cabeça de martelo escreveu:UE queixa-se de que a Rússia está a imiscuir-se na questão catalã
António Freitas de Sousa
12:25
Grupo de especialistas sob a alçada de Federica Mogherini anda ‘à caça’ de notícias falsas patrocinadas pelos russos. Os exemplos avançados, alguns retirados do Facebook, são, dizem os críticos, puros disparates.
A equipa de especialistas criada pela União Europeia em 2015 para detetar e combater os ataques russos através da Internet encontrou nos últimos meses um grande aumento de campanhas eventualmente destinadas a agravar a crise na Catalunha. Segundo adianta a imprensa espanhola, estas campanhas consubstanciam-se na propagação de notícias falsas que, uma vez colocadas a circular na internet, são ‘picadas’ pelos media e transformadas em verdade.
Os exemplos dados pela equipa de especialistas têm merecido críticas de alguns analistas. Um deles afirma que a propagação de notícias falsas pretenderia contribuir para transferir interesses económicos da Catalunha para a Rússia. Os críticos afirmam não entender qual o alcance da afirmação, dado que quem quiser investir na Catalunha, por certo não ponderou a hipótese da Rússia – e não será por a Catalunha passar a ser um impedimento para o investimento, que a Rússia surgirá no topo da lista das alternativas.
Outro exemplo de uma notícia falsa eventualmente colocada a correr na Europa pelos russos seria a de que a Rússia se prepara para incentivar o aumento do estudo do castelhano junto das camadas mais jovens da população. A notícia até pode ser falsa, mas a sua eficácia em termos da capacidade de intromissão na questão catalã é altamente duvidosa.
Outras notícias são tão inverosímeis. Que é difícil discernir quem poderia acreditar nelas. O grupo de especialistas dá exemplos: “Espanhol já é ensinado como língua estrangeira na Catalunha” (publicado no Vesti.ru em 17 de setembro); “Ilhas Baleares juntam-se ao pedido de independência da Catalunha” (21 de setembro no Sputnik, agência internacional russa); “Catalunha reconhecerá uma Crimeia independente”; “Funcionários seniores da UE apoiam uso da violência na Catalunha”, esta publicada no Facebook, só utilizado como fonte de obtenção de notícias sérias por quem andar muito distraído!
Seja como for, e segundo o ‘El Pais’ o aumento de informações sobre a Catalunha nas redes pró-russas passou de quatro por semana passou para 241. Os analistas da União Europeia, que querem permanecer anónimos, explicam que toda informação é dedicada a enfraquecer os países membros da UE e apontar para o colapso do Estado liberal ocidental, oferecendo a Rússia como uma alternativa.
A equipa da UE trabalha sob a supervisão direta da Alta Representante para a Política Externa Europeia, a italiana Federica Mogherini, e é composta por 17 pessoas, entre as quais diplomatas, cientistas da computação e jornalistas.
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... ala-230807
Notícias desde Espanha
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Re: Notícias desde Espanha
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: Notícias desde Espanha
Os russos descobriram um jeito eficiente e "esperto" de guerra de informação. Funcionou muito bem enquanto houve a cumplicidade das grandes empresas de redes sociais que estavam ganhando muito dinheiro com isso. Mas o modelo de negócios está se tornando público...Bolovo escreveu:cabeça de martelo escreveu:UE queixa-se de que a Rússia está a imiscuir-se na questão catalã
António Freitas de Sousa
12:25
Grupo de especialistas sob a alçada de Federica Mogherini anda ‘à caça’ de notícias falsas patrocinadas pelos russos. Os exemplos avançados, alguns retirados do Facebook, são, dizem os críticos, puros disparates.
A equipa de especialistas criada pela União Europeia em 2015 para detetar e combater os ataques russos através da Internet encontrou nos últimos meses um grande aumento de campanhas eventualmente destinadas a agravar a crise na Catalunha. Segundo adianta a imprensa espanhola, estas campanhas consubstanciam-se na propagação de notícias falsas que, uma vez colocadas a circular na internet, são ‘picadas’ pelos media e transformadas em verdade.
