P-3BR - Tripulantes da FAB começam o treinamento...

[FCarvalho]

Os P-3 estão se mostrando uma aeronave valiosa para o treinamento e formação de tripulação, além de proporcionar efetivamente uma capacidade ASW e ASupW que há décadas não se tinha.
Mas tudo isso tem um custo, e a FAB já percebeu isso há tempos. Para não falar das limitações estruturais já mais que comentadas e debatidas aqui. Falou-se até mesmo na transferência deles para a MB, que não os aceitou.
Dito isso, a FAB não opera os P-3 em sua plenitude operacional desde que chegaram há +- uns dez anos atrás. E nunca se soube exatamente o porquê. Os motivos a FAB não revela e os guarda só para si.
Enfim, até o final da próxima década essas aeronaves já terão completado vinte anos de serviço na força aérea. Tempo mais que suficiente para atingir os objetivos a que se propuseram quando da sua aquisição, que era devolver a FAB uma capacidade real de patrulha naval, e paralelamente formar doutrina e pessoal especializado.
É sabido que a MB nunca abriu mão de ter em sua aviação naval a asa fixa. E neste aspecto a patrulha aérea naval é um componente indispensável e complementar à organização e capacidade da sua aviação. É ela só não foi retomada agora por pura e simples falta de condições da própria MB absorver a operação dos P-3 e seus custos, envolvida que está com o atraso dos vários projetos da AN hoje.
Mas esse quadro deve mudar ao longo da próxima década com a finalização dos projetos de modernização e recebimento dos A-4 e C-2. Uma vez vencida essa etapa a MB irá se concentrar na organização da patrulha naval, e por incrível que pareça em conjunto é cooperação com a FAB. Isso é fato, não sou eu que estou dizendo ou inventando.
Se a questão orçamentária permitir, ao longo dos anos 2020 a MB junto com a FAB irá começar a fomentar o longo caminho para a retomada da patrulha naval. É se tudo der certo, o plano é dispor de uma nova aeronave de patrulha a partir da década de 2030.
Se será um avião da Embraer ou outro, o tempo dirá.
E sim, ao mesmo tempo a MB irá definir na próxima década qual será o substituto dos Skyhawk, assim que houver a definição do modelo para o novo Nae que se espera receber até 2035.
Tudo são planos. Se irão de fato vir à luz da realidade, essa já é uma outra história.

Abs

[knigh7]

Não enrola.

De onde vc tirou aquela afirmação que vc fez?

[FCarvalho]

Eu não leio só o DB.
O resto é como expus acima.
Ninguém é obrigado a acreditar ou aceitar o que escrevi.

Abs

[knigh7]

Olha aquela afirmação tácita sua poderia ser de fonte oficial, de jornalista, achismo, fonte reservada, delírio, etc.

Cada origem tem a sua importância distinta.

[FCarvalho]

Olha aquela afirmação tácita sua poderia ser de fonte oficial, de jornalista, achismo, fonte reservada, delírio, etc.
Cada origem tem a sua importância distinta.

É de um tudo um pouco.

abs

[knigh7]

Olha, não é verdade que os P-3 serão desativados em 2020. Não há nenhuma fonte séria que indique que os P-3 serão desativados nessa data ou qq outra próxima a isso.

Eu não tinha dado bola para o que vc havia escrito. Mas como posteriormente teve um apedeuta que deu bola, eu resolvi voltar te questionar para indicar que não há nada sério.

[FCarvalho]

Eu particularmente não acredito também que os P-3 sejam apontados em data conhecida.
Existe o fator custo e logística que não são baratos, e a dependências do arbitrio e as limitações impostas pelos americano para empregar o avião, mas fato é que não dá pra saber exatamente se sera em 2020, 2025 ou 2030 ou no ano que vem ou daqui dez anos.
As informações que há e que podem ser juntadas daqui e dali dão margens a várias interpretações.
O que eu escrevi é a interpretação que fiz de fatos e relatos lidos de diversas fontes.
E depois é aquele negócio: publicidade nunca foi o forte dos militares.
De concreto mesmo é que MB e FAB estão de acordo em relação a transferência da patrulha naval para aquela.
O problema como sempre é que precisa de $$ pra isso.
Por enquanto nenhuma e nem outra tem como resolver esta parte.
Então, até que resolvam seus problemas e prioridades os P-3 e o retorno da patrulha naval a MB vão ficar na longa fila de espera de projetos que precisam de um começo, meio e fim nas ffaa's.
Boa sorte para MB e FAB. Vão precisar e muito.

Abs

[Lirolfuti]

AKAER - Revitaliza aeronaves P-3AM da FAB
Projeto, que estende a vida útil das aeronaves, será destaque da empresa durante a LAAD 2019

A Akaer – empresa certificada como EED (Empresa Estratégica de Defesa), com controle acionário nacional e gestão independente – participa da LAAD Defence & Security 2019, que acontece de 2 a 5 de abril, no Riocentro, Rio de Janeiro (RJ). A empresa, que está no estande H55, localizado no Pavilhão 3, destaca o projeto de revitalização das aeronaves P-3AM, da FAB (Força Aérea Brasileira).

O projeto de revitalização iniciou-se no final de 2018, quando equipes da Akaer participaram de treinamentos em uma empresa americana, parceira da ação. Os primeiros conjuntos de asas a serem revitalizadas serão levados para as modernas instalações da Akaer, localizada no complexo industrial da empresa em São José dos Campos (SP). Desmontagem e montagem serão realizadas na Base Aérea da FAB no Rio de Janeiro (RJ).
A revitalização estenderá a vida útil das aeronaves. Para isso, a Akaer fará a substituição de diversos elementos da asa – revestimentos superiores, longarinas dianteiras e traseiras, painéis superiores dos caixões centrais asa/fuselagem – entre outras ações. Esse projeto evita a fadiga estrutural das asas, o que limitaria o tempo de uso das aeronaves.

