EDIT MOD: CV 3, agora FCT

[pmicchi]

se o objetivo é transferir tecnologia, o modelo é diferente. Veja o exemplo do Gripen, que é um desenvolvimento em conjunto entre a Saab e a Embraer.

A parceria com Dubai que foi aventada tempos atrás faria mais sentido nesse caso. Que estaleiro estrangeiro vai aceitar transferir conhecimento "de graça" e ainda se meter numa fabricação local de apenas 4 navios?

E fabricar sob licença também nao funciona pq a transferencia de tecnologia se limita a fabricação e não ao projeto.

[FCarvalho]

Até onde eu conheço o processo, a MB quer desenvolver a partir das 4 undes iniciais outros projetos derivados e/ou evolutivos das CCT.
Mas para isso ela conta com a expertise e capacidade de escritórios estrangeiros. Isso significa que o ofertante terá não apenas 4 corvetas para construir, mas a possibilidade de dispor nos próximos 30 ou 40 anos da manutenção e produção de navios para os quais deverá obrigatoriamente investir na capacitação da industria nacional.

No meio disso, tanto a MB quanto a industria naval deverão receber tot's e off set daquele programa, mesmo que a CCT não seja lá tudo isso de modernidade. Mas é o que podemos fazer agora. Quem ganhar, vai ter que repassar conhecimento sobre projeto e produção de navios de combate, não só no que diz respeito as CCT em si, como qualquer outro projeto de navio que venha a vencer o certame.

Imagino que a MB deve investir em 4 undes mas quase imediatamente depois tentar assegurar um segundo lote, talvez um pouco maior, a fim de conseguir estabelecer uma infraestrutura básica e o retorno financeiro e de custos a viabilidade do negócio, tanto para a parte brasileira como para o estaleiro/escritório vencedor.

Após esta questão estar resolvida, entendo que a marinha irá buscar soluções para o falido Prosuper, talvez no mesmo modelo adotado agora, ou quiçá buscando parcerias que adicionem novas capacidades aquelas auferidas no projeto das CCT.

abs

[Fábio Machado]

No edital, a marinha abriu a possibilidade para as empresas apresentarem projetos próprios, desde que respeitem determinados requisitos. Enfim, como a marinha abriu esta brecha, a tendencia é que as empresas apresentem seus próprios navios mesmo.

[FCarvalho]

A MB está sendo pragmática. Sabem muito bem que nenhuma empresa se apresentaria, ou bem poucas, a fim de produzir um projeto que não fosse dela mesma. Na verdade, penso que as regras dessa concorrência são suficientemente flexíveis para tornar o processo em si o mais viável possível do ponto de vista tecnológico, e principalmente, financeiro.

Ao amarrar o negócio todo as CCT e a seus custo estimado, a MB garantiu que qualquer outra oferta de navios de desenho próprio sejam feitas de modo a obter vantagem econômica muito maior que a do navio nacional. Isso é dito e certo que irão tentar fazer.

Assim, se der CCT nós ganhamos, e se não der, ganhamos também, sob todos os pontos de vista.

De minha parte, espero que aquele antigo desejo de trinta e poucos anos atrás de se construir 16 corvetas ainda esteja as voltas com o planejamento do almirantado. Esta concorrência, seja lá quem for o vencedor, irá nos permitir isso em condições bem melhores do que no passado. Seria muito bom que a MB continuasse com o pé no chão e antes de buscar navios maiores, se preocupasse em amarrar este quantitativo de navios até o fim da próxima década. Depois disso dá para pensar em fragatas e coisas do gênero.

abs.

[hunter]

Eu gostaria de saber se esse valor de 1.8 bi. E em dólares.. .pois se for da para ter esperança de ter algo realmente bom....

[knigh7]

É em dólares.

http://www.defesanet.com.br/prosuper/no ... novidades/

[FCarvalho]

Eu espero que pelo menos o processo seja definido este ano. Só isso já seria uma vitória. E das grandes.

abs.

[hunter]

Vendo as concorrentes até agora, mostra que o projeto e muito equilibrado...as configurações apresentadas pelas Alemanha. E ..holanda são praticamente as mesmas da Tamandarés o que leva a crer que quem apresentar o maior diferencial tecnológico e melhor financiamento leva...
Gostei dessa proposta alemã de popa alagavel e deck flexivel e interessante...mas vale a pena pagar mais por isso?!

[FCarvalho]

Esse navio alemão daria um ótimo NaPaOc.
Aliás, a MB já deu mais que provas de que a patrulha naval nunca foi realmente uma prioridade.
Fosse assim e já teríamos há tempos este tipo de navios por aqui quiçá sob o mesmo manto da concorrência das CCT.
Mas parece que 4 navios ainda é melhor do que -12, ou mais do mesmo porte.
Fazer o que.