Os exemplos dados pela equipa de especialistas têm merecido críticas de alguns analistas. Um deles afirma que a propagação de notícias falsas pretenderia contribuir para transferir interesses económicos da Catalunha para a Rússia. Os críticos afirmam não entender qual o alcance da afirmação, dado que quem quiser investir na Catalunha, por certo não ponderou a hipótese da Rússia – e não será por a Catalunha passar a ser um impedimento para o investimento, que a Rússia surgirá no topo da lista das alternativas.
Outro exemplo de uma notícia falsa eventualmente colocada a correr na Europa pelos russos seria a de que a Rússia se prepara para incentivar o aumento do estudo do castelhano junto das camadas mais jovens da população. A notícia até pode ser falsa, mas a sua eficácia em termos da capacidade de intromissão na questão catalã é altamente duvidosa.
Outras notícias são tão inverosímeis. Que é difícil discernir quem poderia acreditar nelas. O grupo de especialistas dá exemplos: “Espanhol já é ensinado como língua estrangeira na Catalunha” (publicado no Vesti.ru em 17 de setembro); “Ilhas Baleares juntam-se ao pedido de independência da Catalunha” (21 de setembro no Sputnik, agência internacional russa); “Catalunha reconhecerá uma Crimeia independente”; “Funcionários seniores da UE apoiam uso da violência na Catalunha”, esta publicada no Facebook, só utilizado como fonte de obtenção de notícias sérias por quem andar muito distraído!
Seja como for, e segundo o ‘El Pais’ o aumento de informações sobre a Catalunha nas redes pró-russas passou de quatro por semana passou para 241. Os analistas da União Europeia, que querem permanecer anónimos, explicam que toda informação é dedicada a enfraquecer os países membros da UE e apontar para o colapso do Estado liberal ocidental, oferecendo a Rússia como uma alternativa.
A equipa da UE trabalha sob a supervisão direta da Alta Representante para a Política Externa Europeia, a italiana Federica Mogherini, e é composta por 17 pessoas, entre as quais diplomatas, cientistas da computação e jornalistas.
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TECHNOLOGY
Facebook to Deliver 3,000 Russia-Linked Ads to Congress on Monday
By MIKE ISAAC and SCOTT SHANEOCT. 1, 2017
https://www.nytimes.com/2017/10/01/tech ... a-ads.html
Russia-Financed Ad Linked Clinton and Satan
By CECILIA KANG, NICHOLAS FANDOS and MIKE ISAACNOV. 1, 2017
https://www.nytimes.com/2017/11/01/us/p ... pe=article
A collection of ads that were created by Russian-linked social media firms tasked with creating influential content
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Notícias desde Espanha
Já cá faltava a paranoia anti-russa
A trafulha da clinton fez escola
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Re: Notícias desde Espanha
Catalunha: a clara incerteza
A maravilhosa democracia tem destas coisas. Depois dos meses de alta tensão na Catalunha, as eleições locais clarificaram muita coisa mas também deixaram quase tudo por decidir sobre o futuro.
21 de Dezembro de 2017
A primeira nota que é importante destacar é a imensa mobilização política: uma abstenção na casa dos 18% é um valor histórico em termos europeus, que confirma a intensidade com que a política domina a vida na Catalunha. O segundo ponto fundamental é que os catalães recusaram as vozes mais extremadas: penalizaram o Partido Popular de Mariano Rajoy com a irrelevância nas urnas, recusando a intransigência e a violência com que as autoridades reagiram. Nada que as mais sensatas cabeças dos Populares de Madrid não esperassem, mas a verdade é que, perdendo, Rajoy também ganhou: a convocação do artigo 155.º visava repor a normalidade constitucional e essa ocorreu numa eleição absolutamente tranquila. Os extremistas da CUP tiveram uma derrota com dimensão inesperada, trazendo um dado novo: o bloco independentista já não precisa dos radicais que passaram os últimos meses a forçar o confronto — e que tinham mesmo boas razões para recusar as urnas, onde sabiam não ter hipóteses, procurando a força da rua à boa medida da extrema-esquerda populista.
