CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
se não funciona no iraque que é desertico. Pior ainda koreia , montanhosa e capaz de produzir mais AA´s por meios próprios.
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
No caso da sitia me parece óbvio que eles não quiseram atacar a pista...já os hangares, todos foram atingidos.Bolovo escreveu:58 Tomahawks não tiraram nem uma velha base aérea de operação na Síria, portanto não me parece muito realista então imaginar que 308 misseis vá destruir todo o programa nuclear coreano, que está espalhado pelo país inteiro em um monte de instalações (http://www.nti.org/gmap/nuclear_north_korea.html?/)... as chances dos EUA realizarem um ataque, na minha opinião, é menor do que zero, até porque quem vai sofrer uma retaliação direta seria os aliados na região e não exatamente os americanos.mmatuso escreveu:154 Tomahawks não é nada mesmo se acertarem todos.
abs
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
THE TIMES
North Korea crisis: US cyberwarfare could sabotage missile tests
MICHAEL EVANS, The Times, 11:20AM April 17, 201
Advances in cyberwarfare have provided the Pentagon with unique capabilities to target weapon systems and covert nuclear programs operated by hostile states such as North Korea.
Pyongyang has suffered dozens of missile failures. While some were due to engineering defects, others may have fallen victim to a covert Pentagon operation to jam or disrupt launches with sophisticated computer viruses.
The Pentagon has two departments that have developed powerful tools to attack a hostile state’s computers. Cyber Command and the National Security Agency work together on programs to provide the president with an offensive option that does not require boots on the ground, Tomahawks or the US air force.
The insertion of viruses, or worms, into North Korea’s ballistic missile program has the same effect as electronic jamming. The missile “brain” becomes confused and the rocket veers off course and plunges into the sea or explodes in midair soon after launch. It is likely that viruses would also have been inserted during the construction of the missiles, so that they have a built-in vulnerability.
The Pentagon has not yet developed a fail-proof cybersystem because North Korea has succeeded in launching several medium-range missiles in recent months.
America’s covert use of cyberwarfare was first made public eight years ago, with the revelations about the infamous Stuxnet virus, which was inserted into Iran’s computers running the gas centrifuge systems for enriching uranium to weapon-grade levels.
The joint US-Israel Stuxnet program began in George W Bush’s administration. The malicious virus was fed into the Siemens-built computer systems inside Iran’s Natanz nuclear facility.
Stuxnet was designed to have two functions: accelerate the gas centrifuge spinning system until it crashed; and send a separate code which falsely indicated that the machinery was running at normal levels.
The virus was inserted inside computers known as controllers, which ran all the operations being carried out at Natanz. It then targeted and crippled the computers that were operating the gas centrifuges.
It was an inspired example of covert sabotage that set back Iran’s clandestine nuclear program until Tehran realised what was going on and took steps to block out the Stuxnet virus.
Cyberwarfare against North Korea’s ballistic missile program has followed a similar pattern. Targeting the nuclear weapon program proved too big a challenge because all the work is carried out deep underground.
However, to judge by the history of failed missile flight tests in recent years, it is likely that many of them may have been caused by sophisticated malware inserted remotely into the weapon systems while under development and, subsequently, in the days leading up to a flight test.
Responding to speculation that the North Korean ballistic missile launch failed as a result of a US cyberwarfare attack, a Pentagon spokeswoman said: “I am not aware of anything like this but we don’t discuss intelligence matters.”
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
No caso da Coreia tem dois fatores que não existiam no Iraque/Servia/Síria.LeandroGCard escreveu:As MOAB só podem ser lançadas por aeronaves de carga, grandes e de vôo lento. As defesas aéreas da Coréia do Norte iriam amar de paixão se os EUA tentassem lançá-las lá.
A única forma de tentarem isso seria depois de uma campanha aérea completa para erradicar toda e qualquer forma de defesa aérea, para permitir aos cargueiros alcançarem seus alvos. Isso foi tentado na Sérvia e no Iraque, e em nenhum dos dois casos funcionou 100%.
