Já que algué, felizmente, trouxe o assunto para cá, deixa eu continuar a discussão por aqui.jauro escreveu:Claro o que tem lá fora é lá fora, outro Pais, outra teoria ou tese de emprego, outras políticas e outras estratégias. As FA brasileiras tem em mente defender o território brasileiro e não sair anexando territórios contíguos.
A doutrina advém dos estudos continuados das Forças Adversas, do terreno em questão e da missão a ser cumprida
E a Doutrina dita os meios a serem utilizados e não ao contrário.
Primeiro, essa questão do Brasil ser um caso diferente de outros países, não é bem assim, o Brasil ainda fica no mesmo planeta que os demais países, e, desses demais países, muitos se preocupam em ter forças capazes de operar globalmente, não apenas em seu próprio território, como, por exemplo, os EUA que lutaram no Vietnã, com selva e muitos rios.
Alias, o Vietnã ensinou muito sobre guerra blindada, uma das lições foi a inaptidão do M113.
Não que a capacidade anfíbia não seja importante, ela é, vide as diversas bizarrices que fazem para blindados atravessar rios, é uma capacidade importante aqui, na Rússia, no Vietnã, etc, o problema é manter o blindado leve o bastante para ser anfíbio, como o M113 mostrou no Vietnão, suas 14 toneladas não são suficiente para proteger adequadamente a tripulação de minas terrestres, RPGs e outros explosivos disparados contra eles, embora seja muito importante conseguir levar os soldados até o outro lado do rio de nada isso adianta se eles chegarem lá mortos, tendo que escolher entre proteção e capacidade anfíbia os IFVs de mais de 25 toneladas se espalharam pelo mundo.
Nos EUA a troca também não foi da noite para o dia, inicialmente as brigadas tinham tanto o Bradley quanto o M113, mantendo a capacidade de travessia em ao menos parte da brigada, para só recentemente chegarem a conclusão que nem assim valia a pena manter o M113 e determinarem a aposentadoria gradual dele. Pessoalmente acredito que iniciar com algo nesses moldes mantendo o M113 ao lado de um IFV de verdade seria de grande valia ao EB, pode até ser que o pensamento não mude sem experiências de combate reais, mas seria de grande ajuda na formação de novas ideias.
E não posso esquecer, da Rússia, ainda a projetar APCs/IFVs sobre lagarta anfíbios, mas projetaram em paralelo a um IFV pesado, fico muito curioso para saber como seu exército vai se organizar com esses equipamentos, e também fico furstrado por, embora eles sigam um filosofia parecida em muitos aspectos com a nossa, quase não há menção aos seus bindados por parte do EB, é como se a Rússia ficasse em outro planeta.
Se a ideia for mesmo desenvolver um blindado (ou melhor, uma família) sobre lagartas então existe uma outra opção de conciliar essas necessidades, uma transmissão eletromagnética torna o projeto muito mais flexível facilitando o projeto da família, e, com a tecnologia atual de baterias, o blindado poderia se locomover por alguns minutos com o motor desligado, o suficiente para uma travessia submerso, sensores modernos podem mapear o fundo do rio ou lago evitando que ele se perca, resolvemos a clausula pétrea da transposição de rios sem ter que sacrificar a proteção para isso.jauro escreveu:Já desenvolvemos dois Bld anfíbios S/R e um sobre lagartas. A tendência é reduzir a dependência externa.