UK - Reino Unido

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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#406 Mensagem por P44 » Dom Mar 24, 2019 3:47 pm





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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#407 Mensagem por P44 » Sex Mar 29, 2019 6:07 am

Police brace for disorder after far-right protesters threaten to riot on what would have been Brexit day

https://uk.yahoo.com/news/police-brace- ... 22721.html




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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#408 Mensagem por Túlio » Seg Abr 01, 2019 11:36 am

Só tem um troço que eu não entendo: os Amigos tugas vêm aqui e dizem que o BREXIT será a desgraça do UK. Tri, mas então por que o EUR não para de cair (faz semanas) em relação tanto ao USD quanto à GBP (libra)? O dólar eu até entendo (mas creio que se houver mesmo um Hard Brexit veremos o EUR em paridade ou mesmo abaixo do USD, acredite quem puder) mas a moeda de um País que vai perder a "corrida"? E ainda por cima com a indústria Alemã (e a Bolsa de Frankfurt) caindo pelas tabelas, enquanto as da China voltam a crescer?

Complicado...




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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#409 Mensagem por Sterrius » Seg Abr 01, 2019 12:50 pm

UE tb soferá consequencias do Hard Brexit, menores que a do reino Unido mas existirão. E ninguem sabe o quanto porque as contingencias não foram postas a prova e depende de país pra país.

Logo quanto +confuso o BREXIT pior pra UE também.

Mas no medio prazo não a duvidas que a UE se recuperará mais rápido (Por dividir o desgaste entre todos os membros) e o reino Unido não terá a força que tinha pra negociar com EUA, China, Etc de maneira igualitária. (Pelo contrario, agora pressionado a aceitar qualquer coisa terão que ceder em pontos que antes achariam impensáveis).

Um exemplo é os EUA já pressionando para derrubar leis que regulam a qualidade da comida no UK pra cair pros padrões americanos, que são bem inferiores.




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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#410 Mensagem por Túlio » Seg Abr 01, 2019 1:15 pm

Ei, não estou inventando nada, é FATO que o EUR está andando à moda caranguejo em relação ao USD e já faz tempo, estando no momento em uns USD 1,12. Como a GBP segue o caminho inverso, a dedução é óbvia. Mas não vou falar sozinho, deixo um trecho de um dos analistas que sigo:
Com intensa volatilidade na sexta feira após o Parlamento Britânico rejeitar pela terceira vez o acordo do Brexit. A libra vs Dólar oscilou mais de 150 pips entre a máxima (1.31367) e a mínima do dia (1.29749), rompendo o suporte em 1.30630. Com a iminente saída da Grã-Bretanha da UE em 12 de abril, se confirmado o atual cenário das negociações sem um acordo, especialistas apontam uma intensa valorização da Libra, enquanto o Euro tende a seguir o caminho inverso. É recomendável cautela ao operar pares que envolvam as duas moedas (Euro e Libra), devido à intensa volatilidade que vem ocorrendo atualmente, enquanto não houver definição nas negociações.

https://br.investing.com/analysis/anali ... -200225559
Notar o comportamento do EUR em relação ao USD e desde quando vem isso:


Imagem


Ou seja, não é torcida, não é invenção minha nem wishful thinking, está aí para todo mundo ver.

Sobre isso de repartir a conta, bobear e a retomada do crescimento da economia (especialmente indústria) da China, junto com o decréscimo da Alemã, é um indicador bem interessante sobre o tamanho da conta a ser repartida. Some-se a isso quase trinta visões diferentes sobre a questão por cada nação integrante da UE e não me parece tão simples assim...




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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#411 Mensagem por Sterrius » Seg Abr 01, 2019 3:04 pm

Não disse em nenhum momento que você está inventando....

Apenas expliquei que a volatividade do Euro também está derivando do Brexit.
E das eleições que vem por ae logo após o Brexit. (essa eu esqueci de citar acima).

E apenas expliquei que o Brexit vai doer mais no Reino Unido que na UE. Mas entre perder 2 pernas e perder 1 perna. Vai doer do mesmo jeito.

