TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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- J.Ricardo
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
vai ser tudo roubado de novo...
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
- Túlio
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
J.Ricardo escreveu:vai ser tudo roubado de novo...
Leste o meu post anterior? Mesmo que não "re-roubem" um tusta, o PÉSSIMO gerenciamento das verbas vai fazer virar em nada...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- J.Ricardo
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Sim, tens toda razão Túlio!
Não temais ímpias falanges,
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- Luís Henrique
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Túlio escreveu:Não obstante, convenhamos que ele tem lá sua razão, é a desculpa perfeita para mantermos o nosso eterno nanismo em Defesa.Luís Henrique escreveu:
Entendi perfeitamente Tulio,
Só estou de saco cheio de continuarmos sendo comparados aos demais países da América do Sul.
O Brasil não pode ser comparado com nenhum país sério, simplesmente porque sempre vai aparecer alguém, como o Penguim fez, e vai dizer que aquele país precisa porque tem inimigo X, o outro porque está na região Y, e assim por diante.
Repito, para quem está de má vontade (politiqueiros e AC das FFAA), é motivo mais do que suficiente. Juntando a isso um Povo que crê piamente que NUNCA vai acontecer nada de ruim e que Defesa é coisa de quem não tem o que fazer, temos toda a justificativa para manter o status quo.Luís Henrique escreveu:O fato é que só existem 4 países com território maior que o nosso para proteger.
Desses 4, apenas 2 possuem população maior que a nossa.
No poder econômico, mesmo com os últimos 2 anos de crise braba, ainda somos a 7a maior economia do mundo. Ou seja, apenas 6 países produzem mais que nós.
E não podemos ter poder militar comparável ao de Israel, porque ele está no meio do caldeirão. Não podemos ter poder militar comparável ao da Coreia do Sul, porque ela tem a Coreia do Norte de vizinho. Não podemos ter poder militar comparável ao da Turquia, porque ela está em uma zona quente. Não podemos nem ter poder militar comparável à Austrália, porque ela faz parte da OTAN.
É uma piada.
Enfim, é o CONFORMISMO. Nós somos MEDÍOCRES e temos que nos conformar com isso, afinal nossa região é pacífica, portanto nossos políticos podem roubar BILHÕES,
Luís Henrique escreveu:mas nosso orçamento de 1,3% do PIB com quase 50% indo para pagamento de INATIVOS está de muito bom tamanho. É só administrar melhor e comprar aquilo que da.
Pois eu digo que NÃO tem milagre. Não adianta administrar melhor, vai melhorar mas NÃO vai RESOLVER.
Temos que AUMENTAR os investimentos para 2% do PIB. Fazer uma reforma na previdência militar, de preferência retirar do orçamento da defesa.
E temos sim que ter capacidades semelhantes às da Alemanha, Israel e Japão.
Eis aí um ponto que tenho seguido com interesse (é, não estás escrevendo para o nada, leio e reflito a respeito disso, achando inclusive que és um pouco TÍMIDO nas propostas). Algumas ilações:
1 - Por que citas apenas a Previdência? Vejamos nas Províncias e citando a minha como exemplo: há dois tipos de Servidor Público, o Civil e o Militar. Como são pagos? Há um órgão chamado IPERGS que paga a folha dos Ativos e um subordinado chamado IPERGS-Previdência que paga a folha dos Inativos. Civis E Militares, ou seja, não há separação, nem o salário do Ativo nem a pensão do Inativo da BM (Militar) sai do orçamento da Instituição ou do da SSP, é tudo com o IPERGS. Assim, o que tiver de orçamento para a BM será usado em treinamentos, aquisições, manutenção, operações, inteligência, etc. Bueno, se funciona nas Províncias, por que não funcionaria na República?
2 - Mas não é só por isso que acho tuas propostas meio que TÍMIDAS: é que há muito mais do que salários e pensões na mesa. Por exemplo, quando botarão na mesa uma proposta para unificar de vez não apenas as compras mas até a P&D nas 3 Forças? Vou te dar um par de exemplos, e tenho certeza de que poderias citar muitos outros.
Na época em que a FAB propôs participar do Programa A-Darter com a África do Sul, não teria sido melhor se isso tivesse ocorrido, com intermediação do MD, em uma série de reuniões OBRIGATÓRIAS entre representantes das 3 Forças? Tratando-se de um Msl capaz de abater aviões, todas elas teriam interesse, não? O resultado mais provável seria participar, mas já com interesse em um conceito como o do CAMM, que não é mais do que uma evolução do ar-ar WVR IR ASRAAM, com funções em aeronaves de combate, belonaves e defesas AAe. Um Programa para as 3 Forças, em suma. Mas não, é um Programa SÓ DA FAB e as outras 2 Forças o ignoram olimpicamente, com o EB tendo pensado no citado CAMM (versão terrestre, via Avibrás/MBDA) para seu uso e a MB no Sea Ceptor (outra versão do CAMM mas diretamente importado, sem, ao menos que eu saiba, nada a ver com a Avibrás, que trabalharia com o Astros - EB). Que desperdício, não? Uma família de mísseis para as 3 Forças e com tudo para deslanchar, pois seriam muito mais encomendas do que apenas a FAB pode fazer.
MANSUP - É um Msl AN SÓ DA MB que arca com os custos e faz toda a P&D. Queria só ver a FAB encomendar versão aerolançada ou o EB uma versão de Defesa Costeira. Mas nem que a vaca tussa! É coisa que vivo dizendo, a rivalidade é tanta que nossas FFAA são, no melhor caso, inimigas cordiais entre si. Podem vir aqui e jurar que não mas acredito menos em palavras do que em FATOS! E é o que estou expondo. Agora imagines, na proposição pela MB do MANSUP, aquela mesma reunião de que falei no A-Darter, com o Ministro iniciando com "ou VOSMEÇÊS se entendem e trabalham juntos ou não sai nada". Bueno, barateia o desenvolvimento por vários Institutos de P&D trabalhando cada um no seu quadrado para o desenvolvimento da versão inicial e das específicas para cada um e repartindo os custos, além de todos encomendando quando estiver pronto. Seria outra coisa, não?
E, a seguir essa mentalidade de RIVAIS, ignorando-se cordialmente, o problema da Defesa será por muito tempo o mesmo, temo eu...
Obrigado Tulio.
Concordo com você também.
Essa questão de maior integração entre as forças é super benéfica e também contribui para redução de gastos.
Eu insisto na tecla da previdência e do pagamento deixar de constar no orçamento da defesa, porque no meu entender, é a ÚNICA mudança que seria revolucionária para as forças armadas.
Veja:
Em 2017 a previsão ficou aproximadamente assim:
R$ 45 bi para pagamento de INATIVOS e pensões
R$ 25 bi para pagamento de pessoal ATIVO
Com um orçamento total de R$ 94 bi, sobra APENAS R$ 24 bi para CUSTEIO E INVESTIMENTOS.
Ai vem as TESOURADAS e os R$ 24 bi acaba ficando um valor MENOR.
Com PIB de R$ 6,770 tri, este investimento em Defesa representa 1,4% do PIB.
Nos países SÉRIOS, o gasto com PESSOAL fica em torno de 25%. Sobra 75% para custeio, investimentos, p&d, etc.
E o pessoal INATIVO é pago pela previdência. Nos EUA eles tem o Department of Veterans Affairs.
