NOTÍCIAS DA FÓRMULA 1
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Re: NOTÍCIAS DA FÓRMULA 1
CRÓNICA: Hamilton e Bottas não são Senna e Prost…
Foi no GP de Espanha que a Ferrari percebeu finalmente que a manter o SF90 como está, dificilmente fará melhor daqui para a frente, comparativamente ao que fez até aqui. Mattia Binoto já admitiu que o conceito do carro pode estar errado, pois a Scuderia levou um grande upgrade aerodinâmico para Barcelona e as coisas ficaram ainda piores.
Numa pista em que a aerodinâmica é fundamental, a velocidade dos Ferrari em reta, que é maior que a da Mercedes, de nada lhes vale se em curva ficam muito longe dos adversários, e não só dos Mercedes, como Max Verstappen deixou claro na Catalunha.
A Ferrari já está a fazer uma investigação interna, de modo a perceber a fundo a questão, mas enquanto isso a Mercedes já vai com cinco ‘dobradinhas’ seguidas, ao ponto de Lewis Hamilton já estar a ‘pedir’ que deem mais luta.
Ainda só se realizaram 25% (mais coisa menos coisa) dos GP deste ano, há tempo para a Ferrari reagir, mas quanto à luta pelo campeonato, esqueçam, essa já lá vai.
É pena, porque os testes de inverno mostraram uma coisa diferente, pensava-se que o equilíbrio iria ser bem maior, mas a diferença de Barcelona de fevereiro, para a Barcelona de maio é abismal.
Agora, para ‘isto’ animar um pouco será preciso que a Ferrari descubra a razão do seu carro ser o que é, que a Red Bull descubra mais uns ‘pós’ no seu novo motor Honda, porque senão arriscamos uma época semelhante à de 1988.
Com a agravante de Lewis Hamilton e Valtteri Bottas não são Ayrton Senna e Alain Prost…
https://www.autosport.pt/formula1/f1/cr ... a-e-prost/
Foi no GP de Espanha que a Ferrari percebeu finalmente que a manter o SF90 como está, dificilmente fará melhor daqui para a frente, comparativamente ao que fez até aqui. Mattia Binoto já admitiu que o conceito do carro pode estar errado, pois a Scuderia levou um grande upgrade aerodinâmico para Barcelona e as coisas ficaram ainda piores.
Numa pista em que a aerodinâmica é fundamental, a velocidade dos Ferrari em reta, que é maior que a da Mercedes, de nada lhes vale se em curva ficam muito longe dos adversários, e não só dos Mercedes, como Max Verstappen deixou claro na Catalunha.
A Ferrari já está a fazer uma investigação interna, de modo a perceber a fundo a questão, mas enquanto isso a Mercedes já vai com cinco ‘dobradinhas’ seguidas, ao ponto de Lewis Hamilton já estar a ‘pedir’ que deem mais luta.
Ainda só se realizaram 25% (mais coisa menos coisa) dos GP deste ano, há tempo para a Ferrari reagir, mas quanto à luta pelo campeonato, esqueçam, essa já lá vai.
É pena, porque os testes de inverno mostraram uma coisa diferente, pensava-se que o equilíbrio iria ser bem maior, mas a diferença de Barcelona de fevereiro, para a Barcelona de maio é abismal.
Agora, para ‘isto’ animar um pouco será preciso que a Ferrari descubra a razão do seu carro ser o que é, que a Red Bull descubra mais uns ‘pós’ no seu novo motor Honda, porque senão arriscamos uma época semelhante à de 1988.
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Triste sina ter nascido português
- Bourne
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Re: NOTÍCIAS DA FÓRMULA 1
Confesso que nos últimos anos presto mais atenção ao futebol europeu do que automobilismo em geral.
Na medida em que fico velho tenho menor paciência para imobilismo da F1. Quero ver ousadia e alegria, imprevisibilidade e não saber que vai ganhar. Aí os coxinhas da F1 dizem "sempre foi assim, é a tradição, se não gosta não é para você". Tudo bem. Por isso automobilismo e formula 1 em especial perdem tanto público e interesse de patrocinadores. Isso inclui DTM e WEC. A Formula E que parecia uma esperança tá toda confusa porque organização não sabe fazer as pistas e regras.
Do esporte motor o que realmente acompanho é a Moto GP. Apesar do Marc Marquez ganhar campeonatos ele sofre muito, leva a moto nas costas. Nas últimas temporadas, a Ducati, Suzuki e Yamaha cresceram muito. Brigam por podium e vitória.
O futebol não é qualquer um. O campeonato brasileiro e times são um horror. É um bando de técnico retranqueiro, que não sabe treinar e fazer os jogadores evoluírem. Não sentiram o esvaziamento pelo amor do torcedor pelos clubes. Mas é um futebol horroroso. As vezes aparece uma estrela brilhante como Santos do Sampaoli.
Gosto muito do Champions league e Premier League. Tem jogos bonitos, emocionantes e afastado das paixões rasteiras locais.
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Re: NOTÍCIAS DA FÓRMULA 1
O traçado eu achei legal mas a pista é muito estreita característica dos circuitos antigos, imagine os carros atuais da F1 que são mais largos nesta pista...
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Re: NOTÍCIAS DA FÓRMULA 1
Bourne escreveu: ↑Seg Mai 13, 2019 4:22 pm Confesso que nos últimos anos presto mais atenção ao futebol europeu do que automobilismo em geral.
Na medida em que fico velho tenho menor paciência para imobilismo da F1. Quero ver ousadia e alegria, imprevisibilidade e não saber que vai ganhar. Aí os coxinhas da F1 dizem "sempre foi assim, é a tradição, se não gosta não é para você". Tudo bem. Por isso automobilismo e formula 1 em especial perdem tanto público e interesse de patrocinadores. Isso inclui DTM e WEC. A Formula E que parecia uma esperança tá toda confusa porque organização não sabe fazer as pistas e regras.
Do esporte motor o que realmente acompanho é a Moto GP. Apesar do Marc Marquez ganhar campeonatos ele sofre muito, leva a moto nas costas. Nas últimas temporadas, a Ducati, Suzuki e Yamaha cresceram muito. Brigam por podium e vitória.