Os danos serão menores na UE porque a UE ainda tem acordos comerciais com mais de 60 países fora da UE, e entre eles. Achar substitutos pras importações Britânicas será bem mais rápido que no Reino Unido que está fadado a ter que usar a OMC e ter que refazer tais contratos 1 por 1 ao longo das décadas.

Agora os danos não serão uguais, a Alemanha vai sofrer bem mais que o resto da UE por exemplo.


O Brexit é um tema que sinceramente já me cansou, após gastar o ultimo mês me atualizando e vendo o amadorismo dos políticos britânicos em lidar com uma situação tão delicada não espero nada positivo saindo disso pro Reino Unido, exatamente como previsto 2 anos atrás. Eles literalmente não tem planos, seja no governo ou oposição e isso deverá prosseguir após o brexit quando vão se bater sobre que tipo de relações eles irão querer ter com o mundo.




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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#412 Mensagem por Bourne » Ter Abr 02, 2019 4:44 am

Jovem Túlio, está vendo é o caos. O Brexit virou algo tão obscuro que os governos e bancos centrais, empresas e bancos estão perdidos.

Vai demorar anos para reorganizar as coisas depois de um "hard brexit". Não é a primeira e nem será a ultima grande crise britânica ou tentativa de suicídio coletivo. Um dos mais famosos foi voltar ao padrão ouro em 1925 e quebrar por teimosia. Aliás, a Grã-Bretanha quebrou muito antes do resto do mundo e da grande depressão da década de 1930. Outro de não saber o que fazer com os déficits e crise da dívida pública na década de 1960 e transformar em uma grande crise na década de 1970.

Enquanto isso, devem ocorrer problemas de abastecimento e funcionamento da economia na medida em que desorganizou estruturas produtivas e de importação e exportação. Por exemplo, muitas empresas e bancos estão mudando a cede ou mesma a fábrica para UE. Os problemas sobre migração e estrangeiros vão ser levantadas já que são muitos importante para Grã-Bretanha funcionar. Hoje o sistema de saúde britânico só funciona por atrair médicos, enfermeiros e outros profissionais da área de saúde da UE. Se saiu na versão "hard" da UE vão ter que fazer tudo do zero. E parece que os parlamentares querem isso na medida em que negam qualquer tipo de acordo.

A Grã-Bretanha e a city londrina era um centro financeiro e meio que paraíso fiscal na UE. Isso afeta os movimentos de capital e ajuda na especulação que entre outros fatores como dívida pública e ações, também afeta a cotação da libra. Em parte contribui para que a libra seja mais valorizada que o dólar e euro. E pode até valorizar mais na medida que o "hard brexit" vira fato. Não é sinal de força da economia britânica, mas que tem especulador ganhando em cima da especulação.




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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#413 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Abr 02, 2019 7:54 am

Túlio escreveu: Seg Abr 01, 2019 11:36 am
Só tem um troço que eu não entendo: os Amigos tugas vêm aqui e dizem que o BREXIT será a desgraça do UK. Tri, mas então por que o EUR não para de cair (faz semanas) em relação tanto ao USD quanto à GBP (libra)? O dólar eu até entendo (mas creio que se houver mesmo um Hard Brexit veremos o EUR em paridade ou mesmo abaixo do USD, acredite quem puder) mas a moeda de um País que vai perder a "corrida"? E ainda por cima com a indústria Alemã (e a Bolsa de Frankfurt) caindo pelas tabelas, enquanto as da China voltam a crescer?

Complicado...
Ninguém aqui está a dizer que não vai haver consequências para a UE em geral e para Portugal em particular:

Imagem

O que eu acho é que a médio/longo prazo o Ru vai a sair a perder porque tem a sua economia virada para a Europa à muitas décadas e não se muda tudo em 2 anos. Acho ridículo eles pensarem que podem substituir um mercado de 500 milhões de consumidores por outros que por vezes estão no outro lado do mundo.

A UE é uma trapalhada, o euro (€) foi terrível para países como Portugal, mas sair não é uma opção nem para eles nem para nós. Ou o bloco colapsa e aí é cada um por si, ou então tem que se aguentar porque senão as consequências seriam mais do que muitas.

