamente uma única das medidas GRECO relativas ao Ministério Público.
Portugal consta também da lista de 10 países – ao lado da Albânia, Bósnia-Herzegovina, Chipre, Dinamarca, Grécia, Islândia, Irlanda, Sérvia e Espanha – que ainda não implementaram na totalidade qualquer das medidas respeitantes aos juízes.
O GRECO é o órgão do Conselho da Europa, com sede em Estrasburgo, que faz monitorização anticorrupção.
O GRECO surgiu, em 1999, como um acordo subscrito por 17 estados- membros do Conselho da Europa, mas que também está aberto a Estados não europeus, tendo atualmente 49 membros.
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Re: Noticias de Portugal
Um problema, uma solução Simplex
Este ano, o Simplex traz novidades em relação ao Cartão de Cidadão (CC), que tem sido objetivo de várias queixas ao longo dos últimos meses. É que renovar este documento é um autêntica dor de cabeça para os residentes de certas regiões de Portugal. Em Oeiras, por exemplo, a vaga disponível mais cedo para um cidadão renovar o seu cartão de cidadão é apenas no final de novembro.
O Governo propõe, agora, que a renovação do CC passe a ser automática, sempre que “não exijam a recolha de dados” e “mediante o mero pagamento de referência multibanco enviada por SMS juntamente com o aviso de caducidade”. A tarefa mais difícil, agora, “é passar a mensagem”, admite Mariana Vieira da Silva.
Na área da saúde, outros dos setores onde as críticas não se têm sido poucas, o iSimplex 2019 quer reduzir o tempo de espera das consultas. Isto faz-se através da melhoria da comunicação com o paciente. “Temos uma medida que se chama alerta consulta, em que vamos desenhar qual a melhor forma de dizer às pessoas qual o dia e a hora das suas consultas”, disse a ministra.
Pretende-se que esta medida facilite o processo de desmarcar as consultas dos utentes e poder utilizar essa vaga para outros. “Isto vai também reduzir o tempo de espera das consulta, podendo ir outra pessoa na sua vez”, prometeu.
https://eco.sapo.pt/2019/07/05/nove-em- ... -a-inovar/
Este ano, o Simplex traz novidades em relação ao Cartão de Cidadão (CC), que tem sido objetivo de várias queixas ao longo dos últimos meses. É que renovar este documento é um autêntica dor de cabeça para os residentes de certas regiões de Portugal. Em Oeiras, por exemplo, a vaga disponível mais cedo para um cidadão renovar o seu cartão de cidadão é apenas no final de novembro.
O Governo propõe, agora, que a renovação do CC passe a ser automática, sempre que “não exijam a recolha de dados” e “mediante o mero pagamento de referência multibanco enviada por SMS juntamente com o aviso de caducidade”. A tarefa mais difícil, agora, “é passar a mensagem”, admite Mariana Vieira da Silva.
Na área da saúde, outros dos setores onde as críticas não se têm sido poucas, o iSimplex 2019 quer reduzir o tempo de espera das consultas. Isto faz-se através da melhoria da comunicação com o paciente. “Temos uma medida que se chama alerta consulta, em que vamos desenhar qual a melhor forma de dizer às pessoas qual o dia e a hora das suas consultas”, disse a ministra.
Pretende-se que esta medida facilite o processo de desmarcar as consultas dos utentes e poder utilizar essa vaga para outros. “Isto vai também reduzir o tempo de espera das consulta, podendo ir outra pessoa na sua vez”, prometeu.
https://eco.sapo.pt/2019/07/05/nove-em- ... -a-inovar/
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Re: Noticias de Portugal
Inauguração do MACC - Minho Advanced Computing Centre
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http://www.ren.pt/pt-PT/media/comunicad ... _centre_5/
Conheça o supercomputador que melhora em 1100% a computação em Portugal

Em colaboração com a REN e a NOS, e com o objectivo de estudar a alimentação maioritariamente por fontes de energia renováveis pela EDP, designadamente energia eólica, fotovoltaica e hidroelétrica, o primeiro supercomputador em Portugal chama-se BOB e foi esta sexta-feira inaugurado em Riba d’Ave, no Minho.
