Sobre o KC-390
Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37916
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5728 vezes
- Agradeceram: 3265 vezes
Re: Sobre o KC-390
E vamos praticamente ter de recomeçar do zero?
Com o que vai sibrar da Embraer tenho serias dúvidas.
Abs
Com o que vai sibrar da Embraer tenho serias dúvidas.
Abs
Carpe Diem
- tgcastilho
- Sênior
- Mensagens: 932
- Registrado em: Qua Jun 18, 2008 10:59 am
- Localização: No meu cantinho a beira mar plantado
- Agradeceu: 194 vezes
- Agradeceram: 249 vezes
Re: Sobre o KC-390
Calma que o patrão, já assumiu o controlo, encostou o empregado e deu garantias
Portugal mais próximo de avançar para os aviões KC-390, depois de reunião com a Boeing
Ministro João Gomes Cravinho recebeu representantes da Boeing e ouviu garantias de que setor da construção aeronáutica em Évora vai sair reforçado com a compra dos aviões de transporte tático
A Boeing pediu a reunião, o ministro da Defesa acedeu a receber a fabricante americana e, no final do encontro, saía reforçada a ideia de que a compra de cinco novos aviões de carga KC-390 à sua parceira brasileira Embraer (com mais um de opção) está alinhada e pronta a passar para o papel. Só falta desbloquear os muitos milhões necessários para o negócio.
O encontro entre o ministro João Gomes Cravinho e representantes da fabricante aconteceu esta terça-feira no Ministério da Defesa Nacional. Ao ministro, a Boeing levou garantias de que a recente parceria estratégica com a Embraer não terá qualquer impacto na operação militar da fabricante brasileira.
Essa era uma das questões em aberto depois de, no ano passado, ter sido anunciado um acordo entre as duas empresas que, por um lado, dá à Boeing um fatia de 80% da atividade comercial e de serviços da Embraer. Por outro lado (no que respeita aos aviões militares), divide a meio a participação no acordo para promover as vendas do KC-390 (a brasileira fica com uma participação 51% do negócio). Num comunicado divulgado em agosto de 2018, as empresas anunciavam a assinatura de um memorando para a construção de aviões comerciais no valor de 4 mil milhões de euros.
Apesar das garantias dadas na altura pelo presidente da Embraer, assegurando que, “para as equipas dedicadas à defesa e segurança, aviação executiva, aviação agrícola, serviços e suporte, nada muda”, o negócio gerou reservas junto dos países interessados na compra dos aparelhos de transporte tático militar.
A missão da Boeing passava por "tranquilizar" o responsável da pasta militar português. A VISÃO sabe que João Gomes Cravinho ouviu dos representantes da fabricante dos EUA a garantia de que “a joint venture não prejudica a Embraer” e a mensagem de que a compra dos KC-390 terá um “impacto positivo” nas fábricas da empresa brasileira em Évora, parte de um cluster aeronáutico português que, com a parceria entre as duas fabricantes, vão passar para o controlo da Boeing.
Aquilo que se prevê – e que a Boeing trazia como mensagem para Gomes Cravinho – é que o negócio das aeronaves contribua para a expansão da subprodução neste setor em Portugal e que daí resulte um “efeito de contágio” a outras empresas estabelecidas em Portugal. Uma nota que pode agradar aos partidos da esquerda parlamentar, que têm manifestado preocupação com o futuro dos trabalhadores deste setor.
O encontro desta terça-feira está a ser encarado como “mais um passo para a aquisição” das cinco aeronaves de transporte tático que vão equipar a Força Aérea Portuguesa, num negócio de quase 830 milhões de euros. É um absoluto virar da página depois de, nos últimos meses, as negociações entre Portugal e a Embraer terem tremido. Sobretudo quando a fabricante brasileira começou a revelar a intenção de subir o preço da fatura dos aviões que vão substituir os atuais C-130. Gomes Cravinho chegou mesmo a dizer que o valor já avançado (827 milhões de euros) era uma “condicionante absoluta” do negócio, Portanto, nem mais um cêntimo.