PS: mesmo que a UE colapsa-se, eu acredito que em dois tempos surgiriam várias mini UE pela Europa.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#414 Mensagem por Sterrius » Ter Abr 02, 2019 8:56 am

PS: mesmo que a UE colapsa-se, eu acredito que em dois tempos surgiriam várias mini UE pela Europa.
A Idéia dos eurocéticos +radicais de que a Europa boa era a Europa pré UE é uma loucura e falta de visão geopolítica sem tamanho.

Sem formar blocos a Europa não tem a minima chance vs os Estados gigantes como EUA, China, Russia etc. Sem colonias e com mercado consumidor de baixa quantidade. (Apesar da qualidade) , o poder de barganha da Europa é apenas uma sombra do que era 150 anos atrás. Ao menos levando os países isoladamente.

Em bloco é o 1º ou 2º grupo +importante do mundo em todos os fatores e impossivel de ignorar ou de negociar em posição de superioridade.

Não que a UE não tenha problemas que precisam ser corrigidos no médio prazo.
Mas o caminho é esse.

E como você falou, mesmo com o colapso da UE ainda veríamos uma UE franco-germânica com alguns países apoiando por pura falta de opção. (Já que isso cria um bloco de poder com força desproporcional no continente e isso leva exatamente ao processo que levou o Reino Unido a entrar na UE, falta de escolha).




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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#415 Mensagem por P44 » Ter Abr 02, 2019 9:16 am

Por mim já tinha acabado há muito tempo




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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#416 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Abr 03, 2019 8:49 am

Britânicos descrentes da manobra de Theresa May







"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#417 Mensagem por Bourne » Qua Abr 03, 2019 3:00 pm

A resposta é sim. Os britânicos não estão, eles são loucos. :mrgreen:

Estou convencido de que os políticos não vão recuar. A ideia deles parece ser forçar o Hard Brexit. Estamos vendo ao vivo mais uma tentativa de "suicídio coletivo" por parte dos britânicos.

Isso entrará para os livros de história. Assim como o retorno ao padrão ouro em 1925, a crise externa e de endividamento da década de 1960/1970, ataques especulativos da década de 1980 e 1990. Ambos protagonizados pela teimosia britânica em não achar soluções ou insistir em políticas fadadas ao fracasso.
Brexit: esses britânicos estão loucos?
As causas por trás do bloqueio parlamentar e da guerra interna no Governo de May

Há um constrangimento entre os políticos do Reino Unido. Frequentemente, reconhecem que seu país virou o “faz-me-rir da Europa”. A primeira-ministra Theresa May se tornou o bode expiatório ao qual culpar por todos os demônios que o Brexit desatou e que têm pouco a ver com as vantagens e inconvenientes de pertencer à União Europeia. Ajustes de contas adiados durante décadas no seio dos dois principais partidos, o Conservador e o Trabalhista, eclodiram sem dissimulação nas últimas semanas.

O populismo alimentado pelo referendo de 2016 rompeu a relação de confiança e dependência de cada deputado com sua circunscrição eleitoral. Mas, sobretudo, um país habituado à partilha binária do poder — o ganhador fica com todo o poder durante o tempo que lhe couber exercê-lo — foi incapaz de encontrar vias de entendimento para sair da crise. Governo contra Parlamento; eurocéticos contra moderados; uma esquerda anticapitalista e desconfiada de Bruxelas frente a um trabalhismo centrista e pró-europeu; uma classe urbana cosmopolita e culta frente a uma Inglaterra interior atrasada e irascível. Estas são algumas chaves para entender por que o país que se gaba do seu pragmatismo durante o último século não se reconhece mais a si mesmo.
O pecado original

Quando o Partido Conservador acordou, e 52% dos britânicos tinham respaldado a saída da UE, o monstro da divisão interna continuava lá. O desapego pela Europa, mais como sentimento ou como gesto de desdém, os mantinha unidos, mas poucos pararam para pensar em como levar a cabo uma decisão tão complexa e com consequências tão drásticas. David Cameron, o responsável por um referendo que ninguém tinha pedido, renunciou. Os eurocéticos Boris Johnson e Michael Gove se anularam mutuamente em um jogo de traições e deslealdades. E Theresa May, que não entrava nos bolões de aposta de ninguém, foi parar em Downing Street com todo o poder nas mãos. Começou a perdê-lo desde o primeiro minuto. Havia feito campanha de má vontade a favor da permanência na UE, e foi encarregada de conduzir o Reino Unido à terra prometida do Brexit.

