CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1906 Mensagem por akivrx78 » Ter Dez 05, 2017 11:52 am

O Japão encontrou 28 barcos da Coréia do Norte em novembro, número de registro
04 de dezembro de 2017 25

TV Asahi
http://www.youtube.com/watch?v=-COzUlRdHkY
http://www.youtube.com/watch?v=qXjV3Fy_iwQ

Guarda Costeira do Japão detectou 28 Norte-coreanos barcos de madeira da costa japonesa -a deriva ou varadas- em novembro de NHK relatado.

A figura é o mais elevado, registrado em um mês durante quatro anos, quando o registro começou.

O forte aumento começou em outubro. Nos meses anteriores, tinham entre dois e cinco barcos.

Até domingo o número total no ano foi de 63.

Como pode esta situação ser explicado? Analistas consultados pela NHK argumentam que os navios estão tentando pegar mais peixe no meio de uma escassez aguda de alimentos na Coréia do Norte.

Mais e mais barcos de pesca que operam naquele país no Mar do Japão, em vez de na costa norte-coreana.

O governo norte-coreano já vendeu os direitos de pesca perto de suas margens pescadores chineses como uma forma de ganhar divisas.

Por outro lado, na costa da prefeitura de Yamagata foram encontrados na segunda-feira os corpos de três homens, um dos quais usava um crachá com a imagem do fundador da Coreia do Norte. Os três têm sido parte da tripulação de um navio norte-coreano. (International Press)

A coisa deve estar feia na Coreia do Norte, ainda mais com o inverno chegando.




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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1907 Mensagem por akivrx78 » Sex Dez 15, 2017 8:12 am

'Pior do que campos nazis': relatório revela sobre prisões políticas da Coreia do Norte

08:32 14.12.2017(atualizado 08:36 14.12.2017)

Prisioneiros políticos nos campos do tipo gulag (sistema de campos de trabalhos forçados para criminosos, presos políticos e qualquer cidadão que se opusesse ao regime na União Soviética) são sistematicamente estuprados, torturados e executados, informa o relatório da IBA.

O Comitê de Crimes de Guerra da Associação Internacional dos Advogados (IBA) publicou na terça (12), os resultados de uma investigação sobre os campos de prisão clandestinos conhecidos como kwanliso.

O relatório indica que o líder norte-coreano Kim Jong-un cometeu a maioria dos crimes contra a humanidade como assassinatos, exterminação, escravização, torturas e violências sexuais através destas instalações, informa o Time.

Os testemunhos de desertores apresentados para o Comitê de Crimes de Guerra em Washington em 2016 incluem as histórias de prisioneiros que foram torturados ou assassinados por causa da afiliação religiosa, abortos forçados e infanticídios. Um material descrevia a situação, quando um recém-nascido prisioneiro foi dado para cães de guarda comer. De acordo com os desertores de 1,5 a 2 mil prisioneiros, em sua maioria crianças, morreram de fome.

O Tribunal Penal Internacional (ICC em inglês) deve investigar e processar Kim Jong-un por crimes contra a humanidade, segundo indica o relatório, bem como os cúmplices membros do Partido de Trabalhadores da Coreia do Norte.

"As condições nos campos de prisão norte-coreanos são tão terríveis, ou ainda piores, do que as que vi e sobrevivi na minha juventude nos campos nazis e durante a minha longa carreira profissional na área dos direitos humanos", comunicou antes da publicação ao Washington Post, o ex-juiz do ICC Thomas Buergenthal.

Estima-se que entre 80 e 130 mil prisioneiros políticos ficam em instalações do tipo gulag. Apesar do fato que os oficiais de Pyongyang negam a informação, as imagens de satélites citadas pela IBA mostram supostos kwanlisos cercados por torres de vigia e rodeados de cercas elétricas e arames farpados.

https://br.sputniknews.com/asia_oceania ... -do-norte/




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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1908 Mensagem por akivrx78 » Sex Dez 15, 2017 8:36 am

Para fugir da Coreia do Norte, elas deixaram os filhos e foram vendidas como noivas na China

Kim Hyung-jin

Da Associated Press, em Liaoning (China)
14/12/2017

Imagem
Desertoras norte-coreanas em uma casa perto da cidade de Chaoyang, na província de Liaoning; elas foram traficadas e vendidas para homens chineses

A mulher norte-coreana dirige uma motocicleta devagar por uma faixa apertada, sombreada por uma plantação de milho, para o sítio onde mora com o homem chinês deficiente físico que a comprou.

Já faz 11 anos desde que ela foi atraída através da fronteira com a expectativa de trabalhar, e em vez disso foi traficada rumo a uma vida de dificuldades. Nesses anos, ela viveu sob a apreensão de que a polícia chinesa iria capturá-la e enviá-la de volta à Coreia do Norte, onde seria presa e torturada. Ela enfrenta o desprezo dos vizinhos, que a veem como uma estranha.