Leandro G. Card
O primeiro que a Coreia do Sul está na linha de frente e, em tese, ainda se prepara para uma guerra com a Coreia do Norte ou, no pior cenário, China. É uma força de ataque e defensiva que sabe o que fazer e se prepara para isso sozinha, especialmente nas últimas duas décadas. Os sul coreanos sabem o que tem que destruir para evitar o bombardeio de artilharia norte-coreano sobre suas cidades. E, potencialmente, fechar os canais que permitiriam uma invasão em massa de uma tecnologicamente menos preparada e numerosa, supondo que meios para tentar algo assim.
O segundo é que precisa considerar até que o governo do Kim sobrevive em uma guerra contra coreia do sul/EUA. E qual pode ser a reação das forças armadas e líderes políticos/militares na estrutura de poder norte-coreana. É complicado prever alguma coisa. Pode virar um atoleiro como a síria, surgir um governo amigo da China ou EUA, quebrar em vários blocos de governo. Por isso, a solução mais aceitável para todos da região é continuar como está. Isso para China/Rússia/Coreia do Sul/EUA. E o Kim busca se aproveitar do medo da instabilidade que geraria uma coreia do norte sem o governo atual. No fundo, o entrave é esse, não a questão nuclear ou a suposta capacidade de atacar os EUA e Aliados. Já que os norte-coreanos não tem e, se tiverem, não suportam a retaliação.
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Mísseis cruzeiros não são a melhor opção para destruir pistas, a menos que estejam equipados com munição específica para tal objetivo.gusmano escreveu:No caso da sitia me parece óbvio que eles não quiseram atacar a pista...já os hangares, todos foram atingidos.Bolovo escreveu: 58 Tomahawks não tiraram nem uma velha base aérea de operação na Síria, portanto não me parece muito realista então imaginar que 308 misseis vá destruir todo o programa nuclear coreano, que está espalhado pelo país inteiro em um monte de instalações (http://www.nti.org/gmap/nuclear_north_korea.html?/)... as chances dos EUA realizarem um ataque, na minha opinião, é menor do que zero, até porque quem vai sofrer uma retaliação direta seria os aliados na região e não exatamente os americanos.
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Os EUA necessitam atacar por uma questão de mídia e política interna. por isso lançaram o ataque contra Shayrat, que obteve resultados pífios, em termos militares, com a base atacada estando novamente operacional menos de 24 horas depois, todavia, isto nunca foi o objetivo perseguido com o ataque, este, era de caráter espetaculoso, midiático e político, reforçando a posição interna de Trump e anulando o discurso de que era "subserviente" a Putin, que por sua vez viu-se enfraquecido, por não ter impedido um ataque ao seu aliado.
A Coréia do Norte é a mesma coisa. Caso haja um ataque será contra as posições da AAA norte-coreana que é antiga e fácil de jamear. Ela é dotada de mísseis antigos, como os S-75 e S-125, culminando com o S-200. E os radares, na sua maioria são os vetusos P-12 e P-14... A maioria das baterias são fixas, algo que chama atenção pela rigidez doutrinária, apesar de que podem ser decoys...
Resta esperar.
A Coréia do Norte é a mesma coisa. Caso haja um ataque será contra as posições da AAA norte-coreana que é antiga e fácil de jamear. Ela é dotada de mísseis antigos, como os S-75 e S-125, culminando com o S-200. E os radares, na sua maioria são os vetusos P-12 e P-14... A maioria das baterias são fixas, algo que chama atenção pela rigidez doutrinária, apesar de que podem ser decoys...
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
A grande questão na verdade é se a Coréia do Sul vai realmente aceitar entrar em uma guerra total contra a Coréia do Norte (que é o que aconteceria neste caso que você mencionou) para proteger os EUA do risco de sofrer um ataque nuclear em seu próprio território.Bourne escreveu:No caso da Coreia tem dois fatores que não existiam no Iraque/Servia/Síria.
