EUA
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Re: EUA
Não vivo em USA e não acompanho os bastidores da politica desse pais.
O que eu vejo são, jornais anti Trump (quase toda a midia) dizendo que ele esta com a corda no pescoço cada vez mais apertada,
porém a sensação que eu tenho olhando de longe, e que ele esta cada vez mais comodo dentro do partido dele, já que praticamente poucos dos congressistas que o apoiavam deixaram o congresso, enquanto que aqueles que são do seu partido e les faziam frente estão pedindo penico, ficando sem possibilidade de se reeleger ou como o McCain, partindo pro outro mundo.
Entre os logros politicos e o desenvolvimento da economia, a sensação que fica para mim, é a de que ele vai avançando e duvido que alguem le derrube facilmente.
O que eu vejo são, jornais anti Trump (quase toda a midia) dizendo que ele esta com a corda no pescoço cada vez mais apertada,
porém a sensação que eu tenho olhando de longe, e que ele esta cada vez mais comodo dentro do partido dele, já que praticamente poucos dos congressistas que o apoiavam deixaram o congresso, enquanto que aqueles que são do seu partido e les faziam frente estão pedindo penico, ficando sem possibilidade de se reeleger ou como o McCain, partindo pro outro mundo.
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Re: EUA
Trump, o melhor presidente da história dos EUA. O representante do verdadeiro espírito norte-americano.
Ele provocou reações inéditas no discurso da ONU. Em parte lembrava da Dilma, mas em outra grandes líderes do mundo livre e suas preocupações.
Ele provocou reações inéditas no discurso da ONU. Em parte lembrava da Dilma, mas em outra grandes líderes do mundo livre e suas preocupações.
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Re: EUA
Não é essa tradição de ações militares. A outra de ser piada interna e externa com ninguém ligando muito o que ele fala. Algo que era bem comum pré-1930. Quem mudou a imagem dos presidentes norte-americanos foi o Hoover e Rooselvet. Em parte, as reformas da época deram muito mais poder ao presidente, consolidação ao bi-partidarismo (democratas e republicanos) e que ser presidente é importante.
O Trump ninguém se importa com ele. Os diplomadas e chefes de estado riram porque é um absurdo o discurso dele. O próprio staff da casa branca evita que faça bobagem ou enrola ele. igual se fazia com os presidentes no século XIX e começo do XX. A diferença que o presidente tem mais poder que complica. Já que pode tomar atitudes discricionária que levam tempo para serem amenizadas pelo sistema.
O Trump ninguém se importa com ele. Os diplomadas e chefes de estado riram porque é um absurdo o discurso dele. O próprio staff da casa branca evita que faça bobagem ou enrola ele. igual se fazia com os presidentes no século XIX e começo do XX. A diferença que o presidente tem mais poder que complica. Já que pode tomar atitudes discricionária que levam tempo para serem amenizadas pelo sistema.
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Re: EUA
Pepino para Trump
O jornalista Jamal Khashoggi 'foi massacrado enquanto ainda estava vivo e demorou sete minutos para morrer depois de ser atacado na mesa de estudo do Cônsul Saudita, o áudio horrível de seu assassinato revela'
https://www.dailymail.co.uk/news/articl ... probe.html
Uma fonte alegou ter ouvido gravação de áudio dos momentos de morte de Khashoggi
Fonte disse que Khashoggi foi desmembrado enquanto ainda vivo em 2 de outubro
De acordo com a fonte, ele pode ser ouvido gritando na gravação horrível
Diz-se que Khashoggi ficou em silêncio na fita quando recebeu uma injeção
Pessoas no andar de baixo do consulado saudita em Istambul teriam ouvido gritos
A Turquia disse na terça-feira que encontrou "certas provas" de que ele foi morto no prédio
Um oficial turco também afirmou que a polícia acredita que o Khashoggi foi desmembrado
Cônsul saudita voou para fora da Turquia horas antes de sua residência ser revistada
Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, na Arábia Saudita, para falar com o rei e o príncipe herdeiro
O jornalista Jamal Khashoggi 'foi massacrado enquanto ainda estava vivo e demorou sete minutos para morrer depois de ser atacado na mesa de estudo do Cônsul Saudita, o áudio horrível de seu assassinato revela'
https://www.dailymail.co.uk/news/articl ... probe.html
Uma fonte alegou ter ouvido gravação de áudio dos momentos de morte de Khashoggi
Fonte disse que Khashoggi foi desmembrado enquanto ainda vivo em 2 de outubro
De acordo com a fonte, ele pode ser ouvido gritando na gravação horrível
Diz-se que Khashoggi ficou em silêncio na fita quando recebeu uma injeção
Pessoas no andar de baixo do consulado saudita em Istambul teriam ouvido gritos
A Turquia disse na terça-feira que encontrou "certas provas" de que ele foi morto no prédio
Um oficial turco também afirmou que a polícia acredita que o Khashoggi foi desmembrado
Cônsul saudita voou para fora da Turquia horas antes de sua residência ser revistada
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- GIL
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Re: EUA
Trump nao vai fazer muita coisa contra Arabia Maldita, eles vendem muitas armas para esse pais, ademais de infinidades de interesses importantes que falaram mais alto que outros fatores.