O novo modelo aumenta em 10 vezes a capacidade nacional de computação e vem estimular novas formas de cooperação entre as comunidades científicas e empresariais nos domínios emergentes da ciência de dados e da inteligência artificial, indica a REN em comunicado. O supercomputador integra a “Rede Ibérica de Computação Avançada” e o arranque da participação nacional na iniciativa Europeia “EuroHPC”, facilitando a instalação de uma segunda máquina até 2020.
O primeiro supercomputador a operar em Portugal vai permitir o arranque das actividades do Minho Advanced Computing Centre (MACC) da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), o qual vem aumentar em cerca de 10 vezes a capacidade nacional de computação.
A entrada em funcionamento deste supercomputador, no âmbito da Iniciativa Nacional Competências Digitais – INCoDE.2030 e no contexto específico da Estratégia Nacional de Computação Avançada, vem facilitar e estimular a actual participação de Portugal nas diferentes redes e consórcios europeus envolvidos no desenvolvimento e na utilização de computação, em particular no reforço da “Rede Ibérica de Computação Avançada – RICA” e da iniciativa Europeia “EuroHPC – European High performance Computing”.
O MACC está instalado no datacentre da REN, cuja operação é gerida de forma segregada pela REN e NOS. Os sistemas já estão instalados na área operada pela NOS, e pretende-se que seja alimentado maioritariamente por fontes de energia renováveis, designadamente energia eólica, fotovoltaica e hidroelétrica. Foi instalado e está a ser operado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, FCT, em parceria com a Universidade do Minho.
Este supercomputador, com uma capacidade de memória de 266TBytes, 1PByte de capacidade de armazenamento e 1 PFlop de performance de cálculo, foi instalado no MACC durante os últimos meses no âmbito da renovação da parceria entre a FCT a Universidade do Texas em Austin (através do Texas Advanced Computing Centre, TACC), assinada a 15 de Fevereiro de 2018 na presença do Primeiro Ministro António Costa. Inclui um total de 800 nós de computação, doravante designados por “BOB”.

Entretanto, a Comissão Europeia anunciou no passado dia 12 de Junho a aprovação da instalação no MACC de uma segunda máquina de nível “petascale” no âmbito da iniciativa Europeia “EuroHPC”, capaz de executar, pelo menos, 10 PFlops, ou 10 mil biliões de operações por segundo. Esta máquina, doravante designada por “Deucalion”, deverá começar a ser instalada até ao final de 2020, reforçando significativamente o actual BOB e alargando o âmbito de actividades a disponibilizar pelo MACC.
Adicionalmente, Portugal participa também noutra proposta aprovada pela Comissão Europeia para instalar um supercomputador do tipo “pre-exascale” no Barcelona Supercomputing Center – Centro Nacional de Supercomputación, cuja participação Portuguesa representa cerca de 10% do respeptivo consórcio que também inclui a Turquia e a Croácia e é apoiado pela Irlanda. Estas máquinas serão capazes de executar mais de 175 PFlops, ou 175 mil biliões de cálculos por segundo, passando a estar incluídas entre os 5 supercomputadores mais potentes a nível mundial.
Num contexto mundial de exponencial crescimento da relevância das tecnologias digitais a todos os níveis da sociedade, a instalação da supercomputação em Portugal e o reforço da capacidade europeia nesta área vem criar grandes oportunidades para as comunidades científicas e empresariais trabalharem ao melhor nível mundial no desenvolvimento de aplicações importantes em domínios como a concepção de novos produtos para as industrias automóvel e aeroespacial, a medicina personalizada, a concepção de medicamentos e materiais, a bioengenharia, a previsão meteorológica e as alterações climáticas.
A instalação do MACC abre assim novas oportunidades em Portugal, quer para grupos de investigação dedicados à supercomputação, quer para um crescente grupo de áreas de investigação e trabalho com crescentes necessidades de processamento digital de informação, entres as quais se destacam a medicina, a terra e o espaço, a física e a mobilidade. Este aumento significativo do poder de computação disponível, irá permitir um acesso mais facilitado a toda a comunidade do sistema científico e tecnológico nacional para trabalhos no domínio do cálculo intensivo, da ciência de dados e da inteligência artificial.
