RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#76 Mensagem por pt » Qua Jan 15, 2014 10:16 am

Likewise, Brazil went “nuclear” in the 1980s and now possesses 20 nuclear weapons according to reports from Soviet and Russian nuclear security officer Dimitri Khalezov.
Mas estas fontes não são credíveis ? :shock: :shock: :shock: :shock:

E eu que estava quase convencido ... :mrgreen:




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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#77 Mensagem por Rodrigoiano » Qui Jan 16, 2014 12:25 pm

Será que o tal Dimitri Khalezov é o degustador oficial da fábrica da Stolichnaya?! :mrgreen:



EDIT.: fuçando na net achei um texto dele, ex oficial soviético, que diz terem havido explosões termo nucleares subterrâneas nas torres do WTC em 2001! http://ferrao.org/2010/12/dimitri-khale ... a-verdade/




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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#78 Mensagem por delmar » Qui Jan 16, 2014 1:00 pm

Rodrigoiano escreveu:Será que o tal Dimitri Khalezov é o degustador oficial da fábrica da Stolichnaya?! :mrgreen:



EDIT.: fuçando na net achei um texto dele, ex oficial soviético, que diz terem havido explosões termo nucleares subterrâneas nas torres do WTC em 2001! http://ferrao.org/2010/12/dimitri-khale ... a-verdade/
Parente russo do nosso velho amigo e conhecido Dandolo (piada restrita ao pessoal mais antigo do forum) [000]




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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#79 Mensagem por Rodrigoiano » Qui Jan 16, 2014 1:01 pm

:mrgreen:




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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#80 Mensagem por pt » Sáb Jan 18, 2014 9:07 am

O Dandolo ?
Mas por amor da Santa, o Dandolo era uma fonte próxima da BBC de Londres nos bons tempos, comparado com a imprensa iraniana ... e russa :mrgreen:

A seguir vêm as velhinhas de 90 anos que deram à luz uma cabra de duas cabeças que dizia papai e mamãe.




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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#81 Mensagem por hades767676 » Sáb Jan 25, 2014 12:25 am

Alguns jornais árabes publicaram que o presidente iraquiano está farto da ajuda que a Arabia Saudita da a Al Qaeda no Iraque e exigiu que o assunto seja levado ao CS.




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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#82 Mensagem por Boss » Sáb Jan 25, 2014 8:47 am

pt escreveu:
Likewise, Brazil went “nuclear” in the 1980s and now possesses 20 nuclear weapons according to reports from Soviet and Russian nuclear security officer Dimitri Khalezov.
Mas estas fontes não são credíveis ? :shock: :shock: :shock: :shock:

E eu que estava quase convencido ... :mrgreen:
Isso não deve estar muuuuuuuuuuuito longe da realidade. :twisted:




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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#83 Mensagem por Bourne » Sáb Jan 25, 2014 9:14 am

Espero que não morar ao lado de um silo de ICBMs. :shock: [005]




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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#84 Mensagem por Wingate » Sáb Jan 25, 2014 1:29 pm

:shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock:





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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#85 Mensagem por akivrx78 » Sex Nov 20, 2015 6:14 pm

Poeta condenado à morte na Arábia Saudita

Luís Miguel Queirós
20/11/2015 - 18:54

Preso há quase dois anos, Ashraf Fayadh, um dos nomes centrais da nova cena artística saudita, foi sentenciado à morte, acusado de renunciar ao Islão.
O poeta, artista plástico e curador palestiniano Ashraf Fayadh DR

O poeta, artista plástico e curador palestiniano Ashraf Fayadh, radicado na Arábia Saudita e considerado um dos nomes mais importantes da nova cena artística do país, foi esta semana condenado à morte por ter renunciado ao Islão.

Um tribunal saudita ordenou na terça-feira a execução de Fayadh, que tem agora 30 dias para recorrer da decisão. Mas activistas que vêm acompanhando o processo contam que lhe está a ser vedado o acesso a representantes legais e que as autoridades lhe proíbem todas as visitas.

Com 35 anos, Fayadh é um dos responsáveis da associação cultural e artística Edge of Arabia, e comissariou várias exposições na Europa, designadamente na Bienal de Veneza, mas foi a sua poesia que o levou à prisão, primeiro em Agosto de 2013, e novamente em Janeiro de 2014.