E mais facil ele vir encher o saco do Brasil (como ele ja declarou recentemente que faria) que buscar problemas com aquela ditadura.
E mais facil ele vir encher o saco do Brasil (como ele ja declarou recentemente que faria) que buscar problemas com aquela ditadura.
- cabeça de martelo
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Re: EUA
Maix como!
Ox acadêmicux brasileirox dax universidadex federaix e ox jorhrhnalixtax previam um caux, ainnn:

https://www.oantagonista.com/mundo/nos- ... nove-anos/

Ox acadêmicux brasileirox dax universidadex federaix e ox jorhrhnalixtax previam um caux, ainnn:

https://www.oantagonista.com/mundo/nos- ... nove-anos/

- cabeça de martelo
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- GIL
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Re: EUA
A midia pode zoar o Trump, mais a realidade é que a esquerda norte americana (alojada no partido democrata) finalmente deixou cair a sua mascara esses dias.
Entre minorias ressentidas, progres yankes e socialistas sandinistas (entre outros) chegados da America latrina, unidos na sua estupidez, poderemos ver como atua a ressistencia gorila e imbecil, da esquerda norte americana.
Entre minorias ressentidas, progres yankes e socialistas sandinistas (entre outros) chegados da America latrina, unidos na sua estupidez, poderemos ver como atua a ressistencia gorila e imbecil, da esquerda norte americana.
- cabeça de martelo
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Re: EUA
25 RESPOSTAS PARA PERCEBER AS ELEIÇÕES INTERCALARES NOS ESTADOS UNIDOS
6 nov 2018
Pedro Soares Botelho
O que são, o que decidem e o que significam? Eis as respostas a 25 perguntas para entender esta terça-feira eleitoral nos Estados Unidos.
25 respostas para perceber as eleições intercalares nos Estados Unidos
Pedro Soares Botelho / MadreMedia
Os norte-americanos vão esta terça-feira, 6 de novembro, às urnas para escolher senadores, representantes, governadores e outros líderes políticos nas eleições intercalares. Perceba, em 25 perguntas e respostas, como funcionam e o que esperar destas votações intercalares (a meio do mandato presidencial), com comentários de Manuel Loff, professor do Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Para cada eleitor, cada escolha é relevante, mas na noite eleitoral umas terão mais atenção do que outras, pelas consequências políticas, seja no que diz respeito ao controlo do Senado e da Câmara dos Representantes, seja pelo significado simbólico que lhes será dado pelos partidos, ou pela ideia que darão sobre a real base de apoio do Partido Republicano de Donald Trump.
1. Como funciona o sistema político norte-americano?
O sistema norte-americano espalha o poder por vários níveis. Presidente, Senado e Câmara dos Representantes — e isto apenas no nível federal (os EUA como um todo, por oposição ao nível estadual — onde também vão decorrer várias eleições esta terça-feira).
O presidente é eleito de quatro em quatro anos. As últimas presidenciais, em 2016, deram a vitória ao candidato do Partido Republicano, Donald Trump, que derrotou a Democrata Hillary Clinton.
