NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Até onde eu sei, o Tapuia seria uma segunda unidade da subclasse Tikuna, porém esse foi cancelado a favor do Prosub. Na minha opinião, deveriam ter feito o Tapuia.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Bolovo escreveu:Até onde eu sei, o Tapuia seria uma segunda unidade da subclasse Tikuna, porém esse foi cancelado a favor do Prosub. Na minha opinião, deveriam ter feito o Tapuia.
O que estava sendo conversado era o seguinte: Construção de um sexto submarino (cogitou-se o IKL 214) e a modernização dos cinco classe TUPI. Entretanto devido a vários entraves técnicos e a decisão firme de se construir um SNA levou a que este planejamento fosse abortado, gerando assim o atual PROSUB. Posteriormente se decidiu a modernização da classe Tupi (em curso) com sistemas estadudinenses.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Olá Lord Nauta.Lord Nauta escreveu:Naval escreveu:Existe um submarino inacabado em uma oficina coberta ao lado do dique almirante jardim no arsenal da marinha (AMRJ). Alguém sabe algo a respeito?
Uma vez li uma entrevista de um almirante dizendo que seriam seis (06) submarinos classe tupi que o Brasil iria adquirir. O sexto receberia o nome de "Tapuia".
Será que é esse?
Abraços.
O Tapuia foi cancelado. A intenção e que fosse um classe IKL 214. No Brasil não existe nenhum submarino inacabado.
Sds
Lord Nauta
Eu tenho acesso ao AMRJ por isso digo que existe sim um submarino inacabado na referida oficina coberta ao lado do dique almirante jardim. Inclusive está com a pintura no zarcão.
Uma pena que é proibido tirar fotos do local.
Abraços.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Então sinta-se intimado a fazer um pequeno dever de casa, já que vc tem acesso ao local. Seria possível pelas características do casco tentar identificar o "DNA" do bichinho?Naval escreveu:
Olá Lord Nauta.
Eu tenho acesso ao AMRJ por isso digo que existe sim um submarino inacabado na referida oficina coberta ao lado do dique almirante jardim. Inclusive está com a pintura no zarcão.
Uma pena que é proibido tirar fotos do local.
Abraços.
Especulando...pode ser algum modelo antigo, fora de operação, que esteja lá para ser reformado para virar museu flutuante, ou para fins didáticos. Estou apenas especulando, não conheço nada do local, mas agora fiquei curioso.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Eu acredito que seja algum Tupi passando por modernização, não?
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Bolovo escreveu:Eu acredito que seja algum Tupi passando por modernização, não?
No AMRJ neste momento estão em processo de modernização, em estágios diferentes, dois submarinos: o Tamoio e o Tikuna. Um dos submarinos que você viu e um destes.
Sds
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Agora entendi. Obrigado pelo esclarecimento Lord Nauta.Lord Nauta escreveu:Bolovo escreveu:Eu acredito que seja algum Tupi passando por modernização, não?
No AMRJ neste momento estão em processo de modernização, em estágios diferentes, dois submarinos: o Tamoio e o Tikuna. Um dos submarinos que você viu e um destes.
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Lord Nauta
Então esse que eu vi é um desses dois que estão sendo modernizados (está todo desmontado). O outro provavelmente está na outra oficina coberta ao lado do dique almirante Régis.
Abraços.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
O Lord Nauta desvendou o mistério. Gostaria de tirar fotos do AMRJ para os amigos, mas eles tem controle rígido e não quero colocar o meu na reta. KkkkkkkkkkJuniorbombeiro escreveu:Então sinta-se intimado a fazer um pequeno dever de casa, já que vc tem acesso ao local. Seria possível pelas características do casco tentar identificar o "DNA" do bichinho?Naval escreveu:
Olá Lord Nauta.
Eu tenho acesso ao AMRJ por isso digo que existe sim um submarino inacabado na referida oficina coberta ao lado do dique almirante jardim. Inclusive está com a pintura no zarcão.
Uma pena que é proibido tirar fotos do local.
Abraços.
Especulando...pode ser algum modelo antigo, fora de operação, que esteja lá para ser reformado para virar museu flutuante, ou para fins didáticos. Estou apenas especulando, não conheço nada do local, mas agora fiquei curioso.
