Não fiz esta avaliação apenas baseado em geografia Juarez. Levei, e levo, com certeza outros parâmetros, talvez até os mesmos que o EM da FAB trata. Mas fato é que, por mais exigentes que sejam as nossas necessidades/parâmetros de defesa aérea, no que depender apenas da FAB, ou do GF, qualquer que seja, ela irá continuar sendo o que sempre foi: uma peneira. Mas para a nossa pacífica e bucólica realidade sul-americana isto já está mais que bom. Até prova em contrário.Eu respeito a tua opinião,mas saliento que não se deve fazer uma avaliação baseada tão somente em limítrofes físicos, lembrando que existem premissas para se chegar a este número que sempre atualizada a nível de EM.
Eu quero crer que se fosse hoje, e tívéssemos um simples esquadrão em Belém, ele no mínimo teria sido interceptado dentro da nossa ZEE. Mesmo se tratando de um voo comercial. Em qualquer país sério, um avião que voa sem a devida identificação em seu espaço aéreo é interceptado de pronto. Aqui parece que é diferente. Só não sei porque.Carvalho, ele foi pego aonde foi, em função de na época falta de cobertura radar na região norte/noroeste, hoje te garanto que a conversa era outra. Poderiam ter 100 caças na BAMN e ele passaria incólume da mesma forma.
Não estou falando de CAP ou de conflitos abertos, mas de simples e cotidianas missões de policiamento aéreo e interceptação em tempos de paz. Tirando Santa Maria, a base aérea da FAB com caças mais próxima de nossas fronteiras é Anápolis. Não por acaso mais ou menos a uns mil kms de distância. Não vou nem falar de Manaus porque com 5/6 caças é no mínimo patético falar em defesa aérea aqui. E em caso de conflito, bem tirando as guianas, Paraguai, Uruguai e Bolívia, vamos ter problemas. Muitos problemas.Mas Carvalho, normalmente este tipo de missão de combate é procedida de toda uma negociação pré conflito, como tempo necessário para se fazer mobilizações, e ainda podemos nos utilizar de REVO.
A última vez que vi, as alas já passavam de 10. Será que algum dia vamos ter mais do que os 7 esquadrões que hoje dispomos? A ver.Desculpe, você está equivocado. Policiamento aéreo não é feito por caças em TOs pacíficos como o nosso, não temos nenhum rusga mal resolvida, ou conflito que justifique tal ação. Existiu isto até meado da década de 90 com a FAA, ação que vivenciei ao vivo e a cores, e que resolvíamos com o avança do 14 para BASM, Aeroporto de Santo Angelo, Aeroporto de Uruguaiana. Temos, pelo menos quatro bases aéreas próximas das fronteiras oeste/norte, a citar; BACG, BAPV, BASGC, BABV, todas elas com dotação de STs, a exceção da BASGC, mas que tem todo o suporte para receber anvs de caça e todo seu link de apoio para operação. Carvalho, as novas diretrizes da FAB determinam que cada Ala seja um força aérea independente com seu esquadrão de caças, de transporte, de apoio logístico, de C3I, em fim, para que possam em pelo menos 48 horas efetuar um deslocamento dentro de sua área de responsabilidade e cumprir a missão determinada por uma Orfrag.
O SICEAB possui capacidades que nos permitem "ver" o que está além de nossas fronteiras até cerca de 100/200 kms. Ponto. Isto para alvos em voo de média ou grande altitude. Para alvos voando em baixa altitude existem radares específicos que nem precisariam ser da FAB. Um M-60 em cada Pel Front já dava para fazer muita coisa. Além dos OTH, que já existem pesquisas e projetos por aqui em desenvolvimento. São soluções complementares. O SIGAAZ inclusive prevê o seu uso no litoral. Quanto aos AEW, com apenas 5 aeronaves é mesmo impossível. Já ouvir dizer que a FAB precisava de umas 15, pelo menos. Sem a necessidade de mantê-las permanentemente no ar. Bem, já tá difícil manter as que tem, imagina pensar em mais do que já temos.Penso que tu desconhece a estratégia de posicionamento de OMs muito próximas a fronteira. Não tem radar que possa dar um alerta antecipado necessário, a exceção de se manter permanentemente no ar anv AWACS, o que é inviável.
Juarez, quando digo base operacional estou me referindo as 6 bases que a FAB dispôs na sua nova organização. O que não chega a ser muito diferente do que temos hoje. A única diferença seria que teríamos um esquadrão de caças no nordeste e outro no centro-oeste. 6 x 19 = 93 caças. Será que isso também é muito para a FAB? Aliás, não é mais fácil deslocar um esquadrão dentro da sua área de responsabilidade da ala quando a ala tem um esquadrão para fazer isso, o que não é o caso hoje de três das cinco regiões do país?Desculpe, esta tua proposta é inexequível, mesmo para uma USAF, não haveria condições de manter rum esquadrão de caças em cada OM, sem contar que como já te expliquei anteriormente, a nova doutrina prevê deslocamento em caso de inicio de conflitos com total apoio das unidades envolvidas.
Juarez, no final dos anos 60's quando pediram o F-4 para formar o GDA nos deram um grande e sonoro não. Tínhamos verba naquela época para operar o Phantom por aqui?Como nós não pedimos, a tu afirmação tácita se transforma em suposição.
Eu vivi bem aqueles anos, Juarez. Apesar de não termos internet, laptop e a wikipedia...Não, não havia este expediente, pelo simples fato que estávamos em default(talvez tu seja muito jovem e não te recorde) e os banco internacionais não aceitavam o aval do TN.

abs.
ps: espero que tenha ficado melhor.
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