SEM CONTAR com o pagamento de Inativos, seja, sem contar com os U$ 180 bi do Department of Veterans Affairs, os EUA investem 4,3% do PIB em Defesa.
A Média Mundial é 2,2%.
O Brasil precisa primeiramente RETIRAR o pagamento de Inativos.
O orçamento de R$ 94 bi cairia para R$ 49 bi, representando cerca de 0,7% do PIB.
Teríamos o MESMO recurso para custeio e aquisições, mas a sociedade ENXERGARIA um orçamento bem menor.
Seria ACEITÁVEL, para a sociedade, AUMENTOS até se chegar no patamar anterior, de R$ 94 bi.
Ai os R$ 25 bi de pessoal ativo representaria QUASE 25% do total, igual nos países SÉRIOS.
E sobraria 'quase' 3/4 para custeio e investimentos.
Isso investindo 1,4% do PIB.
Quando alcançássemos os 2% do PIB, teríamos condições para transformar o Brasil em uma grande potência militar, com orçamento de R$ 135 bi.
Poderíamos dar bons aumentos de salário para os militares e engordar o pagamento de ativos, dos atuais R$ 25 bi para até R$ 33 bi e ainda sobraria R$ 102 bi para custeio e investimentos.
Ou seja, esta medida pode AUMENTAR em R$ 45 bi o dinheiro para nossas forças armadas ADQUIRIR equipamentos no estado-da-arte e CUSTEAR as despesas do uso destes equipamentos.
Já uma redução do efetivo, mesmo que DRÁSTICA, teria compensação financeira BEM MENOR, e a LONGO PRAZO.
Da mesma forma as aquisições conjuntas também seriam benéficas e são importantes, mas trariam compensações financeiras bem menores também, já que adquirimos MUITO POUCO.
Por isso bato nesta tecla. PODERIA ser a transformação das nossas forças armadas, se bem implementada.
Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Estudo da OTAN:Luís Henrique escreveu:Túlio escreveu: Não obstante, convenhamos que ele tem lá sua razão, é a desculpa perfeita para mantermos o nosso eterno nanismo em Defesa.
Repito, para quem está de má vontade (politiqueiros e AC das FFAA), é motivo mais do que suficiente. Juntando a isso um Povo que crê piamente que NUNCA vai acontecer nada de ruim e que Defesa é coisa de quem não tem o que fazer, temos toda a justificativa para manter o status quo.
Eis aí um ponto que tenho seguido com interesse (é, não estás escrevendo para o nada, leio e reflito a respeito disso, achando inclusive que és um pouco TÍMIDO nas propostas). Algumas ilações:
1 - Por que citas apenas a Previdência? Vejamos nas Províncias e citando a minha como exemplo: há dois tipos de Servidor Público, o Civil e o Militar. Como são pagos? Há um órgão chamado IPERGS que paga a folha dos Ativos e um subordinado chamado IPERGS-Previdência que paga a folha dos Inativos. Civis E Militares, ou seja, não há separação, nem o salário do Ativo nem a pensão do Inativo da BM (Militar) sai do orçamento da Instituição ou do da SSP, é tudo com o IPERGS. Assim, o que tiver de orçamento para a BM será usado em treinamentos, aquisições, manutenção, operações, inteligência, etc. Bueno, se funciona nas Províncias, por que não funcionaria na República?
2 - Mas não é só por isso que acho tuas propostas meio que TÍMIDAS: é que há muito mais do que salários e pensões na mesa. Por exemplo, quando botarão na mesa uma proposta para unificar de vez não apenas as compras mas até a P&D nas 3 Forças? Vou te dar um par de exemplos, e tenho certeza de que poderias citar muitos outros.
Na época em que a FAB propôs participar do Programa A-Darter com a África do Sul, não teria sido melhor se isso tivesse ocorrido, com intermediação do MD, em uma série de reuniões OBRIGATÓRIAS entre representantes das 3 Forças? Tratando-se de um Msl capaz de abater aviões, todas elas teriam interesse, não? O resultado mais provável seria participar, mas já com interesse em um conceito como o do CAMM, que não é mais do que uma evolução do ar-ar WVR IR ASRAAM, com funções em aeronaves de combate, belonaves e defesas AAe. Um Programa para as 3 Forças, em suma. Mas não, é um Programa SÓ DA FAB e as outras 2 Forças o ignoram olimpicamente, com o EB tendo pensado no citado CAMM (versão terrestre, via Avibrás/MBDA) para seu uso e a MB no Sea Ceptor (outra versão do CAMM mas diretamente importado, sem, ao menos que eu saiba, nada a ver com a Avibrás, que trabalharia com o Astros - EB). Que desperdício, não? Uma família de mísseis para as 3 Forças e com tudo para deslanchar, pois seriam muito mais encomendas do que apenas a FAB pode fazer.
MANSUP - É um Msl AN SÓ DA MB que arca com os custos e faz toda a P&D. Queria só ver a FAB encomendar versão aerolançada ou o EB uma versão de Defesa Costeira. Mas nem que a vaca tussa! É coisa que vivo dizendo, a rivalidade é tanta que nossas FFAA são, no melhor caso, inimigas cordiais entre si. Podem vir aqui e jurar que não mas acredito menos em palavras do que em FATOS! E é o que estou expondo. Agora imagines, na proposição pela MB do MANSUP, aquela mesma reunião de que falei no A-Darter, com o Ministro iniciando com "ou VOSMEÇÊS se entendem e trabalham juntos ou não sai nada". Bueno, barateia o desenvolvimento por vários Institutos de P&D trabalhando cada um no seu quadrado para o desenvolvimento da versão inicial e das específicas para cada um e repartindo os custos, além de todos encomendando quando estiver pronto. Seria outra coisa, não?
E, a seguir essa mentalidade de RIVAIS, ignorando-se cordialmente, o problema da Defesa será por muito tempo o mesmo, temo eu...
Obrigado Tulio.
Concordo com você também.
Essa questão de maior integração entre as forças é super benéfica e também contribui para redução de gastos.
Eu insisto na tecla da previdência e do pagamento deixar de constar no orçamento da defesa, porque no meu entender, é a ÚNICA mudança que seria revolucionária para as forças armadas.
Veja:
Em 2017 a previsão ficou aproximadamente assim:
R$ 45 bi para pagamento de INATIVOS e pensões
R$ 25 bi para pagamento de pessoal ATIVO
Com um orçamento total de R$ 94 bi, sobra APENAS R$ 24 bi para CUSTEIO E INVESTIMENTOS.
Ai vem as TESOURADAS e os R$ 24 bi acaba ficando um valor MENOR.
Com PIB de R$ 6,770 tri, este investimento em Defesa representa 1,4% do PIB.
Nos países SÉRIOS, o gasto com PESSOAL fica em torno de 25%. Sobra 75% para custeio, investimentos, p&d, etc.
E o pessoal INATIVO é pago pela previdência. Nos EUA eles tem o Department of Veterans Affairs.
SEM CONTAR com o pagamento de Inativos, seja, sem contar com os U$ 180 bi do Department of Veterans Affairs, os EUA investem 4,3% do PIB em Defesa.
A Média Mundial é 2,2%.
O Brasil precisa primeiramente RETIRAR o pagamento de Inativos.
O orçamento de R$ 94 bi cairia para R$ 49 bi, representando cerca de 0,7% do PIB.