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Gosto muito do Champions league e Premier League. Tem jogos bonitos, emocionantes e afastado das paixões rasteiras locais.
E este ano tanto a CL como a Liga Europa vão ter finalistas incomuns!!!! Farto da mrd de Real Madrid, Barcelona, Bayern e vira o disco e toca o mesmo!!!!!
Só as "remontadas" de Liverpool e Totenham já vieram dar outra alegria!!!
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Re: NOTÍCIAS DA FÓRMULA 1
Apareceu o papo de que o Kubica seria substituído pelo Latifi. Uma bobagem. O Latifi tem dinheiro, lidera o campeonato de F2 e tem fortes indicações que pode ser campeão. Assim pode comprar/negociar uma vaga melhor para 2020.
A classificação da F2
Estavam fazendo onda sobre o Mick Schumacher. Diziam que ele poderia correr na Alfa Romeo em 2020 e ir para Ferrari em seguida. O problema que do pai só herdou o sobrenome. Na F2 é um piloto mediano para ruim. Comete muitos erros, não é rápido e não sabe lidar com as adversidades. Apesar de estar em uma ótima equipe que é a prema. Vai ter que evoluir muito para poder correr na F1 e não fazer feio tipo um Stroll da vida.F1: NICHOLAS LATIFI PODE SUBSTITUIR ROBERT KUBICA?
Vale o que vale, tendo em conta a origem, mas segundo reporta o jornal canadiano ‘Journal de Montréal’, o piloto… canadiano, Nicholas Latifi pode estar a preparar-se para substituir Robert Kubica na Williams, que segundo o artigo da publicação, está “insatisfeita” e pondera terminar o contrato com o polaco, e trocá-lo pelo vencedor de um das corridas da Fórmula 2 deste fim de semana em Barcelona.
A publicação vai ao ponto de referir que a equipa teme que Robert Kubica possa não conseguir fazer as curvas no apertado circuito do Mónaco.
Sendo verdade que Kubica tem produzido pouco face ao seu colega de equipa rookie, George Russel, a informação parece no mínimo estranha, mas tendo em conta que ‘isto’ é a Fórmula 1, tudo pode acontecer. A publicação refere ainda que o contrato do piloto prevê a possibilidade de ser substituído, e Latifi será a solução. Para já não nos é possível confirmar esta informação, mas vamos aguardar por novos desenvolvimentos.
https://www.autosport.pt/formula1/f1/f1 ... rt-kubica/
A classificação da F2
1 Nicholas Latifi 93 25/1 10/3 12/4 15/1 25/1 6/6 - - - - - - - - -
2 Luca Ghiotto 67 22/2 15/1 2/9 - 16/4 12/2 - - - - - - - - -
3 Nick de Vries 63 8/6 4/7 18/2 8/4 10/5 15/1 - - - - - - - - -
4 Jack Aitken 62 6/7 - 27/1 10/3 18/2 1/8 - - - - - - - - -
5 Guan Yu Zhou 34 3/10 8/4 - - 15/3 8/4 - - - - - - - - -
6 Sergio Camara 33 15/3 12/2 - 6/6 - - - - - - - - - - -
7 Anthoine Hubert 27 12/4 - 1/10 - 8/6 6/5 - - - - - - - - -
8 Jordan King 26 - 1/8 15/3 - 8/7 2/7 - - - - - - - - -
9 Juan Correa 18 - - 6/7 12/2 - - - - - - - - - - -
10 Louis Deletraz 16 10/5 6/5 - - - - - - - - - - - - -
11 Callum Ilott 14 - - - - 4/8 10/3 - - - - - - - - -
12 Mick Schumacher 14 4/8 4/6 - 6/5 - - - - - - - - - - -
https://motorsport.uol.com.br/fia-f2/standings/
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Re: NOTÍCIAS DA FÓRMULA 1
Acho que a Redbull está com carro melhor que a Ferrari. Só não está fazendo terceiro e quarto lugares porque o Gasly não se acertou. E digo mais, parece ser o único carro capaz de vencer a Mercedes em uma pista favorável ou que aconteça alguma coisa favorável.
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Re: NOTÍCIAS DA FÓRMULA 1
Assisti as voltas do Alonso on board. A conclusão que o carro é um horror. O Alonso não consegue fazer as curvas com pé cravada e aproveitar o motor e tem que trabalhar no volante bem mais que os os outros carros. O carro é desequilibrado.
O culpado é a McLaren que foi atrás da parceria com a Carlin. As duas não sabem preparar o carro de oval e não foram atrás do pessoal técnico que entendesse dos segredos. E mais um piloto experiente para deixar o carro no trilho. A situação bem diferente de 2017 quando tinha a Andretti por trás que deu um carro redondinho para o Alonso.
O culpado é a McLaren que foi atrás da parceria com a Carlin. As duas não sabem preparar o carro de oval e não foram atrás do pessoal técnico que entendesse dos segredos. E mais um piloto experiente para deixar o carro no trilho. A situação bem diferente de 2017 quando tinha a Andretti por trás que deu um carro redondinho para o Alonso.
Alonso fracassa e não se classifica para 500 milhas de Indianápolis
Espanhol fez nova tentativa na Indy 500 em busca da tríplice coroa, mas Mclaren não esteve no mesmo nível dos rivais e sonho será adiado
Não será em 2019 que Fernando Alonso completará sua meta de vencer as 500 milhas de Indianápolis, a única que lhe falta para a conquista da tríplice coroa. O espanhol que venceu duas vezes a prova de Mônaco e no ano passado conquistou a vitória na mítica 24 horas de Le Mans, teve desempenho abaixo do esperado a bordo de sua McLaren.