Nessa mesma linha, ainda em janeiro deste ano, o general Manuel Rolo, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, disse no Parlamento, no momento em que se discutia na especialidade a Lei de Programação Militar para os próximos 12 anos, que “o Estado não quer ver ultrapassado" o valor já estabelecido com o fabricante. “Estamos numa negociação férrea e começa a prevalecer a opinião de que, se a Embraer não vier para este valor, o Estado português terá de ir para outras opções", afirmou o general. “Esse é também o sentimento do ministro da Defesa Nacional”, o de fazer "sentir à Embraer que podem ser pensadas outras opções, se eles não quiserem entrar neste nível de negociação para este patamar financeiro”, acrescentava ainda.
Bluff negocial ou não, a verdade é que o discurso da Embraer mudou e a empresa voltou discutir o valor já consensualizado com o Estado português para a concretização do negócio. Do lado português, um dos argumentos mais fortes na negociação é o de que a concretização do negócio abre a empresa a um mercado em que até agora não tem tido participação: é que Portugal é, para todos os efeitos, um parceiro NATO, e a utilização de aparelhos da Embraer com certificação neste contexto militar representa um aumento considerável do número de potenciais clientes.
"Socialist governments traditionally do make a financial mess. They [socialists] always run out of other people's money. It's quite a characteristic of them."
- Cassio
- Sênior
- Mensagens: 1332
- Registrado em: Sex Dez 26, 2008 11:45 am
- Agradeceu: 51 vezes
- Agradeceram: 477 vezes
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37916
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5728 vezes
- Agradeceram: 3265 vezes
Re: Sobre o KC-390
A parte comercial da Embraer, incluindo infraestrutura e mão de obra, ou a maior parte delas, vão para a subordinação da Boeing. O que fica, segundo o acordo firmado, é a EDS e a executiva.
Se entendi corretamente, a família E-2 sai da Embraer e vai para a Boeing, ou seja, o que sobrar aqui da Embraer não terá mais acesso a nada dos E-2. Então, projetar aeronaves comerciais será algo diretivo do fake de joint venture que ficará por aqui a serviço dos americanos. Tudo feito com o fruto de 50 anos de esforço nacional e vendido a troco de caixa para o tio Sam. Se é que terá essa liberdade/capacidade.
Como a EDS e a executiva irão projetar aeronaves comerciais sem o aporte de recursos e mão de obra que a Embraer comercial tinha antes de ser vendida?
Estes dois setores da Embraer sozinhos não tem como atuar na área comercial. E mesmo que queiram, terão de partir do zero, pois não teremos nenhum avião como referencial ou ponto de partida, tudo terá que ser projetado do zero.
Podemos até ficar com a expertise das aeronaves projetadas até hoje, mas isso não é suficiente para sustentar um projeto de aeronave comercial.
Ademais, iríamos projetar o quê? Um turbohélice? Um novo E-145? Um concorrente dos E-2? Não temos e não teremos cacife para nada disso com o que vai ser deixado fora do acordo de venda da Embraer comercial.
Ou seja, vamos ter que partir do zero. De novo.
abs.
Carpe Diem
- Cassio
- Sênior
- Mensagens: 1332
- Registrado em: Sex Dez 26, 2008 11:45 am
- Agradeceu: 51 vezes
- Agradeceram: 477 vezes
Re: Sobre o KC-390
Não concordo.
Temos o expertise. Será usado para desenvolver novas aeronaves executivas, militares e comerciais, dentro do permitido pelo acordo e no prazo estipulado por este.
Não se partirá do zero, mesmo porque um novo projeto de aeronave comercial (menor ou maior) teria de partir de zero de qualquer modo (quero dizer que seria uma nova plataforma). Mas não se parte do zero em termos de conhecimento, expertise, e de recursos produtivos.
Mas é preciso conhecer os termos do acordo, que agora já estão mais claros, porém não ainda divulgados, que eu saiba... mas muito ainda tem que se conhecer.
Eu acho que veremos a Embraer focar na aviação executiva (possui dois novos lançamentos que prometem fazer sucesso no mercado), tem o Phenom 300, líder em sua categoria... A linha de jatos executivos será toda alterada. O momento de grandes investimentos, que anulavam a maior parte do retorno financeiro do negócio está chegando ao fim, dando início ao período de faturar sem investir tanto.