Em Maio do ano passado, um tribunal de Abha, no sudoeste da Arábia Saudita, condenou- o a quatro anos de prisão e 800 chicotadas. Mas Ashraf Fayadh voltou a ser julgado no mês passado e um novo juiz condenou-o agora à morte.

Mona Kareem, uma activista que tem feito campanha pela libertação de Fayadh, disse ao jornal inglês The Guardian que este não pôde contratar um advogado porque os seus documentos de identificação foram confiscados quando da sua última prisão. E garante ainda que o novo juiz “nem sequer falou com ele, limitou-se a anunciar a sentença”.

“Fayadh foi sentenciado à morte após ter estado preso durante mais de 22 meses na cidade saudita de Abha sem quaisquer acusações claras, além de ‘insultar Deus’ e de ‘ter ideias que não se adequam à sociedade saudita’”, denuncia o texto de uma petição da Amnistia Internacional que apela à sua libertação. O mesmo documento lembra que a sua prisão se baseou na interpretação que um leitor fez do livro de poemas que Fayadh publicou em 2008, e cujo título é traduzível por “Instruções no Interior”.

“Acusaram-me de ateísmo e de propagar pensamentos destrutivos”, disse Fayadh ao Guardian, acrescentando a sua própria visão do livro: “Era só sobre a minha condição de refugiado palestiniano, sobre questões culturais e filosóficas, mas os extremistas religiosos leram nele ideias destrutivas contra Deus”.

Mas Mora Kareem e outros apoiantes de Fayadh acreditam que a verdadeira razão que levou a linha dura do regime de Salman bin Abdulaziz – que assumiu em Janeiro o trono da monarquia islâmica wahabista, após a morte do rei Abdullah, seu meio-irmão – a pressionar para que o artista fosse executado não terá sido tanto a sua poesia, mas o facto de este ter publicado um vídeo na Internet onde se vê a polícia religiosa de Abha a chicotear um homem em público.

Em declarações ao Guardian, Kareem afirma ainda acreditar que Fayadh também está a ser perseguido por ser um refugiado palestiniano, embora tenha de facto nascido na Arábia Saudita.

A primeira prisão de Fayadh ocorreu no Verão de 2013, após este se ter envolvido com outro criador numa discussão sobre arte contemporânea, num café de Abha. No dia seguinte foi libertado sob fiança, mas voltou a ser preso no dia 1 de Janeiro de 2014. Amigos de Fayadh dizem que a dificuldade de provar que a sua poesia promovia o ateísmo levou a polícia local a inventar outras acusações, como a de fumar e usar o cabelo comprido.

Quando chegou a julgamento, em Fevereiro de 2014, já era acusado de blasfemar em público, promover o ateísmo entre os jovens, e manter relações ilícitas com mulheres cujas fotos guardaria no seu telemóvel. Fayadh negou as acusações de ateísmo, afirmando-se um muçulmano fiel, e explicou que as imagens no telemóvel tinham sido captadas durante uma semana de arte na cidade saudita de Jidá.

Este caso, diz David Batty, que escreve no Guardian sobre artes visuais, mas é também um especialista no Médio Oriente, “está a sublinhar as tensões entre os conservadores religiosos da linha dura e o pequeno mas crescente número de artistas e activistas que estão a tentar empurrar as fronteiras da liberdade de expressão na Arábia Saudita”, um país, lembra, onde o cinema é proibido e não há escolas artísticas.

Ahmed Mater, co-fundador do grupo Edge of Arabia e possivelmente o artista saudita mais conhecido internacionalmente, diz que todos em Abha estão a rezar pela libertação de Fayadh. E outro membro da associação, o artista britânico Stephen Stapleton, acrescenta que Fayadh “foi uma figura-chave no processo que levou a arte saudita a um público global”.

Um investigador da ONG Human Rights Watch, Adam Coogle, diz que esta sentença mostra “a completa intolerância” da Arábia Saudita perante “quem quer que seja que não partilhe a visão religiosa, política e social imposta pelo governo”. Coogle defende ainda que as acusações apresentadas no processo não configuram quaisquer crimes e que o condenado não teve direito a ser assistido por um advogado.

O investigador conclui com uma recomendação ao regime: “Se a Arábia Saudita quer melhorar o seu cadastro no que respeita aos direitos humanos, tem de libertar Fayadh e reformar o seu sistema de justiça para evitar perseguições motivadas apenas por discurso pacífico, e em especial as que acabam em decapitações”.