Teríamos o MESMO recurso para custeio e aquisições, mas a sociedade ENXERGARIA um orçamento bem menor.
Seria ACEITÁVEL, para a sociedade, AUMENTOS até se chegar no patamar anterior, de R$ 94 bi.
Ai os R$ 25 bi de pessoal ativo representaria QUASE 25% do total, igual nos países SÉRIOS.
E sobraria 'quase' 3/4 para custeio e investimentos.
Isso investindo 1,4% do PIB.
Quando alcançássemos os 2% do PIB, teríamos condições para transformar o Brasil em uma grande potência militar, com orçamento de R$ 135 bi.
Poderíamos dar bons aumentos de salário para os militares e engordar o pagamento de ativos, dos atuais R$ 25 bi para até R$ 33 bi e ainda sobraria R$ 102 bi para custeio e investimentos.
Ou seja, esta medida pode AUMENTAR em R$ 45 bi o dinheiro para nossas forças armadas ADQUIRIR equipamentos no estado-da-arte e CUSTEAR as despesas do uso destes equipamentos.
Já uma redução do efetivo, mesmo que DRÁSTICA, teria compensação financeira BEM MENOR, e a LONGO PRAZO.
Da mesma forma as aquisições conjuntas também seriam benéficas e são importantes, mas trariam compensações financeiras bem menores também, já que adquirimos MUITO POUCO.
Por isso bato nesta tecla. PODERIA ser a transformação das nossas forças armadas, se bem implementada.
Percentual dos orçamentos de defesa.
Na parte de cima os investimento em equipamentos e P&D.
Na parte de baixo os gastos com pessoal da ativa e inativos (pensões).
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Muito bem LH. Vai tirar os inativos dos orçamento do Mindef e vai colocar exatamente aonde???Luís Henrique escreveu:Túlio escreveu: Não obstante, convenhamos que ele tem lá sua razão, é a desculpa perfeita para mantermos o nosso eterno nanismo em Defesa.
Repito, para quem está de má vontade (politiqueiros e AC das FFAA), é motivo mais do que suficiente. Juntando a isso um Povo que crê piamente que NUNCA vai acontecer nada de ruim e que Defesa é coisa de quem não tem o que fazer, temos toda a justificativa para manter o status quo.
Eis aí um ponto que tenho seguido com interesse (é, não estás escrevendo para o nada, leio e reflito a respeito disso, achando inclusive que és um pouco TÍMIDO nas propostas). Algumas ilações:
1 - Por que citas apenas a Previdência? Vejamos nas Províncias e citando a minha como exemplo: há dois tipos de Servidor Público, o Civil e o Militar. Como são pagos? Há um órgão chamado IPERGS que paga a folha dos Ativos e um subordinado chamado IPERGS-Previdência que paga a folha dos Inativos. Civis E Militares, ou seja, não há separação, nem o salário do Ativo nem a pensão do Inativo da BM (Militar) sai do orçamento da Instituição ou do da SSP, é tudo com o IPERGS. Assim, o que tiver de orçamento para a BM será usado em treinamentos, aquisições, manutenção, operações, inteligência, etc. Bueno, se funciona nas Províncias, por que não funcionaria na República?
2 - Mas não é só por isso que acho tuas propostas meio que TÍMIDAS: é que há muito mais do que salários e pensões na mesa. Por exemplo, quando botarão na mesa uma proposta para unificar de vez não apenas as compras mas até a P&D nas 3 Forças? Vou te dar um par de exemplos, e tenho certeza de que poderias citar muitos outros.
Na época em que a FAB propôs participar do Programa A-Darter com a África do Sul, não teria sido melhor se isso tivesse ocorrido, com intermediação do MD, em uma série de reuniões OBRIGATÓRIAS entre representantes das 3 Forças? Tratando-se de um Msl capaz de abater aviões, todas elas teriam interesse, não? O resultado mais provável seria participar, mas já com interesse em um conceito como o do CAMM, que não é mais do que uma evolução do ar-ar WVR IR ASRAAM, com funções em aeronaves de combate, belonaves e defesas AAe. Um Programa para as 3 Forças, em suma. Mas não, é um Programa SÓ DA FAB e as outras 2 Forças o ignoram olimpicamente, com o EB tendo pensado no citado CAMM (versão terrestre, via Avibrás/MBDA) para seu uso e a MB no Sea Ceptor (outra versão do CAMM mas diretamente importado, sem, ao menos que eu saiba, nada a ver com a Avibrás, que trabalharia com o Astros - EB). Que desperdício, não? Uma família de mísseis para as 3 Forças e com tudo para deslanchar, pois seriam muito mais encomendas do que apenas a FAB pode fazer.
MANSUP - É um Msl AN SÓ DA MB que arca com os custos e faz toda a P&D. Queria só ver a FAB encomendar versão aerolançada ou o EB uma versão de Defesa Costeira. Mas nem que a vaca tussa! É coisa que vivo dizendo, a rivalidade é tanta que nossas FFAA são, no melhor caso, inimigas cordiais entre si. Podem vir aqui e jurar que não mas acredito menos em palavras do que em FATOS! E é o que estou expondo. Agora imagines, na proposição pela MB do MANSUP, aquela mesma reunião de que falei no A-Darter, com o Ministro iniciando com "ou VOSMEÇÊS se entendem e trabalham juntos ou não sai nada". Bueno, barateia o desenvolvimento por vários Institutos de P&D trabalhando cada um no seu quadrado para o desenvolvimento da versão inicial e das específicas para cada um e repartindo os custos, além de todos encomendando quando estiver pronto. Seria outra coisa, não?
E, a seguir essa mentalidade de RIVAIS, ignorando-se cordialmente, o problema da Defesa será por muito tempo o mesmo, temo eu...
Obrigado Tulio.
Concordo com você também.
Essa questão de maior integração entre as forças é super benéfica e também contribui para redução de gastos.
Eu insisto na tecla da previdência e do pagamento deixar de constar no orçamento da defesa, porque no meu entender, é a ÚNICA mudança que seria revolucionária para as forças armadas.
Veja:
Em 2017 a previsão ficou aproximadamente assim:
R$ 45 bi para pagamento de INATIVOS e pensões
R$ 25 bi para pagamento de pessoal ATIVO
Com um orçamento total de R$ 94 bi, sobra APENAS R$ 24 bi para CUSTEIO E INVESTIMENTOS.
Ai vem as TESOURADAS e os R$ 24 bi acaba ficando um valor MENOR.
Com PIB de R$ 6,770 tri, este investimento em Defesa representa 1,4% do PIB.
Nos países SÉRIOS, o gasto com PESSOAL fica em torno de 25%. Sobra 75% para custeio, investimentos, p&d, etc.
E o pessoal INATIVO é pago pela previdência. Nos EUA eles tem o Department of Veterans Affairs.
SEM CONTAR com o pagamento de Inativos, seja, sem contar com os U$ 180 bi do Department of Veterans Affairs, os EUA investem 4,3% do PIB em Defesa.
A Média Mundial é 2,2%.
O Brasil precisa primeiramente RETIRAR o pagamento de Inativos.
O orçamento de R$ 94 bi cairia para R$ 49 bi, representando cerca de 0,7% do PIB.
Teríamos o MESMO recurso para custeio e aquisições, mas a sociedade ENXERGARIA um orçamento bem menor.
