NOTÍCIAS POLÍTICAS

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Penguin
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23926 Mensagem por Penguin » Sex Jul 14, 2017 12:22 pm

mmatuso escreveu:
Naval escreveu:O PMDB, seu filhote PSDB, PP e DEM são a desgraça do Brasil. Fato.

Abraços.
PT entra no pacote tb.

Mas uma das desgraças do Brasil é a classe politica toda e não só um partido.
x2

Nada se salva em nossa bagaça política.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23927 Mensagem por Naval » Sex Jul 14, 2017 1:14 pm

Penguin escreveu:
mmatuso escreveu: PT entra no pacote tb.

Mas uma das desgraças do Brasil é a classe politica toda e não só um partido.
x2

Nada se salva em nossa bagaça política.
Amigos, com certeza o PT também não é santo.

Porém, esses partidos citados dominam a política nacional há décadas. São sempre os mesmos nomes e o povo continua votando. Aff... Todos sabemos quem manda de verdade é o poder Legislativo e, quem sempre é maioria no Congresso Nacional? O Executivo é refém do Congresso Nacional (balcão de negócios). E o Judiciário melhor nem comentar.

Infelizmente, no Brasil temos que escolher os menos piores. O sistema político define o comportamento dos políticos. Todas as outras reformas (Tributária, Penal, Agrária etc.), dependem da mais importante de todas que é a reforma política.

Abraços.
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23928 Mensagem por Túlio » Sex Jul 14, 2017 1:58 pm

Transparência Internacional opina sobre condenação de Lula

"Não há impunidade, mesmo para poderosos", afirmou presidente da entidade

http://exame.abril.com.br/brasil/transp ... o-de-lula/
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23929 Mensagem por Sávio Ricardo » Sex Jul 14, 2017 2:14 pm

Túlio escreveu:Transparência Internacional opina sobre condenação de Lula

"Não há impunidade, mesmo para poderosos", afirmou presidente da entidade

http://exame.abril.com.br/brasil/transp ... o-de-lula/
Fascistas, coxinhas e golpistas.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23930 Mensagem por J.Ricardo » Sex Jul 14, 2017 2:34 pm

:lol: :lol: :lol: :lol:
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23931 Mensagem por Túlio » Sex Jul 14, 2017 2:41 pm

Pior que ainda tem uma baita fila de tretas pro Messias de Garanhuns responder. Numa dessas vai mesmo em cana e aí sim, como venho dizendo faz tempo, vai ser a Mãe de Todas as Delações Premiadas, não sobra UM (bobear e vai ter até Moderador do DB tendo que se explicar pro Dr. Moro)! :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23932 Mensagem por Sávio Ricardo » Sex Jul 14, 2017 3:00 pm

Túlio escreveu:Pior que ainda tem uma baita fila de tretas pro Messias de Garanhuns responder. Numa dessas vai mesmo em cana e aí sim, como venho dizendo faz tempo, vai ser a Mãe de Todas as Delações Premiadas, não sobra UM (bobear e vai ter até Moderador do DB tendo que se explicar pro Dr. Moro)! :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
Não se o exercito vermelho, o exercito de Stedilli, Stadilli, Stallin, sei lá, for pra rua em prol da democracia.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23933 Mensagem por Túlio » Sex Jul 14, 2017 3:05 pm

Sávio Ricardo escreveu: Não se o exercito vermelho, o exercito de Stedilli, Stadilli, Stallin, sei lá, for pra rua em prol da democracia.
Desse mato é que não sai coelho, não iam incendiar o Brasil se TENTASSEM "impichar" a Dillma? Já foi faz tempo e cadê o tale de "exército"?

Ainda se surripiar dinheiro público ganhasse guerra, até podia... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23934 Mensagem por Matheus » Sex Jul 14, 2017 3:46 pm

Vão pegar em armas! ops...aprovaram o estatuto do desarmamento a contra sensu do povo que votou não!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23935 Mensagem por prp » Sáb Jul 15, 2017 12:55 am

Único exército que vai pra rua para bater no povo e defender essa corja que está no congresso e planalto é, lamentávelmente, o Exército Brasileiro.
chris

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23936 Mensagem por chris » Sáb Jul 15, 2017 11:26 am

Sobre o Marechal Othon

Quem é Othon Luiz Pinheiro da Silva?