Neste domingo, na decisão das últimas três vagas para a Indy 500, o espanhol foi o quarto melhor, ficando atrás de Sage Karam, com 227.740mph de média das quatro voltas, James Hichcliffe, que fez 227.543 mph, e Kyle Kaiser, com 227.372 mph. O piloto da McLaren completou sua tentativa a 227.353 mph, ou 365.889 km/h. A diferença, na média, foi de míseros 0.0304 km/h.
https://motorsport.uol.com.br/indycar/n ... vVmVs9X0dA
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Re: NOTÍCIAS DA FÓRMULA 1
The End: Niki Lauda (1949-2019)
O austríaco Niki Lauda, tricampeão do mundo de Formula 1 e atual diretor desportivo da Mercedes, morreu na noite desta segunda feira, aos 70 anos de idade. Estava de novo internado numa clinica na Suíça devido a problemas nos rins, que tinham deixado de funcionar devido aos medicamentos que estava a tomar por causa do seu transplante de pulmão, no verão passado. Ele já tinha sido submetido a dois transplantes renais, o primeiro há mais de vinte anos, e o segundo há cerca de doze anos, com o doador a ser a sua atual mulher e mãe das suas filhas mais novas.
A vida de Lauda merece mais do que um filme, porque Hollywood já fez um. Nascido a 22 de fevereiro de 1949 em Viena, Andreas Nikolaus Lauda nasceu em berço de ouro, já que o seu avô era banqueiro. Contudo, a familia não aprovava a sua carreira automobilística e chegou a cortar laços com eles. No final da década de 60, começou a correr, primeiro na Formula Super Vê, enquanto fazia provas de Endurance, a bordo do 906 Carrera 4 e do 908 com compatriotas seus como Helmut Marko. Pediu dinheiro emprestado para comprar um lugar na March para correr o seu primeiro Grande Prémio, em 1971, em Zeltweg. Não terminou a prova.
Em 1972, seguiu para a March, onde ao lado de Ronnie Peterson, o chassis não foi o esperado, acabando por não conseguir pontuar. Pediu novo empréstimo bancário para correr na BRM, ao lado de Jean-Pierre Beltoise e Clay Regazzoni, e com um chassis algo defasado, conseguiu os seus primeiros pontos, um quinto lugar no GP da Bélgica. Mas na segunda metade de 1973, boas corridas em lugares como o Mónaco, Grã-Bretanha e Canadá fizeram com que caisse na atenção de Enzo Ferrari, e também graças à recomendação de Clay Regazzoni, que também ia para a Scuderia, decide contratá-lo para a temporada de 1974.
Ele ajuda a melhorar o modelo 312 e logo na primeira corrida do ano, na Argentina, consegue o seu primeiro pódio da sua carreira, e em Espanha, na quarta corrida do ano, a sua primeira vitória. Ainda consegue mais uma vitória na Holanda e luta pelo campeonato, mas perde a favor de Emerson Fittipaldi, acabando no quarto lugar, com 38 pontos.
Contudo, em 1975, o carro está melhor e vence cinco provas, conseguindo o seu primeiro título mundial, com 64 pontos. Mas para além de ser o primeiro título mundial, dava também o primeiro título de pilotos desde John Surtees, em 1964, e tornava-se num digno sucessor de Jochen Rindt, morto cinco anos antes.
E começa o campeonato de 1976 como acabou: a vencer. Triunfa em quatro dos primeiros seis Grandes Prémios desse ano, ao ponto em que, no final do GP do Mónaco, tinha 36 pontos (!) de avanço para o seu companheiro Regazzoni, o segundo classificado. Somente uma catástrofe iria tirar o título das suas mãos... mas a 1 de agosto desse ano, isso iria acontecer.
Era o dia do GP da Alemanha. Já ele tinha visto a distância a encurtar a favor do britânico, mas não estava em perigo. A corrida, no perigoso Nordschleife, tinha nesse dia levado com uma chuvada antes da corrida, mas os céus estavam desanuviados quando se deu a partida. Mas parte da pista de 22 quilómetros ainda estava molhada, e muitos, como Lauda e Hunt, não queriam arriscar e andavam com pneus molhados. Contudo, no final da primeira volta, estavam a trocar de pneus, para seco, depois de virem Jochen Mass a chegar ao comando, com pneus secos. Lauda voltou à pista para tentar recuperar o tempo perdido, mas na zona de Bergwerk, a suspensão traseira esquerda quebrou e o fez bater no muro de terra. Em ricochete, ele voltou à pista, e ainda sofreu com o embate do Surtees de Brett Lunger, antes de parar, em chamas.
Logo a seguir, Lunger, o britânico Guy Edwards, o italiano Arturo Merzário e o alemão Harald Ertl conseguiram retirá-lo do carro em chamas, e depois outros pilotos como John Watson, Emerson Fittipaldi e Hans-Joachim Stuck ajudam-o a colocar no chão e velam-o até chegar a ambulância. Lauda tinha ficado sem capacete no embate e a gasolina tinha vertido para a sua cara. Os fumos tóxicos também tinham entrado nos seus pulmões, e foi rapidamente socorrido pela assistência do circuito, que o levou para o hospital de Mannheim. Ali, diagnosticaram as queimaduras na cara - terá a orelha direita permanentemente mutilada - e nos pulmões, e os médicos não acreditavam que poderia sobreviver.
Contudo, não só sobreviveu, com 42 dias depois, a 12 de setembro, volta ao cockpit do seu carro para ser quarto classificado no GP de Itália, em Monza. A imprensa não diz outra coisa senão que está a assistir a nada menos que um milagre.
Contudo, tenta defender o título até à última prova, no Japão. Nessa corrida, e debaixo de chuva intensa, o austríaco decide retirar-se voltuntáriamente na volta 2, afirmando que as condições não estavam boas para uma corrida. Hunt, o seu rival no campeonato desse ano, acabou por ser terceiro classificado e conseguiu os pontos suficientes para ser campeão do mundo, 69 contra 68. Em Itália, é acusado de ser um cobarde, e o piloto, que já não tinha gostado muito da atitude de Enzo Ferrari quando contratou Carlos Reutemann enquanto estava no hospital, acreditando que ele não recuperava, decidiu continuar para 1977, para revalidar o título. Consegue, a quatro provas do fim, depois de vencer o GP da Holanda. Até então, tinha conseguido vencer três provas, mas tinha tido nove pódios ao todo.
No dia a seguir, anunciava ao mundo que iria abandonar a Ferrari, para choque do mundo inteiro. Durante essa temporada, estava a negociar com o seu amigo Bernie Ecclestone um contrato milionário para correr na Brabham e ajudar a desenvolver o motor Alfa Romeo. No final, por um milhão de dólares por temporada, Lauda iria levar o numero um para 1978. E na Ferrari, o seu substituto acabaria por ser um pequeno canadiano chamado Gilles Villeneuve.