Mas acima de tudo, ela é assombrada pela tristeza e arrependimento por causa dos filhos que ela teve que deixar para trás.

"Quando cheguei aqui, passava o dia inteiro bebendo porque me preocupava muito com meus filhos na Coreia do Norte", diz a mulher, que pediu para ser identificada como S.Y. por razões de segurança. "Eu estava fora de mim."


Imagem
Norte-coreanas se reúnem para uma reunião de oração em uma casa em Chaoyang

Especialistas estimam que milhares, e talvez dezenas de milhares, de mulheres norte-coreanas sejam tenham sido traficadas pela fronteira e vendidas como noivas desde que uma devastadora crise de fome matou centenas de milhares de pessoas na década de 1990. Intermediários dizem às mulheres que elas conseguirão encontrar empregos na China. Mas, em vez disso, as vendem para homens chineses - em sua maioria fazendeiros pobres, em três províncias da fronteira, que lutam para encontrar noivas em parte por causa da política de filho único de Pequim ter levado ao aborto de muitos fetos do gênero feminino.

Como S.Y., muitas das mulheres ainda têm filhos em sua terra natal.

A condição delas é amplamente ignorada, em parte porque as mulheres quase nunca concordam em dar entrevista. A Associated Press conversou com sete norte-coreanas traficadas e três maridos chineses.

Como as mulheres foram traficadas à China, elas estão vivendo no país ilegalmente e nunca casaram oficialmente com seus maridos.

Algumas das norte-coreanas se dão bem com as novas famílias e estão satisfeitas com sua nova vida na China. Outras sofrem abuso de seus maridos, ou são ignoradas e ou ironizadas por seus novos parentes e vizinhos. Outras arriscaram uma jornada perigosa para a Coreia do Sul - com algumas delas tendo que fazer a escolha, de partir o coração, de deixar novamente seus filhos para trás, desta vez na China.


Imagem
Kim Sun-hee, que foi para a Coreia do Sul em 2008 e vive em um pequeno apartamento com seu marido Chang Kil-dong, que também veio da China

As noivas que ficaram

Os primeiros anos foram os mais duros para S.Y..

Viúva de uma cidade próxima a Pyongyang, capital da Coreia do Norte, ela nem se despediu direito de seus dois filhos quando fugiu para a China, pensando que rapidamente conseguiria voltar para casa depois de ganhar algum dinheiro. Em vez disso, um intermediário a vendeu para seu novo marido por 14 mil yuans (R$ 7.000).

Apesar de a mulher, hoje com 53 anos, dizer que o marido chinês a tratou bem na época - e os dois têm uma filha juntos -, ela nunca conseguiu esquecer seus filhos norte-coreanos, que viu pela última vez em 2006.

Um dia, entristecida e frustrada, ela engoliu uma caixa de remédios para dormir tentando o suicídio. Quando foi reanimada, ela diz que percebeu que sua filha na China precisava dela.

Ela desistiu de fugir para a Coreia do Sul, preocupada com a hipótese de deixar sua filha e seu marido, um fazendeiro pobre que sofre de poliomielite.

"Vivo aqui por causa da minha família... e porque sou grata a meu marido", diz S.Y.. "O que importa é não romper nossa família."

Seu marido de 55 anos e seus parentes venderam carne suína e milho para pagar intermediários que pudessem checar o estado dos filhos de S.Y. na Coreia do Norte. Eles descobriram que o irmão dela está criando seus filhos, e o marido de S.Y. enviou 15 mil yuans (R$ 7.500) de suporte financeiro.

"Me senti realmente bem quando a conheci", diz o marido de S.Y., bronzeado pelo sol e com a muleta a seu lado. "Mas sou deficiente físico e pensei que foi injusto com ela. Ela poderia ter encontrado um marido melhor."

Outras duas mulheres norte-coreanas entrevistadas na região oeste da província de Lianoning disseram que seus maridos a trataram bem, mas outras citaram abusos. Uma antiga noiva que escapou para a Coreia do Sul disse que seu marido chinês a amarrou em um poste por horas após ela tentar fugir.

As mulheres que ficam vivem com a preocupação de serem presas e repatriadas à Coreia do Norte. Elas evitam viajar porque dizem que as autoridades, nos últimos anos, têm pedido que os cidadãos mostrem suas identidades antes de deixarem as áreas. Elas falam pouco o idioma chinês, têm alguns poucos amigos locais e não aproveitam os mesmos benefícios sociais e de saúde que os chineses têm.

Elas ficam por causa de seus filhos que nasceram na China.

"Meu filho de 10 anos sabe que as mães de seus amigos foram embora, então ele é bem obediente. Ele se preocupa que eu possa deixá-lo também", afirma uma mulher norte-coreana de um vilarejo próximo a onde S.Y. vive. Ela pede para ser identificada apenas por seu sobrenome, Kim.

Autoridades chinesas, incluindo o Ministério de Segurança Pública em Pequim e as polícias das três províncias mais próximas à Coreia do Norte, onde as mulheres geralmente são levadas, não responderam às questões sobre o problema do tráfico de noivas.