Este reforço da capacidade computacional nacional representa também uma oportunidade única para o tecido empresarial, permitindo elevar significativamente a sua capacidade de concepção, optimização e validação de novos produtos e serviços, abrindo importantes vias de criação de valor acrescentado para a economia Portuguesa.
https://insider.dn.pt/em-rede/este-e-o- ... -portugal/
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http://www.ren.pt/pt-PT/media/comunicad ... _centre_5/
Conheça o supercomputador que melhora em 1100% a computação em Portugal
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Em colaboração com a REN e a NOS, e com o objectivo de estudar a alimentação maioritariamente por fontes de energia renováveis pela EDP, designadamente energia eólica, fotovoltaica e hidroelétrica, o primeiro supercomputador em Portugal chama-se BOB e foi esta sexta-feira inaugurado em Riba d’Ave, no Minho.
O novo modelo aumenta em 10 vezes a capacidade nacional de computação e vem estimular novas formas de cooperação entre as comunidades científicas e empresariais nos domínios emergentes da ciência de dados e da inteligência artificial, indica a REN em comunicado. O supercomputador integra a “Rede Ibérica de Computação Avançada” e o arranque da participação nacional na iniciativa Europeia “EuroHPC”, facilitando a instalação de uma segunda máquina até 2020.
O primeiro supercomputador a operar em Portugal vai permitir o arranque das actividades do Minho Advanced Computing Centre (MACC) da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), o qual vem aumentar em cerca de 10 vezes a capacidade nacional de computação.
A entrada em funcionamento deste supercomputador, no âmbito da Iniciativa Nacional Competências Digitais – INCoDE.2030 e no contexto específico da Estratégia Nacional de Computação Avançada, vem facilitar e estimular a actual participação de Portugal nas diferentes redes e consórcios europeus envolvidos no desenvolvimento e na utilização de computação, em particular no reforço da “Rede Ibérica de Computação Avançada – RICA” e da iniciativa Europeia “EuroHPC – European High performance Computing”.
O MACC está instalado no datacentre da REN, cuja operação é gerida de forma segregada pela REN e NOS. Os sistemas já estão instalados na área operada pela NOS, e pretende-se que seja alimentado maioritariamente por fontes de energia renováveis, designadamente energia eólica, fotovoltaica e hidroelétrica. Foi instalado e está a ser operado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, FCT, em parceria com a Universidade do Minho.
Este supercomputador, com uma capacidade de memória de 266TBytes, 1PByte de capacidade de armazenamento e 1 PFlop de performance de cálculo, foi instalado no MACC durante os últimos meses no âmbito da renovação da parceria entre a FCT a Universidade do Texas em Austin (através do Texas Advanced Computing Centre, TACC), assinada a 15 de Fevereiro de 2018 na presença do Primeiro Ministro António Costa. Inclui um total de 800 nós de computação, doravante designados por “BOB”.
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Entretanto, a Comissão Europeia anunciou no passado dia 12 de Junho a aprovação da instalação no MACC de uma segunda máquina de nível “petascale” no âmbito da iniciativa Europeia “EuroHPC”, capaz de executar, pelo menos, 10 PFlops, ou 10 mil biliões de operações por segundo. Esta máquina, doravante designada por “Deucalion”, deverá começar a ser instalada até ao final de 2020, reforçando significativamente o actual BOB e alargando o âmbito de actividades a disponibilizar pelo MACC.
Adicionalmente, Portugal participa também noutra proposta aprovada pela Comissão Europeia para instalar um supercomputador do tipo “pre-exascale” no Barcelona Supercomputing Center – Centro Nacional de Supercomputación, cuja participação Portuguesa representa cerca de 10% do respeptivo consórcio que também inclui a Turquia e a Croácia e é apoiado pela Irlanda. Estas máquinas serão capazes de executar mais de 175 PFlops, ou 175 mil biliões de cálculos por segundo, passando a estar incluídas entre os 5 supercomputadores mais potentes a nível mundial.