O primeiro que a Coreia do Sul está na linha de frente e, em tese, ainda se prepara para uma guerra com a Coreia do Norte ou, no pior cenário, China. É uma força de ataque e defensiva que sabe o que fazer e se prepara para isso sozinha, especialmente nas últimas duas décadas. Os sul coreanos sabem o que tem que destruir para evitar o bombardeio de artilharia norte-coreano sobre suas cidades. E, potencialmente, fechar os canais que permitiriam uma invasão em massa de uma tecnologicamente menos preparada e numerosa, supondo que meios para tentar algo assim.
O segundo é que precisa considerar até que o governo do Kim sobrevive em uma guerra contra coreia do sul/EUA. E qual pode ser a reação das forças armadas e líderes políticos/militares na estrutura de poder norte-coreana. É complicado prever alguma coisa. Pode virar um atoleiro como a síria, surgir um governo amigo da China ou EUA, quebrar em vários blocos de governo. Por isso, a solução mais aceitável para todos da região é continuar como está. Isso para China/Rússia/Coreia do Sul/EUA. E o Kim busca se aproveitar do medo da instabilidade que geraria uma coreia do norte sem o governo atual. No fundo, o entrave é esse, não a questão nuclear ou a suposta capacidade de atacar os EUA e Aliados. Já que os norte-coreanos não tem e, se tiverem, não suportam a retaliação.
Porque veja bem, a Coréia do Norte já possui armas nucleares e mísseis capazes de lançá-las sobre a Coréia do Sul há anos, e a própria Coréia do Sul nunca ameaçou atacar instalações da sua irmã do norte por causa disso. O contrato que valia era de os EUA protegerem a Coréia do Sul com a ameaça de retaliação nuclear total usando suas próprias bombas atômicas caso a Coréia do Norte usasse estas armas contra a irmã (e implicitamente também se a Coréia do Norte invadisse e ameaçasse derrotar Coréia do Sul, mesmo que usando apenas armamento convencional). Mas agora o jogo mudou, a Coréia do Norte está a ponto de desdobrar (se já não o fez) vetores de armas nucleares capazes de atingir diretamente o território americano, e o Trump ameaça com um ato de guerra declarada o camarada de cabelo esquisito (não o próprio Trump, o outro) se ele continuar desenvolvendo estes seus sistemas ofensivos. Ou seja, agora a disputa é entre duas nações, uma que já possui e outra que está em vias de conseguir a capacidade de lançar armas de destruição em massa diretamente uma contra a outra.
A Coréia do Sul vai mesmo se meter nesta briga de cachorro grande, arriscando que sobre para ela até mais do que para os outros dois? Esperando ganhar exatamente o quê?
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Nem toda a defesa AAe Norte Coreana é composta por mísseis vetustos da antiga URSS... :Ilya Ehrenburg escreveu:A Coréia do Norte é a mesma coisa. Caso haja um ataque será contra as posições da AAA norte-coreana que é antiga e fácil de jamear. Ela é dotada de mísseis antigos, como os S-75 e S-125, culminando com o S-200. E os radares, na sua maioria são os vetusos P-12 e P-14... A maioria das baterias são fixas, algo que chama atenção pela rigidez doutrinária, apesar de que podem ser decoys...
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
LeandroGCard escreveu:As MOAB só podem ser lançadas por aeronaves de carga, grandes e de vôo lento. As defesas aéreas da Coréia do Norte iriam amar de paixão se os EUA tentassem lançá-las lá.Wolfgang escreveu:As explosões suficientes deveriam ser no mínimo as de MOABs para desabilitara algumas das instalações. Dai a correria para acertar uns mulambos no Afeganistão. O problema é a quantidade e a necessidade de se embarcar as bombas. Se for acontecer algo, o que duvido, em caso de provocação extrema da CN alguns Tridents vão voar.