Os senadores são escolhidos para mandatos de seis anos — mas as eleições para o Senado não ocorrem apenas a cada meia dúzia de anos. Isto porque, a cada dois anos, são renovados os mandatos de um terço dos senadores.
Isto significa que esta terça-feira, apenas 33 dos cem lugares do Senado estariam em jogo. Estariam porque há mais duas eleições senatoriais de substituição, as chamadas eleições especiais, o que coloca o total de lugares em disputa para o Senado nos 35.
Já as eleições para a câmara baixa do parlamento norte-americano, a Câmara dos Representantes, ocorrem a cada dois anos. Aconteceram em 2016 e tornam a acontecer esta terça-feira, sendo que todas as cadeiras vão a jogo. E quantos lugares há na Câmara dos Representantes? 435.
2. Como estão hoje distribuídos os lugares nas diferentes câmaras (Senado e Representantes)?
Os Estados Unidos mantêm um “tradicional monolitismo bicolor”, como lhe chama Manuel Loff. Ou seja, os assentos são quase todos ou do Partido Republicano, ou do Partido Democrata. Há dois lugares independentes no Senado, mas cujo voto está alinhado com o dos Democratas.
Na Câmara dos Representantes, há 235 Republicanos, contra 193 Democratas. Há sete cadeiras vagas, deixadas por deputados de ambos os partidos, que ou resignaram, ou morreram. Para ter a maioria nesta câmara são precisos pelo menos 218 lugares.
Das cadeiras em jogo, há 66 que não vão ser disputadas pelo atual ocupante. 39 desses lugares pertenciam a Republicanos, o que dá esperança aos Democratas de conquistar a maioria neste órgão — os americanos tendem a reeleger os candidatos que já lá estavam.
No Senado, a maioria chega com as 51 cadeiras. Atualmente, os Republicanos estão precisamente aí, nos 51 senadores, o que lhes dá a maioria. Para além disso, por só um terço dos mandatos estar agora a jogo, os Republicanos são também os que correm menos riscos.
É que dos 35 lugares em disputa, apenas nove são de senadores Republicanos, o que significa que, no pior dos cenários, os republicanos podiam ficar apenas com 42 lugares. Já os Democratas, têm em jogo 26 dos 49 lugares que controlam.
3. Então, o que é uma vitória para Trump?
Não sendo um sufrágio ao desempenho do presidente, há sempre quem faça leituras do resultado das intercalares, como uma espécie de barómetro à administração.
Assim sendo, um bom resultado para Donald Trump será o segurar da maioria nas duas câmaras do Congresso.
Se tiver de perder alguma das câmaras, aquela que mais interessa a Trump segurar será o Senado — com competências superiores, é onde se discute a política externa e de defesa, temas caros ao presidente norte-americano.
4. E uma derrota?
Uma derrota seria perder a maioria Republicana nalguma das câmaras, o que lhe traria dificuldades na aprovação de legislação.
5. O que é mais provável?
A popularidade de Donald Trump está em baixa (40%) e o Partido Republicano está dificilmente a conseguir contrariar os avanços Democratas, sobretudo nas eleições para governadores dos Estados (onde os Republicanos devem perder seis a 10 lugares) e para a Câmara dos Representantes.
Aliás, para o analista Amy Walter, do Cook Political Report, citado pela agência Lusa, a melhor indicação de que os Republicanos dão a Câmara dos Representantes por perdida é o roteiro final dos comícios de Donald Trump, que se concentram nos locais onde se luta pelo controlo do Senado: “Trump quer uma posição ainda mais forte no Senado”.
6. O Senado é assim tão importante?
É.
O controlo Republicano no Senado pode ser vital para Donald Trump, sobretudo se for criado um processo de impeachment [que pode conduzir à destituição do Presidente], como indica a ameaça dos Democratas, que lançam suspeitas sobre o envolvimento do presidente nas alegadas interferências russas nas recentes eleições presidenciais.
Esse processo para a destituição do presidente terá de começar na Câmara dos Representantes (o que poderá provavelmente acontecer, com a previsível maioria Democrata), mas mesmo que seja aprovado na câmara baixa do Capitólio [centro legislativo dos Estados Unidos, que abriga a Câmara dos Representantes e o Senado] precisa de ser validado no Senado, por 2/3 dos membros.