Num contexto mundial de exponencial crescimento da relevância das tecnologias digitais a todos os níveis da sociedade, a instalação da supercomputação em Portugal e o reforço da capacidade europeia nesta área vem criar grandes oportunidades para as comunidades científicas e empresariais trabalharem ao melhor nível mundial no desenvolvimento de aplicações importantes em domínios como a concepção de novos produtos para as industrias automóvel e aeroespacial, a medicina personalizada, a concepção de medicamentos e materiais, a bioengenharia, a previsão meteorológica e as alterações climáticas.
A instalação do MACC abre assim novas oportunidades em Portugal, quer para grupos de investigação dedicados à supercomputação, quer para um crescente grupo de áreas de investigação e trabalho com crescentes necessidades de processamento digital de informação, entres as quais se destacam a medicina, a terra e o espaço, a física e a mobilidade. Este aumento significativo do poder de computação disponível, irá permitir um acesso mais facilitado a toda a comunidade do sistema científico e tecnológico nacional para trabalhos no domínio do cálculo intensivo, da ciência de dados e da inteligência artificial.
Este reforço da capacidade computacional nacional representa também uma oportunidade única para o tecido empresarial, permitindo elevar significativamente a sua capacidade de concepção, optimização e validação de novos produtos e serviços, abrindo importantes vias de criação de valor acrescentado para a economia Portuguesa.
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Re: Noticias de Portugal
Uma Nação sem défice num Estado com serviços mínimos
Um politólogo, um demógrafo e dois economistas partilharam com o ECO sobre a forma como veem Portugal no momento atual. O Parlamento debate hoje o Estado da Nação.
Bem no défice, no PIB e no desemprego. Mal nos serviços públicos, principalmente na saúde. O Governo e os partidos debatem o Estado da Nação esta quarta-feira à tarde no Parlamento durante quase cinco horas. Mas antes o ECO ouviu um politólogo, um demógrafo e dois economistas e o retrato tirado aponta para as falhas no Estado enquanto prestador de serviços públicos que afeta todos no seu dia-a-dia.
“Os indicadores macroeconómicos têm sido o lado positivo. A economia começou a crescer, o défice baixou e a taxa de desemprego reduziu-se. Mas precisamos de ir além dos indicadores macroeconómicos“, diz Manuela Arcanjo, antiga secretária de Estado do Orçamento de António Guterres, lembrando que mesmo no domínio orçamental nem tudo está bem. “Temos a terceira dívida pública mais elevada na União Europeia”, exemplifica a economista
Ano após ano, o Governo tem conseguido défices melhores que o previsto, este ano pode ficar em 0,2% do PIB e para 2020 há já a previsão de um excedente orçamental.
Evolução do défice orçamental (em % do PIB)
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A também ex-ministra da Saúde nos governos de António Guterres acrescenta, porém, que “não vale a pena fingir que está tudo bem”, destacando como principais problemas em Portugal atualmente o estado do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos transportes públicos.
“Só o efeito de envelhecimento da população faz muita pressão sobre a despesa”, diz, ressalvando que há “falta de material, não há instalações e há degradação” dos serviços públicos na área da saúde. Nos transportes públicos, Arcanjo destaca que o desinvestimento já vem de governos anteriores e continuou. “O estado dos transportes públicos não é digno de um país que se orgulha de ter um saldo orçamental histórico.”
SNS, a crise que todos une
O debate do Estado da Nação será o último da legislatura e acontece a menos de três meses da ida às urnas. O contexto será determinante para os 226 minutos reservados para o debate do Estado da Nação. “Haverá uma demarcação política face ao PS”, diz o politólogo António Costa Pinto. As sondagens sobre as intenções de voto para as eleições de 6 de outubro dão a vitória ao PS, mas sem maioria absoluta o que obrigará Costa a negociar para formar Governo.
O politólogo antecipa que tanto à esquerda como à direita a estratégia para o debate será a de “tentar diminuir o resultado do PS”, já que o que se discute é “a margem de manobra que o PS terá em outubro de 2019”.