Abraços.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
curiosidade: com essa modernização será incluida a possibilidade deu usar MANs como o sub-harpoon? Falta essa capacidade na MB...Lord Nauta escreveu:Bolovo escreveu:Até onde eu sei, o Tapuia seria uma segunda unidade da subclasse Tikuna, porém esse foi cancelado a favor do Prosub. Na minha opinião, deveriam ter feito o Tapuia.
O que estava sendo conversado era o seguinte: Construção de um sexto submarino (cogitou-se o IKL 214) e a modernização dos cinco classe TUPI. Entretanto devido a vários entraves técnicos e a decisão firme de se construir um SNA levou a que este planejamento fosse abortado, gerando assim o atual PROSUB. Posteriormente se decidiu a modernização da classe Tupi (em curso) com sistemas estadudinenses.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Será que falta mesmo? Mísseis ASuW convencionais em breve serão cada vez mais problemáticos para Marinhas com intenção de projeção de poder sobre terra mas sem NAes, por seu curto alcance. Um sub então, sem ter meios para fazer a guiagem a maiores distâncias, correrá um risco imenso ao dispará-lo, pois faz muito mais ruído e produz muito mais IR que um torpedo, facilitando a localização da belonave lançadora; pior, a falta de guiagem de meio curso obrigará ao disparo em alcances curtos, ou seja, piora ainda mais.pmicchi escreveu: curiosidade: com essa modernização será incluida a possibilidade deu usar MANs como o sub-harpoon? Falta essa capacidade na MB...
O que falta mesmo é um Cruiser capaz de ser lançado desde centenas de nm do alvo e guiar-se de maneira autônoma. Vide Síria, onde o que não faltou foi navio Russo e dos EUA usando isso, não MAN.
Ao menos é a minha opinião.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Não discordo, mas acho devemos dar um passo de cada vez. Colocando de lado projeção de força em terras além-mar e pensando em controle de área marítima, dentro do alcance de meios aéreos baseados em terra, o uso de MANs "do século passado" (ie, subsonicos com alcance abaixo de 100km) ainda é de muita utilidade em relação ao uso de torpedos - cuja efetividade em combate ainda não foi comprovada.Túlio escreveu:Será que falta mesmo? Mísseis ASuW convencionais em breve serão cada vez mais problemáticos para Marinhas com intenção de projeção de poder sobre terra mas sem NAes, por seu curto alcance. Um sub então, sem ter meios para fazer a guiagem a maiores distâncias, correrá um risco imenso ao dispará-lo, pois faz muito mais ruído e produz muito mais IR que um torpedo, facilitando a localização da belonave lançadora; pior, a falta de guiagem de meio curso obrigará ao disparo em alcances curtos, ou seja, piora ainda mais.pmicchi escreveu: curiosidade: com essa modernização será incluida a possibilidade deu usar MANs como o sub-harpoon? Falta essa capacidade na MB...
O que falta mesmo é um Cruiser capaz de ser lançado desde centenas de nm do alvo e guiar-se de maneira autônoma. Vide Síria, onde o que não faltou foi navio Russo e dos EUA usando isso, não MAN.
Ao menos é a minha opinião.
Em comparação com meios de superficie, um submarino convencional tem muito mais chances de se aproximar a uma distancia de 30-40km para o disparo de MANs. A comunicação com algum outro meio que faça detecção e confirmação do alvo é imprescindível. Hoje isso poderia ser feito por avioes MPA tripulados ou não. O ataque combinado de meios aéreos baseados em terra seria ideal.
Mesmo contra FTs baseadas em NAes médios com tem muitas marinhas médias é uma capacidade dissuasória interessante.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Sim, PMicchi, para nós basta...por enquanto. O que mencionei se prende mais à atualização doutrinária, tipo "tudo bem, não tenho o suficiente disso para uma guerra de verdade mas, no que tiver, já sei usar".
O fato é que gostei bastante daquele lance dos Russos de botar Cruiser Multifunção (ataca navio, alvos em terra, etc) com milhares de km de alcance em belonaves até menores do que aquele rebotalho em projeto, uma espécie de jack for all trades but master of none, dae fiquei pensando, só isso (inclusive, se fores pensar, bate certinho com aquilo de drone embarcado, servindo no caso para guiagem de meio curso, e creio que poderia ser usado até em sub). Enfim, como diz o Lima véio...