A única forma de tentarem isso seria depois de uma campanha aérea completa para erradicar toda e qualquer forma de defesa aérea, para permitir aos cargueiros alcançarem seus alvos. Isso foi tentado na Sérvia e no Iraque, e em nenhum dos dois casos funcionou 100%.
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Perfeito, por isso sublinhei a necessidade de embarcá-las, o que dificulta sobremaneira a utilização em massa da arma.
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Preciso me explicar aqui. Quando me refiro a utilizar armas como a MOAB falo de utilizá-las em campo aberto contra um efetivo grande de artilharia. Contra bunkers ela teria pouca utilidade mesmo.Bolovo escreveu:A MOAB é uma bomba de sopro, não uma bunker Buster, portanto sua efetividade no caso é praticamente nula. Além disso, só pode ser lançada do C-130 e desconheço alvo maior do que esse. A bomba que deveria ser usada é a MOP, uma bunker Buster gigantesca, onde o B-2 só carrega duas, ou seja, se usar todos os bombardeiros, dá pra lançar apenas 40 bombas e com certeza é necessário mais do que isso.Wolfgang escreveu:As explosões suficientes deveriam ser no mínimo as de MOABs para desabilitara algumas das instalações. Dai a correria para acertar uns mulambos no Afeganistão. O problema é a quantidade e a necessidade de se embarcar as bombas. Se for acontecer algo, o que duvido, em caso de provocação extrema da CN alguns Tridents vão voar.
Daí a minha observação de que se for necessário um ataque rápido e definitivo seriam utilizado os Tridents, com todas as implicações que isso teria.
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Valeu pela informação, Leandro. Realmente eles desenvolveram um análogo, ao que parece, do HQ-9/S-300. Inclusive com radar 3-D...LeandroGCard escreveu:Nem toda a defesa AAe Norte Coreana é composta por mísseis vetustos da antiga URSS... :Ilya Ehrenburg escreveu:A Coréia do Norte é a mesma coisa. Caso haja um ataque será contra as posições da AAA norte-coreana que é antiga e fácil de jamear. Ela é dotada de mísseis antigos, como os S-75 e S-125, culminando com o S-200. E os radares, na sua maioria são os vetusos P-12 e P-14... A maioria das baterias são fixas, algo que chama atenção pela rigidez doutrinária, apesar de que podem ser decoys...
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Boa questão, ainda sim acredito que se houver algo os EUA podem levar além de Coreia do Sul o Japão, mesmo que esses dois façam mais a parte de logistica.LeandroGCard escreveu:A grande questão na verdade é se a Coréia do Sul vai realmente aceitar entrar em uma guerra total contra a Coréia do Norte (que é o que aconteceria neste caso que você mencionou) para proteger os EUA do risco de sofrer um ataque nuclear em seu próprio território.Bourne escreveu:No caso da Coreia tem dois fatores que não existiam no Iraque/Servia/Síria.
O primeiro que a Coreia do Sul está na linha de frente e, em tese, ainda se prepara para uma guerra com a Coreia do Norte ou, no pior cenário, China. É uma força de ataque e defensiva que sabe o que fazer e se prepara para isso sozinha, especialmente nas últimas duas décadas. Os sul coreanos sabem o que tem que destruir para evitar o bombardeio de artilharia norte-coreano sobre suas cidades. E, potencialmente, fechar os canais que permitiriam uma invasão em massa de uma tecnologicamente menos preparada e numerosa, supondo que meios para tentar algo assim.
O segundo é que precisa considerar até que o governo do Kim sobrevive em uma guerra contra coreia do sul/EUA. E qual pode ser a reação das forças armadas e líderes políticos/militares na estrutura de poder norte-coreana. É complicado prever alguma coisa. Pode virar um atoleiro como a síria, surgir um governo amigo da China ou EUA, quebrar em vários blocos de governo. Por isso, a solução mais aceitável para todos da região é continuar como está. Isso para China/Rússia/Coreia do Sul/EUA. E o Kim busca se aproveitar do medo da instabilidade que geraria uma coreia do norte sem o governo atual. No fundo, o entrave é esse, não a questão nuclear ou a suposta capacidade de atacar os EUA e Aliados. Já que os norte-coreanos não tem e, se tiverem, não suportam a retaliação.