A escolha dos temas tentará assim obedecer a este plano. O investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) acredita que o debate andará à volta da Lei de Bases da Saúde, dos serviços públicos e da ortodoxia orçamental.
Costa Pinto sublinha o facto de o debate sobre o estado do SNS acontecer “como se a clivagem entre esquerda e direita tivesse deixado de existir”. Além de unir a esquerda do PS e a direita, a situação do SNS tem ainda outra característica que torna a sua presença no debate público incontornável. “A crise no SNS une interior e áreas metropolitanas”, explica António Costa Pinto. “Bebés e seniores”, acrescenta Manuela Arcanjo.
Utentes do SNS Inscritos em cirurgia fora de tempo (% face ao total de inscritos)
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O Governo tem destacado o reforço do investimento na saúde – mais médicos, mais enfermeiros e mais despesa – mas há indicadores de acesso ao SNS que mostram que para a população o estado do SNS não está melhor. Um deles é a percentagem de utentes do SNS à espera de uma cirurgia e que já está fora dos tempos considerados normais para a operação. Em março de 2019, segundo números da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), 18,5% dos utentes inscritos na lista de espera para a cirurgia estavam fora dos tempos regulamentares, enquanto em 2015 eram 12,2%.
Costa Pinto resume que o debate marcado para quarta-feira é a “prova do relativo sucesso da governação PS que manteve a ortodoxia orçamental e satisfez as reivindicações“. Neste último ponto há outro indicador que mostra que o início da legislatura foi marcado por um ambiente de paz social maior, embora as reivindicações tenham voltado a aumentar na reta final.
Em 2018, os sindicatos entregaram 733 pré-avisos de greve, bem acima dos 488 que entregaram em 2016, o primeiro ano completo de governação.
Evolução do número de pré-avisos de greve
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Além da saúde — que “tem défices que não estão resolvidos” — Jorge Malheiros aponta outros problemas que são ilustrativos do estado da nação, nomeadamente na área da demografia. Embora tenham sido introduzidas algumas alterações legislativas que “são favoráveis à estabilização e à melhoria da qualidade de vida dos imigrantes”, há ainda uma questão de “justiça fiscal” para resolver no tratamento fiscal dos residentes não habituais e nos vistos gold que “dificultaram o acesso à habitação nos grandes centros urbanos”. Nesta frente houve portanto avanços.
O investigador do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, especialista em demografia e assimetrias regionais, acrescenta que “na natalidade, saúde e idosos evoluiu-se menos”. “Usa-se muito a palavra demografia, mas fez-se pouco”, diz o demógrafo, avisando ser necessária uma “política sistematizada” e não medidas avulsas.
Malheiros destaca ainda outras duas áreas como essenciais para fazer o raio-x à nação: a habitação e os desequilíbrios regionais. No que respeita à habitação, o professor da Universidade de Lisboa acredita que as políticas desenvolvidas — como a Lei de Bases da Habitação ou os programas de renda acessível — trazem “um capital de esperança”, mas destaca que ainda um “caminho grande para fazer”. “É preciso criar mecanismos para ver se e como foram implementadas estas mudanças”, defende.
No que respeita aos desequilíbrios regionais, a questão “esteve mais elevada na agenda política no início da legislatura”, mas “ainda temos de ver se saem daqui resultados positivos”. “Sem um cadastro que permita identificar os proprietários dos terrenos, as políticas de ordenamento do território perdem eficácia”, avisa este investigador.
Fase pós-crise esgotou-se
Com um olhar no futuro e outro no presente, o professor de economia da Universidade do Minho, João Cerejeira, defende que os níveis de investimento “ainda estão baixos”. Cerejeira destaca que a quantidade de capital e a tecnologia disponíveis para o fator trabalho é baixa e que Portugal “continua a ter uma economia de baixos salários”.
“A questão da falta de investimento que seria produtivo e que gere valor é determinante para aumentar a capacidade de crescimento da economia”, avisa Cerejeira.