Seria ACEITÁVEL, para a sociedade, AUMENTOS até se chegar no patamar anterior, de R$ 94 bi.
Ai os R$ 25 bi de pessoal ativo representaria QUASE 25% do total, igual nos países SÉRIOS.
E sobraria 'quase' 3/4 para custeio e investimentos.
Isso investindo 1,4% do PIB.
Quando alcançássemos os 2% do PIB, teríamos condições para transformar o Brasil em uma grande potência militar, com orçamento de R$ 135 bi.
Poderíamos dar bons aumentos de salário para os militares e engordar o pagamento de ativos, dos atuais R$ 25 bi para até R$ 33 bi e ainda sobraria R$ 102 bi para custeio e investimentos.
Ou seja, esta medida pode AUMENTAR em R$ 45 bi o dinheiro para nossas forças armadas ADQUIRIR equipamentos no estado-da-arte e CUSTEAR as despesas do uso destes equipamentos.
Já uma redução do efetivo, mesmo que DRÁSTICA, teria compensação financeira BEM MENOR, e a LONGO PRAZO.
Da mesma forma as aquisições conjuntas também seriam benéficas e são importantes, mas trariam compensações financeiras bem menores também, já que adquirimos MUITO POUCO.
Por isso bato nesta tecla. PODERIA ser a transformação das nossas forças armadas, se bem implementada.
Em uma nuvem de vento....
LH! Para, pensa e reflete antes de escrever, lembra o que te falei lá atrás....
Vamos começar assim:
Qual é a missão?
De que meios necessitamos para cumpri-la?
De que recursos necessitamos para comprar, manter e operar estes meios?
De onde sairão estes recursos?
A Sociedade civil organizada concorda com estes números???
Depois que estas perguntas forem respondidas de forma clara e objetiva, voltaremos até o teu raciocínio.
Eu, particularmente tenho plena e total certeza de que tem gente demais na ativa nas três FAs, uma boa parte deste enchendo linguiça, e não sou só eu que tem a mesma impressão, muita gente lá dentro pensa da mesma forma.
Eu tenho outras certezas sobre o que vocês falaram nos posts anteriores sobre números de vetores, substituição, lift e etc, mas sei que estarei sendo repetitivo, então vou ater a isto por enquanto.
G abraço
- Túlio
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Juarez véio, não acredito que não notaste que me ative a:juarez castro escreveu: Eu tenho outras certezas sobre o que vocês falaram nos posts anteriores sobre números de vetores, substituição, lift e etc, mas sei que estarei sendo repetitivo, então vou ater a isto por enquanto.
G abraço
1 - Propor um sistema que me parece mais racional para pagamento de soldos e pensões;
e
2 - Propor um sistema de planejamento e aquisições que obrigue a, sempre que cabível, as FFAA trabalhem juntas e não como agora, o véio "cada um por si".
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Xirú, tu sabes que eu penso sobre isto, já devia estar rodando a muito tempo, mas por questões internas das FAs e externas(principalmente intervenções políticas) não acontece.Túlio escreveu:Juarez véio, não acredito que não notaste que me ative a:juarez castro escreveu: Eu tenho outras certezas sobre o que vocês falaram nos posts anteriores sobre números de vetores, substituição, lift e etc, mas sei que estarei sendo repetitivo, então vou ater a isto por enquanto.
G abraço
1 - Propor um sistema que me parece mais racional para pagamento de soldos e pensões;
e
2 - Propor um sistema de planejamento e aquisições que obrigue a, sempre que cabível, as FFAA trabalhem juntas e não como agora, o véio "cada um por si".
G abraço
- Luís Henrique
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
As suas perguntas:juarez castro escreveu:Muito bem LH. Vai tirar os inativos dos orçamento do Mindef e vai colocar exatamente aonde???Luís Henrique escreveu:
Obrigado Tulio.
Concordo com você também.
Essa questão de maior integração entre as forças é super benéfica e também contribui para redução de gastos.
Eu insisto na tecla da previdência e do pagamento deixar de constar no orçamento da defesa, porque no meu entender, é a ÚNICA mudança que seria revolucionária para as forças armadas.
Veja:
Em 2017 a previsão ficou aproximadamente assim:
R$ 45 bi para pagamento de INATIVOS e pensões
R$ 25 bi para pagamento de pessoal ATIVO
Com um orçamento total de R$ 94 bi, sobra APENAS R$ 24 bi para CUSTEIO E INVESTIMENTOS.
Ai vem as TESOURADAS e os R$ 24 bi acaba ficando um valor MENOR.
Com PIB de R$ 6,770 tri, este investimento em Defesa representa 1,4% do PIB.
Nos países SÉRIOS, o gasto com PESSOAL fica em torno de 25%. Sobra 75% para custeio, investimentos, p&d, etc.
E o pessoal INATIVO é pago pela previdência. Nos EUA eles tem o Department of Veterans Affairs.
SEM CONTAR com o pagamento de Inativos, seja, sem contar com os U$ 180 bi do Department of Veterans Affairs, os EUA investem 4,3% do PIB em Defesa.
A Média Mundial é 2,2%.
O Brasil precisa primeiramente RETIRAR o pagamento de Inativos.
O orçamento de R$ 94 bi cairia para R$ 49 bi, representando cerca de 0,7% do PIB.
Teríamos o MESMO recurso para custeio e aquisições, mas a sociedade ENXERGARIA um orçamento bem menor.
Seria ACEITÁVEL, para a sociedade, AUMENTOS até se chegar no patamar anterior, de R$ 94 bi.
Ai os R$ 25 bi de pessoal ativo representaria QUASE 25% do total, igual nos países SÉRIOS.
E sobraria 'quase' 3/4 para custeio e investimentos.
Isso investindo 1,4% do PIB.
Quando alcançássemos os 2% do PIB, teríamos condições para transformar o Brasil em uma grande potência militar, com orçamento de R$ 135 bi.
Poderíamos dar bons aumentos de salário para os militares e engordar o pagamento de ativos, dos atuais R$ 25 bi para até R$ 33 bi e ainda sobraria R$ 102 bi para custeio e investimentos.
Ou seja, esta medida pode AUMENTAR em R$ 45 bi o dinheiro para nossas forças armadas ADQUIRIR equipamentos no estado-da-arte e CUSTEAR as despesas do uso destes equipamentos.
Já uma redução do efetivo, mesmo que DRÁSTICA, teria compensação financeira BEM MENOR, e a LONGO PRAZO.
Da mesma forma as aquisições conjuntas também seriam benéficas e são importantes, mas trariam compensações financeiras bem menores também, já que adquirimos MUITO POUCO.
Por isso bato nesta tecla. PODERIA ser a transformação das nossas forças armadas, se bem implementada.
Em uma nuvem de vento....
LH! Para, pensa e reflete antes de escrever, lembra o que te falei lá atrás....
Vamos começar assim:
Qual é a missão?
De que meios necessitamos para cumpri-la?
De que recursos necessitamos para comprar, manter e operar estes meios?
De onde sairão estes recursos?
A Sociedade civil organizada concorda com estes números???
Depois que estas perguntas forem respondidas de forma clara e objetiva, voltaremos até o teu raciocínio.
Eu, particularmente tenho plena e total certeza de que tem gente demais na ativa nas três FAs, uma boa parte deste enchendo linguiça, e não sou só eu que tem a mesma impressão, muita gente lá dentro pensa da mesma forma.
