Novo Fuzil para o EB

[gusmano]

Esse é o relatório, vamos por partes.

O relatório é de 2014, não sei o que pode ter sido mudado de lá pra cá, todo o relatório é dividido entre os diversos requisitos da FAB, tais como fácil manejo, poder receber bandoleira, até a durabilidade do cano, requisitos de precisão etc...

O requisito 8 diz "RE 08: Ter alcance de utilização para a execução dos tiros com precisão, sem o uso de dispositivos ópticos e optrônicos de, pelo menos, 200 metros" A FAB diz que o fuzil cumpriu o requisito nos primeiros 2500 disparos, porém foram feitas novas avaliações aos 6000 tiros (Durabilidade mínima exigida pela FAB) E a FAB constatou isso "Após 6000 disparos o fuzil foi submetido a um novo teste de precisão de 200 metros, conforme prevê a RE 21. Observou-se que sua precisão atingiu o índice de 16,666%, com isso concluímos que houve um déficit de 70% de precisão. Ressalto que o teste foi realizado pelo hexacampeão brasileiro de tiro (IPSC). "

SOBRE OS COMANDOS AMBIDESTROS QUE O EB TANTO DIZ QUE NÃO SÃO NECESSÁRIOS a FAB bate muito na tecla dá ERGONOMIA O requisito 10 diz:

"RE 10: Possuir seletor de tiro de fácil utilização com, no mínimo as posições de tiro automático, tiro intermitente e posição de segurança, podendo a seleção ser feita com uma única mão. "

"- Atirador Destro com Estatura Mediana: Quando em qualquer posição de tiro, o atirador não consegue realizar a mudança do seletor de tiro, sem perder a empunhadura. " "- Atirador Canhoto com Estatura Mediana: Não há dispositivo ambidestro para tiro. "

No requisito 13 a alavanca de manejo é considerada excessivamente saliente.


Mas é no requisito 14 que a coisa começa a ficar crítica:

"RE 14: Possuir punho, coronha, guarda-mão e chapa da soleira resistente a impactos e refratários ao calor. "

Sim, possui punho, coronha, guarda-mão e chapa da soleira resistente a impactos, mas quando o referido fuzil foi submetido ao teste de 6000 tiros, o seu guarda- mão não suportou a temperatura gerada pela cadência de tiro do teste. Vale ressaltar que foram respeitados os intervalos de tiros, 10 minutos a cada 300 tiros, a fim de refrigerar o sistema. E ainda o guarda-mão foi danificado permanentemente sua parte anterior, no qual desprendeu o parafuso da parte superior do trilho de acessórios e pino de fixação do guarda – mão.

O requisito 21 trata da durabilidade da arma

"RE 21: Cano com vida útil, mínima de 6.000 tiros. "

1) Com 2810 disparos o guarda-mão derreteu em sua parte frontal, tornando impraticável a execução do tiro, pois o guarda-mão se desprendeu do armamento. Com isso foi substituída a respectiva peça. Vale ressaltar que quando aumentou a temperatura, dificultou a seleção de tiro;

2) Aos 3260 disparos, o ferrolho partiu-se ao meio, gerando uma nova substituição da referida peça;

3) Aos 3810 disparos o guarda–mão substituído derreteu da mesma forma que o original desta arma;

4) Em D+1, após 4150 disparos o ferrolho ficou à retaguarda, tendo que utilizar de meios não convencionais para destravar o ferrolho;

5) Após 4350 disparos não houve a extração do estojo; ou seja, o cartucho ficou alojado na câmara, sendo necessário o uso de uma ferramenta para extrair o estojo;

6) Após 4600 disparos a tampa da caixa culatra foi danifica, sendo substituída por outra peça.

7) Teste de Precisão de 200 metros: Conforme RE 08.

RE 22: Possuir índice de disponibilidade, em operações, acima de 90%.

Não, pois em operações foram constatado uma disponibilidade de 50% dos fuzis que estavam em teste, no qual tivemos as seguintes baixas: 02 guarda-mão, 01 ferrolho e 01 caixa da culatra.

RD 5: Não permitir ignição espontânea de cartucho na câmara por aquecimento do cano.

Aos 2500 disparos ocorreu o primeiro COOK OFF, sendo importante ressaltar que durante todo o teste houve ainda cinco situações do gênero.

Fora isso o fuzil não atende aos requisitos como capacidade ambidestra, mira noturna, recuo, tendo maior recuo que as HK, coronha estendida etc...

Ao que parece o exército fez um fuzil só pra ele mesmo, considerando que os requisitos eram técnicos, basicamente o diz que o fuzil não serve pra combate.

Jesus, Maria, José e o burro! É ainda pior do que eu pensava. Meus agradecimentos aos Colegas Sgt Coelho e Zelhos, por nos brindarem com infos tão importantes.

Meu comentário? É nisso que dá botar ferrolho de AR-18 em FAL de plástico. E depois a Taurus é que é a fábrica de merda...

Tem razão, ela perdeu essa exclusividade depois do MD e do IA2. Agora tem até competição de merda. kkk

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Vei..FUZIL NÂO È AVIÂO. Naõ tem muito segredo não...tem um monte de receita com sucesso praticamente garantido por ai.

