Desenvolver um MBT não é algo tão caro assim (algumas tecnologias podem custar caro, mas, integrar elas para produzir um MBT não), tanto que tudo que é país pelo mundo tem seu projeto de MBT, até o Brasil já teve os seus.FCarvalho escreveu: ↑Sex Mai 11, 2018 8:36 pm Eu creio que o que torna impeditiva qualquer chance de produção aqui de um novo projeto de CC é sermos o único cliente dele. Não temos como suportar a envergadura dos custos de investimento. Não se trata apenas de fazer um MBT, mas arcar com os custos de financiamento, desenvolvimento, avaliação, introdução e operação do projeto em si e também do fomento e capacitação necessário à industria, já que não temos nada made in Brazil qualificado para compor um MBT. Ainda tem o problema tecnológico, orçamentário e de infraestrutura do EB.
Aí entra a questão. Desenvolver um projeto do zero é algo absurdamente caro, e fora de qualquer contexto orçamentário previsível nosso. Mas se partimos da adoção de um projeto já disponível ou em vias de, e ainda não adotado ou fechado em termos de conceito e produção, teríamos uma vantagem de redução de custos. Neste sentido, dividir valores de desenvolvimento com outro país/empresa a fim de ganhar escala e diminuir o tamanho do nosso investimento, seria uma forma de tentar o projeto viável.
Se ao invés trabalhar com a produção de pouco mais de três centenas de CC's, e seus custos embutidos apenas para nós, poderíamos falar em um mercado para mais de meio milhar deles considerando o(s) parceiros de projeto, além de considerar objetivamente toda uma variedade de modelos derivados.
Não digo que essa opção torne o projeto mais barato, porque defesa nunca foi um negócio barato, mas pode tornar de alguma forma ele viável financeiramente no médio/longo prazo para nós.
Já quando chega a hora de fabricar, ai temos um problema... Praticamente tudo que é fabricado aqui acaba ficando muito caro, seria uma fabrica cara, com equipamentos caros e que fecharia após uma encomenda de 300 unidades por não ter nada a oferecer ao mercado civil, e não acho que esse custo possa ser diluído com parcerias já que eu duvido que qualquer parceiro abra mão de ter uma fábrica em seu território.
Se o país levasse a sério sua indústria e tivesse uma política industrial adequada ai acho que seria viável o desenvolvimento de um MBT nacional, mas do jeito que é hoje seria uma imensa queima de dinheiro público, parcerias não ajudam muito nessa área.