Seu primeiro erro foi procurar um equilíbrio impossível dentro do Governo entre eurocéticos e moderados. A consequência foram anos de bloqueio, crises internas a cada semana, demissões em cascata (já está no seu terceiro ministro para o Brexit) e a perda de uma “responsabilidade associada” que se espera do Executivo. Há muito tempo a roupa suja está sendo lavada à vista de todo mundo. Seu segundo erro foi convocar eleições antecipadas, em 2017, convencida de que assim obteria um mandato claro para levar o Brexit a bom porto, mas perdeu estrepitosamente a maioria parlamentar que tinha herdado. Ficou nas mãos dos sócios norte-irlandeses do DUP, até agora. Mas seu terceiro erro, o mais grave, como lhe recordava nesta segunda-feira seu líder parlamentar, Julian Smith, numa polêmica entrevista à BBC, foi não entender que a mensagem implícita naquela derrota eleitoral era que sua única legitimidade seria para buscar um Brexit suave e de consenso.

Não se saiu melhor o Partido Trabalhista. Seu inesperado líder, Jeremy Corbyn, assumiu as rédeas da agremiação impulsionado por movimentos extremos recém-criados, como o Momentum, repletos de gente jovem, mas controlados por velhas figuras que arrastavam os tiques antissemitas, anticapitalistas e antiglobalizadores (ao menos aos olhos de grande parte da opinião pública) do trabalhismo dos anos setenta. Corbyn era um deles, e em seguida encontrou pela frente os restos do blairismo.

A geração que viveu os anos do New Labour dos ex-primeiros-ministros Tony Blair e Gordon Brown, que ressuscitou o glamour do Reino Unido e cunhou o termo Cool Britannia para definir essa época dourada, dominava a bancada parlamentar trabalhista e não se sentia cômodo com um trabalhismo que considerava alucinado e divisivo. Corbyn, como May, também fez campanha com pouquíssimo entusiasmo em prol da permanência na UE. Não conseguia dissimular sua desconfiança em relação a Bruxelas, herdada daquela corrente interna denominada “bennismo” (de Tony Benn, o histórico político trabalhista) que confrontou a adesão do Reino Unido à UE. Assumiu imediatamente o resultado do Brexit e esquivou até agora a resolução de uma maioria do partido que reivindicava um segundo referendo. Por isso decidiu na quinta-feira passada respaldar as opções alternativas que suavizavam o Brexit, mas ao mesmo tempo asseguravam que fosse um fato consumado.
Os eurocéticos: o partido dentro do partido

Theresa May dedicou sua vida ao Partido Conservador. Tudo o que é deve à formação. E sua principal obsessão, durante os últimos três anos, foi manter suas costuras intactas. O resultado foi que cada novo giro em sua política só tinha um objetivo: apaziguar a ala linha-dura, concentrada no chamado Grupo de Pesquisas Europeias. Esta corrente parlamentar conservadora, que pelos seus cálculos mais otimistas pode reunir quase 100 deputados, se tornou a pedra de toque dos conservadores.

Dirigido pelo carismático Jacob Rees-Mogg — um católico fervoroso num país de protestantes, defensor das virtudes de rezar o rosário três vezes ao dia e que prefere a missa tridentina, em latim, como Deus manda, ao rito pós-conciliar — conseguiu cativar os meios conservadores com sua oratória ágil e inteligente. Seu complemento perfeito foi Steve Baker, um político de formação técnica, procedente da iniciativa privada, que caiu do cavalo europeu a caminho de Maastricht, quando descobriu, conforme contou ao EL PAÍS, que o tratado europeu era “uma conjuração social-democrata para acumular o poder em Bruxelas e acabar com a democracia”.