No dia 14 de Setembro desse ano(artigo de 2011), o Dr. Othon Luiz Pinheiro da Silva recebeu o título de Pesquisador Emérito do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) durante a comemoração dos 55 anos do instituto (veja o evento nesse link). Chamado até de "lenda viva" na cerimônia, há quem diga que conhecer a carreira de Othon é conhecer a História da energia nuclear no País.

E você leitor, sabe quem é "esse cara"?


CURRICULUM VITAE

Nascido em 1939 em Sumidouro (RJ), Othon formou-se pela Escola Naval em 1960, iniciando sua carreira na Marinha no quadro de Oficiais do Corpo da Armada. Formou-se em Engenharia Naval pela Escola Politécnica de São Paulo em 1966, atuando como engenheiro naval do Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) entre 1967 e 1974. Em 1978, Othon obteve sua especialização em engenharia nuclear no Massachussetts Institute of Technology (MIT).

Foi Diretor de Pesquisas de Reatores do IPEN entre 1982 e 1984 e foi fundador e responsável pelo Programa de Desenvolvimento do Ciclo do Combustível Nuclear e da Propulsão Nuclear para Submarinos entre 1979 e 1994. Exerceu o cargo de Diretor da Coordenadoria de Projetos Especiais da Marinha (COPESP), atual Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), de 1986 a 1994.

É o autor do projeto de concepção de ultracentrífugas para enriquecimento de urânio e da instalação de propulsão nuclear para submarinos.

Atingiu, na Marinha do Brasil, o mais alto posto para os Engenheiros Navais: o de Vice-Almirante.

Desde outubro de 2005, exerce a presidência da Eletronuclear – Eletrobrás Termonuclear, empresa sediada no Rio de Janeiro, responsável pela construção e pelo gerenciamento das usinas nucleares brasileiras.

Já recebeu diversos prêmios, entre os quais a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico por serviços prestados à ciência e à tecnologia, prêmio este oferecido em 1994 pelo então presidente da República Itamar Franco.


OTHON E O PROGRAMA NUCLEAR DA MARINHA

"Othon começou o projeto de separação isotópica do Urânio com muita criatividade, liderança e engenharia reversa", disse o Dr. Spero Penha Morato, ex-superintendente do Ipen, em seu discurso em homenagem ao Dr. Othon, na cerimônia de entrega do título de pesquisador emérito.

O projeto, que começou em 1979, produziu os primeiros resultados em laboratório já em 1982: a conversão do yellowcake (U3O8) em hexafluoreto de urânio (UF6), etapa que antecede o enriquecimento isotópico. O passo seguinte foi a produção de 24 toneladas de hexafluoreto de Urânio através do financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Para o enriquecimento isotópico, Othon desenvolvia, paralelamente à conversão e de forma secreta, centrífugas de última geração, com mancais magnéticos que minimizam o atrito. A única forma de entender rapidamente o funcionamento destes mancais naquela época era serrando uma bomba de vácuo com o mesmo tipo de mancais que havia no IPEN. E Othon fez isso, irritando, claro, muitas pessoas no projeto. Mas, foi com lances ousados como este - acrescentou o Dr. Spero Morato - que Othon pôs o seu projeto para frente.

O jornalista Lourival Sant'anna publicou, em 2004, uma reportagem no jornal O Estado de São Paulo revelando alguns fatos interessantes que marcaram o projeto. Reproduzo, abaixo, boa parte dessa matéria.

Em 1974, Othon Luiz Pinheiro da Silva, então um capitão-de-corveta de 35 anos, foi escalado para acompanhar a construção de submarinos brasileiros da classe Tonelero num estaleiro da Inglaterra. O jovem oficial estava indo a contragosto. Um mês antes de sua sombria partida, no entanto, um almirante sugeriu ao então ministro da Marinha, Geraldo Azevedo Henning, que o enviasse para o Massachusetts Institute of Technology, nos EUA, para uma pós-graduação em engenharia nuclear.