A vitória (à hora da escrita) dos Cidadãos deve-se em grande medida à sensatez de Inés Arrimadas e também à sua capacidade de reunir os consensos de quem não quer ser independente mas também não se revê na intolerância do Partido Popular. Puigdemont, esse sempre-em-pé, confirmou que deu os passos certos para se manter bem vivo. Mesmo a partir de Bruxelas, manteve a sua voz bem audível e consegue mesmo ser o líder do bloco independentista. Ganhou — mas também perdeu, porque a fuga para a Bélgica procurava dar um palco internacional à questão catalã e essa não ocorreu nunca. Nem um único flamengo ou escocês apoiou a declaração unilateral de independência proclamada por Puigdemont, o que não é de somenos numa Europa em que os problemas nacionais estão muito mal resolvidos. Quando quiser voltar a falar com Madrid, terá a voz reforçada pela votação (e pela possível liderança de um novo governo regional), mas também fragilizada pela falta de apoios europeus e por não ter vencido as eleições. A táctica e a estratégia serão determinantes nos próximos tempos, mas será preciso ter enormes doses de bom senso. Puigdemont deverá tentar regressar, mas só se o Estado espanhol abdicar de o prender — o que exigirá alguma ginástica diplomática e retórica. Aliás, caso a lógica impere, Madrid estará obrigada a deixar de tomar decisões em nome dos catalães. Mas a lógica não tem sido a regra e será preciso cedências de parte a parte. Importa recordar que o Governo central só quer negociar os termos da autonomia e que quem agora tem maioria no parlamento catalão só quer negociar os detalhes da... independência.
https://www.publico.pt/2017/12/21/mundo ... breaking_a
A maravilhosa democracia tem destas coisas. Depois dos meses de alta tensão na Catalunha, as eleições locais clarificaram muita coisa mas também deixaram quase tudo por decidir sobre o futuro.
21 de Dezembro de 2017
A primeira nota que é importante destacar é a imensa mobilização política: uma abstenção na casa dos 18% é um valor histórico em termos europeus, que confirma a intensidade com que a política domina a vida na Catalunha. O segundo ponto fundamental é que os catalães recusaram as vozes mais extremadas: penalizaram o Partido Popular de Mariano Rajoy com a irrelevância nas urnas, recusando a intransigência e a violência com que as autoridades reagiram. Nada que as mais sensatas cabeças dos Populares de Madrid não esperassem, mas a verdade é que, perdendo, Rajoy também ganhou: a convocação do artigo 155.º visava repor a normalidade constitucional e essa ocorreu numa eleição absolutamente tranquila. Os extremistas da CUP tiveram uma derrota com dimensão inesperada, trazendo um dado novo: o bloco independentista já não precisa dos radicais que passaram os últimos meses a forçar o confronto — e que tinham mesmo boas razões para recusar as urnas, onde sabiam não ter hipóteses, procurando a força da rua à boa medida da extrema-esquerda populista.
A vitória (à hora da escrita) dos Cidadãos deve-se em grande medida à sensatez de Inés Arrimadas e também à sua capacidade de reunir os consensos de quem não quer ser independente mas também não se revê na intolerância do Partido Popular. Puigdemont, esse sempre-em-pé, confirmou que deu os passos certos para se manter bem vivo. Mesmo a partir de Bruxelas, manteve a sua voz bem audível e consegue mesmo ser o líder do bloco independentista. Ganhou — mas também perdeu, porque a fuga para a Bélgica procurava dar um palco internacional à questão catalã e essa não ocorreu nunca. Nem um único flamengo ou escocês apoiou a declaração unilateral de independência proclamada por Puigdemont, o que não é de somenos numa Europa em que os problemas nacionais estão muito mal resolvidos. Quando quiser voltar a falar com Madrid, terá a voz reforçada pela votação (e pela possível liderança de um novo governo regional), mas também fragilizada pela falta de apoios europeus e por não ter vencido as eleições. A táctica e a estratégia serão determinantes nos próximos tempos, mas será preciso ter enormes doses de bom senso. Puigdemont deverá tentar regressar, mas só se o Estado espanhol abdicar de o prender — o que exigirá alguma ginástica diplomática e retórica. Aliás, caso a lógica impere, Madrid estará obrigada a deixar de tomar decisões em nome dos catalães. Mas a lógica não tem sido a regra e será preciso cedências de parte a parte. Importa recordar que o Governo central só quer negociar os termos da autonomia e que quem agora tem maioria no parlamento catalão só quer negociar os detalhes da... independência.