Em 1978, Lauda é quarto no campeonato, com duas vitórias e sete pódios, mas no ano seguinte, apenas consegue quatro pontos. Tem 30 anos e sente-se cansado. E os seus interesses tinham-se desviado desde há um tempo para a aviação. No fim de semana do GP do Canadá, na mesma altura em que estreia o BT49, com motor Cosworth, Lauda decide abandonar a Formula 1, afirmando "estar cansado de andar aos círculos". Mais uma vez, espantava o mundo.
Estabelece a Lauda Air, uma companhia "charter", mas descobre que colocar aviões no ar não é tarefa fácil e no final de 1981, depois de uma série de testes em Donington Park com o McLaren MP4/1, decide voltar a correr, mediante um bom salário de três milhões de dólares por temporada. Vencendo as desconfianças, é quarto na primeira corrida, na África do Sul, e vence em Long Beach, a terceira corrida do ano. No final, é quinto, com mais uma vitória e um pódio. Em 1983, consegue dois pódios, mas de resto, foi uma temporada modesta.
Mas em 1984, o MP4/2, desenhado por John Barnard e com motor TAG-Porsche Turbo, torna-se num carro imbatível. Ron Dennis, seu patrão na McLaren, contratou um valoroso companheiro de equipa, o francês Alain Prost, e juntos, lutam pelo título mundial. O francês consegue oito vitórias, contra os cinco do austríaco, mas ele conseguia conservar o carro para a parte final das corridas - não fez qualquer pole-position nessa temporada - e a 21 de outubro, no circuito do Estoril, Lauda foi o segundo e tornou-se tricampeão do mundo, batendo Prost por... meio ponto. Aos 35 anos de idade, tinha conseguido o que queria.
No ano seguinte, apenas conseguiu uma vitória, em Zandvoort, antes de abandonar a Formula 1 pela segunda vez, e agora, era definitivo.
Depois disto, dedicou-se à sua companhia aérea, a Lauda Air, onde ficou até ao ano 2000, altura em que a sua empresa fora alvo de uma operação hostil, e em consequência, despedido. Não desistiu e decidiu fazer uma companhia aérea de baixo custo, a Fly Niki, que fundiu em 2011 com a Air Berlin. Pouco depois, em 2016, adquiriu uma terceira companhia, a Amra Air, e rebatizou-a de Laudamotion, com o mesmo objetivo de ser uma companhia aérea de baixo custo. No inicio deste ano, foi adquirida pela Ryanair para fazer dela uma frota só de Airbus A320.
Apesar da aviação, nunca esteve muito longe das pistas. Primeiro conselheiro da Ferrari, em 1993-94, tornou-se depois diretor desportivo da Jaguar em 2002, saindo pouco depois. Dez anos mais tarde, em 2013, tornou-se diretor desportivo da Mercedes, ao lado de Christian "Toto" Wolff, cargo esse que ocupava atualmente, até adoecer, no verão passado.
Escreveu cinco livros sobre a sua vida, carreira e sobre a arte de condução. Apelidado de "Rato", por causa dos seus dentes da frente, tinha sido comentador desportivo nos últimos 30 anos, na sua Áustria natal, e não tinha papas na língua sobre a Formula 1 e sobre os pilotos que via passar pelo pelotão. Em 2011, Hollywood decidira fazer um filme sobre a rivalidade entre ele e James Hunt, bem como a temporada de 1976. O resultado foi "Rush", realizado por Ron Howard, com a personagem a ser interpretado pelo alemão Daniel Bruhl. No final, o filme foi um sucesso de público, aclamado pela crítica e pelos fãs.
Casou-se duas vezes, a primeira com Marlene Knaus, que lhe deu dois filhos, o mais velho dos quais Matthias Lauda, que seguiu a sua carreira de piloto, sem grande sucesso. Hoje em dia, corre na Endurance, pela Aston Martin ao lado do português Pedro Lamy e pelo canadiano Paul della Lana. Voltou-se a casar em 2008, com Birgit Wetzinger, uma hospedeira da Lauda Air, que lhe tinha doado um rim, e mais tarde lhe deu dois gémeas. Para além disso, teve mais um rapaz, Christoph, devido a uma relação extra-conjugal.
Desde o verão passado que Lauda encontrava-se doente. Uma pneumonia contraída quando passava férias em Ibiza, no verão passado, causou-lhe um colapso num dos pulmões e consequente transplante, em Viena. Contudo, não era o seu primeiro transplante: tinha tido duas operações, a primeira em 1997 e a segunda em 2008, para remover um dos rins, com o primeiro a ser doado pelo irmão, e o segundo por aquela que viria a ser sua mulher. E desde há algum tempo se dizia que a quantidade de imunossupressores que estava a tomar pelos transplantes poderia atrapalhar a sua recuperação. E ontem tinha aparecido a noticia do seu internamento numa clínica na Suíça, devido a uma falha renal, que agora se viu ser fatal.
Um piloto que já era uma lenda, não só por aquilo que fez nas pistas. Alguém que foi ao Inferno e voltou, mais forte e determinado em vencer, torando-se no piloto mais marcante da sua geração. "Unvergessen", como diriam os seus compatriotas. Agora faz parte da História. Ars lunga, vita brevis, Niki.
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Re: NOTÍCIAS DA FÓRMULA 1
Indy500: Fim da relação McLaren/Alonso?
Por Fábio Mendes a 21 Maio 2019
Já todos ouvimos falar de relações que por muito que as partes tentem, não dão certo. A relação da McLaren com Fernando Alonso é um desses casos e o mais recente fiasco na Indy 500 poderá ser o golpe final.
A história de Alonso com a McLaren começou mal. A primeira passagem pela equipa de Woking foi fugaz e depressa se deteriorou. Mas em 2015 deu-se uma improvável reconciliação… Ron Dennis iniciou o processo de recuperação da McLaren que andava à deriva e aproveitou o descontentamento de Alonso na Ferrari. O regresso do espanhol a Woking espantou muitos, mas no fundo qualquer chefe de equipa aproveitaria a oportunidade… afinal Alonso era, e ainda é um dos melhores.