Outro foco será no mercado militar. Existem inúmeras oportunidades que a Embraer pode aproveitar: Novo treinador básico (substituto do T-25 e do T-27), uma nova aeronave de ataque (Substituto do A-29), um novo "Bandeirante"; etc... Além disso terá a produção do KC390 (cujas vendas podem ser alavancadas com a outra JV com a Boeing), uma potencial concorrência para o A-29 na USAF; a produção do Gripen. Indo além, tem o contrato do SISFRON, das Corvetas (ou Fragatas?), a finalização da modernização do AMX e do A-4 e modernização dos E-99.
Ou seja... Não vejo a Embraer com fôlego para voltar a atuar no mercado de aviação comercial no médio prazo. Não vai ter fôlego com tantos projetos e produtos. Mas terá trabalho e receita por um bom tempo.
Mas precisa pensar no longo prazo... e aí será preciso pensar nos rumos a seguir: diversificação além do ramo aeronáutico, novos mercados (como o estudado pela EmbraerX), novos produtos (expansão do portfólio atual), etc, etc.
Outra coisa a ser estudada é como ficam os contratos de fornecimento de partes das aeronaves entre JV e Embraer... sim a JV produzirá partes das aeronaves da Embraer e a Embraer produzirá partes dos E2. Como isso ficará no longo prazo?
Novos tempos a frente... a Embraer já passou por profundas transformações em sua história (pelo menos 3 grandes) e sempre foi bem sucedida. Agora está vivendo sua 4a grande transformação, confio que sairá vitoriosa.
O que esperar no longo prazo? Qualquer coisa oras, não tenho bola de cristal:
Pior cenário: A Boeing desiste de seu braço no Brasil e ele mingua!!! e a Embraer não sobrevive sozinha... não teremos nada mais no ramo de construção aeronáutica. (não acredito neste cenário);
Melhor cenário: A Boeing mantém contínuos investimentos no seu braço brasileiro, a empresa cresce e produz muito mais de que produzia antes. Vendas do E2 decolam, novos aviões são desenvolvidos e muitos empregos são gerados. Do outro lado a Embraer volta a crescer, e são desenvolvidos novos produtos e novos negócios. Neste cenário teremos, no futuro, duas grandes empresas aeronáuticas no Brasil com o dobro de empregos e faturamento de hoje.
É bem provável que não ocorram nenhum destes dois cenários, mas sim algo intermediário. Eu acredito, pelo que vi até agora e pelo que pude saber, que será algo mais próximo do segundo cenário. Deus queira.
Façam suas apostas. Ano que vem algumas coisas já acontecerão e poderá nos das alguma dica do que vem pela frente.
Temos o expertise. Será usado para desenvolver novas aeronaves executivas, militares e comerciais, dentro do permitido pelo acordo e no prazo estipulado por este.
Não se partirá do zero, mesmo porque um novo projeto de aeronave comercial (menor ou maior) teria de partir de zero de qualquer modo (quero dizer que seria uma nova plataforma). Mas não se parte do zero em termos de conhecimento, expertise, e de recursos produtivos.
Mas é preciso conhecer os termos do acordo, que agora já estão mais claros, porém não ainda divulgados, que eu saiba... mas muito ainda tem que se conhecer.
Eu acho que veremos a Embraer focar na aviação executiva (possui dois novos lançamentos que prometem fazer sucesso no mercado), tem o Phenom 300, líder em sua categoria... A linha de jatos executivos será toda alterada. O momento de grandes investimentos, que anulavam a maior parte do retorno financeiro do negócio está chegando ao fim, dando início ao período de faturar sem investir tanto.
Outro foco será no mercado militar. Existem inúmeras oportunidades que a Embraer pode aproveitar: Novo treinador básico (substituto do T-25 e do T-27), uma nova aeronave de ataque (Substituto do A-29), um novo "Bandeirante"; etc... Além disso terá a produção do KC390 (cujas vendas podem ser alavancadas com a outra JV com a Boeing), uma potencial concorrência para o A-29 na USAF; a produção do Gripen. Indo além, tem o contrato do SISFRON, das Corvetas (ou Fragatas?), a finalização da modernização do AMX e do A-4 e modernização dos E-99.
Ou seja... Não vejo a Embraer com fôlego para voltar a atuar no mercado de aviação comercial no médio prazo. Não vai ter fôlego com tantos projetos e produtos. Mas terá trabalho e receita por um bom tempo.
Mas precisa pensar no longo prazo... e aí será preciso pensar nos rumos a seguir: diversificação além do ramo aeronáutico, novos mercados (como o estudado pela EmbraerX), novos produtos (expansão do portfólio atual), etc, etc.