O ministro Henning, que havia feito uma viagem da Bahia para o Rio em um submarino nuclear americano e ficara entusiasmado, acatou a sugestão. Até então, o contato mais estreito de Othon com energia nuclear tinha sido uma visita ao reator do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), em 1967, quando terminava o curso de engenharia naval na Politécnica da USP.

O Brasil já havia comprado em 1972 o reator de Angra 1, da americana Westinghouse, com a promessa de fornecimento de combustível – processado nos EUA – por 30 anos. Mas, em 1974, começou-se a levantar dúvidas sobre as garantias desse fornecimento. No ano seguinte, o general Ernesto Geisel firmava o acordo nuclear com a Alemanha, que incluía não só as centrais, mas também o ciclo de enriquecimento de urânio.

Até a década de 70, o minério era enriquecido por “difusão gasosa”. Um novo método, mais eficiente e econômico, o da ultracentrífuga, vinha sendo desenvolvido, e o primeiro a dominá-lo em escala comercial foi o consórcio Urenco, formado por Inglaterra, Holanda e Alemanha. O Brasil queria essa tecnologia.

Na última hora, no entanto, os alemães informaram que não poderiam incluí-la no pacote, porque a Holanda, por pressão americana, tinha vetado sua venda ao Brasil. Em seu lugar, os alemães ofereceram aos brasileiros o jet nozzle, um método “muito promissor”, segundo eles, de separação do urânio 238 do 235. Enriquecer urânio é aumentar o teor de 235. Na natureza, o urânio 235 representa apenas 0,7% do minério e o 238, os outros 99,3%. “Quem tivesse feito um curso razoável de física no ensino médio já não compraria esse método”, ironiza Othon. O professor Manson Benedict, um papa do MIT em energia nuclear, deu na época uma aula sobre o jet nozzle, concluindo: “Os brasileiros acreditaram e compraram isso”.

Em 1979, quando Othon voltou ao Brasil, a Marinha não sabia o que fazer com ele. Depois de quatro ou cinco dias de hesitações, levaram o recém-promovido capitão-de-fragata até o diretor-geral de Material da Marinha, o almirante Maximiano da Fonseca. “Você, que cursou esse negócio, quais as nossas chances de ter uma produção nuclear aqui no Brasil?”, perguntou-lhe, de chofre, o almirante. Othon pediu três meses para redigir um relatório. O oficial ficou subordinado à Diretoria de Engenharia. Ao se apresentar, ouviu de seu novo chefe: “Evidentemente não pode ficar um oficial por conta só dessas coisas nucleares”. Othon passou a dividir sua carga horária com o cargo de gerente de um projeto de navio de apoio fluvial. Assim começava o programa de pesquisa nuclear brasileiro: com um oficial em meio expediente.

Othon propôs que o Brasil desenvolvesse sua própria tecnologia. Em outubro de 1978, o então contra-almirante Mário César Flores, do Estado-Maior da Marinha, convocou Othon para dar explicações, depois de ouvir especialistas. A caminho de Brasília, Othon se encontrou no aeroporto com o comandante João Maria Didier Barbosa Viana, que também tinha feito engenharia nuclear no MIT. “Segui o seu caminho”, contou-lhe Othon. “Então você deve estar indo a Brasília pelo mesmo motivo que eu”, especulou Didier. “Tem um louco dizendo que é possível desenvolver o ciclo do combustível nuclear no Brasil.”

Othon passou o dia inteiro respondendo às perguntas que um capitão-de-mar-e-guerra pós-graduado em Monterey (Califórnia) formulava, enquanto Flores fingia ler um jornal. O oficial saiu com a sensação de que tinha ido a Brasília à toa. Pouco mais de um mês depois, foi chamado de novo. “Vai ser outra chatice”, pensou. “Este oficial foi escalado para uma das missões mais importantes que um oficial da Marinha já teve no Brasil”, anunciou solenemente o vice-chefe do Estado-Maior da Marinha, Arthur Ricart da Costa, apresentando Othon ao seu chefe, o almirante Carlos Auto de Andrade. “Deus o ilumine.”