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Re: Notícias desde Espanha
Reportagem do Observador conta como 12 agentes secretos espanhóis (CNI) tramaram Puidgemont, ao colocarem um localizador GPS no carro, quando este regressava da Suécia, depois de uma conferência!
Os agentes esperaram que ele entrasse na Alemanha, porque era o país com legislação mais adversa a Puidgemont!
https://observador.pt/videos/atualidade ... uidgemont/
Os agentes esperaram que ele entrasse na Alemanha, porque era o país com legislação mais adversa a Puidgemont!
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Re: Notícias desde Espanha
Não fales mal dos pós-Franquistas, crl!!!!
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Re: Notícias desde Espanha
Errado, o independentismo ainda precisa dos votos da CUP para manter vivo o seu processo.cabeça de martelo escreveu:Catalunha: a clara incerteza
A maravilhosa democracia tem destas coisas. Depois dos meses de alta tensão na Catalunha, as eleições locais clarificaram muita coisa mas também deixaram quase tudo por decidir sobre o futuro.
21 de Dezembro de 2017
A primeira nota que é importante destacar é a imensa mobilização política: uma abstenção na casa dos 18% é um valor histórico em termos europeus, que confirma a intensidade com que a política domina a vida na Catalunha. O segundo ponto fundamental é que os catalães recusaram as vozes mais extremadas: penalizaram o Partido Popular de Mariano Rajoy com a irrelevância nas urnas, recusando a intransigência e a violência com que as autoridades reagiram. Nada que as mais sensatas cabeças dos Populares de Madrid não esperassem, mas a verdade é que, perdendo, Rajoy também ganhou: a convocação do artigo 155.º visava repor a normalidade constitucional e essa ocorreu numa eleição absolutamente tranquila. Os extremistas da CUP tiveram uma derrota com dimensão inesperada, trazendo um dado novo: o bloco independentista já não precisa dos radicais que passaram os últimos meses a forçar o confronto — e que tinham mesmo boas razões para recusar as urnas, onde sabiam não ter hipóteses, procurando a força da rua à boa medida da extrema-esquerda populista.
A vitória (à hora da escrita) dos Cidadãos deve-se em grande medida à sensatez de Inés Arrimadas e também à sua capacidade de reunir os consensos de quem não quer ser independente mas também não se revê na intolerância do Partido Popular. Puigdemont, esse sempre-em-pé, confirmou que deu os passos certos para se manter bem vivo. Mesmo a partir de Bruxelas, manteve a sua voz bem audível e consegue mesmo ser o líder do bloco independentista. Ganhou — mas também perdeu, porque a fuga para a Bélgica procurava dar um palco internacional à questão catalã e essa não ocorreu nunca. Nem um único flamengo ou escocês apoiou a declaração unilateral de independência proclamada por Puigdemont, o que não é de somenos numa Europa em que os problemas nacionais estão muito mal resolvidos. Quando quiser voltar a falar com Madrid, terá a voz reforçada pela votação (e pela possível liderança de um novo governo regional), mas também fragilizada pela falta de apoios europeus e por não ter vencido as eleições. A táctica e a estratégia serão determinantes nos próximos tempos, mas será preciso ter enormes doses de bom senso. Puigdemont deverá tentar regressar, mas só se o Estado espanhol abdicar de o prender — o que exigirá alguma ginástica diplomática e retórica. Aliás, caso a lógica impere, Madrid estará obrigada a deixar de tomar decisões em nome dos catalães. Mas a lógica não tem sido a regra e será preciso cedências de parte a parte. Importa recordar que o Governo central só quer negociar os termos da autonomia e que quem agora tem maioria no parlamento catalão só quer negociar os detalhes da... independência.
