Geopolítica Energética

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Bourne
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Re: Geopolítica Energética

#931 Mensagem por Bourne » Sáb Jun 03, 2017 7:14 pm

A tecnologia mudou e transformou as usinas de "angras" em dinossauros, caros e que não dá para terminar pelo custo. Enquanto solar e eólica são mais em conta, podem ser feitas pela iniciativa privada e casam muito melhor com a base instalada das hidroelétricas.
Para concluir Angra 3, governo terá de desembolsar mais R$ 17 bi – Estado de São Paulo

3 de junho de 2017

Análise do Ilumina: Tomando como base uma experiência própria de orçamento de placas fotovoltaicas (que, no Brasil, ainda estão muito caras), uma área de 21 m2 geraria 360 kWh/mês. Essa energia custa a preços de maio de 2017, R$ 280 pago às distribuidoras. O problema é que esse sistema ainda custa R$ 38.000 e, por conta de uma regulação favorável às distribuidoras, o consumidor é obrigado a pagar 100 kWh da rede, mesmo que não consuma!

Mas, apenas para ficarmos cada vez mais pasmos, podemos calcular quanto os R$ 17 bilhões poderiam gerar de energia com placas solares.

Façam as contas! Mesmo que o rendimento dos painéis sejam a metade do exposto, R$ 17 bilhões gerariam 900 TWh, 60% acima do que consumimos hoje.

Claro que não se está propondo esse direcionamento de tantos recursos num país tão carente de tudo. A conta serve para mostrar que a tecnologia mutante, perante uma obra que dura 30 anos, está colocando um dilema para os brasileiros.

Para os descrentes que argumentam que à noite as placas não geram, lembramos que temos reservatórios e, a água economizada durante o dia pode gerar à noite.

Infelizmente o Brasil está desmontando a visão sistêmica que tinha do setor, favorecendo a visão individualista do “mercado”.

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André Borges, O Estado de S.Paulo

Trinta e três anos depois de ter as obras iniciadas, a usina nuclear de Angra 3, na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ), se tornou um problema bilionário para o governo. Entre idas e vindas, a construção já consumiu R$ 7 bilhões, e é necessário tomar uma decisão: concluir o projeto, que está parado, ou abandoná-lo de vez. Seja qual for a escolha, porém, a certeza que existe é que será necessário desembolsar bem mais do que já foi gasto até agora.

Os números que estão em análise na Secretaria de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, conforme apurou o Estado, apontam que seria necessário injetar mais R$ 17 bilhões para concluir Angra 3, usina que está com 58% de seu projeto executado. Desistir dela, porém, pouco aliviaria as contas. Os cálculos sinalizam que seria preciso desembolsar R$ 12 bilhões para “descontinuar” Angra 3, entre a quitação de seus empréstimos bilionários, desmonte de estrutura, destinação de máquinas e uma infinidade de dívidas. Neste momento, portanto, a decisão do governo é buscar formas de reduzir esse custo e concluir a usina.

Projeto do período militar, Angra 3 começou a ser erguida em 1984. Suas obras prosseguiram até 1986, quando foram paralisadas por conta de dificuldades políticas e econômicas, além da ocorrência do maior desastre nuclear do mundo, a explosão do reator da usina de Chernobyl, na Ucrânia. O projeto brasileiro ficou na gaveta por 25 anos, até ser retomado em 2009 como um dos destaques do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Naquele ano, o custo estimado para o término do projeto era de R$ 8,3 bilhões. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometia colocar a usina para funcionar em maio de 2014.

Agora, com os R$ 17 bilhões estimados para sua conclusão, se chegaria a um gasto total de R$ 24 bilhões para colocar em operação uma usina com capacidade de 1.405 megawatts (MW). Para se ter uma ideia do que isso significa, a hidrelétrica de Teles Pires, na divisa entre Mato Grosso e Pará, que tem potência de 1.820 MW e entrou em operação no fim de 2015, custou R$ 3,9 bilhões. Com o custo total de Angra 3, portanto, seria possível construir seis hidrelétricas de Teles Pires, com uma geração total de 10.920 MW.