Um porta-voz do Ministério do Exterior afirmou, por escrito, que a China tem trabalhado nos últimos anos, tornando a legislação mais dura, para enfrentar o tráfico de mulheres e crianças, e que o esforço "tem gerado resultados notáveis".
As noivas que fugiram

Para as noivas norte-coreanas que querem fugir das cidades chinesas, a Coreia do Sul é uma opção tentadora por causa promessa de cidadania, dinheiro para se restabelecer, apartamentos quase gratuitos e sem barreiras de idioma.

Mas chegar à Coreia do Sul exige uma longa e traiçoeira jornada que, de novo, envolve confiar em intermediários. Algumas mentem para seus maridos e dizem que voltarão depois de ganhar dinheiro na Coreia do Sul. Algumas voam no meio da noite. Muitas vezes elas têm que deixar seus filhos para trás.

Depois de viver em um vilarejo chinês no nordeste de Liaoning por dois anos e meio, Kim Jungah não conseguia mais imaginar a possibilidade de sua filha vê-la sendo arrastada pelas autoridades chinesas.

"Eu dormia mal todas as noites", relata a mulher de 41 anos. "Toda vez que ouvia o som de carros, ficava com medo pensando que era a polícia."


Imagem
Kim Jungah, 41, que fugiu para a Coreia do Sul em 2009

Ela partiu em 2009, pensando que mais tarde poderia convencer seu marido a ir para a Coreia do Sul com sua filha, caso ela ganhasse dinheiro suficiente. Ela eventualmente fez essa oferta, mas seu marido rejeitou.

Kim não fala com sua filha desde o começo de 2013, quando seu marido mudou seu telefone ao descobrir que ela havia casado na Coreia do Sul.

Ela diz que o pai biológico de sua filha é, na verdade, norte-coreano, e que ela não sabia que estava grávida quando foi vendida a seu marido chinês, em 2006, por 19 mil yuans (R$ 9.500).

Em uma visita recente da reportagem à casa do homem, a filha de Kim, hoje com 10 anos, pareceu alegre e saudável enquanto corria pelo jardim. Seu pai chinês diz que trata a garota como sua filha biológica e que ela está indo bem na escola.

Kim diz que daria a seu ex-marido 50 mil yuans (R$ 25 mil) se ele mandar sua filha para ela; se ele se recusar, ela irá processá-lo. Ele diz que não irá nem permitir que a garota se encontre com Kim até virar adulta.

O homem, que pediu que seu nome não fosse revelado em proteção à garota, disse ter sido vítima de uma "fraude de casamento".

"Ela veio para cá, teve um filho e foi embora", diz o homem de 50 anos. "Ela tinha comida e um lugar para viver. Não entendo por que ela partiu."

Outras conseguiram se reunir.

A desertora norte-coreana Kim Sun-hee, 38, que veio para a Coreia do Sul em 2008, mora em um apartamento pequeno com seu marido de origem sino-coreana, Chang Kill-dong, 48, que a comprou por 8.000 yuans (R$ 4.000) quando ela tinha 18 anos.


Imagem
A desertora Kim Sun-hee e seu marido sino-coreano, Chang Kil-dong

Chang, hoje um trabalhador braçal na Coreia do Sul, disse que ficou encantado quando sua mulher o chamou para ir para o país, porque pensou que ela poderia abandoná-lo. Ainda assim, os dois não gostam de falar sobre como o relacionamento começou.

Chang disse que gostaria de voltar no tempo e, em vez de pagar um intermediário, dar dinheiro para a família da esposa, em um contrato tradicional de casamento.

"Foi tráfico humano", diz ele.
Dor permanente

Todas as três mulheres norte-coreanas que foram entrevistadas na China deixaram filhos para trás em sua terra natal, imaginando que a viagem pela fronteira fosse temporária.

S.Y. quer criar porcos para ganhar dinheiro e contratar intermediários novamente e descobrir como estão seus filhos na Coreia do Norte. Kim, a mulher que tem o filho de 10 anos na China, afirmou que é muito pobre para contratar alguém que procure seu filho de 12 anos que ela deixou para trás em 2007.

"Choro quando penso no meu filho que está na Coreia do Norte", diz a mulher de 46 anos.

Tantas norte-coreanas fugiram - 13 entre 15 no vilarejo de uma dessas mulheres - que aquelas que ficaram na China são desprezadas.

"As pessoas nos chamam de 'galinhas'", diz S.Y.. "Eles dizem que não somos mães verdadeiras porque 'chocamos ovos' e depois voamos para outro lugar."

Os filhos das norte-coreanas que ficaram na China também enfrentam um estigma. Uma das norte-coreanas disse que a colega de sua filha, cuja mãe fugiu pouco depois de ela ter nascido, é constantemente provocada na escola.