Mas a entrada de Alonso na equipa talvez tenha tido o efeito contrário ao pretendido. A Honda demorou a encontrar o rumo certo e a paciência de Alonso depressa se esgotou. No período em que Alonso esteve na McLaren, a equipa registou as piores épocas e Ron Dennis foi “convidado” a afastar-se.
Embora a Honda tenha errado na sua abordagem à F1 moderna, a falta de paciência e a postura da McLaren terá piorado uma situação complicada… isto porque era preciso dar a Alonso um carro capaz. Assim que Alonso saiu da equipa, a pressão diminuiu e os resultados surgiram. Coincidência?
O espanhol entendeu que não conseguiria o desejado tri na McLaren e apontou baterias para a Triple Crown. Zak Brown, agora aos comandos da equipa, e com uma visão mais global, sempre mostrou vontade de alargar o espectro de acção da equipa e, de forma lógica, achou que Alonso seria o embaixador ideal. E associar o nome da McLaren à Triple Crown era também algo apetitoso.
A primeira tentativa na Indy500 foi francamente positiva e apenas o motor Honda (ironia do destino) impediu o espanhol de conquistar um excelente resultado. A conquista de Le Mans foi feita “fora de portas” mas a McLaren, com vontade de entrar na Indy, aproveitou o efeito Alonso para entrar na competição americana. Mas quis entrar pela porta grande, sem a preparação suficiente e saiu vergada a uma humilhante derrota.
Erros crassos com um resultado inevitável
O projecto de entrada na Indy, nunca poderia começar na prova rainha. A lógica ditaria que a entrada no início da época para afinar os pormenores que inevitavelmente teria de ser rectificados era a solução ideal, mas Alonso nunca mostrou vontade de fazer uma época completa na Indy, estando apenas focado na Triple Crown. Mais uma vez a McLaren fez a vontade à Alonso e deu-se mal.
A equipa preparou-se mal e foram cometidos erros inaceitáveis a este nível. A McLaren associou-se à Carlin para o fornecimento do chassis, uma equipa que se iniciou na Indy apenas em 2018. Mais uma vez a lógica mandaria que a McLaren se associasse à Andretti, a quem se juntou em 2017 com sucesso. Mas o grande problema voltou a ser Alonso… A Andretti usa motores Honda e os comentários do espanhol à performance das unidades nipónicas na F1 complicaram o possível negócio.
Além da parceria improvável, a forma como o projecto foi gerido roçou o amadorismo. Segundo consta, a McLaren não tinha volante para o seu carro uma semana antes do teste e teve de ser o próprio Brown a tratar disso com a Cosworth. Seguiram-se problemas eléctricos, azar com o mau tempo e o resultado foi um chassis mal afinado, com apenas um terço do tempo de pista dos homens que conseguiram os primeiros lugares na qualificação.
Mais ainda, o acidente de Alonso terá revelado mais um aspecto chocante da desorganização… Os rumores dizem que o chassis suplente da equipa esteve à espera um mês para ser pintado e que isso atrasou o seu uso depois do acidente. Os erros continuaram e o uso de um sensor errado não detectou um furo no carro do espanhol na qualificação.
A situação ficou tão crítica que se diz que Brown e Gil de Ferran pediram ajuda à Andretti (que tem boas relações com Brown) e que no domingo, Alonso usou suspensões e afinação fornecidas pela equipa americana. As diferenças estão à vista e basta comparar os onboards para ver a diferença.
Apenas alguém como Alonso seria capaz de levar o carro como fez, sem voltar a bater no muro e no domingo vimos que o piloto não precisava de corrigir tanto o carro… ainda assim não foi suficiente e a McLaren foi afastada por uma equipa pequena que também enfrentou problemas.
Será a culpa de Alonso?
Indirectamente sim, mas o espanhol apenas seguiu os seus instintos de querer mais e mais. Quis ser campeão de F1 com a McLaren e entendeu que a curto prazo não o conseguiria enquanto a Honda estivesse por perto. Bateu o pé, conseguiu “expulsar” a Honda, mas quando viu que o problema era mais profundo que apenas uma troca de motor, desistiu da McLaren. Apostou na Indy e a McLaren quis acompanha-lo, mas a equipa não teve capacidade para lhe dar o carro certo. Se Alonso tivesse sido mais ponderado nas críticas à Honda este ano teria tido certamente um carro capaz de vencer, com o apoio da Andretti. Mais uma vez Alonso pagou pela sua postura.
Será a culpa de Zak Brown?
Em parte sim. Brown quis aproveitar o “efeito Alonso” ao máximo mas com isso perdeu o norte. Dispensou a Honda, que agora ocupa a terceira posição do campeonato com a Red Bull e com isso perdeu 100 milhões por ano e o fornecimento exclusivo de motores. Será difícil a McLaren chegar ao título com estes motores, sendo cliente.
Brown nunca escondeu a vontade de apostar noutras competições mas apenas depois de arrumar a casa, no que a F1 diz respeito. Esqueceu as suas palavras e apostou de forma precipitada na Indy, também para aproveitar a boleia do espanhol. Voltou a dar-se mal. Deveria ter consolidado o projecto F1 e só então apostar a sério na Indy. Brown sabe que tem um dos melhores talentos de sempre do automobilismo e quis aproveitar esse facto, mas talvez por causa disso tenha tomado decisões arriscadas que acabaram invariavelmente mal.
Divorcio inevitável?
Não é inevitável mas é o cenário mais plausível e talvez o melhor para ambas as partes. A McLaren não tem capacidade neste momento de dar a Alonso o que ele quer e já vimos que quando tenta dar-lhe isso, tudo corre mal pois é feito à pressa. Alonso estará cansado das sucessivas falhas da equipa britânica e quererá tentar algo diferente, longe dos fantasmas que foram criados nos últimos quatro anos. A relação Alonso/McLaren no papel tinha tudo para ser perfeita. Na realidade revelou-se um pesadelo para ambos, embora tenham tentado com todas as forças remar contra a maré. Talvez seja melhor “dar um tempo” e cada um seguir o seu caminho e talvez o futuro permita uma nova reaproximação. Mas a relação parece de certa forma amaldiçoada e dificilmente dará os frutos desejados.
https://www.autosport.pt/formula1/f1/in ... en-alonso/
Por Fábio Mendes a 21 Maio 2019
Já todos ouvimos falar de relações que por muito que as partes tentem, não dão certo. A relação da McLaren com Fernando Alonso é um desses casos e o mais recente fiasco na Indy 500 poderá ser o golpe final.