7. Mas vai mesmo haver destituição?
Não é claro. É possível, mas talvez não seja provável (sim, esta frase quer mostrar que não há certezas). Uma destituição não traria uma antecipação das eleições, antes colocaria Mike Pence, o vice-presidente de Donald Trump, a governar até 2020.
Já muito se falou e previu sobre a administração de Trump, todavia, como diz Manuel Loff, “não há nenhuma mudança significativa na opinião conservadora que o elegeu, ao contrário do que muitas previsões catastrofistas diziam — que isto ia ser tão patético que ele nem aguenta os quatro anos sequer. Há algum discurso de impeachment neste momento? Há alguma sombra que paire verdadeiramente sobre Donald Trump?”, questiona.
8. E perder a Câmara dos Representantes, é grave?
É.
Sem uma maioria Republicana na Câmara dos Representantes, Trump pode contar com vários outros problemas, criados a partir do Capitólio, desde investigações sobre os seus negócios, ou sobre as finanças de familiares ou de figuras que lhe são próximas e sobre os quais os Democratas têm várias suspeições, como é o caso do secretário de Comércio, Wilbur Ross.
“Vai haver um aumento substancial de pedidos do Congresso para averiguações, a que os Republicanos terão de se submeter”, afirmou Justin Rood, analista da organização “Project On Government Oversight”, citado pela estação de televisão NCB.
Outra consequência imediata é a dificuldade de manter a agenda legislativa Republicana, com afirmações de vários congressistas Democratas a prometer que travarão iniciativas como as que estavam delineadas nas áreas fiscais e de segurança social.
9. E os governadores?
Os governadores. Os líderes de cada um dos cinquenta estados são responsáveis pela política mais corrente dessas subdivisões do estado federal que são os EUA.
Como os norte-americanos juntam tudo o que é ida às urnas na mesma terça-feira, há vários que vão também hoje a votos — 35.
A cor do mapa destas eleições pode também ser vista como barómetro à governação republicana de Trump.
É que com o controlo da maioria dos governos estaduais, também a agenda legislativa dos Democratas deverá prevalecer, a nível local, onde o novo controlo terá uma capacidade de condicionar o trabalho dos representantes e senadores dos respetivos Estados.
Este cenário pode igualmente ser preocupante para as aspirações de reeleição de Donald Trump.
As investigações suscitadas pela maioria Democrata na Câmara dos Representantes e a falta de apoio de muitos dos governos estaduais poderão dificultar a base de que Trump precisa para tentar a reeleição dentro de dois anos.
10. Mas… As sondagens dizem o quê?
Sondagens. As sondagens têm de ser lidas com cautela nos Estados Unidos. É que há dois anos havia muita fé numa vitória da Democrata Hillary Clinton — o que, obviamente, não se concretizou.
Para estas intercalares, com milhares de lugares em disputa (fora de Washington, há perto de sete mil outros cargos em eleição), muitas lutas renhidas, é difícil antever resultados.
Aquilo que se sabe é que o voto antecipado está a ter maior interesse que noutros anos. Mas a abstenção costuma ser maior nestas eleições intercalares que nas presidenciais.
...
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/2 ... dos-unidos
6 nov 2018
Pedro Soares Botelho
O que são, o que decidem e o que significam? Eis as respostas a 25 perguntas para entender esta terça-feira eleitoral nos Estados Unidos.
25 respostas para perceber as eleições intercalares nos Estados Unidos
Pedro Soares Botelho / MadreMedia
Os norte-americanos vão esta terça-feira, 6 de novembro, às urnas para escolher senadores, representantes, governadores e outros líderes políticos nas eleições intercalares. Perceba, em 25 perguntas e respostas, como funcionam e o que esperar destas votações intercalares (a meio do mandato presidencial), com comentários de Manuel Loff, professor do Departamento de História e de Estudos Políticos e Internacionais da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Para cada eleitor, cada escolha é relevante, mas na noite eleitoral umas terão mais atenção do que outras, pelas consequências políticas, seja no que diz respeito ao controlo do Senado e da Câmara dos Representantes, seja pelo significado simbólico que lhes será dado pelos partidos, ou pela ideia que darão sobre a real base de apoio do Partido Republicano de Donald Trump.