O MME e a Eletronuclear, responsável pela usina, não quiseram se manifestar sobre o assunto. Na quinta-feira, o drama de Angra 3 – que nos últimos anos andou frequentando muito mais as páginas policiais, pelas denúncias de esquemas de corrupção nas obras – deve ser debatido em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em Brasília.

Parceria. Hoje, a geração nuclear é um monopólio federal, com a Eletronuclear à frente das duas únicas usinas em operação no País, Angra 1 e Angra 2, que têm capacidade total de 1.990 MW. O plano é abrir as portas do setor para empresas de fora. A Eletronuclear tem mantido conversas com várias empresas, como CNNC e SNPTC (chinesas), EDF (francesa), Kepco (coreana) e Rosatom (russa). É consenso de que não há meios de avançar nas obras sem a participação de um parceiro privado.

A situação financeira da Eletronuclear fala por si. Mesmo com as operações de Angra 1 e 2 em pleno funcionamento, a estatal fechou o ano com prejuízo líquido de R$ 4,075 bilhões. Somado aos anos anteriores, o prejuízo acumulado chegou a R$ 10,952 bilhões. No horizonte, o que se vê são mais contas para pagar. A Eletronuclear precisa quitar nos próximos anos outros R$ 7,718 bilhões em empréstimos tomados com a Caixa e o BNDES.

Para dar manutenção constante nas máquinas de geração nuclear de Angra 3, a Eletronuclear já gastou mais de R$ 1 bilhão. Estudos realizados pela consultoria Deloitte apontam que ainda serão necessários pelo menos 55 meses de trabalho para concluir a usina, a partir do momento em que suas obras forem retomadas. No papel, a Eletronuclear trabalha com a hipótese de retomar as obras em junho de 2018, para concluí-la em dezembro de 2022.

A conclusão da usina pode ser importante para a Eletronuclear, mas não tem papel crucial no abastecimento energético do País. Na realidade, o que se tem hoje é um cenário com certa sobra de energia, por conta da queda na atividade econômica. A geração nuclear atual responde por apenas 1,3% da geração nacional.

http://ilumina.org.br/para-concluir-ang ... sao-paulo/




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Re: Geopolítica Energética

#932 Mensagem por Bolovo » Sáb Jun 03, 2017 8:46 pm

O problema de Angra 3 são os custos envolvidos que qualquer obra no Brasil tem e não pelo fato de ser uma usina nuclear em si. Se a energia nuclear estivesse condenada, a China, a "potência verde mundial", não estaria atualmente construindo outras 20 usinas nucleares, aumentando em 54% a oferta desse tipo de energia no país. O Brasil vai precisar, uma hora ou outra, decidir por fazer mais uma central nuclear, que não será necessariamente Angra.




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Re: Geopolítica Energética

#933 Mensagem por Sterrius » Sáb Jun 03, 2017 11:19 pm

Creio que a decisão do Brasil pra usinas nucleares ja está meio que tomada.

Só 1 usina por questões estratégicas e pra continuar tendo urânio sendo produzido e manter a cadeia completa.
Com os submarinos nucleares, se saírem, nem da usina precisa. Cada submarino seria ja um reator.

Fora isso métodos mais comuns.




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Re: Geopolítica Energética

#934 Mensagem por Bourne » Dom Jun 04, 2017 9:14 pm

A decisão pode estar tomada, mas na hora de liberar a verba não o fazem. Ao contrário. Os governos preferem direcionar a verba para hidroelétrica ou outro tipo de infraestrutura relacionada ao setor de energia ou não. Isso nos tempos das vacas gordas do Lula e, principalmente, da Dilma. Imagina agora e nos próximos anos.

Existe mais indicações que Angra 3 não sai. Parceiro privado para viabilizar o negócio vai ser complicado arranjar, mesmo com subsídio brutal para o sócio. Àqueles planos de várias usinas nucleares nunca passaram da casa das ideias. Porque a energia nuclear é cara e na realidade brasileira é muito mais. E, quando tiver verba, o governo vai priorizar outros projetos.