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Quando tiver tempo e tesão, farei uma longa analise do atual quadro politico partidario espanhol, incluindo o tema da tensão territorial.
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Re: Notícias desde Espanha
Rajoy felicita Sánchez como chefe de Governo reconhecendo derrota na moção de censura
Pedro Sánchez será presidente do Governo e quero ser o primeiro a felicitá-lo", disse Rajoy da tribuna do Parlamento antes da votação da moção de censura ao Governo PP.
Pedro Sánchez será presidente do Governo e quero ser o primeiro a felicitá-lo", disse Rajoy da tribuna do Parlamento antes da votação da moção de censura ao Governo PP.
O ainda chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, felicitou o líder do PSOE, Pedro Sánchez, reconhecendo que o Parlamento vai aprovar a moção de censura apresentada pelos socialistas para destituir o seu Executivo.
“Perante o que todos sabemos, podemos presumir que a moção de censura será aprovada”, disse Mariano Rajoy, que chegou ao Parlamento com largos minutos de atraso e que levou à especulação de que não estaria presente para assistir à votação da moção de censura apresentada por Sánchez. “Assim, Pedro Sánchez será presidente do Governo e quero ser o primeiro a felicitá-lo”, disse Rajoy da tribuna do Parlamento.
“Aceitarei como democrata o resultado da votação, mas não posso partilhar o que foi feito”, acrescentou. O debate no Parlamento já terminou, e a votação terá início às 10h00 de Lisboa.
Os discursos feitos ao longo sessão confirmam que todos já dão como único cenário que o PP (Partido Popular, direita) vai ser afastado, apesar de ter apenas 84 dos 350 membros da assembleia. A tomada de posse deverá ser nos próximos dias.
O candidato a primeiro-ministro, Pedro Sánchez, agradeceu o apoio dos deputados à sua investidura e disse que a assembleia vai escrever hoje “uma nova página na democracia do país”. Se for a monção dor aprovada, esta será a primeira vez que um Governo espanhol é destituído desta forma. A líder da bancada socialista, Margarita Robles, assegurou, por seu lado, que o PSOE irá colocar o interesse dos espanhóis à frente dos do seu partido.
https://www.sapo.pt/noticias/generalist ... 95436be495
Pedro Sánchez será presidente do Governo e quero ser o primeiro a felicitá-lo", disse Rajoy da tribuna do Parlamento antes da votação da moção de censura ao Governo PP.
Pedro Sánchez será presidente do Governo e quero ser o primeiro a felicitá-lo", disse Rajoy da tribuna do Parlamento antes da votação da moção de censura ao Governo PP.
O ainda chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, felicitou o líder do PSOE, Pedro Sánchez, reconhecendo que o Parlamento vai aprovar a moção de censura apresentada pelos socialistas para destituir o seu Executivo.
“Perante o que todos sabemos, podemos presumir que a moção de censura será aprovada”, disse Mariano Rajoy, que chegou ao Parlamento com largos minutos de atraso e que levou à especulação de que não estaria presente para assistir à votação da moção de censura apresentada por Sánchez. “Assim, Pedro Sánchez será presidente do Governo e quero ser o primeiro a felicitá-lo”, disse Rajoy da tribuna do Parlamento.
“Aceitarei como democrata o resultado da votação, mas não posso partilhar o que foi feito”, acrescentou. O debate no Parlamento já terminou, e a votação terá início às 10h00 de Lisboa.
Os discursos feitos ao longo sessão confirmam que todos já dão como único cenário que o PP (Partido Popular, direita) vai ser afastado, apesar de ter apenas 84 dos 350 membros da assembleia. A tomada de posse deverá ser nos próximos dias.
O candidato a primeiro-ministro, Pedro Sánchez, agradeceu o apoio dos deputados à sua investidura e disse que a assembleia vai escrever hoje “uma nova página na democracia do país”. Se for a monção dor aprovada, esta será a primeira vez que um Governo espanhol é destituído desta forma. A líder da bancada socialista, Margarita Robles, assegurou, por seu lado, que o PSOE irá colocar o interesse dos espanhóis à frente dos do seu partido.
https://www.sapo.pt/noticias/generalist ... 95436be495
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Re: Notícias desde Espanha
Resta ver como o señor Sánchez irá lidar com quem o apoiou, tipo os separatistas Catalães. Por enquanto eles mantêm um discurso em tom moderado mas...