Algumas das mulheres que fugiram para a Coreia do Sul estão em conflito - destruídas entre a vida que elas construíram para si mesmas e a vida para a qual foram vendidas. Uma mulher que fugiu para a Coreia do Sul em 2006 não contatou sua família chinesa, apesar de ter um filho, porque foi maltratada.

Ela pediu para ser identificada apenas como Y. porque receia que a publicidade sobre seu passado poderia destruir sua nova vida, acrescentando que o pai sul-coreano de seu filho mais novo a deixou, e também o filho, quando descobriu sobre sua vida na China.

"Alguns dizem que eu sou fria, mas eu deixei aquela casa determinada a nunca voltar", ela afirma, com lágrimas nos olhos. "Agora, eu penso algumas vezes em voltar para lá porque tenho curiosidade em saber como o meu garoto cresceu. Mas não posso fazer isso."

https://noticias.uol.com.br/internacion ... raumas.htm




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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1909 Mensagem por joao fernando » Sex Dez 15, 2017 11:36 am

Uai só vir no sertão do nordeste que tem venda de mulher tbm...qto as prisões qro ver eles visitarem uma brasileira.




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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1910 Mensagem por Túlio » Sex Dez 15, 2017 1:06 pm

joao fernando escreveu:Uai só vir no sertão do nordeste que tem venda de mulher tbm...qto as prisões qro ver eles visitarem uma brasileira.

Quanto PRECONCEITO contra Nordestinos, vende-se muié e até criança no Brasil todo, até aqui, no "europeizado" RS. Quanto a cadeias, são ruins em toda parte, mesmo na Holanda, onde parecem hotéis de luxo. O que dói mesmo é a privação da liberdade de ir e vir a que, como AP, também estive submetido por décadas, mesmo que em menor grau do que os presos...




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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1911 Mensagem por joao fernando » Sex Dez 15, 2017 1:16 pm

Túlio escreveu:
joao fernando escreveu:Uai só vir no sertão do nordeste que tem venda de mulher tbm...qto as prisões qro ver eles visitarem uma brasileira.

Quanto PRECONCEITO contra Nordestinos, vende-se muié e até criança no Brasil todo, até aqui, no "europeizado" RS. Quanto a cadeias, são ruins em toda parte, mesmo na Holanda, onde parecem hotéis de luxo. O que dói mesmo é a privação da liberdade de ir e vir a que, como AP, também estive submetido por décadas, mesmo que em menor grau do que os presos...
Perdão se pareceu preconceito.

Correção: pelo Brasil todo se vê, em maior ou menor grau, a venda de pessoas

Perdão Tulio teve um caso assim onde moro. Tinha me esquecido. A mãe em troca de dinheiro e ajuda oferecia as filhas a um velho tarado. Perdão pelo vacilo




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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1912 Mensagem por Túlio » Sex Dez 15, 2017 7:34 pm

Não entendo isso de pedir perdão A MIM (e três vezes seguidas): sou Gaúcho, POWS! Por acaso pretendes te candidatar a algo em 2018 e temes que uma monstruosidade como a que disseste te seja empecilho?

Sim, porque escorregaste feio e deixaste cair a máscara do mais rasteiro PRECONCEITO! Ao longo de anos e décadas eu tenho lido e ouvido falar que Paulista morre de preconceito contra Nordestino mas nunca tinha visto, e ainda por cima em escrito.

Assim, e a meu ver, não deves desculpas a ninguém, exceto a ti mesmo, porque agora ficou complicado de pagares essa véia e surrada nota de "amigo do povo" & quetales. Fazes parte da Classe Média-Alta mais elitista e arrogante do Brasil, e dela pareces ser um digno representante, cupincha.

Não sei de um só Colega que chamas de "coxinha" (eu no grupo) que sequer empate contigo nisso. Ou por seres "de esquerda" podes te dar ao luxo de arrotar arrogância para cima de quem não é um pingo menos Brasileiro do que tu?

Tem vez que me dá vontade de ser analfabeto... :roll: :roll: :roll: :roll:




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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1913 Mensagem por akivrx78 » Seg Dez 18, 2017 7:04 pm

‘Retórica perigosa’ aumenta risco de conflito na península coreana, alerta chefe da ONU

Publicado em 18/12/2017 Atualizado em 18/12/2017

Ao Conselho de Segurança, secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que está profundamente preocupado com o risco de confronto militar na península coreana, “inclusive como resultado de erros de cálculo”. Em outro comunicado, especialista da ONU alerta para implicações das sanções contra a Coreia do Norte para as pessoas vivendo na pobreza.

https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2017/12/745817_SC-Guterres.jpg
O secretário-geral da ONU, António Guterres, durante encontro no Conselho de Segurança sobre a não proliferação de armas nucleares e a Coreia do Norte. Foto: ONU/Manuel Elias

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse na sexta-feira (15) que está profundamente preocupado com o risco de confronto militar na península coreana, “inclusive como resultado de erros de cálculo”.