Baker movimenta os seguidores, controla os votos e calcula as manobras com exatidão. Esteve por trás da moção de censura interna contra May. A primeira-ministra conseguiu sobreviver pelo senso de decoro que muitos conservadores, avessos ao extremismo dos eurocéticos, demonstraram nessa ocasião. Ficou claro, entretanto, que o partido estava dividido em duas facções irreconciliáveis, e que só uma delas tinha o impulso, a unidade e o credo para travar a batalha até o final.
O fantasma da violência da Irlanda do Norte

Ninguém contou com o endiabrado backstop na hora em que o Reino Unido apertou o botão do artigo 50 do Tratado de Lisboa, acionando a contagem regressiva para deixar a UE. Londres saía, mas Dublin ficava. A fronteira que divide a ilha, entre a República da Irlanda e o território britânico da Irlanda do Norte, passava a ser uma fronteira externa da União Europeia. O Acordo de Paz da Sexta-Feira Santa, esse prodígio de arquitetura conciliadora forjado por Tony Blair, Bill Clinton e pelo senador norte-americano George Mitchell, tornava invisível a linha divisória entre as duas Irlandas. É mais fácil preservar a paz quando se impõe a ficção de que a Irlanda é só uma ilha, sem divisões internas.

A UE compreendeu imediatamente que qualquer posto de controle fronteiriço, por mais discreto que fosse, seria um chamariz para sabotagens dos grupos residuais que persistem na violência. E impôs a necessidade de que a Irlanda do Norte permanecesse na união alfandegária e no mercado interno europeu. A solução de May foi propor que todo o Reino Unido, e não só a Irlanda do Norte, permanecesse nesse espaço até que fosse possível encontrar uma solução definitiva e se construísse uma nova relação comercial entre os dois blocos. Não convenceu ninguém.

Seus sócios do DUP viam risco à “integridade territorial do Reino Unido”. Os eurocéticos temiam uma armadilha eterna que converteria Londres em um “vassalo” de Bruxelas, nas palavras de Rees-Mogg. As demais formações norte-irlandesas não têm representação em Westminster, apesar de somarem a maioria política em seu próprio território, e viram com frustração o DUP se tornar a única voz determinante. A união de interesses dos dois extremismos — unionistas e eurocéticos — deixou May sem saída.
O populismo desatado

O referendo do Brexit entregou o poder à massa. O fantasma havia sido despertado pelo ultranacionalista Nigel Farage, à frente do UKIP (Partido pela Independência do Reino Unido), que surpreendeu os mais despreparados com sua vitória nas primeiras eleições para o Parlamento Europeu que disputou e meteu medo na alma do Partido Conservador. Não só o medo, mas também a semente de um populismo que ninguém soube controlar. Duas figuras moderadas da formação, os deputados Nick Boles e Dominic Grieve, ouviram gritos de “traidores” nas reuniões com suas associações locais de eleitores. E a ambos foi mostrada a porta da rua, ao serem barrados como candidatos do partido a novos mandatos.

Algo similar ocorreu no Partido Trabalhista, com um punhado de aproximadamente 30 parlamentares que contemplam com pavor qualquer alternativa para frear a loucura do Brexit. Sabem que em suas respectivas circunscrições o respaldo à saída da UE no referendo de 2016 foi majoritário, e arriscam seu cargo se fizerem qualquer aceno a Bruxelas.
As alternativas de May

Nenhuma é boa. Com a data de 12 de abril logo ali na esquina (o dia imposto pela UE para um Brexit sem acordo), a primeira-ministra só tem perante si opções desesperadas. Pode forçar uma quarta votação de seu plano, hipnotizada pelo feitiço de ver como em cada sucessivo teste parlamentar os votos contrários foram se reduzindo. Continua convencida de que, ao chegar à beira do precipício, até os mais fanáticos se deterão. Mas a realidade e as cifras contradizem esse voluntarismo.

Pode pedir uma prorrogação mais longa a Bruxelas, mas deverá explicar para quê. E a mera sugestão de que usaria esse tempo para negociar um Brexit mais suave deixaria os eurocéticos em pé de guerra e destruiria o seu partido. Pode ameaçar com um adiantamento eleitoral, mas até o conservador mais amalucado sabe que isso seria um tiro no pé. As últimas pesquisas dão vantagem ao trabalhismo, e, com um Partido Conservador em ruínas e uma candidata desautorizada (não hav :cry: eria tempo nem mecanismo para escolher uma alternativa), o movimento seria suicida.