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Re: Notícias desde Espanha
A Espanha não é o br huehue. No Parlamentarismo, quando o governo perde maioria, pode ser derrubado e assume um novo primeiro-ministro (ou equivalente) e forma o novo gabinete com maioria parlamentar. Essa é a magia para não ingovernabilidade e dar margem para radicalização para qualquer lado. E funciona na Espanha e outros países porque tem partidos que pode ser definidos e diferentes, baixo aparelhamento do estado e nada de troca de favores por apoio, a estrutura estatal não dá guinadas quando troca de primeiro-ministro. Nunca daria certo no Brasil com o sistema atual.
O Sanchez teve apoio de todos os partidos nanicos regionais separatistas ou que defendem o estado federal, mais do podemos. Conseguiu maioria o que não quer dizer que daqui alguns meses seja derrubado pelo outro lado quando se recompor ou tiver novas eleições.
O Sanchez teve apoio de todos os partidos nanicos regionais separatistas ou que defendem o estado federal, mais do podemos. Conseguiu maioria o que não quer dizer que daqui alguns meses seja derrubado pelo outro lado quando se recompor ou tiver novas eleições.
Espanha afasta Mariano Rajoy e elege novo premiê
Parlamento espanhol aprova moção de censura, afasta governo de direita e elege socialista Pedro Sánchez como presidente. Queda do Executivo de Rajoy foi provocada pela condenação de ex-membros de seu partido.
O Parlamento da Espanha aprovou, nesta sexta-feira (01/06), por 180 votos a 169, a moção de censura que afasta o governo de direita liderado por Mariano Rajoy. Paralelamente elegeu Pedro Sánchez, líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), como novo presidente do governo.
Apesar de ocupar apenas 84 dos 350 assentos do Parlamento, a legenda socialista PSOE conseguiu reunir o apoio de 180 deputados, inclusive do Unidos Podemos (extrema-esquerda, com 67 votos), Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, separatistas, nove), Partido Democrático e Europeu da Catalunha (PDeCAT, separatistas, oito), Partido Nacionalista Basco (PNV, cinco), Compromís (nacionalistas valencianos, quatro), EH Bildu (separatista basco, com dois) e Nueva Canarias (nacionalista, com um voto).
O campo contra a moção de censura contou com 169 votos divididos entre os deputados do Partido Popular (PP, 134), Ciudadanos (direita liberal, 32), União do Povo de Navarra (UPN, regional, dois) e o Foro Asturias (regional, um voto). O único deputado da regional Coligação Canária se absteve.
A presidente do Congresso dos Deputados, Ana Pastor, transmitirá ainda nesta sexta-feira de forma oficial o resultado da votação ao rei da Espanha, Felipe 6º. Sánchez deverá tomar posse na segunda-feira e realizar o primeiro Conselho de Ministros do novo governo antes do fim da próxima semana.
Rajoy reconhece derrota antes de votação
Mariano Rajoy reconheceu a derrota e felicitou Sánchez antes mesmo do início da votação. "Podemos presumir que a moção de censura será adotada, tendo como consequência que Pedro Sánchez será o novo presidente do governo", disse o ex-presidente, num breve discurso.
Rajoy quis ser "o primeiro a felicitar" o líder do PSOE, apesar de não concordar com os argumentos que levaram os socialistas a propor a moção. "Foi uma honra deixar Espanha melhor do que a encontrei", disse, acrescentando esperar que Sánchez consiga fazer o mesmo.
Por seu lado, também antes da votação, o socialista agradeceu o apoio dos deputados à sua candidatura, afirmando que a assembleia escreveria "uma nova página na democracia do país" nesta sexta-feira.
A queda do executivo de Rajoy, que esteve seis anos à frente da Espanha, foi provocada depois de vários ex-membros do PP terem sido condenados a penas de prisão pela participação num esquema de corrupção que também beneficiou o partido.