“Enquanto todos os interessados procuram evitar uma escalada acidental que leve ao conflito, o risco está sendo multiplicado por excesso de confiança, narrativas e retórica perigosas e falta de canais de comunicação”, disse o secretário-geral ao Conselho de Segurança da ONU em reunião ministerial, convocada pelo Japão, sobre os desafios colocados pela Coreia do Norte à paz e à segurança internacionais.

Descrevendo a situação na península coreana como “a questão de paz e segurança mais tensa e perigosa no mundo de hoje”, Guterres alertou: “Qualquer ação militar teria consequências devastadoras e imprevisíveis”.

Em seu informe, Guterres disse que a unidade do Conselho de Segurança é essencial para alcançar o objetivo da desnuclearização de forma pacífica e ressaltou que os canais de comunicação, inclusive os militares, devem ter restabelecidos e fortalecidos para reduzir as tensões na região.

“O Secretariado [da ONU] e eu somos seu parceiro neste esforço. Meus bons ofícios permanecem sempre disponíveis”, acrescentou.

Guterres também observou a necessidade de desassociar a situação de paz e segurança na Coreia do Norte das necessidades humanitárias.

Setenta por cento da população do país é afetada pela insegurança alimentar e 40% está desnutrida; cerca de US$ 114 milhões são necessários para atender às necessidades urgentes.

No entanto, o apelo às necessidades e prioridades humanitárias da Coreia do Norte de 2017 foi financiado em apenas 30%, a apenas alguns dias do fim do ano.


Pedindo aos Estados-membros da ONU – e em particular aos representados pelo Conselho de Segurança – que considerem os imperativos humanitários, Guterres disse: “O povo da Coreia do Norte precisa da nossa generosidade e ajuda”.

Na quinta (14), Guterres realizou uma breve visita a Tóquio e fez um apelo à Coreia do Norte e a outros países para implementar as resoluções relevantes do Conselho de Segurança para desnuclearizar a península.

Perguntado sobre o que a ONU pode fazer de forma concreta sobre a situação, ele disse que o Conselho de Segurança tomou as decisões certas, e o Secretariado tem que explorar todas as formas de transmitir as mensagens necessárias para que essas decisões sejam implementadas de forma pacífica.

“Nós não somos fabricantes de milagre. Nós somos pessoas comprometidas com uma causa, e essa causa é a causa da paz e segurança de acordo com o direito internacional”, disse ele.

A uma pergunta sobre uma possível visita à Coreia do Norte, o secretário-geral disse que iria a qualquer lugar quando fosse útil.

“Mas não estou visando um protagonismo apenas para aparecer nas câmeras das televisões”, disse ele. “Estamos disponíveis, mas só podemos mediar quando ambas as partes aceitam nossa mediação.”

O objetivo principal da viagem do secretário-geral ao Japão era participar do Fórum sobre Cobertura Universal de Saúde 2017, realizado em Tóquio.

Especialista diz que cotidiano na Coreia do Norte é ‘luta por sobrevivência básica’

A vida de muitos norte-coreanos foi reduzida à “pura sobrevivência econômica”, disse um especialista em direitos humanos das Nações Unidas depois de se encontrar com aqueles que fugiram recentemente do país.

As pessoas que vivem no campo enfrentam uma situação especialmente grave, disse Tomás Ojea Quintana, relator especial das Nações Unidas sobre a situação dos direitos humanos no país, em um comunicado após uma visita de quatro dias à Coreia do Sul para entrevistas com norte-coreanos.

“As pessoas que entrevistei colocaram uma imagem muito sombria da vida cotidiana, particularmente no campo”, disse Ojea Quintana. “É uma vida marcada por trabalho forçado árduo, com uma queda total nos serviços básicos que o Estado deve fornecer e pessoas sendo abandonadas.

“A ideia de autoconfiança – o Juche –, que era o próprio fundamento da Coreia do Norte, parece na realidade ter se afastado da ação coletiva das massas para uma forma individual de autossuficiência e sobrevivência, onde as pessoas são obrigadas a assegurar para si as necessidades básicas para a sua sobrevivência”.

O trabalho humanitário da ONU na Coreia do Norte estava sendo restringido como resultado das sanções do Conselho de Segurança, observou o relator especial, ressaltando que o potencial impacto adverso nos direitos humanos e nos meios de subsistência deve ser considerado quando as sanções internacionais forem projetadas e implementadas.

Ele também exortou a Coreia do Norte a produzir dados substantivos sobre o impacto das sanções sobre a população e a iniciar comunicações regulares com os mecanismos de direitos humanos da ONU e do Conselho de Segurança sobre o assunto.

https://nacoesunidas.org/retorica-perig ... fe-da-onu/




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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1914 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Dez 28, 2017 1:34 pm

North Korean defector’s blood 'contains signs of anthrax infection' amid concerns over biological weapons

Antibodies in the soldier's bloodstream could suggest exposure to or vaccination against the deadly disease

A North Korean soldier who defected to the South earlier this year was reportedly found with antibodies in his bloodstream that suggest past exposure to anthrax.

