Estamos na quarta página e o debate fica cada vez mais interessante. Lembremos do meu post que deu início a ele, logo se vê uma falha conceitual de minha parte, e não tenho palavras para agradecer aos Colegas por demonstrar que não era essa moleza toda, tipo bastaria desenvolver e instalar APU e o nosso "
interim MBT" seguiria tranquilo pelos 10 a 15 anos que lhe restam no EB. Não, é mais complicado: antes da APU se precisa atualizar a parte eletro-eletrônica (menores custos de Mntç e menor MTBF, sem mencionar o desempenho muito superior) só para se ter uma ideia do tamanho e potência que serão necessários à citada APU. Há ainda o motor (transmissão tá OK?) que, segundo o Mestre Elígio - e ele
trabalha com isso, tem Cursos e tudo e ainda por cima serve em um Centro de Excelência - tá dando problema. Com base no postado pelo JF véio (Brasil fabrica rotineiramente montes de peças para motor) e pelo Júnior (bomba e compressores mecânicos que podem ser substituídos por - assim entendi - turbos e/ou elétricos). Em suma, a solução para
começar a dar um verdadeiro
boost seria iniciada resolvendo estes 3 problemas em conjunto (o ideal) ou separadamente, na seguinte ordem: motor, sistemas elétricos e eletrônicos e finalmente (pois então som, se saberia com exatidão as necessidades de eletricidade do carro) APU. É o que entendi até agora.
Em um segundo momento sim, se passaria a estudar coisas como a troca dos sensores e sistemas atualmente em uso (tipo visão noturna, termal & quetales) por outros mais modernos que, assim o sendo, se manteriam dentro da capacidade da citada APU (talvez até com uma folga que permitisse a instalação de outros, sempre com ênfase no TREINAMENTO). Ainda mais adiante eu considero um sistema como LAHAT 105 como imprescindível e não encontrei uma única
fuente com um mínimo de credibilidade que afirme ser necessário modificar a peça para o disparo da citada munição, que aparentemente usa pólvora no interior do estojo em quantidade reduzida, servindo apenas para expelir o Msl para fora do tubo já em sua velocidade de cruzeiro, que ele manterá com seu próprio propulsor. A pressão, portanto, é provavelmente até menor do que um tiro de APFSDS; minha dúvida a respeito é senão precisaria ser rearranjada a munição no interior do carro, pois o LAHAT mede mais de 1 metro de comprimento, não sei se tem espaço nos depósitos ou se precisaria mexer nisso.
Ainda sobre o LAHAT, abaixo meus comentários finais neste tópico, no qual sua importância é secundária:
Marechal-do-ar escreveu:
Primeiro, video com tanque abatido não prova nada, quantos resistiram? Mesmo uma arma relativamente fraca pode abater um tanque com um blindagem resistente, é só acertar algum lugar mais vulnerável, saber que um tiro penetrou sem saber quantos não penetraram não quer dizer nada.
Totalmente de acordo, para saber
kill-rate primeiro se precisa saber quantos disparos foram efetuados (total), destes quantos acertaram e destes quantos realmente botaram o alvo fora de combate. O resto é
chutômetro misturado com propaganda de fabricante.
Marechal-do-ar escreveu: (...) um importante parâmetro (mas não o único) da penetração de uma carga oca é o diâmetro da ogiva, o LAHAT tem apenas 105mm de diâmetro, um TOW ou Kornet (que existem aos montes na Síria, e nem sempre cumprem seu papel) tem 152mm, os mísseis anti-carro mais capazes tem 178mm (o SPike, tambem israelense tem 170mm), dado o desempenho de mísseis maiores que o LAHAT eu duvido muito que esse último consiga penetrar de forma consistente um T-72B1 ou Leo 2A4 frontalmente, mesmo pelas laterais podem haver restrições.
Aqui discordo, ao menos em parte: a tecnologia das ogivas não para de evoluir, tanto quanto as contra-medidas. O LAHAT, mesmo com seu pequeno diâmetro, é bi-ogival, o que significa duas cargas contra o mesmo ponto. Assim, um suposto embate entre Leo1A5 com supostos LAHATs contra o T-72B1V, supostamente protegidos por Kontakt 1 (ERA de primeira geração) implicaria em alta probabilidade de destruição contra o MBT da Vuvuzela, capacitado a enfrentar apenas RPGs e Msls AT de ogiva simples. Outro exemplo (novamente absurdo) seria um embate de Leo1A5 com LAHAT contra Leo2A4: este não tem ERA, dependendo puramente de seu canhão (alcance preciso de pouco mais de 4 km) e blindagem passiva para segurar o rojão. Se o Leo1 conseguir se manter fora do alcance do Rh 120 L44 enquanto dispara e orienta o LAHAT, as chances estão a seu favor.
Ulteriores comentários vou deixar para algum dos dois tópicos de Super Trunfo sobre blindados, pois não cabem aqui. No momento, como dito acima, o foco é estudar os problemas da motorização, eletro-eletrônica e APU.