O fato é que gostei bastante daquele lance dos Russos de botar Cruiser Multifunção (ataca navio, alvos em terra, etc) com milhares de km de alcance em belonaves até menores do que aquele rebotalho em projeto, uma espécie de jack for all trades but master of none, dae fiquei pensando, só isso (inclusive, se fores pensar, bate certinho com aquilo de drone embarcado, servindo no caso para guiagem de meio curso, e creio que poderia ser usado até em sub). Enfim, como diz o Lima véio...
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Meus prezados
PROSUB - MPF aponta superfaturamento de R$ 2,8 bilhões
Obras do estaleiro para submarinos teriam sido superfaturadas, diz procurador Ivan Marx
Solenidade no Estaleiro de Itaguaí, RJ comemorando o fechamento das seções do Submarino A-40 Riachuelo
Leandro Prazeres
do UOL, em Brasília
24/03/2018
Investigações conduzidas pela PR-DF (Procuradoria da República no Distrito Federal) encontraram indícios de superfaturamento de ao menos R$ 2,8 bilhões no PROSUB (Programa de Desenvolvimento de Submarinos), projeto executado por uma subsidiária da Odebrecht e pela empresa francesa DCNS (agora Naval Group). Em nota, a Marinha disse desconhecer qualquer suspeita de superfaturamento na obra. A Odebrecht, até a última atualização desta reportagem, não havia se manifestado.
DefesaNet publica na íntegra as respostas da Diretoria - Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha do Brasil (DGDNTM)
http://www.defesanet.com.br/prosub/noti ... -Noticias/
O PROSUB é o maior programa da área de Defesa em andamento no Brasil. Orçado inicialmente em R$ 27 bilhões, a estimativa é que ele custe pelo menos R$ 31 bilhões. O projeto prevê a construção de um estaleiro em Itaguaí, no litoral fluminense, e de cinco submarinos, sendo quatro convencionais e um movido a propulsão nuclear. O primeiro submarino convencional do projeto deve ser entregue em 2020. O submarino nuclear ficaria pronto em 2029.
O superfaturamento identificado pelo procurador do caso, Ivan Cláudio Marx, estaria na obra do estaleiro onde os submarinos são construídos. A obra é executada pela Itaguaí Construções Navais, uma subsidiária da Odebrecht e, segundo a procuradoria, custou muito mais (R$ 7,8 bilhões) que o valor inicial (R$ 5 bilhões), além de ter ficado menor do que foi originalmente planejada.
Segundo as investigações, o orçamento inicial previa que o estaleiro custaria R$ 5 bilhões. Depois de iniciada a obra, a estimativa subiu para R$ 10 bilhões. O governo contestou os novos valores e a Odebrecht teria oferecido um novo valor: R$ 7,8 bilhões.
O montante, segundo o procurador, foi aceito pelo governo. O problema é que, de acordo com as investigações, para que a obra "coubesse" no novo valor, partes do projeto inicial foram excluídas.
Entre as partes excluídas estariam galpões destinados à utilização das Forças Armadas, principal interessada no programa.
"Quando a gente reavaliou os dados e foi ao local da obra, constatamos que uma boa parte do projeto inicial tinha sido eliminada para caber no novo preço. Ou seja, o governo vai pagar mais caro para ter menos obra", disse.
As investigações sobre o suposto superfaturamento das obras do PROSUB começaram no final de 2015 e ainda não foram concluídas. Ao final das apurações, a PR-DF poderá apresentar uma denúncia à Justiça Federal do DF. Atualmente, existe um procedimento investigatório criminal (conduzido por Ivan Marx) e um inquérito policial a cargo da Polícia Federal apurando o caso.
Projeto envolvido em suspeitas
A constatação de que houve superfaturamento nas obras do PROSUB é a mais nova polêmica envolvendo o projeto e a Odebrecht.
No ano passado, as delações de executivos da companhia revelaram que a empresa pagou R$ 155,5 milhões em propina ao operador José Amaro Pinto Ramos para obter os contratos de construção dos submarinos.