Othon veio para São Paulo e começou a “costurar alianças” com instituições como o Ipen, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Centro Técnico Aerospacial (CTA), em São José dos Campos, que estava desenvolvendo um método de enriquecimento de urânio com raio laser. Depois de consultar especialistas, Othon constatou que a opção do laser não seria viável nos próximos 20 anos, e se fixou na ultracentrífuga.

O objetivo último da Marinha era desenvolver reatores e todos os demais equipamentos da propulsão para submarinos movidos a energia nuclear. Se um submarino movido a diesel – como os que o Brasil usa – partir da Baía de Guanabara, em sua velocidade máxima, antes de chegar a Cabo Frio terá de se aproximar da superfície para o snorkel tomar ar, para pôr em funcionamento seu motor e assim recarregar as baterias. Navegando próximo à superfície, pode ser captado com facilidade por sensores infravermelhos. Para ficar no máximo dez dias no fundo, um submarino a diesel tem de se manter praticamente parado. O submarino nuclear projetado pela Marinha trocaria de combustível em dez anos. O limite de permanência no fundo seria de 45 dias.

Entretanto, a Marinha concluiu que em primeiro lugar era preciso viabilizar o ciclo do combustível e adquirir capacidade de enriquecer urânio. “Autonomia é muito importante”, diz Othon, que aos 65 anos tem hoje uma empresa de consultoria na área de energia. “Inspirei-me na solução que eu imaginei que os americanos estavam desenvolvendo na época em que eu era aluno do MIT, mas com a qual nunca tive contato”, conta o almirante. “É óbvio que a centrífuga americana é muito mais espetacular que a nossa.” Mas, segundo ele, a brasileira sai muito mais barato e os materiais importados necessários para sua fabricação não entram no rol dos itens nucleares sensíveis, sujeitos a embargos internacionais.

O programa capacitou indústrias brasileiras a fabricar as válvulas, sensores e medidores das centrífugas. Othon recrutou cientistas e técnicos do Brasil todo. “Onde tivesse alguém que pudesse ajudar, a gente ia conversar.” O sigilo era resguardado por um termo de compromisso. “Foram 14 anos da minha vida, cada dia um desafio”, lembra o hoje almirante da reserva, que dirigiu o programa entre 1979 e 94. Inicialmente, o projeto era secreto e ficou abrigado num departamento fictício, criado para isso, chamado de Coordenação para Projetos Especiais (Copesp), dentro da Comissão Naval de São Paulo.

A primeira dificuldade de Othon foi formar equipe. Quando assumiu, em 1979, o general João Baptista Figueiredo baixou portaria proibindo contratações no setor público. Othon recorreu ao Estado de São Paulo – e a uma artimanha. Fez um memorando à Secretaria de Ciência e Tecnologia, solicitando a contratação de 20 engenheiros e 40 técnicos para trabalhar no Ipen, num “projeto de interesse das Forças Armadas”. Se assinasse sozinho, no entanto, ficaria fácil para a secretaria pedir a análise do Estado-Maior da Marinha, onde o memorando provavelmente pararia. Então Othon pediu a um tenente-coronel da FAB que também assinasse. “Assim, não vão saber para que Força perguntar.” Deu certo.

De posse dessa contratação, Othon, na época capitão-de-fragata, atreveu-se a saltar a hierarquia e procurar o então ministro da Marinha, Maximiano da Fonseca: “Almirante, estou numa situação complicada. O Estado de São Paulo colocou 20 cientistas no projeto, liderado pela Marinha, e ela não colocou nenhum”. No fim, conseguiu convencer o ministro a contratar o dobro de cientistas e técnicos. “Fiquei com um exército de 60 engenheiros e 120 técnicos”, exulta Othon. No seu auge, no início dos anos 90, o programa chegaria a ter 680 engenheiros trabalhando internamente e outros 300 do Departamento de Pesquisa de Reatores do Ipen, do qual Othon era chefe.

Mas nem tudo era ciência: habilidade e jeitinho também contaram. Othon lembra que uma centrífuga antiga, importada na década de 50, utilizada para treinar equipes e dissimular o esforço principal do projeto, havia parado porque tinha um eixo flexível que quebrava com freqüência e tinha de ser trazido da Alemanha. “Eu tinha um técnico, Zequinha, muito habilidoso, que fazia um eixinho novo em três dias. Levei para ele o projeto e fizemos o primeiro juntos”, conta Othon. “No Arsenal de Marinha, não precisava importar. Era só ligar para o Zequinha.”