Porque veja bem, a Coréia do Norte já possui armas nucleares e mísseis capazes de lançá-las sobre a Coréia do Sul há anos, e a própria Coréia do Sul nunca ameaçou atacar instalações da sua irmã do norte por causa disso. O contrato que valia era de os EUA protegerem a Coréia do Sul com a ameaça de retaliação nuclear total usando suas próprias bombas atômicas caso a Coréia do Norte usasse estas armas contra a irmã (e implicitamente também se a Coréia do Norte invadisse e ameaçasse derrotar Coréia do Sul, mesmo que usando apenas armamento convencional). Mas agora o jogo mudou, a Coréia do Norte está a ponto de desdobrar (se já não o fez) vetores de armas nucleares capazes de atingir diretamente o território americano, e o Trump ameaça com um ato de guerra declarada o camarada de cabelo esquisito (não o próprio Trump, o outro) se ele continuar desenvolvendo estes seus sistemas ofensivos. Ou seja, agora a disputa é entre duas nações, uma que já possui e outra que está em vias de conseguir a capacidade de lançar armas de destruição em massa diretamente uma contra a outra.
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Existem bases e soldados em ambos territórios.
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Há 2 bombas muito pesadas com funções diferentes:LeandroGCard escreveu:As MOAB só podem ser lançadas por aeronaves de carga, grandes e de vôo lento. As defesas aéreas da Coréia do Norte iriam amar de paixão se os EUA tentassem lançá-las lá.Wolfgang escreveu:As explosões suficientes deveriam ser no mínimo as de MOABs para desabilitara algumas das instalações. Dai a correria para acertar uns mulambos no Afeganistão. O problema é a quantidade e a necessidade de se embarcar as bombas. Se for acontecer algo, o que duvido, em caso de provocação extrema da CN alguns Tridents vão voar.
A única forma de tentarem isso seria depois de uma campanha aérea completa para erradicar toda e qualquer forma de defesa aérea, para permitir aos cargueiros alcançarem seus alvos. Isso foi tentado na Sérvia e no Iraque, e em nenhum dos dois casos funcionou 100%.
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1) Massive Ordnance Air Blast (MOAB)
2) Massive Ordnance Penetrator (MOP)
Uma lançada de aeronaves de carga (GBU-43 MOAB) e outra guiada por GPS (GBU-57 MOP) lançada do B-2 e B-52.
GBU-57 MOP
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Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
A MOAB é MOAB e MOP é MOP. São bombas diferentes, não é a toa que tem siglas diferentes. A primeira é uma bomba termo bárica gigante guiada e a segunda é uma bunker buster imensa. E como já disse, apenas os B-2 e os B-52 podem carrega-la, mas apenas os primeiros irão usa-la operacionalmente (o B-52 é somente para testes), portanto se usarem todos os 20 B-2, poderão usar 40 bombas, número insuficiente para destruir todas as instalações subterrâneas (a península coreana é muito montanhosa, sobretudo no norte), então os americanos não tem muito o que fazer. Seria, digo, é arriscado demais atacar a Coréia do Norte, alias, eu acho que isso jamais irá acontecer.Penguin escreveu:Há 2 MOAB.LeandroGCard escreveu:As MOAB só podem ser lançadas por aeronaves de carga, grandes e de vôo lento. As defesas aéreas da Coréia do Norte iriam amar de paixão se os EUA tentassem lançá-las lá.
A única forma de tentarem isso seria depois de uma campanha aérea completa para erradicar toda e qualquer forma de defesa aérea, para permitir aos cargueiros alcançarem seus alvos. Isso foi tentado na Sérvia e no Iraque, e em nenhum dos dois casos funcionou 100%.
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"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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