Delatores como Benedicto Júnior e Hilberto Mascarenhas admitiram que a Odebrecht pagou propina a Ramos pela obtenção dos contratos. Segundo eles, o dinheiro foi repassado a Ramos por meio de depósitos em contas mantidas por ele no exterior ao longo da execução do projeto.
À época, a defesa de Ramos disse que ele teria recebido 17 milhões de euros da Odebrecht a título de pagamentos de honorários por ele ter aproximado a companhia brasileira da DCNS, empresa francesa responsável pela construção dos submarinos.
A apuração dessas suspeitas foi encaminhada à PR-RJ (Procuradoria da República no Rio de Janeiro).
Ainda segundo os delatores, o PT teria recebido R$ 17 milhões em propina relativa ao projeto (https://noticias.uol.com.br/ultimas-not ... cia-estado /2017/04/07/executivo-da-odebrecht-confessa-r-17-milhoes-em-propinas-ao-pt-por-submarinos.htm). O partido nega as acusações.
Na França, o caso também é investigado. (https://noticias.uol.com.br/politica /ultimas-noticias/2017/04/20/1ava-jato-corrupcao-em-submarinos-da-odebrecht-faz-franca-abrir-investigacao.htm) Por lá, procuradores investigam o envolvimento da DCNS no esquema delatado pela Odebrecht.
Até o momento, não há indícios de que o superfaturamento nas obras do PROSUB, constatado pela investigação do procurador Ivan Marx, tenha sido utilizado para o pagamento de propinas. "Neste momento da investigação, não temos essa informação", afirmou.
O procurador alega que as investigações sobre as suspeitas de irregularidades no PROSUB têm sofrido por conta da burocracia. O procurador cita a demora da Marinha em fornecer documentos relativos ao caso. Ele diz que, em julho de 2017, solicitou a ata da sexta reunião do Comitê Conjunto Brasil-França para acompanhamento das obras do PROSUB.
Segundo ele, as atas do comitê poderiam fornecer detalhes importantes sobre o andamento do projeto, mas até o momento, não foram fornecidas. "Eles não enviaram a ata e nem responderam quando eu pedi os documentos de novo", disse.
Outro lado
Em nota, a Marinha disse que a suspeita de superfaturamento apontada pelas investigações é "improcedente". "O que, na verdade, ocorreu foi que o preço previsto inicialmente no contrato foi estimado, a partir de um 'projeto conceituai inicial', ainda sem todas as informações necessárias."
A nota continua e diz que, devido à "natureza, magnitude, ineditismo, complexidade e necessidade de transferência" inerentes ao projeto, não foi possível estabelecer um "projeto básico inicial único" e que a mudança no valor da obra ocorreu devido a adaptações do projeto básico inicial e a recomendações feitas por órgãos reguladores do setor de energia nuclear do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e dos parceiros franceses.
A Marinha disse ainda que a obra é acompanhada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e que desconhece qualquer suspeita de superfaturamento relativa ao programa.
À reportagem, o ministro do TCU, André Carvalho, relator dos processos de fiscalização do PROSUB no tribunal, confirmou que o órgão acompanha as obras. Ele disse, porém, que os autos estão sob sigilo e que informações sobre o caso não poderiam ser divulgadas.
Em relação ao não envio de documentos solicitados pela PR-DF, a Marinha disse que "atendeu a todas as demandas da Procuradoria da República no Distrito Federal" e que todos os documentos solicitados foram encaminhados em meio digital.
Inicialmente, a Odebrecht havia informado a reportagem que não iria se manifestar sobre o caso. Posteriormente, a companhia solicitou os trechos de delações que seriam mencionados na reportagem, que foram enviados. Até a última atualização deste texto, porém, a empresa não havia se manifestado
Fonte: Defesanet 24 MAR 2018
PROSUB - MPF aponta superfaturamento de R$ 2,8 bilhões
Obras do estaleiro para submarinos teriam sido superfaturadas, diz procurador Ivan Marx
Solenidade no Estaleiro de Itaguaí, RJ comemorando o fechamento das seções do Submarino A-40 Riachuelo
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24/03/2018
Investigações conduzidas pela PR-DF (Procuradoria da República no Distrito Federal) encontraram indícios de superfaturamento de ao menos R$ 2,8 bilhões no PROSUB (Programa de Desenvolvimento de Submarinos), projeto executado por uma subsidiária da Odebrecht e pela empresa francesa DCNS (agora Naval Group). Em nota, a Marinha disse desconhecer qualquer suspeita de superfaturamento na obra. A Odebrecht, até a última atualização desta reportagem, não havia se manifestado.