Em 1987, num gesto de distensão, o então presidente José Sarney decidiu trazer seu colega argentino, Raúl Alfonsín, para a entrada em operação de um conjunto de 48 centrífugas em Aramar. A inauguração estava marcada para 15 de março. Algumas semanas antes, o indiano naturalizado brasileiro Kesavan Nair, doutor em física de reatores mas também astrólogo, procurou Othon, com uma expressão preocupada: “Quinze de março ‘não bom’”, disse, mostrando uma listagem de computador, na qual uma nuvem negra cobria a data.

Othon ligou para o então ministro da Marinha, almirante Henrique Saboia. “Você acredita nisso?”, perguntou o ministro. “Não”, respondeu Othon. “Eu também não, mas, por via das dúvidas, pergunte quando está bom para inaugurar.” A partir de 28 de março, informou o indiano. Saboia foi falar com Sarney. Mais tarde, ligou para Othon: “Não se preocupe. O presidente é mais supersticioso que nós dois juntos.” A cerimônia ficou para 8 de abril.

Othon guarda até hoje uma planilha de todos os custos do projeto, ano a ano. No total, foram gastos US$ 663 milhões. Aí estão incluídos: o desenvolvimento do ciclo de combustível (projeto Ciclone), da propulsão do submarino (projeto Remo), do submarino propriamente dito, e a infra-estrutura.

“Desafio a me mostrarem no mundo todo um desenvolvimento do ciclo do combustível e da propulsão nuclear com esse custo”, diz ele. Quando deixou o programa, havia quase 700 centrífugas na “colônia”, em Aramar, pelas quais o urânio vai passando e enriquecendo-se gradualmente. A centrífuga americana enriquece bem mais do que a brasileira. A diferença está no custo, que Othon ilustra assim: digamos que sejam necessárias 20 centrífugas brasileiras para produzir o que uma americana produz. Acontece que o custo de 20 brasileiras é menor que o de uma americana.
Em 1994, o Vice-Almirante Dr. Othon Pinheiro da Silva, com 55 anos, teve de deixar o projeto ao completar seu tempo de serviço militar ativo. Os detalhes desse projeto ainda são mantidos a sete chaves, sob pena de prisão pelo vazamento de segredos científicos.

O fato é que o desenvolvimento da tecnologia de ultracentrifugação de urânio é um marco de sucesso na história tecnológica do Brasil e o Dr. Othon teve um papel fundamental nisso guiado pelo lema do CTMSP: “Tecnologia Própria é Independência”.

Uma salva de palmas!



http://conhecerparadebater.blogspot.com ... n-luiz-pin...
chris

Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23937 Mensagem por chris » Sáb Jul 15, 2017 11:28 am

Sobre o Marechal Othon:

Aguardem, em breve terá muito mais. Ele não é corrupto, ele é inocente e foi preso pelo Império Anglo-sionista e vocês não vão me impedir de dizer a verdade!!!!!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23938 Mensagem por felipexion » Sáb Jul 15, 2017 12:22 pm

chris escreveu:Sobre o Marechal Othon:

Aguardem, em breve terá muito mais. Ele não é corrupto, ele é inocente e foi preso pelo Império Anglo-sionista e vocês não vão me impedir de dizer a verdade!!!!!
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chris é a minha fonte de risadas diárias.
[centralizar]Mazel Tov![/centralizar]
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23939 Mensagem por Sakuray » Sáb Jul 15, 2017 6:35 pm

Penguin escreveu:
mmatuso escreveu: PT entra no pacote tb.

Mas uma das desgraças do Brasil é a classe politica toda e não só um partido.
x2

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#23940 Mensagem por Juniorbombeiro » Sáb Jul 15, 2017 7:09 pm

Sakuray escreveu:
Penguin escreveu: x2

Nada se salva em nossa bagaça política.
O Kimta pra acabar com a moral de alguém, primeiro teria que ter alguma.
Trancado