A história de Alonso com a McLaren começou mal. A primeira passagem pela equipa de Woking foi fugaz e depressa se deteriorou. Mas em 2015 deu-se uma improvável reconciliação… Ron Dennis iniciou o processo de recuperação da McLaren que andava à deriva e aproveitou o descontentamento de Alonso na Ferrari. O regresso do espanhol a Woking espantou muitos, mas no fundo qualquer chefe de equipa aproveitaria a oportunidade… afinal Alonso era, e ainda é um dos melhores.
Mas a entrada de Alonso na equipa talvez tenha tido o efeito contrário ao pretendido. A Honda demorou a encontrar o rumo certo e a paciência de Alonso depressa se esgotou. No período em que Alonso esteve na McLaren, a equipa registou as piores épocas e Ron Dennis foi “convidado” a afastar-se.
Embora a Honda tenha errado na sua abordagem à F1 moderna, a falta de paciência e a postura da McLaren terá piorado uma situação complicada… isto porque era preciso dar a Alonso um carro capaz. Assim que Alonso saiu da equipa, a pressão diminuiu e os resultados surgiram. Coincidência?
O espanhol entendeu que não conseguiria o desejado tri na McLaren e apontou baterias para a Triple Crown. Zak Brown, agora aos comandos da equipa, e com uma visão mais global, sempre mostrou vontade de alargar o espectro de acção da equipa e, de forma lógica, achou que Alonso seria o embaixador ideal. E associar o nome da McLaren à Triple Crown era também algo apetitoso.
A primeira tentativa na Indy500 foi francamente positiva e apenas o motor Honda (ironia do destino) impediu o espanhol de conquistar um excelente resultado. A conquista de Le Mans foi feita “fora de portas” mas a McLaren, com vontade de entrar na Indy, aproveitou o efeito Alonso para entrar na competição americana. Mas quis entrar pela porta grande, sem a preparação suficiente e saiu vergada a uma humilhante derrota.
Erros crassos com um resultado inevitável
O projecto de entrada na Indy, nunca poderia começar na prova rainha. A lógica ditaria que a entrada no início da época para afinar os pormenores que inevitavelmente teria de ser rectificados era a solução ideal, mas Alonso nunca mostrou vontade de fazer uma época completa na Indy, estando apenas focado na Triple Crown. Mais uma vez a McLaren fez a vontade à Alonso e deu-se mal.
A equipa preparou-se mal e foram cometidos erros inaceitáveis a este nível. A McLaren associou-se à Carlin para o fornecimento do chassis, uma equipa que se iniciou na Indy apenas em 2018. Mais uma vez a lógica mandaria que a McLaren se associasse à Andretti, a quem se juntou em 2017 com sucesso. Mas o grande problema voltou a ser Alonso… A Andretti usa motores Honda e os comentários do espanhol à performance das unidades nipónicas na F1 complicaram o possível negócio.
Além da parceria improvável, a forma como o projecto foi gerido roçou o amadorismo. Segundo consta, a McLaren não tinha volante para o seu carro uma semana antes do teste e teve de ser o próprio Brown a tratar disso com a Cosworth. Seguiram-se problemas eléctricos, azar com o mau tempo e o resultado foi um chassis mal afinado, com apenas um terço do tempo de pista dos homens que conseguiram os primeiros lugares na qualificação.
Mais ainda, o acidente de Alonso terá revelado mais um aspecto chocante da desorganização… Os rumores dizem que o chassis suplente da equipa esteve à espera um mês para ser pintado e que isso atrasou o seu uso depois do acidente. Os erros continuaram e o uso de um sensor errado não detectou um furo no carro do espanhol na qualificação.
A situação ficou tão crítica que se diz que Brown e Gil de Ferran pediram ajuda à Andretti (que tem boas relações com Brown) e que no domingo, Alonso usou suspensões e afinação fornecidas pela equipa americana. As diferenças estão à vista e basta comparar os onboards para ver a diferença.
Apenas alguém como Alonso seria capaz de levar o carro como fez, sem voltar a bater no muro e no domingo vimos que o piloto não precisava de corrigir tanto o carro… ainda assim não foi suficiente e a McLaren foi afastada por uma equipa pequena que também enfrentou problemas.
Será a culpa de Alonso?
Indirectamente sim, mas o espanhol apenas seguiu os seus instintos de querer mais e mais. Quis ser campeão de F1 com a McLaren e entendeu que a curto prazo não o conseguiria enquanto a Honda estivesse por perto. Bateu o pé, conseguiu “expulsar” a Honda, mas quando viu que o problema era mais profundo que apenas uma troca de motor, desistiu da McLaren. Apostou na Indy e a McLaren quis acompanha-lo, mas a equipa não teve capacidade para lhe dar o carro certo. Se Alonso tivesse sido mais ponderado nas críticas à Honda este ano teria tido certamente um carro capaz de vencer, com o apoio da Andretti. Mais uma vez Alonso pagou pela sua postura.
Será a culpa de Zak Brown?
Em parte sim. Brown quis aproveitar o “efeito Alonso” ao máximo mas com isso perdeu o norte. Dispensou a Honda, que agora ocupa a terceira posição do campeonato com a Red Bull e com isso perdeu 100 milhões por ano e o fornecimento exclusivo de motores. Será difícil a McLaren chegar ao título com estes motores, sendo cliente.
Brown nunca escondeu a vontade de apostar noutras competições mas apenas depois de arrumar a casa, no que a F1 diz respeito. Esqueceu as suas palavras e apostou de forma precipitada na Indy, também para aproveitar a boleia do espanhol. Voltou a dar-se mal. Deveria ter consolidado o projecto F1 e só então apostar a sério na Indy. Brown sabe que tem um dos melhores talentos de sempre do automobilismo e quis aproveitar esse facto, mas talvez por causa disso tenha tomado decisões arriscadas que acabaram invariavelmente mal.