Só uma coisa explica isso: Alguem tá levando grana. Simples.

abs
abs

[Bolovo]

A Imbel deveria parar de reinventar a roda, pegar o projeto do AR-15 (cuja patente expirou em 1977) e fazer uma versão com pistão.

Um HK416 brazuca.

Não tenho dúvidas que atenderia todos os requisitos de todas as forças.

[juarez castro]

mas será que anda arrebentando mesmo nas mãos das pessoas? no exército não aconteceu nada que eu saiba, ou aconteceu?

… 30% dos IA2 de uma certa unidade de Inf L próxima à Capital de SP já estão baixados… Só com o ridículo uso de meia dúzia de disparos anuais e o intenso monta e desmonta da instrução básica.

Desconfio de que os órgãos de segurança do Exército estão trabalhando com afinco para bloquear vazamentos de informações indesejáveis...

Prezado Clermont, eu tenho certeza. Tá dando um rebu lá na FAB por causa disto.

G abraço

[Pablo Maica]

Conheço quem fez o teste com o IA-2 para a FAB, fazia IPSC conosco no SOCEPE e servi com ele no BINFA aqui da BASM, sendo que posteriormente enquanto eu ainda estava na FAB ele foi fazer parte da segurança presidencial. Ultimamente andava pela Russia, mas voltou ano passado se não me engano. O melhor atirador que eu já conheci, com um conhecimento e técnica absurdos. Recentemente fez um vídeo para a IMBEL elogiando muito o IA-2, de duas uma, ou realmente melhoraram o fuzil de 2014 para cá, ou foi propaganda forçada.



Um abraço e t+

[vplemes]

Ele estava sendo patrocinado pela imbel, duvido que iria falar mal da arma. Não existe opinião que resista a um bom pixuleco.

[Zelhos]

Conheço quem fez o teste com o IA-2 para a FAB, fazia IPSC conosco no SOCEPE e servi com ele no BINFA aqui da BASM, sendo que posteriormente enquanto eu ainda estava na FAB ele foi fazer parte da segurança presidencial. Ultimamente andava pela Russia, mas voltou ano passado se não me engano. O melhor atirador que eu já conheci, com um conhecimento e técnica absurdos. Recentemente fez um vídeo para a IMBEL elogiando muito o IA-2, de duas uma, ou realmente melhoraram o fuzil de 2014 para cá, ou foi propaganda forçada.



Um abraço e t+

no vídeo ele disse que o fuzil tinha dado 13 mil tiros sem falha, o relatório mostra que ele não dura 3000, é um salto muito grande pra pouco tempo.

[juarez castro]

E, 3000 para 13000 e "pouca coisa"....

G abraco

[Túlio]

Conheço quem fez o teste com o IA-2 para a FAB, fazia IPSC conosco no SOCEPE e servi com ele no BINFA aqui da BASM, sendo que posteriormente enquanto eu ainda estava na FAB ele foi fazer parte da segurança presidencial. Ultimamente andava pela Russia, mas voltou ano passado se não me engano. O melhor atirador que eu já conheci, com um conhecimento e técnica absurdos. Recentemente fez um vídeo para a IMBEL elogiando muito o IA-2, de duas uma, ou realmente melhoraram o fuzil de 2014 para cá, ou foi propaganda forçada.



Um abraço e t+

no vídeo ele disse que o fuzil tinha dado 13 mil tiros sem falha, o relatório mostra que ele não dura 3000, é um salto muito grande pra pouco tempo.

Na verdade, e até onde sei, três mil disparos sem NENHUMA falha atribuível à arma de fato já é uma grande coisa - se for arma Militar de uso normal, claro - a se considerar; já a partir do momento em que o cara sobe a barra para TREZE MIL, bueno, das duas uma: ou é pura lorota ou, como falei acima e bem mais provável, é arma específica para competição, com cada peça e parte escolhida a dedo, desmontada em último escalão e cada componente minuciosamente checado (sempre que necessário sendo substituído por outro de ótima qualidade) após cada sessão de tiro. Em suma, arma para competição demanda uma enorme carga de trabalho artesanal e atenção constante, exatamente como uma versão de competição de um carro ou moto. Não é para o dia a dia.

E mesmo assim, com o melhor IA-2 do planeta, o cara ainda ficou em 53º...

[Juniorbombeiro]

Sem falar que tem uma grande diferença entre 13000 tiros ao longo de um grande intervalo de tempo e em vários eventos espaçados intercalados por manutenção e ter que aguentar 6000 tiros em uma sentada só, dando só tempo pra arma respirar.

[Túlio]

Sem falar que tem uma grande diferença entre 13000 tiros ao longo de um grande intervalo de tempo e em vários eventos espaçados intercalados por manutenção e ter que aguentar 6000 tiros em uma sentada só, dando só tempo pra arma respirar.

Sim, mas é deste modo que as armas Militares são testadas, elas têm que aguentar MUITA porrada. Até arma Civil, como a Glock, achas que é apenas pelo percussor lançado, chassis de polímero e cano poligonal que todo mundo quer botar as mãos em uma? Apanhou feito boi ladrão até ser capaz de segurar o tranco.