Outra coisa a ser estudada é como ficam os contratos de fornecimento de partes das aeronaves entre JV e Embraer... sim a JV produzirá partes das aeronaves da Embraer e a Embraer produzirá partes dos E2. Como isso ficará no longo prazo?
Novos tempos a frente... a Embraer já passou por profundas transformações em sua história (pelo menos 3 grandes) e sempre foi bem sucedida. Agora está vivendo sua 4a grande transformação, confio que sairá vitoriosa.
O que esperar no longo prazo? Qualquer coisa oras, não tenho bola de cristal:
Pior cenário: A Boeing desiste de seu braço no Brasil e ele mingua!!! e a Embraer não sobrevive sozinha... não teremos nada mais no ramo de construção aeronáutica. (não acredito neste cenário);
Melhor cenário: A Boeing mantém contínuos investimentos no seu braço brasileiro, a empresa cresce e produz muito mais de que produzia antes. Vendas do E2 decolam, novos aviões são desenvolvidos e muitos empregos são gerados. Do outro lado a Embraer volta a crescer, e são desenvolvidos novos produtos e novos negócios. Neste cenário teremos, no futuro, duas grandes empresas aeronáuticas no Brasil com o dobro de empregos e faturamento de hoje.
É bem provável que não ocorram nenhum destes dois cenários, mas sim algo intermediário. Eu acredito, pelo que vi até agora e pelo que pude saber, que será algo mais próximo do segundo cenário. Deus queira.
Façam suas apostas. Ano que vem algumas coisas já acontecerão e poderá nos das alguma dica do que vem pela frente.
- Justin Case
- Sênior
- Mensagens: 1762
- Registrado em: Dom Jan 17, 2010 7:28 pm
- Localização: Brasília-DF Brazil
- Agradeceu: 146 vezes
- Agradeceram: 230 vezes
Re: Sobre o KC-390
https://inxnews.com/2019/04/08/6334/201 ... -forecast/
(2019 – 2024) Global MILITARY TRANSPORT AIRCRAFT Market, CAGR Status, Market Growth, Trends, Analysis and Forecast
BY SHAWN SCHAFFNER ON APRIL 8, 2019 7:58 PM -04
,,,"New Zealand also plans to replace its aging fleet of C-130J aircraft with KC-390 aircraft in the next few years. ",,,
????? C130J????
Abraços,
Justin
(2019 – 2024) Global MILITARY TRANSPORT AIRCRAFT Market, CAGR Status, Market Growth, Trends, Analysis and Forecast
BY SHAWN SCHAFFNER ON APRIL 8, 2019 7:58 PM -04
,,,"New Zealand also plans to replace its aging fleet of C-130J aircraft with KC-390 aircraft in the next few years. ",,,
????? C130J????
Abraços,
Justin
- Justin Case
- Sênior
- Mensagens: 1762
- Registrado em: Dom Jan 17, 2010 7:28 pm
- Localização: Brasília-DF Brazil
- Agradeceu: 146 vezes
- Agradeceram: 230 vezes
Re: Sobre o KC-390
Portugal mais próximo de avançar para os aviões KC-390, depois de reunião com a Boeing
PORTUGAL 10.04.2019 às 13h27
http://visao.sapo.pt/actualidade/portug ... m-a-Boeing
Justin
PORTUGAL 10.04.2019 às 13h27
http://visao.sapo.pt/actualidade/portug ... m-a-Boeing
Justin
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37916
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5728 vezes
- Agradeceram: 3265 vezes
Re: Sobre o KC-390
Vão comprae os dois?Justin Case escreveu: ↑Qua Abr 10, 2019 8:19 pm https://inxnews.com/2019/04/08/6334/201 ... -forecast/
(2019 – 2024) Global MILITARY TRANSPORT AIRCRAFT Market, CAGR Status, Market Growth, Trends, Analysis and Forecast
BY SHAWN SCHAFFNER ON APRIL 8, 2019 7:58 PM -04
,,,"New Zealand also plans to replace its aging fleet of C-130J aircraft with KC-390 aircraft in the next few years. ",,,
????? C130J????