Divorcio inevitável?
Não é inevitável mas é o cenário mais plausível e talvez o melhor para ambas as partes. A McLaren não tem capacidade neste momento de dar a Alonso o que ele quer e já vimos que quando tenta dar-lhe isso, tudo corre mal pois é feito à pressa. Alonso estará cansado das sucessivas falhas da equipa britânica e quererá tentar algo diferente, longe dos fantasmas que foram criados nos últimos quatro anos. A relação Alonso/McLaren no papel tinha tudo para ser perfeita. Na realidade revelou-se um pesadelo para ambos, embora tenham tentado com todas as forças remar contra a maré. Talvez seja melhor “dar um tempo” e cada um seguir o seu caminho e talvez o futuro permita uma nova reaproximação. Mas a relação parece de certa forma amaldiçoada e dificilmente dará os frutos desejados.
https://www.autosport.pt/formula1/f1/in ... en-alonso/
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Re: NOTÍCIAS DA FÓRMULA 1
A partir de 2020, a Indy introduzirá o Aeroscreen em seus carros, seguindo o modelo que a Red Bull estava testando na F1:
INDYCAR ANNOUNCES PLAN FOR COCKPIT PROTECTION INNOVATION
INDYCAR has formed a partnership with Red Bull Advanced Technologies to design an Aeroscreen for enhanced driver cockpit protection that will be implemented for the outset of the 2020 NTT IndyCar Series season, the two organizations announced in a joint news conference at Indianapolis Motor Speedway.
The Aeroscreen is being developed by Red Bull Advanced Technologies to reduce the risk of driver injury from debris or other objects striking the cockpit area. The driver safety innovation that will encompass the cockpit consists of a ballistic Aeroscreen anchored by titanium framework.
“Since the first prototypes were developed and demonstrated in 2016, the potential of Aeroscreen to improve the safety for drivers in the event of frontal impacts in the cockpit area of cars has been clear,” said Christian Horner, Red Bull Advanced Technologies CEO and Red Bull Racing team principal. “This new partnership with INDYCAR gives us at Red Bull Advanced Technologies the go-ahead to fully explore that potential, and to deliver a protection system that will help prevent serious injuries and potentially save lives in the U.S.’ premier single-seater series. Over the coming months, we’ll be working closely with INDYCAR and its drivers to refine and perfect Aeroscreen, and we’re looking forward to seeing the results race in 2020.”
2020 Aeroscreen RenderingThe Red Bull Advanced Technologies Aeroscreen is the second phase of INDYCAR’s objective to further enhance driver safety in the open-cockpit race cars. INDYCAR debuted the Advanced Frontal Protection (AFP) device for the INDYCAR Grand Prix that was held May 10-11 at the Indianapolis Motor Speedway road course. The AFP is designed to help deflect debris away from the cockpit area and the driver.
“This collaborative effort on the Aeroscreen between Red Bull Advanced Technologies, Dallara and INDYCAR truly exhibits an unrelenting commitment and passion for enhancing driver safety,” INDYCAR President Jay Frye said. “We would like to thank everyone at Red Bull Advanced Technologies for creating a design that will be significant in the evolution of motorsports safety, not only for the NTT IndyCar Series but from a global perspective.”
The Red Bull Advanced Technologies design will consist of a polycarbonate laminated screen that includes an anti-reflective coating on the interior of the screen, an anti-fogging device through an integral heating element and possibly tear-offs, all of which will be produced by integrated third-party companies. Another feature for the drivers will be a cockpit cooling option that will be designed by Dallara, an INDYCAR official supplier, in conjunction with Red Bull Advanced Technologies.
The titanium framework will mount in three areas around the cockpit – the chassis centerline, two-rear side mounts and roll hoop integration – to provide enhanced load-bearing capabilities. The load bearing is expected to be 150 kilonewtons (kN), which would equal the FIA load for the Halo design currently used in Formula One. A kilonewton is equal to approximately 225 pounds, which is a force of gravity rating, not static weight or mass. Force is equal to mass multiplied by acceleration.
Upon completion of the Aeroscreen design by Red Bull Advanced Technologies, INDYCAR is tentatively planning on-track testing by selected NTT IndyCar Series drivers this summer and the approved Aeroscreens delivered to all teams by the fall.
“INDYCAR has always been on the forefront of driver safety,” five-time and defending NTT IndyCar Series champion Scott Dixon of Chip Ganassi Racing said. “They are constantly looking and evaluating what needs to be done. It’s something they have done throughout history if you look back through the different eras since auto racing started over 100 years ago. The Aeroscreen is just the latest effort in continuing INDYCAR’s efforts to enhance driver safety.”
The AFP device, a 3-inch-tall titanium component manufactured by Dallara that is positioned in front of the cockpit along the chassis centerline, will be utilized by all teams for the remainder of the NTT IndyCar Series season, including Sunday’s 103rd Indianapolis 500 presented by Gainbridge.
Previously, INDYCAR had conducted extensive testing with a windscreen concept developed in conjunction with PPG Aerospace, including on-track sessions in 2018 at ISM Raceway in Phoenix and Indianapolis Motor Speedway. The drivers who tested the windscreen did not report any issues, but additional comprehensive testing at PPG’s facility in Huntsville, Alabama, revealed additional work was needed before any implementation.
INDYCAR was able to utilize the research and on-track testing from this project to provide additional data and information to Red Bull Advanced Technologies for the development of the current design.
FONTE: https://www.indycar.com/News/2019/05/05 ... mep6f_MJLc
INDYCAR ANNOUNCES PLAN FOR COCKPIT PROTECTION INNOVATION
INDYCAR has formed a partnership with Red Bull Advanced Technologies to design an Aeroscreen for enhanced driver cockpit protection that will be implemented for the outset of the 2020 NTT IndyCar Series season, the two organizations announced in a joint news conference at Indianapolis Motor Speedway.
The Aeroscreen is being developed by Red Bull Advanced Technologies to reduce the risk of driver injury from debris or other objects striking the cockpit area. The driver safety innovation that will encompass the cockpit consists of a ballistic Aeroscreen anchored by titanium framework.