O Ciudadanos retirou o apoio que até agora dava ao PP, mas recusou votar a moção de censura ao lado do PSOE e insistiu na antecipação das eleições legislativas.
Escândalo de corrupção
Em 24 de maio, a Justiça da Espanha revelou seu veredicto sobre um vasto esquema de corrupção envolvendo ex-funcionários do PP, que receberam propinas em troca de contratos públicos de alto valor, entre 1999 e 2005, em várias regiões do país, incluindo Madri.
O tribunal condenou 29 pessoas à prisão pelos crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro no chamado julgamento de Gürtel, nome da operação policial que investigou o caso.
Entre os principais atores estão o ex-tesoureiro da legenda Luis Bárcenas, condenado a 33 anos de prisão, e o empresário Francisco Correa, considerado o líder do esquema, que recebeu uma pena de 51 anos.
O Partido Popular, como entidade jurídica, foi condenado a pagar cerca 245 mil euros por também ter se beneficiado de fundos ilícitos. Rajoy anunciou que a legenda, que perdeu a maioria absoluta no Parlamento há dois anos, vai recorrer da decisão.
A apresentar a moção de censura na sexta-feira passada, Sánchez declarou que o esquema de corrupção causou "indignação e alarme, e prejudicou a reputação da Espanha". Segundo o líder do PSOE, a resposta de Rajoy à decisão do tribunal foi "olhar para o outro lado".
http://www.dw.com/pt-br/espanha-afasta- ... a-44041630
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Re: Notícias desde Espanha
Aconteceu o mesmo em Portugal após as últimas legislativas, apesar do PSD ser o partido mais votado, os votos conjuntos do PS+BE+PCP chegaram para o derrubar. Regimes parlamentaristas é assim.
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Re: Notícias desde Espanha
Franco vai deixar o Vale dos Caídos mas ainda não se sabe destino das ossadas
13:04 por C.A.C. 0
A decisão do novo governo socialista passa por uma reforma da Lei da Memória Histórica, que os socialistas entregaram no congresso no final do ano passado.
O governo espanhol pretende retirar as ossadas do antigo ditador Francisco Franco do mausoléu em Vale dos Caídos, Madrid, dando continuação a uma lei que foi aprovada em Maio do ano passado com os votos contra do Partido Popular e da Esquerda Republicana Catalã e os votos a favor de todas as outras forças.
"Vamos dar seguimento ao que o Congresso já decidiu que se fizesse", disse esta segunda-feira a vice-presidente de Pedro Sanchez e ministra da Igualdade, Carmen Calvo, citada pela imprensa espanhola.
A decisão do novo governo socialista passa por uma reforma da Lei da Memória Histórica, que os socialistas entregaram no congresso no final do ano passado. Além da retirada das ossadas de Franco - e também de Primo de Rivera, o fundador da Falange, o partido fascista legalmente reconhecido durante a ditadura - do Vale dos Caídos, a nova lei pretende introduzir no código penal o crime de apologia do fascismo e do franquismo. O objectivo é impedir a existência de associação e fundações como a de Francisco Franco, cujos estatutos indicam que se dedica "a difundir e promover o estudo e conhecimento da visa, pensamento, legado e obra" do Caudilho.
Segundo o ABC, a maioria dos grupos parlamentares apoia o projecto apresentado pelo PSOE e que o gostaria que contasse com tanto apoio quanto possível - por isso é que a decisão não é apenas aprovada em conselho de ministros. Ainda assim, chegar a um consenso pode não ser simples. A porta-voz do Ciudadanos e líder do partido na Catalunha, Inés Arrimadas, já disse que o partido está disposto a sentar-se com o executivo de Sanchez para "chegar a uma solução", defendendo que "é preciso passar de uma etapa de confronto para uma de reconciliação". Já o presidente do partido, Albert Rivera, deixou claro que o Ciudadanos exige que a solução passe por tornar Vale dos Caídos um "cemitério nacional" idêntico ao de Arlington, Virgínia, onde os EUA enterram os seus militares. A ideia, defendeu, não pode ser "dividir a Espanha em dois".