DefesaNet publica na íntegra as respostas da Diretoria - Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha do Brasil (DGDNTM)
http://www.defesanet.com.br/prosub/noti ... -Noticias/
O PROSUB é o maior programa da área de Defesa em andamento no Brasil. Orçado inicialmente em R$ 27 bilhões, a estimativa é que ele custe pelo menos R$ 31 bilhões. O projeto prevê a construção de um estaleiro em Itaguaí, no litoral fluminense, e de cinco submarinos, sendo quatro convencionais e um movido a propulsão nuclear. O primeiro submarino convencional do projeto deve ser entregue em 2020. O submarino nuclear ficaria pronto em 2029.
O superfaturamento identificado pelo procurador do caso, Ivan Cláudio Marx, estaria na obra do estaleiro onde os submarinos são construídos. A obra é executada pela Itaguaí Construções Navais, uma subsidiária da Odebrecht e, segundo a procuradoria, custou muito mais (R$ 7,8 bilhões) que o valor inicial (R$ 5 bilhões), além de ter ficado menor do que foi originalmente planejada.
Segundo as investigações, o orçamento inicial previa que o estaleiro custaria R$ 5 bilhões. Depois de iniciada a obra, a estimativa subiu para R$ 10 bilhões. O governo contestou os novos valores e a Odebrecht teria oferecido um novo valor: R$ 7,8 bilhões.
O montante, segundo o procurador, foi aceito pelo governo. O problema é que, de acordo com as investigações, para que a obra "coubesse" no novo valor, partes do projeto inicial foram excluídas.
Entre as partes excluídas estariam galpões destinados à utilização das Forças Armadas, principal interessada no programa.
"Quando a gente reavaliou os dados e foi ao local da obra, constatamos que uma boa parte do projeto inicial tinha sido eliminada para caber no novo preço. Ou seja, o governo vai pagar mais caro para ter menos obra", disse.
As investigações sobre o suposto superfaturamento das obras do PROSUB começaram no final de 2015 e ainda não foram concluídas. Ao final das apurações, a PR-DF poderá apresentar uma denúncia à Justiça Federal do DF. Atualmente, existe um procedimento investigatório criminal (conduzido por Ivan Marx) e um inquérito policial a cargo da Polícia Federal apurando o caso.
Projeto envolvido em suspeitas
A constatação de que houve superfaturamento nas obras do PROSUB é a mais nova polêmica envolvendo o projeto e a Odebrecht.
No ano passado, as delações de executivos da companhia revelaram que a empresa pagou R$ 155,5 milhões em propina ao operador José Amaro Pinto Ramos para obter os contratos de construção dos submarinos.
Delatores como Benedicto Júnior e Hilberto Mascarenhas admitiram que a Odebrecht pagou propina a Ramos pela obtenção dos contratos. Segundo eles, o dinheiro foi repassado a Ramos por meio de depósitos em contas mantidas por ele no exterior ao longo da execução do projeto.
À época, a defesa de Ramos disse que ele teria recebido 17 milhões de euros da Odebrecht a título de pagamentos de honorários por ele ter aproximado a companhia brasileira da DCNS, empresa francesa responsável pela construção dos submarinos.
A apuração dessas suspeitas foi encaminhada à PR-RJ (Procuradoria da República no Rio de Janeiro).
Ainda segundo os delatores, o PT teria recebido R$ 17 milhões em propina relativa ao projeto (https://noticias.uol.com.br/ultimas-not ... cia-estado /2017/04/07/executivo-da-odebrecht-confessa-r-17-milhoes-em-propinas-ao-pt-por-submarinos.htm). O partido nega as acusações.
Na França, o caso também é investigado. (https://noticias.uol.com.br/politica /ultimas-noticias/2017/04/20/1ava-jato-corrupcao-em-submarinos-da-odebrecht-faz-franca-abrir-investigacao.htm) Por lá, procuradores investigam o envolvimento da DCNS no esquema delatado pela Odebrecht.
