Sobre o KC-390

[Cassio]

Não entendi o porquê acha isso? Qual a semelhança?
Nada a ver esse aviso com um NB!

[FCarvalho]

Estou falando do aprendizado e expertice da engenharia referente ao projeto. As características dele potenciam a criação de um avião comercial, assim como ele de certa forma partiu dos elementos básicos dos E-Jet da empresa.
Quem faz um cargo militar dessa categoria, pode muito bem desenvolver um narrow body comercial sem maiores problemas. O avião um dia passa, mas os dados e informações do seu projeto, produção e desenvolvimento ficam.
A questão a saber é se isso seria de interesse da Embraer, ou não.
Claro que entrar na seara de Boeing e Airbus nunca foi a priori um objetivo da empresa, mas isso não significa que tal premissa não viesse qualquer hora dessa a ser mudada. É questão de mercado.
A quinze anos atrás ninguém diria que russos e chineses estariam desafiando a supremacia do duopólio americano/europeu, mas aí estão eles fazendo as suas aeronaves, inclusive avançando para os wide body.
Vai dar certo? Ninguém sabe dizer exatamente.
Essa resposta o tempo dirá.
Conosco não seria diferente, embora a Embraer sozinha dificilmente conseguisse entrar nessa faixa do mercado.

abs.

[Cassio]

Olha, o conhecimento que viabilizaria um dia a empresa a desenvolver um NB foi aquele adquirido com os EJets e E2... E não com o KC.
Sim, sempre algum conhecimento se aproveita... Até o adquirido com o AMX.
Mas o grande conhecimento para se fazer um NB veio dos EJets. Tanto o conhecimento de engenharia, de mercado e de produção.
O KC390 tem uma configuração muito diferente... O conhecimento adquirido foi o de projeto de asa alta, voo cargo, CHS, Revo, de mercado de cargueiros, sistemas de missão aplicados a cargueiros táticos, etc.
O projeto de um NB és mesma coisa que o de um EJet, é só questão de escala. Já um KC gera conhecimento para fazer um outro cargueiro.
Não é correto afirmar que o projeto do KC é o que viabilizaria o desenvolvimento de um NB.

[FCarvalho]

Mas eu não disse que viabilizaria, disse que a partir do aprendizado com ele se poderia pensar em partir para um narrow body.

A Embraer é fundamentalmente uma empresa de aviação comercial, as aeronaves e projetos militares entram nessa conta como um plus a mais no processo de capacitação dela ao longo dos anos naquele nicho em que atua.

Enfim, é importante todo e qualquer conhecimento que tenhamos acesso, até porque, hoje o KC-390 é o maior avião fabricado até hoje pela Embraer. Isso com certeza é um plus para lá de importante na hora de se avaliar as capacidades da empresa em pensar algo maior que os E-Jets.

abs

[Cassio]

Só o fato de ser maior não quer dizer nada meu amigo.

O E195E2 é maior que o KC em termos de dimensões...
O que realmente conta, neste caso, são as tecnologias envolvidas, é a configuração da aeronave e a época em que foram desenvolvidas.
Toda aeronave traz um aprendizado... qualquer uma.
Mas se um dia se fosse pensar em se fazer um NB... me arrisco a dizer que 90% do necessário em termos de conhecimento viriam dos Ejet´s e principalmente do E2...
E por causa deles que um dia talvez pudesse se pensar num NB.

[FCarvalho]

Não vou dizer que discordo porque como já falei, tudo o que a Embraer aprendeu fabricando aviões nos últimos 50 anos foi usado no projeto do KC-390, e portanto, erros e acertos foram cometidos aqui e ali neste projeto, e servirão para prover, em partes, qualquer outra coisa que a Embraer quiser fazer.

Se ela irá fazer um avião maior que os E-2, com certeza a maior parte do conhecimento necessário virá deles, sem contudo, negar que o trabalho realizado no KC com certeza irá cooperar para facilitar o trabalho.

O importante mesmo é que cada vez que um avião da Embraer sai do chão é porque muita gente gastou tutano em horas e mais horas de cálculos e testes em cima do que já foi feito. E assim vamos.

Não sou engenheiro, mas, posso presumir que as dimensões da cabine do KC-390 seria uma base interessante para se pensar em um avião comercial. Fazer um puxadinho dos E-2 também não seria algo exatamente novo, apesar de na industria aeronáutica isso ser bastante comum. Mas no caso presente, um narrow body moderno teria que sair praticamente do zero se quiser mesmo ter alguma chance no mercado futuro.

abs

[Cassio]

Um novo NB com certeza seria um projeto "do zero". Não daria para aproveitar nenhuma estrutura. Seria tudo novo.
Mas com certeza se aproveitaria o conhecimento de projetos anteriores, todos eles... Mas em termos de configuração, por motivos óbvios, o principal viria dos E2.
Mesmo a cabine do KC ser maior, é pra história... Cabine pensada para cargo militar tático, cockpit mais alto e com requisitos próprios.

[Zelhos]

De comercial da Embraer não sairá nem um teco teco, podem ficar tranquilos. Como a Embraer projetará um avião comercial se vendeu sua divisão comercial?

[Cassio]

Espere e verás...

[FCarvalho]

Vou esperar sentado que cansa menos.

Abs

[julio_cmb]

E os engenheiros ociosos? Quem vai dar vazão para a mão de obra especializada? Alguma coisa vai ter que ser feita e rápida eu acredito.

[FCarvalho]

Não vai haver engenheiros ociosos na Embraer. Vai todo mundo trabalhar para a Boeing.
E pensar que a Embraer vai fazer avião comercial a partir daquele fake de joint venture é no mínimo tornar questionável a inteligencia alheia.
Não vai mais haver Embraer aviação comercial. O que haverá é uma empresa com participação minoritária - por pouco tempo - dela, e usando mão de obra e infraestrutura do que um dia foi a Embraer.
Daqui uns cinco anos se bobear nem EDS e Executiva haverá.

abs

[Lord Nauta]

Não vai haver engenheiros ociosos na Embraer. Vai todo mundo trabalhar para a Boeing.
E pensar que a Embraer vai fazer avião comercial a partir daquele fake de joint venture é no mínimo tornar questionável a inteligencia alheia.
Não vai mais haver Embraer aviação comercial. O que haverá é uma empresa com participação minoritária - por pouco tempo - dela, e usando mão de obra e infraestrutura do que um dia foi a Embraer.
Daqui uns cinco anos se bobear nem EDS e Executiva haverá.

abs

A EMBRAER ACABOU E A TAB PERMITIU!

[Cassio]

E os engenheiros ociosos? Quem vai dar vazão para a mão de obra especializada? Alguma coisa vai ter que ser feita e rápida eu acredito.

Rápido... não se desenvolve um avião da noite para o dia... 5 anos no mínimo.

[Cassio]

Não vai haver engenheiros ociosos na Embraer. Vai todo mundo trabalhar para a Boeing.
E pensar que a Embraer vai fazer avião comercial a partir daquele fake de joint venture é no mínimo tornar questionável a inteligencia alheia.
Não vai mais haver Embraer aviação comercial. O que haverá é uma empresa com participação minoritária - por pouco tempo - dela, e usando mão de obra e infraestrutura do que um dia foi a Embraer.
Daqui uns cinco anos se bobear nem EDS e Executiva haverá.

abs

Nem toda a eng. vai para a Nova empresa... bem longe disso.