Ou então ela pode devolver a palavra aos cidadãos, dar o braço a torcer, e permitir um segundo referendo. Contra seus princípios e convicções. É, para muitos, a única saída para esta confusão. Mas a ninguém escapa tampouco que significaria mergulhar o país num grau irresistível de divisão e enfrentamento, quando as forças e a resistência de uns e outros já chegaram ao limite.
Adere a The Trust Project

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/0 ... 36330.html




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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#418 Mensagem por Sterrius » Qua Abr 03, 2019 3:52 pm

Esse século vai ser mto estudado no futuro ^^. Provavelmente vão se perguntar o que fumamos/tomamos pra tomar algumas decisões :mrgreen: :mrgreen:




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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#419 Mensagem por joaolx » Sex Abr 05, 2019 8:38 am

Bourne escreveu: Qua Abr 03, 2019 3:00 pm A resposta é sim. Os britânicos não estão, eles são loucos. :mrgreen:

Estou convencido de que os políticos não vão recuar. A ideia deles parece ser forçar o Hard Brexit. Estamos vendo ao vivo mais uma tentativa de "suicídio coletivo" por parte dos britânicos.

Isso entrará para os livros de história. Assim como o retorno ao padrão ouro em 1925, a crise externa e de endividamento da década de 1960/1970, ataques especulativos da década de 1980 e 1990. Ambos protagonizados pela teimosia britânica em não achar soluções ou insistir em políticas fadadas ao fracasso.
Brexit: esses britânicos estão loucos?
As causas por trás do bloqueio parlamentar e da guerra interna no Governo de May

Há um constrangimento entre os políticos do Reino Unido. Frequentemente, reconhecem que seu país virou o “faz-me-rir da Europa”. A primeira-ministra Theresa May se tornou o bode expiatório ao qual culpar por todos os demônios que o Brexit desatou e que têm pouco a ver com as vantagens e inconvenientes de pertencer à União Europeia. Ajustes de contas adiados durante décadas no seio dos dois principais partidos, o Conservador e o Trabalhista, eclodiram sem dissimulação nas últimas semanas.

O populismo alimentado pelo referendo de 2016 rompeu a relação de confiança e dependência de cada deputado com sua circunscrição eleitoral. Mas, sobretudo, um país habituado à partilha binária do poder — o ganhador fica com todo o poder durante o tempo que lhe couber exercê-lo — foi incapaz de encontrar vias de entendimento para sair da crise. Governo contra Parlamento; eurocéticos contra moderados; uma esquerda anticapitalista e desconfiada de Bruxelas frente a um trabalhismo centrista e pró-europeu; uma classe urbana cosmopolita e culta frente a uma Inglaterra interior atrasada e irascível. Estas são algumas chaves para entender por que o país que se gaba do seu pragmatismo durante o último século não se reconhece mais a si mesmo.
O pecado original

Quando o Partido Conservador acordou, e 52% dos britânicos tinham respaldado a saída da UE, o monstro da divisão interna continuava lá. O desapego pela Europa, mais como sentimento ou como gesto de desdém, os mantinha unidos, mas poucos pararam para pensar em como levar a cabo uma decisão tão complexa e com consequências tão drásticas. David Cameron, o responsável por um referendo que ninguém tinha pedido, renunciou. Os eurocéticos Boris Johnson e Michael Gove se anularam mutuamente em um jogo de traições e deslealdades. E Theresa May, que não entrava nos bolões de aposta de ninguém, foi parar em Downing Street com todo o poder nas mãos. Começou a perdê-lo desde o primeiro minuto. Havia feito campanha de má vontade a favor da permanência na UE, e foi encarregada de conduzir o Reino Unido à terra prometida do Brexit.

Seu primeiro erro foi procurar um equilíbrio impossível dentro do Governo entre eurocéticos e moderados. A consequência foram anos de bloqueio, crises internas a cada semana, demissões em cascata (já está no seu terceiro ministro para o Brexit) e a perda de uma “responsabilidade associada” que se espera do Executivo. Há muito tempo a roupa suja está sendo lavada à vista de todo mundo. Seu segundo erro foi convocar eleições antecipadas, em 2017, convencida de que assim obteria um mandato claro para levar o Brexit a bom porto, mas perdeu estrepitosamente a maioria parlamentar que tinha herdado. Ficou nas mãos dos sócios norte-irlandeses do DUP, até agora. Mas seu terceiro erro, o mais grave, como lhe recordava nesta segunda-feira seu líder parlamentar, Julian Smith, numa polêmica entrevista à BBC, foi não entender que a mensagem implícita naquela derrota eleitoral era que sua única legitimidade seria para buscar um Brexit suave e de consenso.