Signs of the deadly bacterial infection have added to fears in South Korea that the North is developing biological weapons, according to local media.

The soldier was not identified, but South Korea authorities were quoted as saying he had developed immunity to the disease prior to his defection.

"Anthrax antibodies have been found in the North Korean soldier who defected this year," an unnamed South Korean intelligence official told local news network Channel A on Tuesday.

Antibodies are molecules that indicate immunity to a disease, as they are produced in response to an infection and help neutralise potential threats in the body.

Their alleged presence in the soldier suggests he was either exposed to or vaccinated for anthrax, a dangerous disease with a history as an agent of biological warfare.

North Korea has long been suspected of developing biological weapons.

Testimonies from defectors suggest a North Korean programme to develop biological weaponry has existed since the 1960s.

When the regime publicised the Pyongyang Biological Technology Research Institute in 2015, US analysts suggested the equipment there – allegedly used for pesticide research – could be used to make biological weapons.

“It is hard to avoid the conclusion that the institute is intended to produce military-size batches of anthrax,” wrote Melissa Hanham, a North Korea specialist at the James Martin Center for Nonproliferation Studies, in a blog post commenting on the facility.

“Regardless of whether the equipment is being used to produce anthrax today, it could be in the near future.”

Anthrax is found naturally in the soil, particularly in agricultural regions in developing countries.

Its appeal as an agent of biological warfare comes from the relative ease with which regimes can acquire the microbes responsible, and subsequently release them without arousing suspicion.

Both South Korea's National Intelligence Service and Defense Ministry told CNN they could not confirm the new report concerning the North Korean defector.

The Defense Ministry noted that none of the four soldiers who defected in 2017 are believed to have worked in North Korea's biochemical warfare unit.

The recent US National Security Strategy stated: “North Korea – a country that starves its own people – has spent hundreds of millions of dollars on nuclear, chemical, and biological weapons.”

It went on to say: “North Korea is also pursuing chemical and biological weapons which could also be delivered by missile.”

The North Korean state-run Korean Central News Agency (KCNA) called these claims “groundless”.

KCNA also threatened “revenge” against the US for claiming North Korea is defying the terms of the Biological Weapons Convention, which bans the development, production and stockpiling of biological weapons.

South Korea’s military is working on an anthrax vaccine, but according to Defense Ministry spokeswoman Choi Hyun-soo one will only be developed by the end of 2019.

In the meantime, CNN reported that 1,000 doses of anthrax vaccines were imported to South Korea in November to be given to biochemical counterterrorism agents or civilians in the case of anthrax exposure.

http://www.independent.co.uk/news/world ... 30456.html




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1915 Mensagem por Túlio » Qui Dez 28, 2017 4:23 pm

Se continuarem deixando por conta dos redatores do Reader's Digest a publicação dos resultados dos exames, ainda vai aparecer que era UM ZUMBI que, por sorte, foi pego antes de sair comendo cérebros capitalistas...

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BRAAAAAINZZZZZZZZZZZ!!!!!!!!


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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1916 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 28, 2017 6:12 pm

Eu pouco acompanho este tópico, apesar deste conflito muito me interessar.
Mas, acho que já cheguei ao limite do bom senso de ficar olhando uma situação em que um povo inteiro, o coreano, fica à mercê dos interesses de outrem, mesmo depois de mais de 70 anos.
Essa guerra que nunca acabou é única e exclusivamente de interesse de chineses e americanos. E é só por isso que até hoje a penísula coerana continua dividia entre um fanático ególatra e homicida e uma democracia tão errática quanto moribunda, dependente e corrupta.
Enfim, as notícias sobre a "desgracença" crescente no norte só aumentam a cada dia, o que não quer dizer que não sejam maiores ainda, mesmo porque quase nada se sabe do que verdadeiramente ocorre lá, junto aos inúteis quanto burocráticos apelos do sul por uma re-união das coreias que não passa de mera peça de ficção político demagógica.
Existem vários genocídios ocorrendo neste momento mundo afora. Mas fato é que ninguém na Europa, USA, Rússia ou China, dão a mínima para isso, posto que tais acontecimentos simplesmente são entendidos como um mero "efeito colateral" da defesa de seus interesses.
Quantas pessoas ainda vão morrer na Coréia do Norte até que alguma coisa mude de fato? Não se sabe. Mas com certeza, muitas.
Enquanto isso, na Coréia do Sul, o governo continua gastando alguns bilhões por ano reforçando a sua defesa de um inimigo sabidamente inferior em termos militares.
Afinal, o problema nunca foi realmente os vizinhos ao norte, mas a oeste.

abs.