1. Como funciona o sistema político norte-americano?
O sistema norte-americano espalha o poder por vários níveis. Presidente, Senado e Câmara dos Representantes — e isto apenas no nível federal (os EUA como um todo, por oposição ao nível estadual — onde também vão decorrer várias eleições esta terça-feira).
O presidente é eleito de quatro em quatro anos. As últimas presidenciais, em 2016, deram a vitória ao candidato do Partido Republicano, Donald Trump, que derrotou a Democrata Hillary Clinton.
Os senadores são escolhidos para mandatos de seis anos — mas as eleições para o Senado não ocorrem apenas a cada meia dúzia de anos. Isto porque, a cada dois anos, são renovados os mandatos de um terço dos senadores.
Isto significa que esta terça-feira, apenas 33 dos cem lugares do Senado estariam em jogo. Estariam porque há mais duas eleições senatoriais de substituição, as chamadas eleições especiais, o que coloca o total de lugares em disputa para o Senado nos 35.
Já as eleições para a câmara baixa do parlamento norte-americano, a Câmara dos Representantes, ocorrem a cada dois anos. Aconteceram em 2016 e tornam a acontecer esta terça-feira, sendo que todas as cadeiras vão a jogo. E quantos lugares há na Câmara dos Representantes? 435.
2. Como estão hoje distribuídos os lugares nas diferentes câmaras (Senado e Representantes)?
Os Estados Unidos mantêm um “tradicional monolitismo bicolor”, como lhe chama Manuel Loff. Ou seja, os assentos são quase todos ou do Partido Republicano, ou do Partido Democrata. Há dois lugares independentes no Senado, mas cujo voto está alinhado com o dos Democratas.
Na Câmara dos Representantes, há 235 Republicanos, contra 193 Democratas. Há sete cadeiras vagas, deixadas por deputados de ambos os partidos, que ou resignaram, ou morreram. Para ter a maioria nesta câmara são precisos pelo menos 218 lugares.
Das cadeiras em jogo, há 66 que não vão ser disputadas pelo atual ocupante. 39 desses lugares pertenciam a Republicanos, o que dá esperança aos Democratas de conquistar a maioria neste órgão — os americanos tendem a reeleger os candidatos que já lá estavam.
No Senado, a maioria chega com as 51 cadeiras. Atualmente, os Republicanos estão precisamente aí, nos 51 senadores, o que lhes dá a maioria. Para além disso, por só um terço dos mandatos estar agora a jogo, os Republicanos são também os que correm menos riscos.
É que dos 35 lugares em disputa, apenas nove são de senadores Republicanos, o que significa que, no pior dos cenários, os republicanos podiam ficar apenas com 42 lugares. Já os Democratas, têm em jogo 26 dos 49 lugares que controlam.
3. Então, o que é uma vitória para Trump?
Não sendo um sufrágio ao desempenho do presidente, há sempre quem faça leituras do resultado das intercalares, como uma espécie de barómetro à administração.
Assim sendo, um bom resultado para Donald Trump será o segurar da maioria nas duas câmaras do Congresso.
Se tiver de perder alguma das câmaras, aquela que mais interessa a Trump segurar será o Senado — com competências superiores, é onde se discute a política externa e de defesa, temas caros ao presidente norte-americano.
4. E uma derrota?
Uma derrota seria perder a maioria Republicana nalguma das câmaras, o que lhe traria dificuldades na aprovação de legislação.
5. O que é mais provável?
A popularidade de Donald Trump está em baixa (40%) e o Partido Republicano está dificilmente a conseguir contrariar os avanços Democratas, sobretudo nas eleições para governadores dos Estados (onde os Republicanos devem perder seis a 10 lugares) e para a Câmara dos Representantes.
Aliás, para o analista Amy Walter, do Cook Political Report, citado pela agência Lusa, a melhor indicação de que os Republicanos dão a Câmara dos Representantes por perdida é o roteiro final dos comícios de Donald Trump, que se concentram nos locais onde se luta pelo controlo do Senado: “Trump quer uma posição ainda mais forte no Senado”.
6. O Senado é assim tão importante?
É.