Até o momento, não há indícios de que o superfaturamento nas obras do PROSUB, constatado pela investigação do procurador Ivan Marx, tenha sido utilizado para o pagamento de propinas. "Neste momento da investigação, não temos essa informação", afirmou.
O procurador alega que as investigações sobre as suspeitas de irregularidades no PROSUB têm sofrido por conta da burocracia. O procurador cita a demora da Marinha em fornecer documentos relativos ao caso. Ele diz que, em julho de 2017, solicitou a ata da sexta reunião do Comitê Conjunto Brasil-França para acompanhamento das obras do PROSUB.
Segundo ele, as atas do comitê poderiam fornecer detalhes importantes sobre o andamento do projeto, mas até o momento, não foram fornecidas. "Eles não enviaram a ata e nem responderam quando eu pedi os documentos de novo", disse.
Outro lado
Em nota, a Marinha disse que a suspeita de superfaturamento apontada pelas investigações é "improcedente". "O que, na verdade, ocorreu foi que o preço previsto inicialmente no contrato foi estimado, a partir de um 'projeto conceituai inicial', ainda sem todas as informações necessárias."
A nota continua e diz que, devido à "natureza, magnitude, ineditismo, complexidade e necessidade de transferência" inerentes ao projeto, não foi possível estabelecer um "projeto básico inicial único" e que a mudança no valor da obra ocorreu devido a adaptações do projeto básico inicial e a recomendações feitas por órgãos reguladores do setor de energia nuclear do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e dos parceiros franceses.
A Marinha disse ainda que a obra é acompanhada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e que desconhece qualquer suspeita de superfaturamento relativa ao programa.
À reportagem, o ministro do TCU, André Carvalho, relator dos processos de fiscalização do PROSUB no tribunal, confirmou que o órgão acompanha as obras. Ele disse, porém, que os autos estão sob sigilo e que informações sobre o caso não poderiam ser divulgadas.
Em relação ao não envio de documentos solicitados pela PR-DF, a Marinha disse que "atendeu a todas as demandas da Procuradoria da República no Distrito Federal" e que todos os documentos solicitados foram encaminhados em meio digital.
Inicialmente, a Odebrecht havia informado a reportagem que não iria se manifestar sobre o caso. Posteriormente, a companhia solicitou os trechos de delações que seriam mencionados na reportagem, que foram enviados. Até a última atualização deste texto, porém, a empresa não havia se manifestado
Fonte: Defesanet 24 MAR 2018
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Resumindo, o procurador disse: Era 5, custou quase 8. Logo houve superfaturamento de 3.
Provas?
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Provas?
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA-GERAL DE DESENVOLVIMENTO NUCLEAR E
TECNOLÓGICO DA MARINHA
COORDENADORIA-GERAL DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
DE SUBMARINO COM PROPULSÃO NUCLEAR
2018.03.23 – RESPOSTA ÀS PERGUNTAS DO UOL NOTÍCIAS
DIRETORIA-GERAL DE DESENVOLVIMENTO NUCLEAR E
TECNOLÓGICO DA MARINHA
COORDENADORIA-GERAL DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
DE SUBMARINO COM PROPULSÃO NUCLEAR
2018.03.23 – RESPOSTA ÀS PERGUNTAS DO UOL NOTÍCIAS
1 - A Procuradoria da República do DF alega ter encontrado indícios de superfaturamento nas obras do PROSUB da ordem de R$ 5 bilhões. Esse valor seria referente à readequação do projeto do estaleiro, que inicialmente estava orçado em R$ 5 bilhões, mas foi redimensionado para custar R$ 10 bilhões (valores aproximados).
Posteriormente, a Odebrecht alterou sua planilha e chegou a um valor de R$ 7,8 bilhões, entretanto, com a supressão de unidades previstas no projeto anterior. Diante desse quadro, gostaria de saber:
Qual o posicionamento do Ministério da Defesa e da Marinha em relação à constatação de que haveria um superfaturamento de R$ 5 bilhões nas obras do PROSUB?
Resposta - A suspeita é improcedente. O que, na verdade, ocorreu foi que o preço previsto inicialmente no contrato foi estimado, à partir de um “projeto conceitual inicial”, ainda sem todas as informações necessárias.