Evolução do investimento total e do investimento público (taxas de variação em %)
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O economista admite que houve progressos no emprego, na taxa de desemprego e até na evolução do saldo migratório. Mas avisa que “esta fase pós-crise já se esgotou” e que o mercado de trabalho dá “indícios de se ter chegado à sua capacidade de pleno emprego”. Uma perceção confirmada pelos empresários ouvidos pelo ECO. Manuel Violas, do grupo Solverde, e Luís Guimarães, da Polopique, é esse o retrato que fazem do mercado de trabalho. “Baixar a taxa de desemprego é impossível”, diz Luís Guimarães. “Para mim isto já é pleno emprego em Portugal”, acrescenta o industrial.
João Cerejeira deixa uma receita para quem governa Portugal. Por um lado deve simplificar um conjunto de regulamentos para a criação de empresas, já que a “carga fiscal e parafiscal ainda é elevada”, e desenvolver “uma política de formação profissional mais direcionada para quem está já no mercado de trabalho, que permita mobilidade entre profissões e entre empresas”.
https://eco.sapo.pt/2019/07/10/portugal ... -da-nacao/
Um politólogo, um demógrafo e dois economistas partilharam com o ECO sobre a forma como veem Portugal no momento atual. O Parlamento debate hoje o Estado da Nação.
Bem no défice, no PIB e no desemprego. Mal nos serviços públicos, principalmente na saúde. O Governo e os partidos debatem o Estado da Nação esta quarta-feira à tarde no Parlamento durante quase cinco horas. Mas antes o ECO ouviu um politólogo, um demógrafo e dois economistas e o retrato tirado aponta para as falhas no Estado enquanto prestador de serviços públicos que afeta todos no seu dia-a-dia.
“Os indicadores macroeconómicos têm sido o lado positivo. A economia começou a crescer, o défice baixou e a taxa de desemprego reduziu-se. Mas precisamos de ir além dos indicadores macroeconómicos“, diz Manuela Arcanjo, antiga secretária de Estado do Orçamento de António Guterres, lembrando que mesmo no domínio orçamental nem tudo está bem. “Temos a terceira dívida pública mais elevada na União Europeia”, exemplifica a economista
Ano após ano, o Governo tem conseguido défices melhores que o previsto, este ano pode ficar em 0,2% do PIB e para 2020 há já a previsão de um excedente orçamental.
Evolução do défice orçamental (em % do PIB)
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A também ex-ministra da Saúde nos governos de António Guterres acrescenta, porém, que “não vale a pena fingir que está tudo bem”, destacando como principais problemas em Portugal atualmente o estado do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos transportes públicos.
“Só o efeito de envelhecimento da população faz muita pressão sobre a despesa”, diz, ressalvando que há “falta de material, não há instalações e há degradação” dos serviços públicos na área da saúde. Nos transportes públicos, Arcanjo destaca que o desinvestimento já vem de governos anteriores e continuou. “O estado dos transportes públicos não é digno de um país que se orgulha de ter um saldo orçamental histórico.”
SNS, a crise que todos une
O debate do Estado da Nação será o último da legislatura e acontece a menos de três meses da ida às urnas. O contexto será determinante para os 226 minutos reservados para o debate do Estado da Nação. “Haverá uma demarcação política face ao PS”, diz o politólogo António Costa Pinto. As sondagens sobre as intenções de voto para as eleições de 6 de outubro dão a vitória ao PS, mas sem maioria absoluta o que obrigará Costa a negociar para formar Governo.
O politólogo antecipa que tanto à esquerda como à direita a estratégia para o debate será a de “tentar diminuir o resultado do PS”, já que o que se discute é “a margem de manobra que o PS terá em outubro de 2019”.
A escolha dos temas tentará assim obedecer a este plano. O investigador do Instituto de Ciências Sociais (ICS) acredita que o debate andará à volta da Lei de Bases da Saúde, dos serviços públicos e da ortodoxia orçamental.
Costa Pinto sublinha o facto de o debate sobre o estado do SNS acontecer “como se a clivagem entre esquerda e direita tivesse deixado de existir”. Além de unir a esquerda do PS e a direita, a situação do SNS tem ainda outra característica que torna a sua presença no debate público incontornável. “A crise no SNS une interior e áreas metropolitanas”, explica António Costa Pinto. “Bebés e seniores”, acrescenta Manuela Arcanjo.