O controlo Republicano no Senado pode ser vital para Donald Trump, sobretudo se for criado um processo de impeachment [que pode conduzir à destituição do Presidente], como indica a ameaça dos Democratas, que lançam suspeitas sobre o envolvimento do presidente nas alegadas interferências russas nas recentes eleições presidenciais.
Esse processo para a destituição do presidente terá de começar na Câmara dos Representantes (o que poderá provavelmente acontecer, com a previsível maioria Democrata), mas mesmo que seja aprovado na câmara baixa do Capitólio [centro legislativo dos Estados Unidos, que abriga a Câmara dos Representantes e o Senado] precisa de ser validado no Senado, por 2/3 dos membros.
7. Mas vai mesmo haver destituição?
Não é claro. É possível, mas talvez não seja provável (sim, esta frase quer mostrar que não há certezas). Uma destituição não traria uma antecipação das eleições, antes colocaria Mike Pence, o vice-presidente de Donald Trump, a governar até 2020.
Já muito se falou e previu sobre a administração de Trump, todavia, como diz Manuel Loff, “não há nenhuma mudança significativa na opinião conservadora que o elegeu, ao contrário do que muitas previsões catastrofistas diziam — que isto ia ser tão patético que ele nem aguenta os quatro anos sequer. Há algum discurso de impeachment neste momento? Há alguma sombra que paire verdadeiramente sobre Donald Trump?”, questiona.
8. E perder a Câmara dos Representantes, é grave?
É.
Sem uma maioria Republicana na Câmara dos Representantes, Trump pode contar com vários outros problemas, criados a partir do Capitólio, desde investigações sobre os seus negócios, ou sobre as finanças de familiares ou de figuras que lhe são próximas e sobre os quais os Democratas têm várias suspeições, como é o caso do secretário de Comércio, Wilbur Ross.
“Vai haver um aumento substancial de pedidos do Congresso para averiguações, a que os Republicanos terão de se submeter”, afirmou Justin Rood, analista da organização “Project On Government Oversight”, citado pela estação de televisão NCB.
Outra consequência imediata é a dificuldade de manter a agenda legislativa Republicana, com afirmações de vários congressistas Democratas a prometer que travarão iniciativas como as que estavam delineadas nas áreas fiscais e de segurança social.
9. E os governadores?
Os governadores. Os líderes de cada um dos cinquenta estados são responsáveis pela política mais corrente dessas subdivisões do estado federal que são os EUA.
Como os norte-americanos juntam tudo o que é ida às urnas na mesma terça-feira, há vários que vão também hoje a votos — 35.
A cor do mapa destas eleições pode também ser vista como barómetro à governação republicana de Trump.
É que com o controlo da maioria dos governos estaduais, também a agenda legislativa dos Democratas deverá prevalecer, a nível local, onde o novo controlo terá uma capacidade de condicionar o trabalho dos representantes e senadores dos respetivos Estados.
Este cenário pode igualmente ser preocupante para as aspirações de reeleição de Donald Trump.
As investigações suscitadas pela maioria Democrata na Câmara dos Representantes e a falta de apoio de muitos dos governos estaduais poderão dificultar a base de que Trump precisa para tentar a reeleição dentro de dois anos.
10. Mas… As sondagens dizem o quê?
Sondagens. As sondagens têm de ser lidas com cautela nos Estados Unidos. É que há dois anos havia muita fé numa vitória da Democrata Hillary Clinton — o que, obviamente, não se concretizou.
Para estas intercalares, com milhares de lugares em disputa (fora de Washington, há perto de sete mil outros cargos em eleição), muitas lutas renhidas, é difícil antever resultados.
Aquilo que se sabe é que o voto antecipado está a ter maior interesse que noutros anos. Mas a abstenção costuma ser maior nestas eleições intercalares que nas presidenciais.
...
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/2 ... dos-unidos
- J.Ricardo
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Re: EUA
Essa marcha para os EUA é uma irresponsabilidade tão grande que seus responsáveis deveriam ser presos, isso pode virar uma tragédia.
E o pior vai sobrar para o México que vai ter que lidar com essa multidão de desvalidos presos em sua fronteira.
E o pior vai sobrar para o México que vai ter que lidar com essa multidão de desvalidos presos em sua fronteira.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!