Além da petição lançada pela Aministia Internacional, uma centena de escritores, artistas, editores, jornalistas e activistas árabes de diversos países tinha já promovido uma petição pela libertação do poeta e artista palestiniano. “Permanecer em silêncio perante a detenção de Fayadh é um insulto ao conhecimento, à literatura, à cultura e ao pensamento, bem como à liberdade e aos direitos humanos”, escrevem os signatários.

A sentença de morte agora anunciada, centrada na acusação de apostasia, coincide com um momento em que muitas vozes, na sequência dos atentados de Paris, criticam os Estados Unidos e as potências europeias pela sua política de alianças na região, e particularmente pela sua complacência com a ditadura islâmica saudita.

http://www.publico.pt/culturaipsilon/no ... 00?page=-1




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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#86 Mensagem por akivrx78 » Sex Nov 20, 2015 6:19 pm

França ataca Estado Islâmico, mas vende armas aos seus mentores

A França está muito interessada nos seus acordos lucrativos de venda de armas com a Arábia Saudita, e pouco se importa que esta apoie o Estado Islâmico. Um artigo de Robert Fisk.
20 de Novembro, 2015 - 17:45h

O país que entregou o credo sunita wahhabista que defende aos assassinos do Estado Islâmico e autores dos atentados de Paris, não dará a mínima importância ao facto de François Hollande soprar e ressoprar os ares de guerra no Médio Oriente. A Arábia Saudita já conhece essa ladainha, desde que ela surgiu na forma do discurso da Nova Ordem Mundial – lá para 1991, quando George Bush pai sonhava com uma expressão subhitleriana do Golfo, onde poderia existir um oásis de paz, um lugar sem armas, onde as espadas se transformavam em enxadas, e a riqueza que provém dessas terras deixasse de partir em navios petroleiros para passar por oleodutos mais longos.

Os sauditas estão demasiado ocupados a destruir o Iémen, na sua enlouquecida guerra contra os houthis xiitas, e não têm tempo para se preocupar com os loucos sunitas wahhabistas do Estado Islâmico.

Os sauditas estão demasiado ocupados a destruir o Iémen, na sua enlouquecida guerra contra os houthis xiitas, e não têm tempo para se preocupar com os loucos sunitas wahhabistas do Estado Islâmico.

O seu inimigo continua a ser o novo melhor amigo dos Estados Unidos, o Irão xiita, e estão tão obstinados como sempre em destronar o presidente alauita xiita da Síria, ainda mais se o Estado Islâmico está na primeira fila dos inimigos de Bashar al Assad.

A Arábia Saudita também sabe que a política exterior francesa favorece tanto os seus interesses que chegou a opor-se a um acordo nuclear com o Irão – sem contar os milhares de milhões de dólares em armamento vindos dos Estados Unidos que continuarão a fluir até ao reino sunita, apesar das ligações deste com a organização que destruiu 129 vidas em Paris.

Se alguém acredita que Barack Obama vai disciplinar a democracia teocrática dos sauditas, deveria observar melhor a proposta dos Estados Unidos de vender, por 29 mil milhões de dólares, armas ao rei Salman, de 79 anos de idade, para entender que Washington não se interessa nem um pouco por controlar a ferocidade do reino.

Riad omite-se diante do Estado Islâmico (que grande surpresa!), mas necessita dessas armas desesperadamente depois de queimar todo o seu arsenal atacando os iemenitas, afundados na extrema pobreza. O contrato de venda de armas à Arábia Saudita já foi aprovado pelo Departamento de Estado norte-americano, e inclui munições de ataque direto fabricadas pela companhia Boeing, além de bombas guiadas a laser, do tipo Paveway, construídas pela firma Raytheon.

O contrato de venda de armas à Arábia Saudita já foi aprovado pelo Departamento de Estado norte-americano, e inclui munições de ataque direto fabricadas pela companhia Boeing, além de bombas guiadas a laser, do tipo Paveway, construídas pela firma Raytheon

Os houthis ainda controlam a maior parte do Iémen, incluindo a capital Saná, apesar da mitologia de Riad continuar a relatar uma suposta assistência militar do Irão ao grupo iemenita.

Grupos de defesa dos direitos humanos acusaram durante muito tempo os sauditas de lançarem ataques aéreos e de assassinarem indiscriminadamente civis. Segundo números das Nações Unidas, essas mortes já são vão em mais de duas mil. Vale a pena lembrar que uma dessas vidas perdidas é tão preciosa quanto as 129 que foram ceifadas na sexta-feira passada.