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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1917 Mensagem por akivrx78 » Ter Jan 02, 2018 1:50 pm

Estava vendo um programa sobre o assunto e parece que tem 60% do Eua atacar a CN este ano, parece que o Trump inclusive fez acordos com o Jinping dizendo que se atacarem vão somente destruir e tomar armas nucleares apos a operação vão se retirar de imediato da CN.
A China em troca pediu 3 coisas, a manutenção das fronteiras atuais da CN, a retirada de misseis Thaad da CS e a promessa de que o Eua não construa uma união tipo Otan na Asia.
O Trump esta pressionado a China para parar por completo a exportação de combustível para a CN, mas a China não pode fazer isto porque pode causar uma implosão interna na CN, sem saída ao que parece a China aceita o Eua atacar a CN, pois no momento a China esta construindo campos de refugiados a todo vapor.




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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1918 Mensagem por Bourne » Qua Jan 03, 2018 7:38 pm

O problema não ter noção do que acontece no dia seguinte. Supondo que o ataque americano tenha foco só a capacidade nuclear. A reação lógica dos norte-americana usar artilharia contra Seul e a região mais rica do país que é próximo da fronteiro. A Coreia do Sul vai ser obrigada a destruir a artilharia e implodir a estrutura de poder no estado norte-coreano. É o cenário dos primeiros dias.

Depois pode acontecer qualquer coisa. Possivelmente guerra civil em larga proporção com divisões das forças armadas norte-coreanas e regiões combatendo entre si pelo poder. Junto implica em refugiados, apoio estrangeiro entre os diversos grupos e vão anos nessa dinâmica. Ninguém vai querer por os soldados em terra para fazer ocupação. Nem a China, nem Coreia, nem EUA vão se meter diretamente no atoleiro que vai surgir. Se muito bombardeiam, fornecem equipamentos e consultores para seus grupos. O que não é garantia que vão vencer. Pior que caças chineses, russos, sul-coreanos e norte-americanos voando próximos e com consultores em terra não é algo muito recomendável. Cedo ou tarde vai ter um incidente.

É um cenário realista e o real poder do Kim que ele sabe que tem. Ou seja, diz algo como "está ruim comigo, se me derrubarem fica pior". assim empurrar com a barriga acaba sendo a melhor solução para todos. Por isso, acho que mais fácil um grande confronto na Europa Oriental e Central de alguma forma envolvendo russos, UE e EUA do que na Coreia. Já aconteceu e continua na Ucrânia, Polônia está pegando fogo, mais aqueles outros países próximos indicando fortes instabilidade política e social.




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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1919 Mensagem por akivrx78 » Qua Jan 03, 2018 10:23 pm

Uns dos cenários seria o Eua bombardear as instalações nucleares e a frente de artilharia da Coreia do Norte ao mesmo tempo, depois de 2 dias de bombardeamentos a China entraria na Coreia do Norte por terra pois tem um pacto de defesa mutuo dizendo que iria defendê-la porem iria caçar as armas e tentar restabelecer um novo governo de sua confiança.

Acontece que se for aceito a CN com armas nucleares muito provavelmente a Coreia do Sul e Japão também vão querer ter e isto não interessa nem a China e nem ao Eua.

http://www.youtube.com/watch?v=6MMcFboP77w




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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL

#1920 Mensagem por akivrx78 » Qua Jan 03, 2018 10:26 pm

A estratégia de Kim ao oferecer diálogo à Coreia do Sul
3 jan 2018

Ao mesmo tempo em que provoca os Estados Unidos, lider norte-coreano acena para o vizinho do sul. Decisão parece surpreendente, mas pode ter sido planejada há muito tempo.O telefone está tocando de novo. E essa é uma grande notícia. Tão significativa que há relatos em toda a imprensa internacional, muito além das fronteiras coreanas. Porque esse telefone não é qualquer um, ele é a linha direta entre Pyongyang e Seul.

https://p2.trrsf.com/image/fget/cf/940/0/images.terra.com/2018/01/03/41987849354.jpg
Em discurso de Ano Novo, Kim Jong-un atacou os EUA, mas adotou tom conciliatório para Seul
Foto: DW / Deutsche Welle


Um canal de comunicação pelo qual os vizinhos inimigos teriam, mesmo em momentos difíceis, ao menos a oportunidade do diálogo. Mas desde fevereiro de 2016 reinava silêncio na linha. Naquela época, a Coreia do Sul se retirou da zona econômica especial operada conjuntamente em Kaesong, e a Coreia do Norte deixou de atender às ligações diárias do Sul. O silêncio na linha virou um símbolo da situação geral na Península Coreana.

O governo sul-coreano descreveu a retomada do uso da linha telefônica direta como um passo significativo. É um passo que se enquadra nos acontecimentos atuais. Pois desde alguns dias aparenta haver certo movimento: primeiramente, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, sinalizou vontade de dialogar em seu discurso de Ano Novo. Em seguida, a Coreia do Sul propôs um encontro entre representantes de ambos os lados para a próxima semana.

O debate em Panmunjom, na zona desmilitarizada na fronteira entre os dois países, deverá ser conduzido por funcionários governamentais do alto escalão e abordar uma possível participação de atletas norte-coreanos nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeonchchang, na Coreia do Sul, entre 9 e 25 de fevereiro, e a melhoria das relações entre as duas Coreias.