Não se saiu melhor o Partido Trabalhista. Seu inesperado líder, Jeremy Corbyn, assumiu as rédeas da agremiação impulsionado por movimentos extremos recém-criados, como o Momentum, repletos de gente jovem, mas controlados por velhas figuras que arrastavam os tiques antissemitas, anticapitalistas e antiglobalizadores (ao menos aos olhos de grande parte da opinião pública) do trabalhismo dos anos setenta. Corbyn era um deles, e em seguida encontrou pela frente os restos do blairismo.

A geração que viveu os anos do New Labour dos ex-primeiros-ministros Tony Blair e Gordon Brown, que ressuscitou o glamour do Reino Unido e cunhou o termo Cool Britannia para definir essa época dourada, dominava a bancada parlamentar trabalhista e não se sentia cômodo com um trabalhismo que considerava alucinado e divisivo. Corbyn, como May, também fez campanha com pouquíssimo entusiasmo em prol da permanência na UE. Não conseguia dissimular sua desconfiança em relação a Bruxelas, herdada daquela corrente interna denominada “bennismo” (de Tony Benn, o histórico político trabalhista) que confrontou a adesão do Reino Unido à UE. Assumiu imediatamente o resultado do Brexit e esquivou até agora a resolução de uma maioria do partido que reivindicava um segundo referendo. Por isso decidiu na quinta-feira passada respaldar as opções alternativas que suavizavam o Brexit, mas ao mesmo tempo asseguravam que fosse um fato consumado.
Os eurocéticos: o partido dentro do partido

Theresa May dedicou sua vida ao Partido Conservador. Tudo o que é deve à formação. E sua principal obsessão, durante os últimos três anos, foi manter suas costuras intactas. O resultado foi que cada novo giro em sua política só tinha um objetivo: apaziguar a ala linha-dura, concentrada no chamado Grupo de Pesquisas Europeias. Esta corrente parlamentar conservadora, que pelos seus cálculos mais otimistas pode reunir quase 100 deputados, se tornou a pedra de toque dos conservadores.

Dirigido pelo carismático Jacob Rees-Mogg — um católico fervoroso num país de protestantes, defensor das virtudes de rezar o rosário três vezes ao dia e que prefere a missa tridentina, em latim, como Deus manda, ao rito pós-conciliar — conseguiu cativar os meios conservadores com sua oratória ágil e inteligente. Seu complemento perfeito foi Steve Baker, um político de formação técnica, procedente da iniciativa privada, que caiu do cavalo europeu a caminho de Maastricht, quando descobriu, conforme contou ao EL PAÍS, que o tratado europeu era “uma conjuração social-democrata para acumular o poder em Bruxelas e acabar com a democracia”.

Baker movimenta os seguidores, controla os votos e calcula as manobras com exatidão. Esteve por trás da moção de censura interna contra May. A primeira-ministra conseguiu sobreviver pelo senso de decoro que muitos conservadores, avessos ao extremismo dos eurocéticos, demonstraram nessa ocasião. Ficou claro, entretanto, que o partido estava dividido em duas facções irreconciliáveis, e que só uma delas tinha o impulso, a unidade e o credo para travar a batalha até o final.
O fantasma da violência da Irlanda do Norte

Ninguém contou com o endiabrado backstop na hora em que o Reino Unido apertou o botão do artigo 50 do Tratado de Lisboa, acionando a contagem regressiva para deixar a UE. Londres saía, mas Dublin ficava. A fronteira que divide a ilha, entre a República da Irlanda e o território britânico da Irlanda do Norte, passava a ser uma fronteira externa da União Europeia. O Acordo de Paz da Sexta-Feira Santa, esse prodígio de arquitetura conciliadora forjado por Tony Blair, Bill Clinton e pelo senador norte-americano George Mitchell, tornava invisível a linha divisória entre as duas Irlandas. É mais fácil preservar a paz quando se impõe a ficção de que a Irlanda é só uma ilha, sem divisões internas.