Eu tenho outras certezas sobre o que vocês falaram nos posts anteriores sobre números de vetores, substituição, lift e etc, mas sei que estarei sendo repetitivo, então vou ater a isto por enquanto.
G abraço
Vamos começar assim:
Qual é a missão?
Defender o Brasil e os brasileiros, sua constituição e seus interesses em todo o mundo. Evitar conflitos por meio da DISSUASÃO e caso entre em um conflito, sair vitorioso.
De que meios necessitamos para cumpri-la?
Dos mesmos meios que o resto do mundo: Caças, navios escolta, submarinos, helicópteros, carros de combate, artilharia, mísseis antiaéreos, mísseis de cruzeiro, e uma infinidade de outros meios. Em quais QUANTIDADES? Na mesma quantidade que países com poder ECONÔMICO, POPULACIONAL e tamanho geográfico SEMELHANTE ao nosso possuem, justamente para atingirmos o objetivo do poder de DISSUASÃO. Do jeito que estamos HOJE só evitamos conflitos por meio da DIPLOMACIA e pelo nosso poder econômico, precisamos dar um passo adiante e evitar conflitos com potências militares TAMBÉM por causa do nosso PODER DE DISSUASÃO.
De que recursos necessitamos para comprar, manter e operar estes meios?
O mesmo que o resto do mundo. Se o objetivo é tornar uma super-potência militar, tem que alocar em torno de 5% do PIB para as forças armadas, como fazem os EUA (um pouco menos) e a Rússia (um pouco mais). Se o objetivo é seguir o exemplo do BRIC, devemos alocar 3,3% do PIB que é a média do grupo, excluindo o anão militar chamado Brasil.
Agora, se o objetivo é MENOS AMBICIOSO, podemos fazer o que o MUNDO faz, a MÉDIA é 2,2% do PIB revertido para o orçamento da Defesa.
Eu ainda vou além, digo que podemos até arredondar para BAIXO, colocar 2% do PIB para a Defesa E REMOVER o pagamento de inativos do orçamento, assim como EUA, Austrália e outros países fazem...
De onde sairão estes recursos?
Exclusivamente do Governo Federal, através de arrecadação de impostos. Como chegaremos em 2% do PIB? Através de aumentos GRADATIVOS. Não seria de um ano para o outro.
Posso colocar um Plano em seguida sobre estes aumentos se quiser...
A Sociedade civil organizada concorda com estes números???
É EXATAMENTE ESTE O MEU PONTO. Não sou infantil ou abobado. Sei precisamente que o pagamento de Inativos sairia da pasta da Defesa e teria que ser pago do mesmo jeito.
Mas a GRANDE SACADA deste posicionamento é justamente CONSEGUIR O APOIO POPULAR, DA MÍDIA E DOS GOVERNANTES.
Tentarei resumir a ideia:
Imagine os 3 comandantes + o Min da Defesa em reunião com o Presidente.
Eles pedem 3 coisas:
1) Aumentos gradativos no orçamento para atingir 2% do PIB em 5 anos;
2) Aprovar uma lei que após este período fica proibido reduzir o orçamento da Defesa para percentual inferior à 2% do PIB
3) Aprovar uma lei que proíbe as forças armadas adquirir equipamentos militares construídos em países estrangeiros. Os equipamentos precisam ser construídos aqui com forte índice de nacionalização, gerando empregos, principalmente para engenheiros, programadores, cientistas, empregos de alto salário e fortalecendo nossa indústria nacional, principalmente à de produção de bens de alto valor agregado e alto grau tecnológico, o que será altamente benéfico TAMBÉM para a economia do país.
Com este argumento você convence o Presidente, pois matará 2 coelhos com uma única cajadada, ou seja, o Brasil se tornará uma potência militar E esta política ajudará a gerar milhares de empregos, empregos com altos salários, fortalecerá parque industrial, produção de equipamentos de alto valor agregado, ampliará o nível tecnológico do país e por fim, poderá também ajudar nas EXPORTAÇÕES.
Em seguida o Presidente diz que NÃO.
Ele diz que compreende que seria muito bom para o país, mas POLITICAMENTE ele seria derrotado pelos seus adversários.
Simplesmente sairia nas mídias e os adversários políticos USARIAM isso que o Presidente X está investindo MAIS em armas do que em educação e saúde.
A mídia entreguista diria que precisamos de pessoas educadas e não de armas. As ONGs de direitos humanos cairiam matando e o Presidente X não seria reeleito.
Os deputados federais não aprovariam essas leis por causa dos mesmos problemas, preocupados com os votos...
HOJE em 2017 estamos assim:
R$ 111 bi para Educação
R$ 110 bi para Saúde
R$ 94 bi para Defesa
R$ 562 bi para Previdência Social
A sociedade aceitaria isso???
R$ 135 bi para Defesa
R$ 111 bi para Educação
R$ 110 bi para Saúde
R$ 562 bi para Previdência Social
Ou seria muito mais fácil, aceitar isso???
R$ 111 bi para Educação
R$ 110 bi para Saúde
R$ 94 bi para Defesa (Aumento de R$ 45 bi para aquisições e custeio)
R$ 607 bi para Previdência Social (pagamento da previdência dos militares transferida para PSocial)
Ou seria AINDA mais fácil, se o aumento fosse GRADUAL???
Em 2018: R$ 64 bi para Defesa (aumento de R$ 15 bi em relação à 2017) (PSocial teve um aumento MAS Defesa teve uma redução no orçamento para compensar)
Em 2019: R$ 79 bi para Defesa (aumento de R$ 15 bi em relação à 2018)
Em 2020: R$ 94 bi para Defesa (aumento de R$ 15 bi em relação à 2019) - Atingindo os 1,4% do PIB atual, porém SEM incluir inativos/reservistas/pensões.
Depois continua aumentos graduais em um período de 3 anos para atingir os 2% do PIB para a Defesa.
2021: R$ 107 bi
2022: R$ 121 bi
2023: R$ 135 bi
Poderia ser também em um período mais longo, por exemplo, de 5 anos. No final teríamos 2% do PIB para a Defesa e SEM incluir pagamento de inativos. Seria suficiente para o Brasil se transformar em uma potência militar.
*CONGELEI os valores de 2017, não inclui inflação e crescimento do PIB no período, apenas para ficar mais fácil de comparar com os números de saúde e educação. Pois, é óbvio que estes também cresceriam ao longo dos anos, através da inflação, do crescimento do PIB e de eventuais aumentos.
Fato Importante que muitos não levam em conta:
DEFESA é bancada 100% pelo governo federal.
Saúde e Educação recebem recursos ESTADUAIS E MUNICIPAIS, além dos federais.
Fazendo um resultado APROXIMADO posso dizer para os senhores que:
Em 2017:
EDUCAÇÃO = aprox. R$ 333 bi (111 bi do governo federal, mas o orçamento TRIPLICA quando incorporamos investimentos estaduais e municipais)
Os Estados são obrigados por lei a investir, NO MÍNIMO, 25% do orçamento em Educação. Os municípios também são obrigados a investir, no mínimo, 25% do orçamento em Educação.
OBSERVAÇÃO: todos os professores aposentados recebem pelo orçamento da Previdência Social
SAÚDE = aprox. R$ 220 bi (110 bi do governo federal, mas o orçamento DUPLICA quando incorporamos investimentos estaduais e municipais)
Os Estados são obrigados por lei a investir, NO MÍNIMO, 12% do orçamento em Saúde. Os municípios são obrigados a investir, no mínimo, 15% do orçamento em Saúde.