Abs

[knigh7]

Até onde eu conheço o processo, a MB quer desenvolver a partir das 4 undes iniciais outros projetos derivados e/ou evolutivos das CCT.
Mas para isso ela conta com a expertise e capacidade de escritórios estrangeiros. Isso significa que o ofertante terá não apenas 4 corvetas para construir, mas a possibilidade de dispor nos próximos 30 ou 40 anos da manutenção e produção de navios para os quais deverá obrigatoriamente investir na capacitação da industria nacional.

No meio disso, tanto a MB quanto a industria naval deverão receber tot's e off set daquele programa, mesmo que a CCT não seja lá tudo isso de modernidade. Mas é o que podemos fazer agora. Quem ganhar, vai ter que repassar conhecimento sobre projeto e produção de navios de combate, não só no que diz respeito as CCT em si, como qualquer outro projeto de navio que venha a vencer o certame.

Imagino que a MB deve investir em 4 undes mas quase imediatamente depois tentar assegurar um segundo lote, talvez um pouco maior, a fim de conseguir estabelecer uma infraestrutura básica e o retorno financeiro e de custos a viabilidade do negócio, tanto para a parte brasileira como para o estaleiro/escritório vencedor.

Após esta questão estar resolvida, entendo que a marinha irá buscar soluções para o falido Prosuper, talvez no mesmo modelo adotado agora, ou quiçá buscando parcerias que adicionem novas capacidades aquelas auferidas no projeto das CCT.

abs

A intenção da MB com o programa Classe Tamandaré é substituir as corvetas classe Inhaúma, vide entrevista do Atle Caroli no final do ano passado.

http://www.defesaaereanaval.com.br/dan- ... uperficie/

O PROSUPER foi congelado, mas a MB tem consciência da diferença de capacidade entre um programa e outro. Os substitutos das fragatas não será uma evolução do projeto. No caso do PROSUPER está se falando do dobro de deslocamento.

Eu li artigo do Bob Lopes falando besteira que um programa pode ser derivado do outro (4, depois mais 4). Mas ele especula demais.

A MB pretende prolongar a vida útil de 3 Niterois porque não tem grana a médio prazo para um projeto de 6.000 ton. Mas a intenção permanece.

[Matheus]

Então nosso futuro deve ser um mix de fragatas usadas e corvetas novas mais a Barroso.

[knigh7]

Sim.
E não um suposto modelo intermediário.

Vale ressaltar que nos objetivos do PROSUPER também está previsto a construção das fragatas aqui, fomentando a industria naval com bom índice de nacionalização. Mas esse é um projeto de longo prazo.

[FCarvalho]

O Prosuper vai ficar para 2030, pois vamos levar pelo menos uns dez anos pra dar algum fôlego a indústria naval a partir desse projeto das CCT.
Não tem meia solução para as fragatas.
Quero crer que em havendo um mínimo de bom senso no almirantado, irão se concentrar em um segundo lote de corvetas a serem entregues antes do final da próxima década, e encetar o NaPaOc paralelo à isso.
Sem criar meios de subsidiar a produção naval ao longo dos anos de 2020 pensar em construir fragatas modernas por aqui não passa de lenda urbana.

Abs

[knigh7]

O que existe de planejamento é o que o Alte Caroli disse.

Claro que tem chance de não concretizar. Só que qualquer coisa fora daquilo não faz parte do planejamento.

E o que valeu para 6 meses atrás vale para agora e vai valer por um bom tempo.

[FCarvalho]

Planejamento sempre tivemos muitos Manuel. Mas dar concretude a eles já é bem outra coisa.
As 3 Niterói podem até permanecer navegando, mas a que preço? Qual a sua validade militar efetiva? No estado em se encontram hoje, os navios da MB em sua grande maioria não tem quase nenhuma validade militar. Fazer mais um upgrade neles não irá modificar isso de forma significativa.
Ademais, apenas 4 CCT não são suficientes para alcançar os objetivos almejados em relação a industria naval. Longe disso. Ninguém transfere tecnologia por apenas 4 navios, ainda mais corvetas. Com certeza o almirantado sabe disso.
Conquanto, os navios atuais da esquadra já ultrapassaram sua vida útil há tempos, a exceção da Barroso. Os demais, já estão pedindo faz tempo uma justa e merecida aposentadoria.
Então, a questão é: qual o preço que a MB está disposta a pagar para manter a fachada de sempre?

abs