Utentes do SNS Inscritos em cirurgia fora de tempo (% face ao total de inscritos)
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O Governo tem destacado o reforço do investimento na saúde – mais médicos, mais enfermeiros e mais despesa – mas há indicadores de acesso ao SNS que mostram que para a população o estado do SNS não está melhor. Um deles é a percentagem de utentes do SNS à espera de uma cirurgia e que já está fora dos tempos considerados normais para a operação. Em março de 2019, segundo números da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), 18,5% dos utentes inscritos na lista de espera para a cirurgia estavam fora dos tempos regulamentares, enquanto em 2015 eram 12,2%.
Costa Pinto resume que o debate marcado para quarta-feira é a “prova do relativo sucesso da governação PS que manteve a ortodoxia orçamental e satisfez as reivindicações“. Neste último ponto há outro indicador que mostra que o início da legislatura foi marcado por um ambiente de paz social maior, embora as reivindicações tenham voltado a aumentar na reta final.
Em 2018, os sindicatos entregaram 733 pré-avisos de greve, bem acima dos 488 que entregaram em 2016, o primeiro ano completo de governação.
Evolução do número de pré-avisos de greve
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O investigador do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, especialista em demografia e assimetrias regionais, acrescenta que “na natalidade, saúde e idosos evoluiu-se menos”. “Usa-se muito a palavra demografia, mas fez-se pouco”, diz o demógrafo, avisando ser necessária uma “política sistematizada” e não medidas avulsas.
Malheiros destaca ainda outras duas áreas como essenciais para fazer o raio-x à nação: a habitação e os desequilíbrios regionais. No que respeita à habitação, o professor da Universidade de Lisboa acredita que as políticas desenvolvidas — como a Lei de Bases da Habitação ou os programas de renda acessível — trazem “um capital de esperança”, mas destaca que ainda um “caminho grande para fazer”. “É preciso criar mecanismos para ver se e como foram implementadas estas mudanças”, defende.
No que respeita aos desequilíbrios regionais, a questão “esteve mais elevada na agenda política no início da legislatura”, mas “ainda temos de ver se saem daqui resultados positivos”. “Sem um cadastro que permita identificar os proprietários dos terrenos, as políticas de ordenamento do território perdem eficácia”, avisa este investigador.
Fase pós-crise esgotou-se
Com um olhar no futuro e outro no presente, o professor de economia da Universidade do Minho, João Cerejeira, defende que os níveis de investimento “ainda estão baixos”. Cerejeira destaca que a quantidade de capital e a tecnologia disponíveis para o fator trabalho é baixa e que Portugal “continua a ter uma economia de baixos salários”.
“A questão da falta de investimento que seria produtivo e que gere valor é determinante para aumentar a capacidade de crescimento da economia”, avisa Cerejeira.
Evolução do investimento total e do investimento público (taxas de variação em %)
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O economista admite que houve progressos no emprego, na taxa de desemprego e até na evolução do saldo migratório. Mas avisa que “esta fase pós-crise já se esgotou” e que o mercado de trabalho dá “indícios de se ter chegado à sua capacidade de pleno emprego”. Uma perceção confirmada pelos empresários ouvidos pelo ECO. Manuel Violas, do grupo Solverde, e Luís Guimarães, da Polopique, é esse o retrato que fazem do mercado de trabalho. “Baixar a taxa de desemprego é impossível”, diz Luís Guimarães. “Para mim isto já é pleno emprego em Portugal”, acrescenta o industrial.
João Cerejeira deixa uma receita para quem governa Portugal. Por um lado deve simplificar um conjunto de regulamentos para a criação de empresas, já que a “carga fiscal e parafiscal ainda é elevada”, e desenvolver “uma política de formação profissional mais direcionada para quem está já no mercado de trabalho, que permita mobilidade entre profissões e entre empresas”.
https://eco.sapo.pt/2019/07/10/portugal ... -da-nacao/