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Re: Geopolítica Energética

#935 Mensagem por Túlio » Seg Jun 05, 2017 8:17 pm

Bourne escreveu:A tecnologia mudou e transformou as usinas de "angras" em dinossauros, caros e que não dá para terminar pelo custo. Enquanto solar e eólica são mais em conta, podem ser feitas pela iniciativa privada e casam muito melhor com a base instalada das hidroelétricas.
Para concluir Angra 3, governo terá de desembolsar mais R$ 17 bi – Estado de São Paulo

3 de junho de 2017

Análise do Ilumina: Tomando como base uma experiência própria de orçamento de placas fotovoltaicas (que, no Brasil, ainda estão muito caras), uma área de 21 m2 geraria 360 kWh/mês. Essa energia custa a preços de maio de 2017, R$ 280 pago às distribuidoras. O problema é que esse sistema ainda custa R$ 38.000 e, por conta de uma regulação favorável às distribuidoras, o consumidor é obrigado a pagar 100 kWh da rede, mesmo que não consuma!

Mas, apenas para ficarmos cada vez mais pasmos, podemos calcular quanto os R$ 17 bilhões poderiam gerar de energia com placas solares.

Façam as contas! Mesmo que o rendimento dos painéis sejam a metade do exposto, R$ 17 bilhões gerariam 900 TWh, 60% acima do que consumimos hoje.

Claro que não se está propondo esse direcionamento de tantos recursos num país tão carente de tudo. A conta serve para mostrar que a tecnologia mutante, perante uma obra que dura 30 anos, está colocando um dilema para os brasileiros.

Para os descrentes que argumentam que à noite as placas não geram, lembramos que temos reservatórios e, a água economizada durante o dia pode gerar à noite.

Infelizmente o Brasil está desmontando a visão sistêmica que tinha do setor, favorecendo a visão individualista do “mercado”.
Sério? Estou pensando em algo assim (quem não pensaria, com NO MÍNIMO um apagão por semana?) mas............




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Re: Geopolítica Energética

#936 Mensagem por Bourne » Seg Jun 05, 2017 9:02 pm

Olhe bem, os mais pessimistas e realistas dizem que só não teve novo apagão como lá em 2001 pela economia ter implodido.

Lá em 2013 e 2014 o sistema estava passando do limite e as hidroelétricas gastando água mais do que deveriam. Isso motivou o governo acelerar obras para ampliar e melhorar as usinas. Como também começar a licitar rodadas para produção de energia eólica e depois solar para fazer setor privado investir e economizar água. O nordeste se salvou do racionamento por isso.

Hoje tem volta por pela economia em baixa e ter voltado a chover. Só que com uma recuperação modesta do PIB, a folga desaparece.




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Re: Geopolítica Energética

#937 Mensagem por Juniorbombeiro » Qua Jun 07, 2017 2:50 pm

Túlio escreveu:
Bourne escreveu:A tecnologia mudou e transformou as usinas de "angras" em dinossauros, caros e que não dá para terminar pelo custo. Enquanto solar e eólica são mais em conta, podem ser feitas pela iniciativa privada e casam muito melhor com a base instalada das hidroelétricas.
Sério? Estou pensando em algo assim (quem não pensaria, com NO MÍNIMO um apagão por semana?) mas............
Sou meio burrinho, não consegui entender esse cálculo, alguém me explique.




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Re: Geopolítica Energética

#938 Mensagem por Bourne » Ter Dez 26, 2017 6:15 pm

Uma inovação nacional. Vai ter prefeito e governador dando pulinhos de alegria se o imposto vingar.
Brasil pode se tornar o primeiro país do mundo a cobrar royalties do vento

O vento é a fonte de energia que mais cresceu no Brasil nos últimos cinco anos. E tem gente que vê nisso uma oportunidade de arrecadação.

O aumento da produção de energia elétrica pode fazer com que o Brasil se torne o primeiro país a cobrar royalties do vento e isso já está recebendo críticas.
A mais importante fonte de energia do Brasil sempre foi a mais barata e competitiva de todas. Isso até semana passada. Pela primeira vez na história dos leilões de energia, a água foi ultrapassada pelo vento. O preço da energia eólica ficou mais barato em comparação com o das três últimas grandes hidrelétricas construídas no país. Ficou também bem mais em conta que o preço médio de todas as hidrelétricas contratadas desde o início dos leilões de energia, há 12 anos.

