EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

PARCERIA tecnológica e de mercado, mas cada uma permanece independente
61
36%
ASSOCIAÇÃO, onde há interpolações mas continuam independentes
53
31%
FUSÃO, onde ambas se tornam uma só
8
5%
COMPRA, onde a Boeing absorve a EMBRAER e todos os seus produtos
10
6%
NÃO para tudo, as coisas devem permanecer como estão
38
22%
 
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#421 Mensagem por Cassio » Sex Mar 23, 2018 7:58 pm

Juniorbombeiro escreveu:Se puder dizer mais, não se sinta melindrado, por favor, somos todos olhos.
Não repasso boatos.

Não tiro conclusões sem informações definitivas.

O que temos até agora... Nada. Só um vai e vem de notícias que mudam a todo momento.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#422 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 23, 2018 8:29 pm

Uma matéria mais que interessantes para ser lida em contexto.

EMBRAER pensou fora da caixa com a família E-2.
http://www.defesaaereanaval.com.br/embr ... amilia-e2/

abs.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#423 Mensagem por knigh7 » Dom Mar 25, 2018 1:14 am

Boeing quer vender jato de defesa da Embraer
Com discussões avançadas para acordo, americana propõe comercializar o KC-390, desenvolvido no Brasil

POR ROBERTA SCRIVANO 24/03/2018 4:30

SÃO PAULO - A Embraer e a Boeing estão em um estágio avançado nas discussões sobre o modelo de combinação de seus negócios de aviação comercial, com o objetivo de apresentar ao governo federal uma proposta que exclua a área de defesa da nova empresa a ser criada. A preocupação, contudo, segundo uma fonte próxima das negociações, é preservar a possibilidade de a Boeing usar a sua força de venda para comercializar o KC-390, o jato de carga e transporte militar desenvolvido pela área de defesa da Embraer, que permaneceria sob o controle exclusivo da companhia brasileira.

O argumento da Embraer para convencer o governo a aprovar o negócio tem sido o de haver uma certa dúvida sobre a sustentabilidade da empresa, que, na prática, seria reduzida à atual divisão de defesa, sem uma parceria comercial com a Boeing, que aliás colabora com o projeto do KC-390. De acordo com o balanço de 2017 da empresa, da receita total, de R$ 18,7 bilhões, 50,7% vieram da aviação comercial, 33,2%, da executiva e apenas 15,8% da área da defesa.

— O KC-390 é um bom avião. Em defesa, no entanto, ter um bom modelo não é fator determinante para o sucesso do negócio, mas sim um posicionamento geopolítico estratégico e forte diante do mundo, coisa que o Brasil não tem — explicou um executivo com conhecimento na área, que pediu para não ser identificado.

Fôlego para lançar nova família de aeronaves

O modelo de negócio que os executivos da Embraer e da Boeing estão elaborando terá como foco principal a proposta de criação de uma nova empresa de aviação comercial, da qual a Boeing deteria o controle de 80% das ações, com os 20% restantes ficando com a brasileira. Paulo Cesar de Souza e Silva, diretor-presidente da Embraer, disse, no fim de fevereiro, que, se não houvesse necessidade do aval do governo, “o negócio já teria saído”.

No âmbito da aviação comercial, a união com a Boeing é estratégica, segundo fontes, porque a Embraer não teria fôlego para desenvolver uma nova família de aviões para lançar ao mercado daqui a cinco ou dez anos, dando início ao que internamente chama-se de “terceira onda” da empresa. Dentro da Embraer, considera-se que a história da companhia até aqui dividiu-se em duas ondas. A primeira vai desde sua fundação até a privatização, em 1994, e a segunda, começa no pós privatização, com o sucesso do Tucano, e terminaria agora, quando começam as entregas dos modelos da nova família de jatos (os E2), com os maiores modelos já produzidos no Brasil, com até 150 lugares.


Abrindo os resultados da Embraer de acordo com a área de negócios, é possível entender melhor o que as fontes envolvidas nas negociações do modelo de venda dizem. Enquanto o segmento de jatos regionais, que representa 50,7% das receitas da empresa, tem proporcionado margens e retornos elevados à Embraer, respondendo por 85% do lucro operacional da fabricante de aeronaves desde 2013, os resultados do segmento de defesa vão do positivo para o negativo de um ano para outro.

— É um sonho de uma noite de verão pensar que os orçamentos militares do Brasil poderão manter uma Embraer Defesa viva — avalia o engenheiro Adalberto Febeliano, especialista em economia do transporte aéreo.