OBSERVAÇÃO: todos os médicos aposentados recebem pelo orçamento da Previdência Social
DEFESA = R$ 94 bi (R$ 94 bi do governo federal, ZERO dos estados e municípios)
Depois vem os CONTINGENCIAMENTOS, os cortes. Geralmente é o ministério que sofre mais com isso.
OBSERVAÇÃO: os militares aposentados recebem do MESMO ORÇAMENTO, perfazendo quase 50% do total da pasta.
Isso é o que deveria sair na Mídia. E não os números enganosos.
Nossa Sociedade, até foristas que entendem mais do assunto, as vezes acreditam que investimos MUITO em Defesa.
Que é quase o mesmo que investimos em Saúde e Educação.
Na verdade, o CORRETO seria comparar R$ 333 bi em Educação com R$ 49 bi para a Defesa.
Ai esta a REALIDADE, limpa e cristalina.
E o PRIMEIRO PASSO para convencer a sociedade e conseguirmos partir para dias melhores, é justamente deixar o medo de lado e aceitar a MUDANÇA. E mais que isso, SOLICITAR esta mudança para as autoridades. Os militares não vão perder com isso. Eles vão ganhar e muito, nossas forças armadas também, nossa indústria também e o país como um todo.
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Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Muito bem colocado, LH.
Só corrigiria o percentual atribuído às Forças Armadas para pagamento de pessoal para 70%, o que não ocorre nos demais países por estarem alocados em outras pastas (Fazenda, Previdência, etc), por isso a impressão que os gastos militares são tão elevados no Brasil quanto em países desenvolvidos, mas é uma falácia. Do pouco que sobra para custeio e investimento, ainda há uma série de atribuições que não seriam do MD, mas em nosso país são executados por militares e que consomem uma parcela dessa migalha que sobrou, tais como pesquisa e desenvolvimento de área espacial, cibernética, nuclear, GLO (deficiente segurança pública), transporte de órgãos (deficiente gestão do Min Sau), Saúde para militares (deficiente Saúde Pública), operações contra narcotráfico (deficiente controle de fronteiras - Polícia Federal), transporte e segurança de autoridades (GTE, PR e VPR), entre outras. Tem como dar certo?
Abraços
Só corrigiria o percentual atribuído às Forças Armadas para pagamento de pessoal para 70%, o que não ocorre nos demais países por estarem alocados em outras pastas (Fazenda, Previdência, etc), por isso a impressão que os gastos militares são tão elevados no Brasil quanto em países desenvolvidos, mas é uma falácia. Do pouco que sobra para custeio e investimento, ainda há uma série de atribuições que não seriam do MD, mas em nosso país são executados por militares e que consomem uma parcela dessa migalha que sobrou, tais como pesquisa e desenvolvimento de área espacial, cibernética, nuclear, GLO (deficiente segurança pública), transporte de órgãos (deficiente gestão do Min Sau), Saúde para militares (deficiente Saúde Pública), operações contra narcotráfico (deficiente controle de fronteiras - Polícia Federal), transporte e segurança de autoridades (GTE, PR e VPR), entre outras. Tem como dar certo?
Abraços
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Tigrada, cortei um pedação do post de cada um porque detesto posts quilométricos, cheios de quotes enormes. Mas claro, li seus argumentos antes, e com atenção. Posso dizer que:Luís Henrique escreveu:(...)juarez castro escreveu: Muito bem LH. Vai tirar os inativos dos orçamento do Mindef e vai colocar exatamente aonde???
Em uma nuvem de vento....
LH! Para, pensa e reflete antes de escrever, lembra o que te falei lá atrás....
(...)
Isso é o que deveria sair na Mídia. E não os números enganosos.
Nossa Sociedade, até foristas que entendem mais do assunto, as vezes acreditam que investimos MUITO em Defesa.
Que é quase o mesmo que investimos em Saúde e Educação.
Na verdade, o CORRETO seria comparar R$ 333 bi em Educação com R$ 49 bi para a Defesa.
Ai esta a REALIDADE, limpa e cristalina.
E o PRIMEIRO PASSO para convencer a sociedade e conseguirmos partir para dias melhores, é justamente deixar o medo de lado e aceitar a MUDANÇA. E mais que isso, SOLICITAR esta mudança para as autoridades. Os militares não vão perder com isso. Eles vão ganhar e muito, nossas forças armadas também, nossa indústria também e o país como um todo.
1 - Ou não deram bola para o que escrevi sobre Previdência ou acharam uma completa BESTEIRA tendo, por elegância e Amizade, evitado me dizer isso. Poupem-se, cupinchas, sei admitir quando estou errado, é só me dizer no quê. Pronto, necas de ressentimentos e outras criancices, enfio a viola no saco e espero surgir algo interessante sobre o Gripen para voltar ao debate, desta vez on-topic.
2 - Na dúvida, vou resumir, aproveitando para corrigir um erro que cometi no post a que me refiro: no RS os Servidores CIVIS E MILITARES (BM) da ativa recebem seus salários do chamado Tesouro do Estado; os civis e militares, aposentados/na reserva, recebem de um órgão chamado IPERGS. NADA de seus salários e pensões é debitado dos orçamentos das corporações e órgãos, os ditos orçamentos são elaborados após o desconto (no Tesouro) do que é pago (entre salários, IPERGS e dívidas gerais do governo) e eventuais investimentos do interesse do governo. Ou seja, desconta isso tudo e o que sobra é dividido entre as pastas (Educação, Segurança, Saúde, etc).
3 - O que há de errado com este modelo, a ponto de não servir para o Governo Central? Por que precisa tentar fazer a Sociedade (sério isso? A mesma que está pouco ligando para Defesa e acha que estamos mais do prontos para ir à guerra contra qualquer coisa, supondo-se que ocorresse a hipótese IMPOSSÍVEL de alguém querer entrar em guerra conosco?) obrigar o governo a levar o tema a sério?
Eu teria muito mais para escrever sobre Previdência e FFAA mas não quero espichar demais o post, o resto posso debater nos "Geraes", onde criei um tópico específico para isso. Apenas me digam que estou errado, atrapalhando, sei lá, e paro de incomodar, palavra.
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Exatamente Thor.Thor escreveu:Muito bem colocado, LH.
Só corrigiria o percentual atribuído às Forças Armadas para pagamento de pessoal para 70%, o que não ocorre nos demais países por estarem alocados em outras pastas (Fazenda, Previdência, etc), por isso a impressão que os gastos militares são tão elevados no Brasil quanto em países desenvolvidos, mas é uma falácia. Do pouco que sobra para custeio e investimento, ainda há uma série de atribuições que não seriam do MD, mas em nosso país são executados por militares e que consomem uma parcela dessa migalha que sobrou, tais como pesquisa e desenvolvimento de área espacial, cibernética, nuclear, GLO (deficiente segurança pública), transporte de órgãos (deficiente gestão do Min Sau), Saúde para militares (deficiente Saúde Pública), operações contra narcotráfico (deficiente controle de fronteiras - Polícia Federal), transporte e segurança de autoridades (GTE, PR e VPR), entre outras. Tem como dar certo?
Abraços
73,8% para ser mais exato. Sobra MUITO POUCO. E ainda tem tudo isso que você colocou.