Os norte-americanos e os franceses possivelmente esperavam que os sauditas matassem dois mil membros do Estado Islâmico, o que não acontecerá. O Congresso dos Estados Unidos já autorizou Obama a vender mais 600 mísseis antiaéreos Patriot PAC-3, o que significa mais 5,4 mil milhões de libras esterlinas aos cofres da Lockheed, apesar de os houthis não terem um mísero avião.

Supostamente, esses mísseis estão destinados a proteger os sauditas de um ataque aéreo iraniano, coisa em que ninguém em toda a região do Golfo acredita.

Em relação às novas leis de emergência na França, nenhuma delas afetará os sauditas ou as outras nações árabes. No Médio Oriente, onde os ditadores locais, reis e emires – quase todos aliados do Ocidente – espiam regularmente os seus cidadãos, colocando escutas nos telefones e torturando o povo, ninguém se importa se as novas leis de Hollande restringem a igualdade, ou a liberdade dos franceses.

Para os sauditas, a batalha familiar entre o príncipe herdeiro, o ministro do Interior, Mohammed bin Nayef, e o ministro de Defesa, Mohammed bin Salman bin Saud – este último, com apenas 30 anos de idade, encabeça o bombardeamento saudita ao Iémen –, é muito mais interessante que o futuro da região e do Estado Islâmico.

E se algo interessa muito mais à França são os seus próprios e bastante lucrativos acordos de venda de armas com a Arábia Saudita, onde Hollande ainda tem esperanças – algo desesperadas, vale a pena dizer – de suplantar os Estados Unidos e o Reino Unido como um provedor de armas de máximo nível. Talvez acredite que está em guerra com o Estado Islâmico, mas os mentores espirituais do grupo permanecerão intactos.

Artigo publicado em Carta Maior, tradução de Victor Farinelli.




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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#87 Mensagem por akivrx78 » Sex Nov 20, 2015 6:28 pm

Como o "Estado Islâmico" se financia?

Sob o impacto dos ataques em Paris, países do G20 se mobilizam para congelar as fontes de financiamento do grupo jihadista. Porém, na prática, sustar o fluxo de caixa de organizações terroristas não é nada fácil.
Comboio do EI na província iraquiana de Anbar

Sabe-se que a organização terrorista "Estado Islâmico" dispõe de recursos financeiros expressivos. O governo alemão estima que seu capital circule "entre 1 bilhão e 2 bilhões de dólares".No entanto, faltam informações confiáveis sobre como a organização se financia.

Ao contrário de organizações como a Al Qaeda, o EI não é simplesmente uma rede terrorista, mas funciona como um Estado. Ele detém o controle sobre regiões inteiras, inclusive os recursos locais e a população. Por isso, sua dependência de fluxos financeiros estrangeiros é "basicamente pequena", afirma Berlim.

"O 'Estado Islâmico' controla um território vasto, podendo, assim, gerar capital local e criar fluxos financeiros de que a Al Qaeda não dispunha", observa Reinhard Schulze, especialista em assuntos islâmicos da Universidade de Berna. Isso também dificulta os esforços internacionais para secar as fontes de financiamento dos terroristas.


Bombardeios da coalizão liderada pelos EUA prejudicam receita do EI com petróleo

Pelo menos os lucros com o contrabando de petróleo vão diminuindo – devido ao preço do produto estar muito baixo, mas também por atualmente haver maior controle na Turquia, Iraque e nas regiões curdas, avalia a Financial Action Task Force (FATF), grupo de trabalho da OCDE voltado ao combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.

No entanto, muito mais poderia ser feito. "Nós precisamos de melhores informações sobre a origem do petróleo, intermediários, compradores, transportadores, comerciantes e rotas de abastecimento", enumera a FATF.

Os ataques aéreos da coalizão militar liderada pelos EUA também reduzem o faturamento com o petróleo. Em meados deste ano, o governo federal alemão afirmava que as receitas do petróleo geram para o EI "no máximo 200 mil dólares por dia", ou 6 milhões de dólares por mês. No entanto, informações confiáveis são raras, também estando em circulação estimativas muito mais elevadas.