Abraços,
Justin
Abs
Carpe Diem
- cabeça de martelo
- Sênior
- Mensagens: 39492
- Registrado em: Sex Out 21, 2005 10:45 am
- Localização: Portugal
- Agradeceu: 1137 vezes
- Agradeceram: 2850 vezes
Re: Sobre o KC-390
C-130H!!!Justin Case escreveu: ↑Qua Abr 10, 2019 8:19 pm https://inxnews.com/2019/04/08/6334/201 ... -forecast/
(2019 – 2024) Global MILITARY TRANSPORT AIRCRAFT Market, CAGR Status, Market Growth, Trends, Analysis and Forecast
BY SHAWN SCHAFFNER ON APRIL 8, 2019 7:58 PM -04
,,,"New Zealand also plans to replace its aging fleet of C-130J aircraft with KC-390 aircraft in the next few years. ",,,
????? C130J????
Abraços,
Justin
http://www.airforce.mil.nz/about-us/wha ... rcules.htm
- hotm
- Avançado
- Mensagens: 439
- Registrado em: Qui Fev 22, 2007 2:56 pm
- Agradeceu: 23 vezes
- Agradeceram: 21 vezes
Re: Sobre o KC-390
A autonomia do KC-390 parece me inferior a do C-130J nas mesmas condições de carga ?
Mas algo que não se fala muito é a mesma velocidade?
http://www.forumdefesa.com/forum/index. ... #msg310004
- Cassio
- Sênior
- Mensagens: 1332
- Registrado em: Sex Dez 26, 2008 11:45 am
- Agradeceu: 51 vezes
- Agradeceram: 477 vezes
Re: Sobre o KC-390
A conta que se deve fazer o seguinte... para se transportar X ton de carga de "A" para "B", no mesmo tempo teríamos de ter uma frota de x KC390 e de x+y C-130J... ou então... para se levr a mesma carga de X ton de "A" para "B", com a mesma frota... seriam necessários x dias para a frota de KC390 e x + y dias para a frota de C-130J.
Avião leva mais carga e mais rápido.
Avião leva mais carga e mais rápido.
- hotm
- Avançado
- Mensagens: 439
- Registrado em: Qui Fev 22, 2007 2:56 pm
- Agradeceu: 23 vezes
- Agradeceram: 21 vezes
Re: Sobre o KC-390
tambem é verdade, mas quando eu estava a falar da velocidade queria me referir ao combustivel gasto.Cassio escreveu: ↑Dom Abr 14, 2019 7:52 am A conta que se deve fazer o seguinte... para se transportar X ton de carga de "A" para "B", no mesmo tempo teríamos de ter uma frota de x KC390 e de x+y C-130J... ou então... para se levr a mesma carga de X ton de "A" para "B", com a mesma frota... seriam necessários x dias para a frota de KC390 e x + y dias para a frota de C-130J.
Avião leva mais carga e mais rápido.
Qualquer pessoa que tem um automovel ou moto sabe que quanto mais rapido anda mais combustivel gasta logo
menor distancia percorrida com o mesmo litros de combustivel. O mesmo se deve aplicar aos aviões só nao sei se é assim tao significativo
- Cassio
- Sênior
- Mensagens: 1332
- Registrado em: Sex Dez 26, 2008 11:45 am
- Agradeceu: 51 vezes
- Agradeceram: 477 vezes
Re: Sobre o KC-390
Em aviação deste tipo não é assim tão relevante...
Custo com combustível é apenas parte de uma equação muito maior. O que pega, principalmente para operadores civis, é o custo operacional (onde entra tudo, desde salário de pilotos, custos de manutenção, consumo de combustível, taxas aeroportuárias e etc).
Na comparação C-130J e KC390 temos que considerar os custos de manutenção. Qual aeronave terá menores custos?
Custo com combustível é apenas parte de uma equação muito maior. O que pega, principalmente para operadores civis, é o custo operacional (onde entra tudo, desde salário de pilotos, custos de manutenção, consumo de combustível, taxas aeroportuárias e etc).
Na comparação C-130J e KC390 temos que considerar os custos de manutenção. Qual aeronave terá menores custos?