Posteriormente, com o processo de transferência de tecnologia, em consequência das informações técnicas e recomendações do Naval Group (1), assim como das Normas do IBAMA; de características operacionais dos submarinos; e visando alcançar a segurança exigida pelos órgãos reguladores para instalações nucleares desse porte, foi possível aperfeiçoar o Projeto Conceitual para se chegar a um Projeto Básico.
Nesse sentido, esta obra utilizou, em razão da sua natureza, magnitude, ineditismo, complexidade e necessidade de transferência de tecnologia, a metodologia de construção por engenharia simultânea, não sendo possível se estabelecer um Projeto Básico inicial único que daria a oportunidade de obter um preço certo, motivo pelo qual o contrato de construção do Estaleiro e da Base Naval faz referência a um preço estimado de R$ 4.9 bi. Portanto, o preço inicial divulgado para o empreendimento foi e, não podia ser diferente, meramente estimado com os dados disponíveis na ocasião.
Como decorrência dos eventos acima, o preço previsto do projeto conceitual foi revisado, sendo que o novo orçamento da obra foi submetido à apreciação do Setor Econômico do Governo, sendo coordenado pela Casa Civil da Presidência, que o aprovou em 20 abril de 2012, tendo o valor do empreendimento sido então fixado em R$ 7,8 bi. O termo aditivo foi aprovado pela CJU em 21 de novembro de 2013 e as contas do contrato foram aprovadas pelo TCU em 2014.
Portanto, a Marinha desconhece qualquer superfaturamento na construção do Complexo Naval de Itaguaí. Cumpre destacar que o Tribunal de Contas da União (TCU) exerce auditorias de forma permanente sobre a obra desde o início, por solicitação da Marinha do Brasil. É oportuno ressaltar, ainda, que a Marinha do Brasil exerce uma fiscalização rigorosa por meio da Coordenadoria Geral do Programa de Obtenção de Submarinos com Propulsão Nuclear com o auxílio da Diretoria de Obras Civis da Marinha, da Fundação Getúlio Vargas e do Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos (IBEC).
2 - A PR-DF informou que solicitou acesso a seis atas do comitê de acompanhamento das obras do PROSUB, formado por autoridades brasileiras e francesas, e que a Marinha só deu acesso às cinco primeiras atas. Segundo a PR-DF, desde julho de 2017 a Marinha não dá acesso à sexta ata. Diante disso, gostaria de questionar:
Por que a Marinha não fornece a sexta ata à PR-DF? Que assuntos foram tratados nessa reunião? Quando a Marinha pretende franquear acesso a esse documento?
Resposta - A Marinha atendeu a todas as demandas da Procuradoria da República no Distrito Federal. Todos os documentos solicitados pela Procuradoria da República no Distrito Federal foram encaminhados ao Procurador Geral da República em 09 de setembro de 2016, por intermédio do ofício nº 60/326/MB-MD, e em 16 de agosto de 2017, por meio do ofício nº 60-299/MB-MD, pelo Comandante da Marinha, que continha, em anexo, o relatório da 6ª reunião (2). Foram encaminhados diversos anexos aos ofícios, em meio digital, em razão da grande quantidade de documentação anexada.
A pergunta faz referência ao Comitê de Cooperação Conjunto Brasil-França - CCCBF, que é co-presidido pela Direção Geral do Armamento (DGA), por parte da França, e pela Marinha do Brasil (MB), por parte do Brasil, e conta com a participação de representantes do Ministério de Relações Exteriores, do Ministério da Defesa, do Ministério da Fazenda, e do Ministério do Planejamento de ambos os países, e ainda pela AGU no lado Brasileiro conforme estabelecido no Artigo V do Acordo de Cooperação Brasil-França.
O Comitê se reúne semestralmente para efetuar a coordenação e o acompanhamento do Acordo Intergovernamental, bem como a verificação das metas contratuais estabelecidas no cronograma geral do projeto.
1- Naval Group – ex-DCNS – empresa francesa com participação no PROSUB
2- Em razão do crescimento e do volume de dados a serem apresentado, a partir da 6ª reunião a ata foi substituída por um relatório mais completo e detalhado
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)