“Since the first prototypes were developed and demonstrated in 2016, the potential of Aeroscreen to improve the safety for drivers in the event of frontal impacts in the cockpit area of cars has been clear,” said Christian Horner, Red Bull Advanced Technologies CEO and Red Bull Racing team principal. “This new partnership with INDYCAR gives us at Red Bull Advanced Technologies the go-ahead to fully explore that potential, and to deliver a protection system that will help prevent serious injuries and potentially save lives in the U.S.’ premier single-seater series. Over the coming months, we’ll be working closely with INDYCAR and its drivers to refine and perfect Aeroscreen, and we’re looking forward to seeing the results race in 2020.”
2020 Aeroscreen RenderingThe Red Bull Advanced Technologies Aeroscreen is the second phase of INDYCAR’s objective to further enhance driver safety in the open-cockpit race cars. INDYCAR debuted the Advanced Frontal Protection (AFP) device for the INDYCAR Grand Prix that was held May 10-11 at the Indianapolis Motor Speedway road course. The AFP is designed to help deflect debris away from the cockpit area and the driver.
“This collaborative effort on the Aeroscreen between Red Bull Advanced Technologies, Dallara and INDYCAR truly exhibits an unrelenting commitment and passion for enhancing driver safety,” INDYCAR President Jay Frye said. “We would like to thank everyone at Red Bull Advanced Technologies for creating a design that will be significant in the evolution of motorsports safety, not only for the NTT IndyCar Series but from a global perspective.”
The Red Bull Advanced Technologies design will consist of a polycarbonate laminated screen that includes an anti-reflective coating on the interior of the screen, an anti-fogging device through an integral heating element and possibly tear-offs, all of which will be produced by integrated third-party companies. Another feature for the drivers will be a cockpit cooling option that will be designed by Dallara, an INDYCAR official supplier, in conjunction with Red Bull Advanced Technologies.
The titanium framework will mount in three areas around the cockpit – the chassis centerline, two-rear side mounts and roll hoop integration – to provide enhanced load-bearing capabilities. The load bearing is expected to be 150 kilonewtons (kN), which would equal the FIA load for the Halo design currently used in Formula One. A kilonewton is equal to approximately 225 pounds, which is a force of gravity rating, not static weight or mass. Force is equal to mass multiplied by acceleration.
Upon completion of the Aeroscreen design by Red Bull Advanced Technologies, INDYCAR is tentatively planning on-track testing by selected NTT IndyCar Series drivers this summer and the approved Aeroscreens delivered to all teams by the fall.
“INDYCAR has always been on the forefront of driver safety,” five-time and defending NTT IndyCar Series champion Scott Dixon of Chip Ganassi Racing said. “They are constantly looking and evaluating what needs to be done. It’s something they have done throughout history if you look back through the different eras since auto racing started over 100 years ago. The Aeroscreen is just the latest effort in continuing INDYCAR’s efforts to enhance driver safety.”
The AFP device, a 3-inch-tall titanium component manufactured by Dallara that is positioned in front of the cockpit along the chassis centerline, will be utilized by all teams for the remainder of the NTT IndyCar Series season, including Sunday’s 103rd Indianapolis 500 presented by Gainbridge.
Previously, INDYCAR had conducted extensive testing with a windscreen concept developed in conjunction with PPG Aerospace, including on-track sessions in 2018 at ISM Raceway in Phoenix and Indianapolis Motor Speedway. The drivers who tested the windscreen did not report any issues, but additional comprehensive testing at PPG’s facility in Huntsville, Alabama, revealed additional work was needed before any implementation.
INDYCAR was able to utilize the research and on-track testing from this project to provide additional data and information to Red Bull Advanced Technologies for the development of the current design.
FONTE: https://www.indycar.com/News/2019/05/05 ... mep6f_MJLc
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Re: NOTÍCIAS DA FÓRMULA 1
Em Mônaco, dobradinha da Mercedes com Hamilton na Pole e colocou 0,5 segundos em cima do Mad max. caminha para vitória do Hamilton, seguido por Bottas e Mad Max. O Vettel na briga com Gasly pelo quarto lugar.
O que me chamou atenção foi a Ferrari e o Leclerc. Quando ouvi no canal espanhol "soymotor" pensei que o Leclerc tinha batido, mas não. A Ferrari que optou por não ir para pista. O resultado que o jovenzinho vai largar em 16º. Vai ter trabalho para trazer esse caminhão para top-5.
O que me chamou atenção foi a Ferrari e o Leclerc. Quando ouvi no canal espanhol "soymotor" pensei que o Leclerc tinha batido, mas não. A Ferrari que optou por não ir para pista. O resultado que o jovenzinho vai largar em 16º. Vai ter trabalho para trazer esse caminhão para top-5.
Eliminado no Q1 em Mônaco, Leclerc diz que “tinha tempo de sobra” para nova volta e cobra explicação da Ferrari
Charles Leclerc ficou na garagem enquanto via seu nome despencando na tabela de tempos do Q1 em Mônaco. O monegasco diz “não ter explicação” para decisão da Ferrari de seguir na garagem e abrir mão de última volta
De acordo com Leclerc, a Ferrari tinha tempo de sobra para uma nova tentativa com pneus macios – o tempo perdido com pesagem nos boxes não fez tanta diferença assim.
"Na verdade, aquilo não atrapalhou nada [episódio da balança]. A gente tinha tempo de sobra e resolveu parar duas voltas antes, não tem como culpar isso”, disse Leclerc.
“Não tenho uma explicação para o que passou e estou muito decepcionado. Tínhamos algumas voltas para sair [dos boxes]. Estou muito decepcionado, poderíamos usar um outro jogo de pneus. Preciso de explicações”, seguiu.
Mônaco é um dos piores, ou o pior, lugar para ser eliminado ainda no Q1. Leclerc vai precisar de uma corrida de recuperação heroica para converter o 16º lugar no grid ao menos em uma aparição na zona de pontos.
A última eliminação de Charles Leclerc havia sido em julho de 2018, no GP da Hungria. Na ocasião, representando a Sauber, o monegasco largou também em 16º.
https://www.grandepremio.com.br/f1/noti ... da-ferrari