A UE compreendeu imediatamente que qualquer posto de controle fronteiriço, por mais discreto que fosse, seria um chamariz para sabotagens dos grupos residuais que persistem na violência. E impôs a necessidade de que a Irlanda do Norte permanecesse na união alfandegária e no mercado interno europeu. A solução de May foi propor que todo o Reino Unido, e não só a Irlanda do Norte, permanecesse nesse espaço até que fosse possível encontrar uma solução definitiva e se construísse uma nova relação comercial entre os dois blocos. Não convenceu ninguém.

Seus sócios do DUP viam risco à “integridade territorial do Reino Unido”. Os eurocéticos temiam uma armadilha eterna que converteria Londres em um “vassalo” de Bruxelas, nas palavras de Rees-Mogg. As demais formações norte-irlandesas não têm representação em Westminster, apesar de somarem a maioria política em seu próprio território, e viram com frustração o DUP se tornar a única voz determinante. A união de interesses dos dois extremismos — unionistas e eurocéticos — deixou May sem saída.
O populismo desatado

O referendo do Brexit entregou o poder à massa. O fantasma havia sido despertado pelo ultranacionalista Nigel Farage, à frente do UKIP (Partido pela Independência do Reino Unido), que surpreendeu os mais despreparados com sua vitória nas primeiras eleições para o Parlamento Europeu que disputou e meteu medo na alma do Partido Conservador. Não só o medo, mas também a semente de um populismo que ninguém soube controlar. Duas figuras moderadas da formação, os deputados Nick Boles e Dominic Grieve, ouviram gritos de “traidores” nas reuniões com suas associações locais de eleitores. E a ambos foi mostrada a porta da rua, ao serem barrados como candidatos do partido a novos mandatos.

Algo similar ocorreu no Partido Trabalhista, com um punhado de aproximadamente 30 parlamentares que contemplam com pavor qualquer alternativa para frear a loucura do Brexit. Sabem que em suas respectivas circunscrições o respaldo à saída da UE no referendo de 2016 foi majoritário, e arriscam seu cargo se fizerem qualquer aceno a Bruxelas.
As alternativas de May

Nenhuma é boa. Com a data de 12 de abril logo ali na esquina (o dia imposto pela UE para um Brexit sem acordo), a primeira-ministra só tem perante si opções desesperadas. Pode forçar uma quarta votação de seu plano, hipnotizada pelo feitiço de ver como em cada sucessivo teste parlamentar os votos contrários foram se reduzindo. Continua convencida de que, ao chegar à beira do precipício, até os mais fanáticos se deterão. Mas a realidade e as cifras contradizem esse voluntarismo.

Pode pedir uma prorrogação mais longa a Bruxelas, mas deverá explicar para quê. E a mera sugestão de que usaria esse tempo para negociar um Brexit mais suave deixaria os eurocéticos em pé de guerra e destruiria o seu partido. Pode ameaçar com um adiantamento eleitoral, mas até o conservador mais amalucado sabe que isso seria um tiro no pé. As últimas pesquisas dão vantagem ao trabalhismo, e, com um Partido Conservador em ruínas e uma candidata desautorizada (não hav :cry: eria tempo nem mecanismo para escolher uma alternativa), o movimento seria suicida.

Ou então ela pode devolver a palavra aos cidadãos, dar o braço a torcer, e permitir um segundo referendo. Contra seus princípios e convicções. É, para muitos, a única saída para esta confusão. Mas a ninguém escapa tampouco que significaria mergulhar o país num grau irresistível de divisão e enfrentamento, quando as forças e a resistência de uns e outros já chegaram ao limite.
Adere a The Trust Project

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/0 ... 36330.html
Restará saber se o proprio Reino Unido permanecerá ou se irá desagregar-se




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Re: BREXIT vence, UK deixa a União Europeia

#420 Mensagem por P44 » Sáb Abr 06, 2019 8:33 am

Isto é uma palhaçada sem limites, eu juro que já não percebo nada

Os gajos vão votar para as eleições para o PE ou não????? Suponho que os deputados pretendam manter os tachos????

E se votam e depois saem?

E se não votam e depois ficam?




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