Febeliano calcula que, se não houver uma amarração no modelo de negócios para que a Boeing venda o KC-390, “certamente a Embraer Defesa será desidratada e morrerá em, no máximo, dez anos”. Ele diz ainda que a gigante americana poderá viabilizar a entrada do KC-390 na Força Aérea dos Estados Unidos, além do Exército e da Marinha daquele país, e ainda auxiliar a brasileira na obtenção de uma série de certificações exigidas pelas forças armadas dos EUA, Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), ou mesmo do Japão, aliado dos americanos.

— Sem a associação com a Boeing, a Embraer poderá vender uma centena dos jatos KC. Com o negócio, venderá milhares — diz Febeliano.

Potencial para dobrar encomendas

A Embraer é líder mundial no segmento de aviação regional, com mais de 50% do mercado global para modelos de até 130 lugares. Neste segmento, porém, há dúvida se é promissor fazer aeronaves ainda maiores que os jatos E2 para concorrer. Outro ponto que está no radar da empresa brasileira, e que também tem sido usado como argumento para impulsionar as negociações com o governo, é o fortalecimento dos seus concorrentes diretos.


A Bombardier, por exemplo, fechou, no ano passado, um acordo de parceria com a gigante europeia Airbus para a produção de sua nova linha de jatos regionais, os C-Series. No início deste ano, ainda, foi beneficiada com a suspensão da sobretaxa que havia sido imposta pelo governo americano.

Paralelamente, a japonesa Mitsubishi está investindo pesado no segmento para apresentar em breve uma linha de aviões de até 130 lugares, além da russa United Aircraft e da chinesa Comac, que estão na reta final de desenvolvimento de seus modelos.

Num exemplo do efeito da força de vendas que a Boeing daria aos modelos da Embraer, o Bradesco BBI estima que a americana poderia acrescentar 462 aviões à atual carteira de pedidos da Embraer — número equivalente à frota de jatos regionais operados pelos 26 clientes da Boeing. A carteira de pedidos firmes para esses jatos na Embraer hoje é de 435 aeronaves.


Leia mais: https://oglobo.globo.com/economia/boein ... z5AjMduJ6V
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#424 Mensagem por Wardog » Dom Mar 25, 2018 4:44 am

Embora eu seja inclinado ao modelo tecnológico e comercial Norte Americano, com essa aquisição eu não concordo. Embraer é indústria estratégica no Brasil, que forçosamente (ou não) deverá operar a área de defesa com lucros ou dívidas, não pelo resultado, mas porque nós precisamos disso para a soberania do nosso país.

Não há possibilidade de uma aquisição nesse modelo ser benéfica a nós como pátria. USA não da ponto sem nó, eles não precisam de nós e querem agora nos convencer que precisamos deles. Nesse caso, nós não precisamos.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#425 Mensagem por Boss » Dom Mar 25, 2018 4:57 pm

Como eu disse, se o negócio envolver apenas a aviação civil, não vejo problema.

Se a área militar é pífia, "menor que a SAAB" e etc., isso é problema nosso. Onde estão as encomendas constantes de aeronaves, mísseis e outros sistemas para nutrir uma indústria de defesa e uma empresa desse ramo ? Não existem, porque o povo brasileiro com toda sua perspicácia decidiu que a prioridade da nação com os impostos recolhidos é pagar aposentadorias e salários de funcionários públicos, especialmente das divindades do Judiciário cujos salários de R$30k/mês fora benefícios estão defasados e com o poder de compra comprometido segundo alguns membros do panteão ouvidas pela imprensa nas últimas semanas.

A Embraer continuar "nossa" ou não pouco fará diferença no que importa. Temos o Gripen aí, que se completar as 38 unidades já vai ser de glorificar de pé. A transferência de tecnologia, o "aprendizado" que recebermos para tocar daí pra frente talvez nunca seja utilizado, já que é provável, observando como as coisas caminham no âmbito da política e na incapacidade da sociedade de enxergar problemas crônicos do país, que logo venha outra recessão. E aí é a mesma merda de sempre, temperada com delírios.

Enfim, acho que muito do choro que se vê por aí só mostra como somos pequenos, e como tem muita gente que acha que tá pensando grande mas tá pensando MUITO pequeno. Os motivos da Embraer ser basicamente a única indústria que gera algum orgulho para o brasileiro deveriam motivar discussões mais profundas que patacoadas nacionalistas.
Editado pela última vez por Boss em Dom Mar 25, 2018 5:04 pm, em um total de 1 vez.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#426 Mensagem por FCarvalho » Dom Mar 25, 2018 5:02 pm

Como disse o CEO da Embraer, se não fosse preciso o abits do governo a empresa já teria sido vendida a tempos, e nós ficaríamos com o c... na mão só olhando.

Mas como a Embraer não é uma empresa qualquer, assim como a Boeing não é para os USA, a coisa toda tem de ser muito bem feita.