O preço da energia solar também despencou (R$ 145,68 = mwh) e ficou menor até que o das termelétricas a gás. A boa notícia é que tudo isso ajuda o consumidor. "Se não fosse a energia eólica, o consumidor brasileiro estaria pagando mais caro pela energia neste momento", afirma Elbia Gannoum, presidente da ABEÓLICA.

O vento é a fonte de energia que mais cresceu no Brasil nos últimos cinco anos. Já são 503 parques eólicos instalados e 2017 foi um ano em que recordes importantes foram quebrados: por alguns dias, a energia eólica chegou a abastecer mais de 12% de todo o Brasil. Na região Nordeste, passou dos 60%.

São números tão impressionantes que já há no Congresso Nacional um movimento que defende a cobrança de royalties do vento. Pela proposta de emenda constitucional, o vento é um recurso que pertence a todo o povo brasileiro e é justo que os benefícios econômicos dessa atividade sejam compartilhados. O texto também afirma que as fazendas eólicas ocupam vastas áreas que limitam a realização de outras atividades econômicas, como o turismo.

Autor da proposta, o deputado Heráclito Fortes, do PSB do Piauí, quer estender a cobrança dos royalties para a energia solar: “Não é justo que nós tenhamos esse potencial de produção, não só de eólica como de solar, e não se usufrua nada. Você desvia a finalidade da terra. São áreas que poderão ser usadas para agricultura ou para outros fins”.

Para o ex-presidente da empresa de pesquisa energética a cobrança de royalties e professor do COPPE, Maurício Tolmasquim, é um retrocesso: “Não tem lógica nenhuma essa proposta de cobrar royalties da energia eólica. A energia eólica é uma fonte renovável, não poluidora, que tem aumentado a renda de regiões pobres do Nordeste onde pequenos proprietários estão podendo aumentar um pouco a sua renda, e que trouxe várias fábricas de equipamentos que se instalaram no Nordeste, criaram empregos e ainda estão trazendo receita para o governo”.

Quando o assunto é energia limpa e renovável, o vento continua soprando a favor. Até quando, ninguém sabe.

http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia ... vento.html
Essa foi a grande revolução que aconteceu no governo Lula II e Dilma, mas todo mundo só olhou no pré-sal.




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Re: Geopolítica Energética

#939 Mensagem por Túlio » Ter Dez 26, 2017 6:19 pm

Não gostei: então se eu resolver botar painéis solares na minha casa (minifúndio improdutivo) ou mesmo se não fizer isso, vou ter que pagar imposto? E se eu resolver que não vou pagar, fazem o quê? Cortam o vento, o sol? Me prendem?




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Re: Geopolítica Energética

#940 Mensagem por joao fernando » Qua Dez 27, 2017 10:22 am

Túlio escreveu:Não gostei: então se eu resolver botar painéis solares na minha casa (minifúndio improdutivo) ou mesmo se não fizer isso, vou ter que pagar imposto? E se eu resolver que não vou pagar, fazem o quê? Cortam o vento, o sol? Me prendem?
Não, basta vc comprar pelo mercado livre as placas, os conversores, as baterias e s inversores. Só não segura o tranco de um chuveiro eletrico. O resto vc toca apenas com a solar

https://produto.mercadolivre.com.br/MLB ... 76823e1b30

Potencia é potencia. Um chuveiro eletrico drena 7000 watts. 20 placas dessa seguram um chuveiro. E nem tá caro. Lampadas de led, TVs modernas, tudo isso um sistema solar segura de boa. Um forno eletrico, de 1000 watts, fica mais dificil, mas não impossivel.