- Julio Cesar
- Júnior
- Mensagens: 41
- Registrado em: Seg Jan 05, 2015 4:02 pm
- Agradeceu: 54 vezes
- Agradeceram: 24 vezes
Re: Sobre o KC-390
Cassio, bom dia.Cassio escreveu: ↑Dom Abr 14, 2019 7:52 am A conta que se deve fazer o seguinte... para se transportar X ton de carga de "A" para "B", no mesmo tempo teríamos de ter uma frota de x KC390 e de x+y C-130J... ou então... para se levr a mesma carga de X ton de "A" para "B", com a mesma frota... seriam necessários x dias para a frota de KC390 e x + y dias para a frota de C-130J.
Avião leva mais carga e mais rápido.
Como leigo eu avalio que a vantagem do C130, por enquanto, é o que está neste texto que está no site da LM:
The C-130J isn’t a concept or in test phase. It isn’t a show horse. It’s a workhorse that’s in operation around the world, flying in every environment and mission scenario required every day and everywhere.
Fonte: https://www.lockheedmartin.com/en-us/products/c130.html
Proven. Ready. Unmatched.
Este terceiro ponto, Unmatched, me parece que o KC390 tem todas as qualidades para passar de passagem por ele.
Me parece que falta o KC390 é entrar em operação na FAB e na FAP confirmando no dia tudo o que está realizando na fase de certificação.
Falta também reabastecimento em voo com transferência de combustível para diferentes aeronaves e heli´s, pouso em pistas semi-preparadas e pouso na Antártica.
Realizados estes eventos com sucesso entendo que as possibilidades de comercialização da aeronave contando ainda com o peso da Boeing subirão exponencialmente.
Além da questão da rapidez também existem outros itens do KC390 que o diferenciam bem do 130:
- o encaixe das asas não invade a parte interna da aeronave
- fly by wire
- maior velocidade permitindo o uso das aerovias
- rápida reconfiguração da aeronave
- reabastecimento aéreo em alta velocidade
Evacuação aeromédica, busca e resgate, combate a incêndios, reabastecimento aéreo, auxílio humanitário e lançamento de cargas e tropas.
É quase um compre 1 e leve 6 em um interpretação de leigo.
O C130 está a muitos anos no mercado, tem números expressivos e não será batido nem substituído em um estalar de dedos mas pode se ultrapassado por um produto mais moderno e com projeto atual porque o peso da idade faz com que o C130 não tenha como competir em pé de igualdade com o KC390 em determinados itens.
Cássio, depois de tudo que eu escrevi e esperando não ter escrito alguma besteira grave ou viajado na maionese gostaria que você emitisse a sua opinião sobre quais seriam as 3 maiores vantagens do KC390 sobre o C130 no seu entender.
Se mais alguém quiser emitir a sua opinião sobre o meu questionamento ao Cássio fique a vontade.
O meu conhecimento limitado sobre o assunto não me permite chegar a uma conclusão.
Agradeço antecipadamente a atenção.
Votos de um excelente domingo para todos.
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37916
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5728 vezes
- Agradeceram: 3265 vezes
Re: Sobre o KC-390
A Boeing está de olho no longo prazo em relação a esta joint venture com o KC-390. E não é o mercado externo que lhe interessa, mas o americano. Esse é de longe por si só o maior mercado para o KC-390.
A USAF possuía estudos para substituir a frota de C-130 por um novo conceito de aeronave, mas como nada deste tipo de coisa avança no Pentágono sem antes sofrer mil e uma pressões de todos os lados, inclusive no congresso e industria de casa, não há na verdade uma data para que tal processo seja iniciado. E nem quais seriam as características definitivas do eventual substituto do Hércules. Já no curto e médio prazo (5 a 10 anos) o KC-390 pode se mostrar uma excelente perspectiva para a USN, USMC e USMG. Que além de serem grandes usuários dos Hércules, também não deixam de ser um excelente marketing para a aeronave da Embraer, caso seja escolhida.
Qualidades o avião da Embraer tem de sobra para substituir o C-130 naquelas forças, e com muita vantagem. A questão é que não tínhamos um parceiro com cacife suficiente para apor em condições de igualdade com a LM uma aeronave concorrente para esse processo, que que na mídia americana e aqui e ali na internacional, deve estar próxima de ter dado seu início, quiçá na próxima década. A ver.
A Boeing que não é trouxa e nem nada, apesar de não ter conseguido comprar a Embraer toda como queriam de fato, conseguiu um produto à altura da sua concorrente, e ainda com um grande potencial de exportação via FMS.