Toda empresa que se preza está no mercado ciente de que sua sobrevivência depende, e muito, da sua capacidade de inovar, crescer e adaptar-se as demandas que lhes chegam. Desde 1994 A Embraer vem provando que sabe muito bem fazer isso. E em precisar de ninguém.

Agora, o governo aqui também deveria fazer o seu dever de casa, pois não adianta choramingar a venda da parte comercial da empresa, e depois deixar a EDS com o pires na mão, como quase com certeza ela ficará se o negócio vier a ser fechado.

E ninguém aqui nesse país de bêbados e alienados vai achar ruim.

abs.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#427 Mensagem por Boss » Dom Mar 25, 2018 5:10 pm

Lógico que a EDS ficará à míngua.

O país tem prioridades, e essas são mamatas e agrados às corporações.

O resto que se exploda.

Gente, nós somos o país que em 2018 possui uma rodovia essencial para escoamento de carga para exportação cuja metade do trajeto vira lama na temporada de chuvas, pois não há capacidade de se asfaltar o trajeto. Muito caro pra quem rouba 40% do que a nação de US$ 2 tri de PIB produz.

Nossa prioridade é dar auxílio pra juíz pagar casa, escola particular para os filhos e viagem pra Miami, tudo por fora do pequenino salário que recebem. Ou pagar aposentadoria de nego de 50 anos. O resto é resto.

E diante disso ter ou não ter a Embraer é uma questão microscópica.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#428 Mensagem por FCarvalho » Dom Mar 25, 2018 9:52 pm

Esse é o nosso Brasil sendo Brasil... :roll:

abs.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#429 Mensagem por Zelhos » Seg Mar 26, 2018 12:50 am

Até parece que o governo americano iria permitir que um avião estrangeiro comesse toda a demanda do produto nacional. Jamais qualquer ação que coloque o kc390 (ou b390, como estão propondo) em vantagem ao C 130 dentro da OTAN teria respaldo dos americanos.
Um dia é da caça... o outro do caçador...


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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#430 Mensagem por FCarvalho » Seg Mar 26, 2018 12:30 pm

A não ser se ele vire um produto americano. :?

abs
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#431 Mensagem por Tikuna » Ter Mar 27, 2018 2:18 pm

Opinião de Ozires Silva sobre o negócio (a partir dos 2 min)

https://www.youtube.com/watch?v=YRaA4mBdytA
"Most people do not listen with the intent to understand; they listen with the intent to reply."
- Stephen R. Covey
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#432 Mensagem por Zelhos » Ter Mar 27, 2018 3:18 pm

Tikuna escreveu:Opinião de Ozires Silva sobre o negócio (a partir dos 2 min)

https://www.youtube.com/watch?v=YRaA4mBdytA
Eu acho que isso já encerra a questão do quem precisa de quem.
Um dia é da caça... o outro do caçador...


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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#433 Mensagem por Túlio » Ter Mar 27, 2018 3:40 pm

Zelhos escreveu:Até parece que o governo americano iria permitir que um avião estrangeiro comesse toda a demanda do produto nacional. Jamais qualquer ação que coloque o kc390 (ou b390, como estão propondo) em vantagem ao C 130 dentro da OTAN teria respaldo dos americanos.
Totalmente de acordo; lembremos que o C-130 não é da Boeing mas sim da arquirrival Lockheed-Martin. Ia passar o resto da vida dando risada se os caras topassem isso... [003] [003] [003] [003]
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#434 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 27, 2018 7:17 pm

Até onde eu sei, o próximo cargo tático da USAF não será exatamente um avião igual ao Hércules, mas algo mais parecido com o A400M.
Isso até o presente momento. Agora, se o KC-390 virar um produto americano e produzido em território americano, assim como o ST é produzido pela Sierra Nevada na Flórida.
E ninguém questiona o fato de ele não ser um produto americano. A USAF principalmente.

abs.
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Re: EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

#435 Mensagem por GIL » Qua Mar 28, 2018 11:06 am

FCarvalho escreveu:Até onde eu sei, o próximo cargo tático da USAF não será exatamente um avião igual ao Hércules, mas algo mais parecido com o A400M.
Isso até o presente momento. Agora, se o KC-390 virar um produto americano e produzido em território americano, assim como o ST é produzido pela Sierra Nevada na Flórida.
E ninguém questiona o fato de ele não ser um produto americano. A USAF principalmente.

abs.
O que me gera menos temor, e a opinião da USAF, eles parecem ser pragmaticos
o X da questão estaria nas decisões politicas.
Porém nada impede que USA venda o KC-390 para alguns dos seus aliados mais proximos, me figuro que não todas as FAs iram com somente algo como o A400M.
Trancado