O Vale dos Caídos é um memorial projectado pelo próprio Franco, erguido entre 1940 e 1958 com o objectivo de homenagear os nacionalistas mortos durante a Guerra Civil espanhola (1936-39). Situado a 40 quilómetros de Madrid, o local é a última morada de cerca de 35 mil soldados - mas também de Franco e de Primo de Rivera. Situação que a associação Francisco Franco promete lutar para que não mude. "No vale não se toca", lê-se na imagem partilhada nas redes sociais.
https://www.sabado.pt/mundo/detalhe/fra ... ndial-2018
13:04 por C.A.C. 0
A decisão do novo governo socialista passa por uma reforma da Lei da Memória Histórica, que os socialistas entregaram no congresso no final do ano passado.
O governo espanhol pretende retirar as ossadas do antigo ditador Francisco Franco do mausoléu em Vale dos Caídos, Madrid, dando continuação a uma lei que foi aprovada em Maio do ano passado com os votos contra do Partido Popular e da Esquerda Republicana Catalã e os votos a favor de todas as outras forças.
"Vamos dar seguimento ao que o Congresso já decidiu que se fizesse", disse esta segunda-feira a vice-presidente de Pedro Sanchez e ministra da Igualdade, Carmen Calvo, citada pela imprensa espanhola.
A decisão do novo governo socialista passa por uma reforma da Lei da Memória Histórica, que os socialistas entregaram no congresso no final do ano passado. Além da retirada das ossadas de Franco - e também de Primo de Rivera, o fundador da Falange, o partido fascista legalmente reconhecido durante a ditadura - do Vale dos Caídos, a nova lei pretende introduzir no código penal o crime de apologia do fascismo e do franquismo. O objectivo é impedir a existência de associação e fundações como a de Francisco Franco, cujos estatutos indicam que se dedica "a difundir e promover o estudo e conhecimento da visa, pensamento, legado e obra" do Caudilho.
Segundo o ABC, a maioria dos grupos parlamentares apoia o projecto apresentado pelo PSOE e que o gostaria que contasse com tanto apoio quanto possível - por isso é que a decisão não é apenas aprovada em conselho de ministros. Ainda assim, chegar a um consenso pode não ser simples. A porta-voz do Ciudadanos e líder do partido na Catalunha, Inés Arrimadas, já disse que o partido está disposto a sentar-se com o executivo de Sanchez para "chegar a uma solução", defendendo que "é preciso passar de uma etapa de confronto para uma de reconciliação". Já o presidente do partido, Albert Rivera, deixou claro que o Ciudadanos exige que a solução passe por tornar Vale dos Caídos um "cemitério nacional" idêntico ao de Arlington, Virgínia, onde os EUA enterram os seus militares. A ideia, defendeu, não pode ser "dividir a Espanha em dois".
O Vale dos Caídos é um memorial projectado pelo próprio Franco, erguido entre 1940 e 1958 com o objectivo de homenagear os nacionalistas mortos durante a Guerra Civil espanhola (1936-39). Situado a 40 quilómetros de Madrid, o local é a última morada de cerca de 35 mil soldados - mas também de Franco e de Primo de Rivera. Situação que a associação Francisco Franco promete lutar para que não mude. "No vale não se toca", lê-se na imagem partilhada nas redes sociais.
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Triste sina ter nascido português
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Re: Notícias desde Espanha
Não adianta, fofialifta é tudo igual, são incapazes todos de aprender com as lições que custaram o governo a seus similares, atualmente da América Latina, p ex. Peronistas e suas viagens reaças (vinganças, na prática) contra os militares na Argentina (o que funcionou e a condenou a ficar amplamente dividida - ainda mais do que já era - e quase indefesa por boa parte deste século, senão ele todo), PUTISTAS e sua comi$$ão da meia-verdade, que tentaram mas só levaram o que realmente lhes intere$$ava; todos acabaram defenestrados, mas deixaram atrás de si Países literalmente arrasados. E agora aparece Espanha a tentar vingar-se até de quem já morreu...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Notícias desde Espanha
George Orwell curtiu isso.
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