Eu já li de vários foristas que o problema é de administração, que o dinheiro já tem muito.
Concordo que da para melhorar bastante na administração. Concordo que existe espaço para redução no número de pessoal. Concordo em enxugar em muitas áreas.
Mas tudo isso pode ALIVIAR mas não vai RESOLVER o problema.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Túlio, eu li o que escreveu, li todos os posts, só não respondi todos, mas vou responder o que acho mais importante:
E além do mais, a tabela que o Penguim postou inclui os inativos para a maioria dos países da lista, as exceções foram marcadas com um "*", incluir os inativos nos gastos militares é prática comum no mundo inteiro, no fim das contas, todo soldado contratado um dia vai receber aposentadoria, é um gasto militar.
E por fim, não é responsabilidade da sociedade brasileira cobrar que o governo leve a defesa a sério, quem tem mais a perder com forças armadas fracas é o figurão da vez, se a vida dele corre muito mais risco do que a minha e ele não dá a mínima, por que eu me importaria?
Acho isso completamente irrelevante, o dinheiro sai de uma célula do excel na contabilidade e vai para outra, mas no fim, é do mesmo cofre.Túlio escreveu:1 - Propor um sistema que me parece mais racional para pagamento de soldos e pensões;
E além do mais, a tabela que o Penguim postou inclui os inativos para a maioria dos países da lista, as exceções foram marcadas com um "*", incluir os inativos nos gastos militares é prática comum no mundo inteiro, no fim das contas, todo soldado contratado um dia vai receber aposentadoria, é um gasto militar.
E por fim, não é responsabilidade da sociedade brasileira cobrar que o governo leve a defesa a sério, quem tem mais a perder com forças armadas fracas é o figurão da vez, se a vida dele corre muito mais risco do que a minha e ele não dá a mínima, por que eu me importaria?
Isso sim é algo que realmente faria diferença, e não um truque contábil.Túlio escreveu:2 - Propor um sistema de planejamento e aquisições que obrigue a, sempre que cabível, as FFAA trabalhem juntas e não como agora, o véio "cada um por si".
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Thor escreveu:Muito bem colocado, LH.
Só corrigiria o percentual atribuído às Forças Armadas para pagamento de pessoal para 70%, o que não ocorre nos demais países por estarem alocados em outras pastas (Fazenda, Previdência, etc), por isso a impressão que os gastos militares são tão elevados no Brasil quanto em países desenvolvidos, mas é uma falácia. Do pouco que sobra para custeio e investimento, ainda há uma série de atribuições que não seriam do MD, mas em nosso país são executados por militares e que consomem uma parcela dessa migalha que sobrou, tais como pesquisa e desenvolvimento de área espacial, cibernética, nuclear, GLO (deficiente segurança pública), transporte de órgãos (deficiente gestão do Min Sau), Saúde para militares (deficiente Saúde Pública), operações contra narcotráfico (deficiente controle de fronteiras - Polícia Federal), transporte e segurança de autoridades (GTE, PR e VPR), entre outras. Tem como dar certo?
Abraços
Mestre, não é apenas uma questão de QUANTO há em recursos disponíveis, mas, acima a e além, de COMO SE USA esses recursos. Como sabes como funciona por dentro, do mesmo modo que o Juarez véio, tentes desmentir o que direi a seguir, com 3 exemplos, ou seja, que as 3 Forças se mantêm de costas umas para as outras, o que gera duplicação/triplicação de esforços e um tremendo desperdício das poucas verbas disponíveis, que poderiam ser melhor usadas. Os exemplos:
1 - FAB - O PROBLEMA - Entrou sozinha, de costas para MB e EB, no Programa AAM-WVR A-Darter, fazendo parceria com a África do Sul. E na hora de, pronto o míssil, quando precisa começar a comprar? A FAB tradicionalmente compra apenas um punhado (e já deu de barbada que vai ser só para o Gripen E/F), primeiro porque o tutu é curto, segundo porque não acredita que vá precisar usar na vida real; os Sul-Africanos, numa baita crise, vão comprar também apenas um punhado para seus Gripens C/D e Hawks. E depois? Mercado externo lotado de concorrentes, como fica? Problemão...
FAB - COMO O PROBLEMA TERIA SIDO EVITADO - Antes mesmo de tocar no assunto AAM no MD, ter conversado abertamente com as outras 2 Forças. Ter mostrado que seria do interesse de todas, pois qualquer AAM do jeito que está, no máximo com um booster, tem potencial (menor) para servir como SAM; devidamente desenvolvido (e dei o exemplo do CAMM, descendente do ASRAAM, com as mesmas funções e dimensões do A-Darter, só que agora dotado de sensor RADAR ATIVO, tecnologia que também poderíamos desenvolver com os Sul-Africanos, que inclusive já a possuem e, na josta em que estão, compartilhariam como Israel o fez com eles), seria coisa de 1º mundo para todas elas. E Nacional.
A REALIDADE - Segue, de modo tortuoso, a FAB sozinha com o A-Darter; o EB já mostrou interesse (parece que deixou de lado por falta de grana) de uma das versões do citado CAMM (Land Ceptor) para ser lançada a partir do ASTROS; a MB parece seguir com seu plano de importar diretamente outra versão do mesmo CAMM, chamada Sea Ceptor. Ou seja, prejuízo para a moribunda P&D Nacional, prejuízo para a moribunda BID e prejuízo para as 3 moribundas Forças. Prejuízos apenas, e por pura falta do entrosamento que nasce do diálogo aberto e franco.
-------------------------------------------------------------------------------
2 - MB - O PROBLEMA - Entrou sozinha, de costas para FAB e EB, em um Programa com a MBDA, primeiro para revalidar/melhorar o motor-foguete do Exocet e, a seguir, fazer o SEU MANSUP, que será equivalente em desempenho a um Exocet MM-40 do século passado. Não se descarta por completa uma versão aerolançada, para os helis médios Franceses. E na hora de comprar? Vai ser um punhado para a minguante Frota de Superfície e (se sair a versão aerolançada) um outro punhado para os helis. De resto, declaram oficialmente que aguardam exportações para Países que não precisem e/ou não possam pagar por um Msl de última geração, e este é seu ÚNICO cartucho no mercado externo. Quem compra em quantidade vai escolher entre coisas muito mais modernas.
MB - COMO O PROBLEMA TERIA SIDO EVITADO - Antes mesmo de tocar no tema MANSUP com o MD, ter conversado abertamente com as outras 2 Forças. Ter mostrado que seria do interesse de todas, pois os protótipos e uma pequena pré-série serviriam para (a) armar algumas das poucas unidades ainda operativas da minguante Frota e (b) testes para validar as soluções desenvolvidas no Programa. Em paralelo, as 3 Forças (IPqM, CTA e CTEx) estariam trabalhando em um turbina, sistemas correlatos e aletas dobráveis para as versões do que chamarei MANSUP 2. Ao final, a MB teria um Msl AN capaz de rivalizar com os melhores do mundo, tanto para lançamento por navios quantos por aeronaves e até subs; a FAB teria um aerolançado idem; e o EB ressuscitaria sua falecida Artilharia de Costa com coisa MUITO melhor do que Vickers 152 mm ou SS-60/80 com alcance relativamente curto e trajetória tão balística quanto a das munições 152. E mais, as 3 Forças poderiam optar por um desenvolvimento ulterior (ou mesmo paralelo) do mesmo Msl para funções de ataque tático (cruise missile), retirando o radar do nariz e substituindo o radar-altímetro por uma variante dele, mas usada como TFRR, e guiagem INS/GPS. Na hora de comprar seriam encomendas de várias versões pelas 3 Forças e, sendo de última geração, competiriam de igual para igual com o que de melhor houvesse por aí.