Lembrar ainda que foi assim que a FAB escolheu o SIG e o CFN o M-16/M-4. Eles passaram...

[Juniorbombeiro]

Eu sei disso, e mesmo eu torcendo o nariz para o IA-2, por considerar o mesmo obsoleto, acredito que o mesmo tenha passado por teste semelhante no EB. Aliás, em que ano foi mesmo que botaste o dedo nele Túlio???
Outra coisa... não estou conseguindo ver o relatório no SlideShare, se alguém pudesse colocar em outra plataforma ou até mesmo fazer ser visto diretamente aqui, ficaria muito agradecido.

[Juniorbombeiro]

Aliás, tem vídeos dos atiradores da fábrica torturando as armas no estande da IMBEL, não dá pra saber quantos tiros são, mas percebe-se que não são poucos.

[Túlio]

Eu sei disso, e mesmo eu torcendo o nariz para o IA-2, por considerar o mesmo obsoleto, acredito que o mesmo tenha passado por teste semelhante no EB. Aliás, em que ano foi mesmo que botaste o dedo nele Túlio???

2013 e 2014. Na época (curiosidade: fazia poucos dias que a adoção do IA-2 como substituto do FAL havia sido oficialmente anunciada pelo EB) acabara de entrar em vigor uma Portaria que proibia o tiro com qualquer IA-2, o que me pareceu paradoxal. JAMAIS me foi autorizado o disparo, apenas Instrução completa, com desmontagem, descrição do funcionamento das peças e partes, o que procurar e fazer em caso de pane (coisa que, segundo os próprios Instrutores, acontecia o tempo todo, mas JAMAIS isso de a arma estourar nas fuças de alguém, e sei quando estão me mentindo, não foi o caso, afianço), inspeção, limpeza e remontagem.

Isso posto, acreditas que fizeram algum teste mais destrutivo na arma? O EB? Quá!

Aliás, tem vídeos dos atiradores da fábrica torturando as armas no estande da IMBEL, não dá pra saber quantos tiros são, mas percebe-se que não são poucos.

Teriam algum valor se as armas mostradas nos vídeos (tenho os vídeos oficiais da Imbel) fossem de série, o que não eram, eram protótipos artesanalmente feitos.

[Marechal-do-ar]

Sem querer ser advogado do diabo (ou do IA2, que da no mesmo) mas tenho alguns pontos a comentar, e relutei muito em escrever isso, meio que, eu já sei o tipo de resposta que vou rceber...
1) Em relação ao cook off, 300 disparos com intervalos de 10 minutos entre eles, mas em que período são realizados esses 300 disparos? Se for para sentar o dedo e disparar no menor tempo possível que fuzis que não sofrem com cook off? O M16 eu sei que não aguenta;
2) Em relação a durabilidade, as peças que quebraram foram o ferrolho e a tampa da caixa da culatra, peças que quebram é relativamente fácil de concertar, só colocar mais material, então acho bem plausível que uma nova revisão resista a mais disparos, inclusive, esses 13 mil, se não me engano a H&K se orgulha de ter um fuzil que suportou 30 mil disparos;
3) Quanto ao recuo maior que o HK33, esse último é mais pesado, é de se esperar que tenha menos recuo;
4) Quanto ao derretimento do guarda mão, do jeito que mostrou nas fotos só consigo imaginar o quebra chamas sendo o responsável por isso, acho simples de resolver, mas também acho que ninguém na Imbel pensou nessa quantidade de disparos consecutivos;
5) Quanto a ergonomia em geral, me chamou atenção alguns requisitos porque exigem algumas funcionalidades que foram abandonadas pela HK no G36, por exemplo, a alavanca de manejo não deve se mexer durante o disparo, mas, na maioria dos desenhos mais modernos, ela se mexe, por exemplo: G36 e FN SCAR.

Esse ponto é particularmente importante porque indica o que a FAB quer: Um HK33, então, a menos que a Imbel fabrique um HK33, a FAB não vai ficar feliz.

E vale lembrar também que esse teste da FAB é irrelevante para o CFN, já que o M16 que eles usam e adoram não se comportaria bem nessas sessões de 300 disparos, eles devem ter outros critérios para avaliar o fuzil, e que, da mesma forma que ocorre com a FAB, o critério do CFN deve ser baseado no M16.

E aqui também já responde porque a o EB não abandona logo o FAL e parte para fabricar um fuzil mais moderno: Porque, da mesma forma que a FAB e o CFN querem seus amados fuzis, o EB quer o FAL!

E as forças não estão dispostas a cooperar.

[cabeça de martelo]

O menor recuo do HK33 não é só por causa do peso, mas também do mecanismo em si, o cano devia ser flutuante e o guarda-mão é claramente frágil ao sobre-aquecimento, já que por exemplo nunca vi tal coisa acontecer na G3 e o material é o baquelite (plástico duro e muito resistente). Em relação ao manobrador da culatra, a FAB também tem a SIG (Para-Sar)...