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Geopolítica Energética

#941 Mensagem por joao fernando » Qua Dez 27, 2017 10:24 am

Kit para 5000 watts

https://produto.mercadolivre.com.br/MLB ... -horas-_JM

Nem ta caro

Agora, se vc quiser ir na prefeitura e abrir o bocão pra pagar imposto, ai é com vc




Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Geopolítica Energética

#942 Mensagem por Bourne » Qua Dez 27, 2017 10:35 am

Calma, Túlio.

O delírio do deputado Heráclito Fortes, o boca murcha, nunca vai passar por dois motivos. Primeiro, o imposto vira custo para quem investe no sistema e que é muita gente. Seja empresas de energia, industrias, comércio e gente comum em geral. Segundo, não faz sentido como o Professor da UFRJ disse. Além de ser o inverso dos programas de isenção e incentivo que existem nacional e regional para energia solar e eólica para evitar construir ou usar usinas hidroelétricas ou térmicas, incentivar a produção descentralizada para reduz a pressão sobre centros de transmissão e distribuição. Além disso, a construção do equipamento, instalação e operação demandam serviços e pessoal que já paga impostos nacionais e locais.

No fim das contas é uma ideia do nobre deputado para empurrar mais um imposto. Não passa porque prejudica muita gente.Sem contar que vai contra a política energética da última década que introduziu a energia eólica e, recentemente, solar. Como também, a perspectiva da próxima década que é aprofundar o uso dessas fontes de energia com objetivo de enfrentar secas prolongadas ao poupar o uso da água das hidroelétricas, evitar a necessidade de ligar térmicas que são muito caras de operar. Além de reduzir a necessidade de novas usinas e infraestrutura necessárias que são projetos grandes e demorados. Por exemplo, o que salva o nordeste do racionamento para enfrentar a seca dos últimos tempos é a energia eólica. Outras regiões irá acontecer o mesmo porque a seca tá vindo e pegando boa parte do país.




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Re: Geopolítica Energética

#943 Mensagem por Juniorbombeiro » Qua Dez 27, 2017 10:51 am

Um dia, isso ainda vai dar merda.

https://petronoticias.com.br/archives/106528




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Re: Geopolítica Energética

#944 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Dez 27, 2017 12:52 pm

Túlio escreveu:Não gostei: então se eu resolver botar painéis solares na minha casa (minifúndio improdutivo) ou mesmo se não fizer isso, vou ter que pagar imposto? E se eu resolver que não vou pagar, fazem o quê? Cortam o vento, o sol? Me prendem?
Mete apenas uns para AQS de preferência drain back para não teres grande manutenção.

Ex.: http://www.maisenergia.pt/zArchives/Pho ... Daikin.pdf




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Geopolítica Energética

#945 Mensagem por Bourne » Qui Fev 15, 2018 11:30 am

Votorantim Energia inaugura complexo eólico no Piauí

RIO - A Votorantim Energia inaugurou na última semana o Ventos do Piauí, primeiro complexo eólico da empresa, localizado na divisa entre os Estados de Piauí e Pernambuco. Com investimentos de R$ 1,1 bilhão, o empreendimento é formado por sete parques eólicos, com capacidade total de 206 megawatts (MW). O Ventos do Piauí, cuja construção teve in

Com investimentos de R$ 1,1 bilhão, o empreendimento é formado por sete parques eólicos, com capacidade total de 206 megawatts (MW).

O Ventos do Piauí, cuja construção teve início em 2016, faz parte da joint venture formada em dezembro do ano passado entre a Votorantim e o fundo de pensão canadense Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB). O objetivo da parceria é investir R$ 3 bilhões em fontes de energia renovável no Brasil nos próximos anos.

O parque gerador da Votorantim no Brasil reúne 32 hidrelétricas, com capacidade total de 2,6 mil MW. Nos últimos anos, a Votorantim Energia passou a atuar como comercializadora do excedente de energia no mercado livre e em leilões.

Este trecho é parte de conteúdo que pode ser compartilhado utilizando o link http://www.valor.com.br/empresas/532110 ... o-no-piaui ou as ferramentas oferecidas na página.

http://www.valor.com.br/empresas/532110 ... o-no-piaui
Prevejo que a onda de mega hidroelétricas acabou. Belo monte foi a última.




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