As aeronaves P-3AM de patrulha marítima são empregadas na vigilância das águas territoriais brasileiras e utilizam os mais modernos sensores eletrônicos embarcados. Conhecido como o “guardião do pré-sal”, o avião P-3AM possui capacidade de detectar, localizar, identificar e, quando necessário, atacar alvos de superfície e submarinos, contribuindo na manutenção da soberania nacional. Além do patrulhamento, o P-3AM é o único vetor aéreo capaz de desempenhar as atividades de busca e salvamento em toda área marítima sob a responsabilidade do Brasil além de realizar importante papel na defesa do meio ambiente, identificando crimes ambientais.

“As Forças Armadas precisam cumprir suas missões e para isso necessitam de equipamentos operacionais. Num cenário de restrição orçamentária, a solução de melhor custo benefício é a Modernização & Revitalização que estende a vida útil e aumenta a disponibilidade dos equipamentos que as Forças Armadas já possuem. A Akaer traz também uma abordagem diferente da normalmente trazida pelas OEM’s e/ou fornecedores de equipamentos isolados. No caso da Akaer, as soluções adotadas são focadas nas análises de engenharia que, em um primeiro momento, permitam a revitalização e/ou extensão da vida operacional das soluções existentes, com um mínimo de intervenção”, destaca o presidente e CEO da Akaer, Cesar Augusto Teixeira Andrade e Silva.

http://www.defesanet.com.br/p3/noticia/ ... AM-da-FAB/

[FCarvalho]

Essa é uma notícia para se comemorar.
Mas é preciso saber se este processo tera condições de alongar a vida útil das asas por mais 5 ou 10 anos ou se deixará as aeronaves operacionais até bem depois de 2030.
A possibilidade de substituição perdeu o prazo de vista.
E tanto MB como FAB não tem interesse de mexer com eles tão cedo. E mesmo que quisessem não teriam condições.

Abs

[FCarvalho]

Notícia interessante.

Na RFA em banca, há um informe de que a Akaer vai trocar as asas dos 9 P-3AM da FAB, dado que a empresa comprou da L3 americana todo o ferramental e logística necessário ao serviço, além de kits já prontos.
Esse serviço levará, segundo a notícia, a vida útil dos aviões até 2028. Ou seja, apenas mais nove anos.
Em se confirmando tais prazos. isso pode significar que a FAB, ou MB, terão de decidir - ou iniciar o processo de seleção, se houver um - qual será o substituto daquelas aeronaves nos próximos 5 anos.
É o tempo que teremos para esclarecer também se a EDS, será capaz de prover as futuras necessidades das ffaa's.
Vamos aguardar e ver.

abs

[gogogas]

Melhor substituto

[FCarvalho]

Com certeza. Seria um passo natural.

abs

[Bourne]

É nada. A FAB vai é casar com uma versão de patrulheiro baseado em alguma plataforma da Embraer. Possivelmente, a futura versão do KC-390. Podem ver que a FAB deixa no ar que pode ser uma das aplicações do KC-390.

[FCarvalho]

É nada. A FAB vai é casar com uma versão de patrulheiro baseado em alguma plataforma da Embraer. Possivelmente, a futura versão do KC-390. Podem ver que a FAB deixa no ar que pode ser uma das aplicações do KC-390.

Eu julgo muito difícil se prever que o KC-390 venha a se tornar uma aeronave ASW por aqui. Não pela plataforma em si, mas pelos custos envolvidos na transformação de um cargo em patrulheiro. Ademais, os C-295 já estão aí e operam, dentro do que sabemos, no projeto de baixo custo e efetividade operacional da FAB até 2041.
Os E-2 seriam uma solução mais lógica, mas com a venda do projeto para a Boeing, praticamente é carta fora do baralho.
Me parece ser uma boa oportunidade conversar com os japoneses em relação ao P-1, que apesar se ser caríssimo, poderia ser customizado por aqui, além de podermos realizar um processo de trocas militares e tecnológicas entre os dois países que atenderia às necessidades de ambos.
Nem P-8 e muito menos A320 ASW que a Airbus propõe já faz uns anos tem chance por aqui. Não pelo menos no curto prazo.
Por mim, particularmente, se decidirmos gastar o necessário nessa área, o P-1 seria a minha escolha, tanto pelo avião em si como pelas possibilidades de off set e tot que podemos ganhar com os japoneses.

abs

[FCarvalho]

Se tem uma missão que eu creio ser mandatória nós termos por aqui no Brasil em relação ao desenvolvimento de versões para o KC-390 é essa aqui:



Seja com uma guarda costeira ou na MB, e até mesmo na FAB, a versão SAR/C-SAR é um impositivo operacional que temos de dispor cedo ou tarde, visto que o Brasil é signatário de vários acordos internacionais que nos responsabilizam pela proteção e salvaguarda das vidas ao longo de 15 milhões de km2 do Atlântico Sul, mais os 8,5 milhões de território nacional. É um grande trabalho que precisa de soluções efetivas e credíveis, e não de quebra galhos do tipo 'já que só tem tu, então vai tu mesmo'.
Diga-se de passagem que esta versão nem de longe concorreria com os C-295 SAR da FAB. Pelo contrário, seriam complementares a estes.
Quem sabe mais para frente.

abs