Receitas elevadas, custos elevados

Uma das principais fontes de renda do EI são os impostos e taxas cobrados nos territórios ocupados. Os moradores devem pagar "de 5% a 15% de seus salários", afirma o governo alemão. Também é arrecadado um imposto especial para residentes não muçulmanos, bem como taxas de energia, água, uso de imóveis, telecomunicações, tráfego e transporte de mercadorias.

A pressão militar sobre o EI exerce efeitos diretos sobre suas finanças. "Desde julho, o 'Estado Islâmico' perde constantemente território e receitas. Isso também reduz a capacidade de pagar seus combatentes", aponta o relatório mais recente do provedor de informações americano IHS.

As estimativas sobre o tamanho das tropas do EI igualmente variam muito. No final de 2014, a agência de inteligência americana CIA calculava um total de 30 mil combatentes. Já o especialista em segurança Daveed Gartenstein-Ross, da Universidade de Georgetown, considera mais provável um contingente de 100 mil homens.

Manter um exército de tais proporções é caro. Segundo dados do governo federal alemão, combatentes comuns recebem um soldo mensal entre 400 e 500 dólares, enquanto os comandantes ganham mais de 3 mil dólares. Mesmo nas estimativas mais cautelosas, chega-se rapidamente a 15 milhões de dólares por mês, apenas para pagar os salários dos combatentes.

O governo alemão também possui informações de que a organização terrorista "é favorecida por financiadores privados dos Estados do Golfo. As doações são feitas, em parte, sob o manto de organizações de ajuda humanitária, mas também são coletadas abertamente". No entanto o peso dessas doações para o EI parece ter diminuído.

Impostos e taxas

A FATF apresentou um novo relatório ao G20 na reunião de cúpula do grupo no último domingo. Desde 2010, houve 863 condenações na Arábia Saudita por financiamento do terrorismo. Em segundo lugar vêm os EUA, com cerca de 100 sentenças. No geral, porém, tais condenações são raras, só tendo ocorrido em 33 dos 194 países pesquisados, ressalta o relatório.

Trinta e sete países impuseram voluntariamente sanções contra indivíduos e organizações e congelaram suas contas. Na Arábia Saudita foram bloqueadas as maiores somas: 31 milhões de euros até metade de agosto. Nos EUA o total bloqueado foi de 20 milhões de euros, e em Israel, 6 milhões de euros. A conclusão dos autores do relatório é que a luta contra o financiamento do terrorismo avança a passos lentos, e na maioria dos países os recursos legais disponíveis ainda não foram esgotados.

Terrorismo de baixo orçamento

Além disso, muitas das transações financeiras dos terroristas ocorrem fora do esquema bancário convencional. O EI "construiu um sistema de transações muito informal" provavelmente nas linhas do Hawala, avalia Schulze. Esse sistema árabe de remessas, cujas raízes remontam à Idade Média, se baseia, sobretudo, na confiança.

"Mesmo para peritos financeiros é difícil de entender", admite o especialista Universidade de Berna. Os pagamentos são efetuados em espécie, por todo o mundo e de forma anônima. Assim é possível quem deposita não saber quem recebe, diz Schulze. "E o que recebe o dinheiro, não sabe de quem ele provém."

Independentemente da situação financeira do EI, permanece o problema de que é possível executar atentados terroristas como os de Paris sem grandes recursos. O Instituto de Pesquisa da Defesa da Noruega analisou os 40 ataques terroristas mais sangrentos ocorridos na Europa entre 1994 e 2013: três em cada quatro custaram menos de 10 mil dólares.

Assim, mesmo com as perdas militares na Síria e Iraque, a capacidade financeira do EI para realizar ataques terroristas no exterior não diminuirá, adverte o instituto.




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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#88 Mensagem por paulof » Sex Abr 05, 2019 10:45 am

Imagens revelam obras de primeiro reator nuclear saudita
Estrutura deve ficar pronta em alguns meses

Será usada para fins de treinamento e pesquisa


https://www.poder360.com.br/internacion ... r-saudita/

"Nesta quinta-feira, a agência Reuters noticiou que a Arábia Saudita pretende lançar uma licitação multibilionária em 2020 para a construção de seus dois primeiros reatores destinados à geração de energia nuclear e está discutindo o projeto com empresas dos EUA, Rússia, Coreia do Sul, China e França".

Rússia x Sauditas é coisa do passado.




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Re: RUSSIA x ARÁBIA SAUDITA

#89 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Abr 05, 2019 12:35 pm

Sauditas com reactores nucleares.... :evil: :?




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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