Aproximação por meio do esporte?

"Caso ocorra, será o primeiro diálogo desde um encontro em nível ministerial ocorrido em dezembro de 2015", escreveu o jornal sul-coreano Korea Times. "Esperamos que as negociações sejam bem-sucedidas para que os atletas norte-coreanos possam participar dos Jogos. Isso enviaria um sinal positivo - mesmo que apenas simbólico - não somente para o Movimento Olímpico, mas também para os esforços de paz na Península Coreana. Também poderia ser um ponto de guinada no alívio das tensões."

O fato de a Coreia do Norte ter interesse em enviar atletas ao evento esportivo no país vizinho não é, em si, surpreendente, afirma o especialista Robert Carlin, que há décadas estuda os desdobramentos na Península Coreana e visitou a Coreia do Norte mais de 30 vezes. Entre 1989 e 2002, Carlin dirigiu a subdivisão do Departamento de Estado dos EUA responsável pelo Nordeste da Ásia. Posteriormente, ele trabalhou como assessor político da Organização de Desenvolvimento Energético da Península Coreana.

"Durante muitos anos, a Coreia do Norte seguiu essa linha, e os atletas participaram repetidamente de competições esportivas na Coreia do Sul." No fundo, porém, sempre se tratou do fortalecimento dos contatos com Seul ou da abertura de novas portas para o diálogo, escreveu Carlin no site 38North, do Instituto Coreano da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos EUA.

Os obstáculos ainda são altos

Carlin, no entanto, argumenta que o tempo para as negociações é escasso. E que, ademais, muitas questões penosas precisam ser circunscritas. "Ambos os lados estabelecerão condições que, em sua opinião, serão essenciais para qualquer progresso", aponta o especialista.

O artigo de opinião do diário Korea Times também adverte contra o otimismo demasiado. "Ainda é muito cedo para pintar uma imagem positiva sobre uma aproximação intercoreana, e a decisão sobre quem representará os dois países nas conversações e sobre o que eles vão dialogar pode vir a ser um problema para ambos."

O autor também envia um alerta ao governo sul-coreano. Seul estaria "muito focada em trazer uma delegação norte-coreana para os Jogos" e poderia se esquecer de convocar Pyongyang a abandonar seus programas nucleares e de mísseis. "Moon [presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in] deveria deixar claro que o objetivo final de qualquer diálogo com o Norte é a desnuclearização."

Além disso, na opinião do autor, há também a questão da estratégia difusa do governante norte-coreano. Por um lado, Kim envia repentinamente um tom mais moderado a Seul, mas ao mesmo tempo ameaça os EUA com um "botão nuclear" em sua mesa. "Kim pode usar os Jogos Olímpicos de Inverno para colocar uma cunha entre Seul e Washington. Por isso, é tão importante que Seul fortaleça sua aliança com os EUA."

Aliança com pontos de ruptura

Uma aliança que nem sempre é fácil e também não está livre de um potencial de conflito, explica Hwang Jaeho, em entrevista à DW. "Há uma certa divisão entre a Coreia do Sul e os EUA", afirma o professor no campus de Seul da Universidade Hankuk de Estudos Estrangeiros. "Nas aparências, Seul sempre apoiou Washington na sua pressão sobre o Norte. Mas, na verdade, os sul-coreanos são contra o uso da força militar pelos EUA. Só que não podem bater de frente com os americanos."

Hwang avalia a oferta de diálogo de Kim à Coreia do Sul como um movimento tático, já que o objetivo real não pode mesmo ser alcançado e por haver um interesse próprio em evitar um aumento nas tensões. "Em primeira linha, a Coreia do Norte queria um diálogo com os EUA, mas estes rejeitam conversações no momento. A Coreia do Norte então precisava de uma nova estratégia, e assim a Coreia do Sul, cujo novo governo está disposto a conversar, voltou ao jogo."

Ao que tudo indica, desde a posse de Moon na presidência sul-coreana, no primeiro semestre de 2016, Pyongyang tinha em mente a opção de retomar as negociações com Seul, segundo Carlin. "Pyongyang tem evitado cuidadosamente emitir ofensas contra Moon, o que é um sinal típico de que se deseja manter aberta a oportunidade de dialogar com o presidente em exercício."

E ainda há outro indício. Segundo Carlin, o anúncio de Kim, em seu discurso de Ano Novo, de que seu país estava pronto para negociar diretamente com o partido governante na Coreia do Sul aponta nessa mesma direção. "No passado, algo assim sempre era um sinal de que a Coreia do Norte tinha um interesse real em progressos."

O reativado telefone da linha direta entre Coreia do Sul e Coreia do Norte já tocou ao menos uma vez. A informação é do governo sul-coreano. A conversa teria durado aproximadamente 20 minutos. Não foi divulgado nada sobre o conteúdo da ligação.

https://www.terra.com.br/noticias/a-est ... 8f9r1.html




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