Na América do Sul, em uma matéria do Alexandre Fontooura na Segurança e Defesa em banca ele observou, resumidamente, as seguintes demandas para o KC-390:
Agentina: 6
Bolívia: 6*
Chile: 6
Colômbia: 12
Peru: 6
Equador, Paraguai e Uruguai não tem capacidade financeira e estrutural em suas forças aéreas, segundo o autor, para adquirir e operar os KC-390. O que, em tese, não impede de todo que o mesmo possa ser vendido a eles via FMS e apoio logístico, técnico e financeiro da própria Boeing.
* A Bolívia apear de também apresentar parcas condições de absorver o KC-390 teria, segundo relatos não comprovados, solicitado a Embraer informações sobre o avião, referente à disponibilidade do número acima indicado.
Tirando o Peru, os demais países tem cartas de intenção assinadas com a Embraer para adquirir a aeronave. No total, se somados todas as demandas acima, temos um mercado potencial para cerca de 36 aeronaves para nossos vizinhos. E sejamos honestos, como não estamos em uma região onde defesa é uma prioridade e investimento por aqui é feito a conta gotas e/ou no caso de eventualidades operacionais, a venda via FMS pela Boeing do avião da Embraer, salvo melhor juízo, é o único jeito que vejo de colocar este avião nas forças aéreas vizinhas.
Se com a Embraer negociando sozinha com os portugueses já foi essa verdadeira confusão, imagine-se o que não seria com os hermanos aqui ao lado, com quem pouca ou nenhuma afinidade nós temos.
abs
A USAF possuía estudos para substituir a frota de C-130 por um novo conceito de aeronave, mas como nada deste tipo de coisa avança no Pentágono sem antes sofrer mil e uma pressões de todos os lados, inclusive no congresso e industria de casa, não há na verdade uma data para que tal processo seja iniciado. E nem quais seriam as características definitivas do eventual substituto do Hércules. Já no curto e médio prazo (5 a 10 anos) o KC-390 pode se mostrar uma excelente perspectiva para a USN, USMC e USMG. Que além de serem grandes usuários dos Hércules, também não deixam de ser um excelente marketing para a aeronave da Embraer, caso seja escolhida.
Qualidades o avião da Embraer tem de sobra para substituir o C-130 naquelas forças, e com muita vantagem. A questão é que não tínhamos um parceiro com cacife suficiente para apor em condições de igualdade com a LM uma aeronave concorrente para esse processo, que que na mídia americana e aqui e ali na internacional, deve estar próxima de ter dado seu início, quiçá na próxima década. A ver.
A Boeing que não é trouxa e nem nada, apesar de não ter conseguido comprar a Embraer toda como queriam de fato, conseguiu um produto à altura da sua concorrente, e ainda com um grande potencial de exportação via FMS.
Na América do Sul, em uma matéria do Alexandre Fontooura na Segurança e Defesa em banca ele observou, resumidamente, as seguintes demandas para o KC-390:
Agentina: 6
Bolívia: 6*
Chile: 6
Colômbia: 12
Peru: 6
Equador, Paraguai e Uruguai não tem capacidade financeira e estrutural em suas forças aéreas, segundo o autor, para adquirir e operar os KC-390. O que, em tese, não impede de todo que o mesmo possa ser vendido a eles via FMS e apoio logístico, técnico e financeiro da própria Boeing.
* A Bolívia apear de também apresentar parcas condições de absorver o KC-390 teria, segundo relatos não comprovados, solicitado a Embraer informações sobre o avião, referente à disponibilidade do número acima indicado.
Tirando o Peru, os demais países tem cartas de intenção assinadas com a Embraer para adquirir a aeronave. No total, se somados todas as demandas acima, temos um mercado potencial para cerca de 36 aeronaves para nossos vizinhos. E sejamos honestos, como não estamos em uma região onde defesa é uma prioridade e investimento por aqui é feito a conta gotas e/ou no caso de eventualidades operacionais, a venda via FMS pela Boeing do avião da Embraer, salvo melhor juízo, é o único jeito que vejo de colocar este avião nas forças aéreas vizinhas.
Se com a Embraer negociando sozinha com os portugueses já foi essa verdadeira confusão, imagine-se o que não seria com os hermanos aqui ao lado, com quem pouca ou nenhuma afinidade nós temos.
abs
Carpe Diem