A REALIDADE - Segue, de modo tortuoso, a MB sozinha se esfalfando para desenvolver seu Msl dos anos 80/90 para estar operacional já na segunda década do século XXI. A FAB importou HARPOON, um Msl de ponta, para seus Orion e cogita importar uma versão avançada do RBS-15 para seus Gripens, provavelmente ficando entre um e outro importado, caso resolva dotar os AMX sobreviventes desta capacidade (AN). O EB, pouco ligando para Artilharia Costeira, segue apostando no ASTROS para, caso não tenha o que fazer, atacar navio. Resultado? Prejuízo para a moribunda P&D Nacional, prejuízo para a moribunda BID e prejuízo para as 3 moribundas Forças. Prejuízos apenas, e por pura falta do entrosamento que nasce do diálogo aberto e franco.
----------------------------------------------------------------------------
3 - EB - O PROBLEMA - Entrou sozinho, de costas para MB e FAB, e através da Avibrás, no Programa AV-TM, um Msl de Cruzeiro de alcance relativamente curto mas com a vantagem de ser movido a turbina Nacional e poder ser lançado a partir da plataforma ASTROS. E na hora de comprar? Vai ser um punhado para a relativamente pequena frota de lançadores ASTROS, sendo apenas UMA das opções de munição. De resto, declaram oficialmente que aguardam exportações, já que o Msl não fere nenhum dispositivo do MCTR (grande josta, a França vendeu centenas de Storm Shadows, de exportação supostamente proibida pelo citado Tratado, e ninguém deu um pio; se mais alguém quiser, é só ter grana que leva).
EB - COMO O PROBLEMA TERIA SIDO EVITADO - Antes mesmo de pensar em tocar no tema Msl Tático com o MD, ter conversado aberta e francamente com as outras 2 Forças. Ter mostrado que seria do interesse de todas e inclusive convergente com outro programa, o MANSUP. A FAB também não acharia nada ruim ter um Msl de Cruzeiro como opção em seu arsenal, e de cujo desenvolvimento participaria (versão aerolançada), junto com as outras Forças. Na verdade, os Programas MANSUP e AV-TM poderiam ser um só, com grande economia de recursos financeiros e grande incremento no conhecimento, dentro dos Institutos de P&D. Todos ganhariam.
A REALIDADE - Segue, do jeito que dá, o EB sozinho se matando para desenvolver o AV-TM, arriscando parar tudo a qualquer momento em que surgir um novo corte de verbas. A FAB não mostra o menor interesse em um arma assim e a MB muito menos. Como fica? Prejuízo para a moribunda P&D Nacional, prejuízo para a moribunda BID e prejuízo para as 3 moribundas Forças. Prejuízos apenas, e por pura falta da saudável harmonia que nasce de um entrosamento que jamais existiu entre 3 fracas Forças, que preferem aparentemente permanecer assim a DIALOGAR entre si.
Como seria melhor se fosse diferente...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Túlio, se isso realmente ocorreu como você está dizendo, ou seja, as Forças não terem ao menos consultado a outra sobre seus projetos, concordo contigo.
Não pesquisei sobre o assunto, mas acredito pouco provável que a FAB, por exemplo, com a necessidade de adquirir tecnologia para mísseis Ar-Ar (sua real afinidade), tenha entrado no projeto A-darter sem que a MB ou EB soubesse disso, haja vista termos inúmeros contatos, reuniões, ligações sistêmicas, o próprio MD, etc... Só para exemplificar, de onde nascem os projetos (COPAC) existem militares da MB e EB trabalhando na sala, em mesas junto com os militares da FAB na COPAC, com estreita ligação com seus respectivos Estados-Maiores, e com conhecimento de causa. Eu já prefiro acreditar que, além de terem sidos coordenados pelo MD de quem seria a atribuição para tocar esses projetos, dada a miséria atual das Forças, poderiam também não serem prioritários para as outras forças e não haveria condições alguma de alocar recursos financeiros e humanos, e se futuramente houvesse interesse, seria aproveitado o trabalho de outra força para benefício próprio. Exemplo, se a MB quiser, terá a sua disposição mísseis ar-ar para seus A-4M, com verba e trabalho da FAB. Desconheço a prioridade da MB e EB quanto a seus projetos, que pudesse permitir priorizar um míssil da FAB.
Mas se suas premissas forem verdadeiras, concordo 100% contigo.
Experimente buscar alguma declaração do MD sobre o A-darter sobre a quem foi atribuída a competência para tocar o projeto que poderá ser utilizado pelas demais forças, talvez tenha alguma coisa.
Apenas para conhecimento, apenas há poucos anos o MD criou um setor para aquisições conjuntas, incluindo nomeando o Brig Crepaldi para tentar definir o modus operandi, com sua experiência da COPAC, mas foi substituído por um civil, indicado por competência e questões políticas. A parte militar do MD está desde 2016 coordenando um extenso trabalho de sistemática de planejamento baseado em capacidades conjuntas, o que vai balizar futuras aquisições conjuntas.
Abraços
Não pesquisei sobre o assunto, mas acredito pouco provável que a FAB, por exemplo, com a necessidade de adquirir tecnologia para mísseis Ar-Ar (sua real afinidade), tenha entrado no projeto A-darter sem que a MB ou EB soubesse disso, haja vista termos inúmeros contatos, reuniões, ligações sistêmicas, o próprio MD, etc... Só para exemplificar, de onde nascem os projetos (COPAC) existem militares da MB e EB trabalhando na sala, em mesas junto com os militares da FAB na COPAC, com estreita ligação com seus respectivos Estados-Maiores, e com conhecimento de causa. Eu já prefiro acreditar que, além de terem sidos coordenados pelo MD de quem seria a atribuição para tocar esses projetos, dada a miséria atual das Forças, poderiam também não serem prioritários para as outras forças e não haveria condições alguma de alocar recursos financeiros e humanos, e se futuramente houvesse interesse, seria aproveitado o trabalho de outra força para benefício próprio. Exemplo, se a MB quiser, terá a sua disposição mísseis ar-ar para seus A-4M, com verba e trabalho da FAB. Desconheço a prioridade da MB e EB quanto a seus projetos, que pudesse permitir priorizar um míssil da FAB.
Mas se suas premissas forem verdadeiras, concordo 100% contigo.
Experimente buscar alguma declaração do MD sobre o A-darter sobre a quem foi atribuída a competência para tocar o projeto que poderá ser utilizado pelas demais forças, talvez tenha alguma coisa.
Apenas para conhecimento, apenas há poucos anos o MD criou um setor para aquisições conjuntas, incluindo nomeando o Brig Crepaldi para tentar definir o modus operandi, com sua experiência da COPAC, mas foi substituído por um civil, indicado por competência e questões políticas. A parte militar do MD está desde 2016 coordenando um extenso trabalho de sistemática de planejamento baseado em capacidades conjuntas, o que vai balizar futuras aquisições conjuntas.
Abraços
Brasil acima de tudo!!!