Mundo Árabe em Ebulição

[chris]

E como é que tu sabe que o lado Russo e o certo?

G abraco

Simples: eu leio os dois tipos de mídia e comparo com os fatos. Antes, quando a gente só podia enxergar o mundo através da "lente" de Veja, Globo, Estadão, Folha de São Paulo, etc, a gente só tinha o ponto de vista do Ocidente. Mas agora, com a Internet, dá para ouvir os dois lados da história. Um juiz, quando vai julgar alguém tem que ouvir os dois lados . Até um bandido merece ser ouvido, antes de se dar a sentença, antes de receber o justo castigo por seus atos.

Então, vamos comparar as duas versões:

1- O Ocidente diz que Assad realizou um ataque químico - e mostrou várias imagens na mídia de criancinhas sofrendo. As imagens chocam.

2- A Rússia diz que quem realizou os ataques químicos foram os rebeldes. Na verdade, a versão russa é a seguinte: os rebeldes preparam uma "armadilha" para Assad: estocaram armas químicas em um depósito e fizeram grandes movimentações lá. A inteligência pró-Assad estava vendo essa movimentação, as imagens de satélite estavam vendo também. O que a força aérea síria faz quando terroristas entram e saem armados de um depósito? Qualquer criança de 6 anos pode responder essa: bombardeia, claro! Só que no depósito, havia uma armadilha: armas químicas estocadas que, ao serem bombardeadas, se espalharam e atingiram a população civil ao redor.

Ok, temos as duas versões. Agora vamos comparar com os fatos.

A primeira questão a levantar é: porque Assad, com a Guerra praticamente ganha, utilizaria armas químicas e suscitaria a ira e indignação internacional, arriscando-se até a dar um motivo para intervenção dos EUA? Armas químicas não dão vantagem nenhuma nesse tipo de guerra; só fazem mal a população civil. Se Assad fosse o responsável certamente ganharia o prêmio Nobel da Burrice.

Mas claro, a mídia já preparou a resposta para essa questão que aparece de cara. Eu assisti hoje na rede globo "especialistas" explicando: Sim, foi Assad que fez os ataques quimicos (como eles sabem? estavam lá?) e ele fez esse ataque para demonstrar "poder", mostrar a eles que ele pode lançar ataque químico a mulheres e crianças e o mundo inteiro mesmo assim não fará nada.

Ora, esse argumento para mim é ridículo. Que demonstração de força compensaria a indignação internacional e a possibilidade de intervenção americana e prolongamento da Guerra? A coisa que Assad mais quer é terminar logo a Guerra e reconstruir seu país, arrasado pela guerra. Um ataque como esse poderia fazer aumentar os terroristas, que já familiares dessas crianças poderiam passar para o outro lado. E poderia gerar revolta nos aliados de Assad - Rússia, Irã e Hezbollah ficariam indignados se o Asssad fizesse uma cagada dessas. Mas se quiser acreditar na versão ocidental, fique a vontade. Eu não acredito.

Mas vamos a mais fatos. Os americanos já mentiram descaradamente para justificar guerras. Vou citar dois exemplos:

1- Primeira Guerra do Golfo: uma menina kwaitiana foi ao Congresso dos Estados Unidos contar como presenciou os soldados de Sadam Hussein invadirem um Hospital e assassinaram centenas de criancinhas. Claro, o presidente americano na época, Bush Pai, soltou lágrimas pelas criancinhas do Kwait. Que malvado esse Sadam, não? Mas posteriormente, descobriram que tudo não passou de uma farsa dantesca: essa menina kwaitina era sabe quem? a filha do embaixador do Kwait nos EUA; ela tomou até aulas de interpretação para fazer esse papelão em pleno Congresso dos EUA e a história era uma grande mentira. Pesquise na Intenet sobre isso.

2- Segunda Guerra do Golfo: nem preciso comentar, não é? a história de que Sadam tinha armas químicas e de destruição em massa que, depois da Guerra nunca se confirmou é pública e notória.

Agora vem os EUA justificarem um ataque à Síria, argumentando que foi Assad. E nenhuma investigação foi realizada. E os rebeldes que lutam contra o Assad já cometeram diversos crimes hediondos, são terroristas e a Rússia já os acusou várias vezes de usar armas químicas (mas a mídia não deu atenção ao fato, claro. Só dão atenção se a acusação recair sobre o Assad).

Além disso, claro que o ataque tinha que coincidir com a visita do líder chinês aos Estados Unidos? acredita em coincidência?

Diante de tudo isso, você quer que eu acredite em quem?

Cara, olha só. Tu vai depositar alguma grana na minha conta se você pensar como eu penso? Não? então acredite no que quiser, ok, eu respeito. Você pode até ter um santuário na tua casa dedicado ao tio Sam e adorar, é sua opção. No entanto, respeite a minha opinião, eu acredito nos russos e os admiro e ponto final. Cada um na sua.

Agora, se vc me apresentar um argumento que possa fazer sentido e não simplesmente repetir o que "especialistas" que vão falar na rede Globo dizem, aí tudo bem. Vamos argumentar.

chris

[Bolovo]

No dia 21 de março, iniciou-se uma grande ofensiva rebelde liderada pelo Tahrir al-Sham (antigo nome da al-Nusra, a filial da al-Qaeda na Síria) em direção a Hama. Em basicamente uma semana tomaram muito terreno e ficaram a apenas 3 quilômetros de Hama. O Exército Sírio remanejou tropas, os russos bombardearam cada cm² da região e pronto, do dia 29 em diante as tropas governistas reconquistaram 90% do território perdido. A grande ofensiva rebelde durou sequer uma semana e foi reduzida a pó. E após essa vitória militar brilhante sobre a ofensiva rebelde, deixando Hama segura, o presidente Assad decide lançar um ataque químico no dia 4 de abril na cidade de Khan Shaykhun, localizada apenas a 35 km ao norte de Hama, justamente para deixar a ONU, os EUA e a União Européia com vontade de retirarem ele do poder porque ele estava com saudades dessa galera.

Esse ataque químico não faz o menor sentido ter sido realizado pelo Assad. O presidente sírio pode ser tirano, autoritário, o que for, mas burro e louco ele não é. Ele está vencendo em praticamente todas as atuais frentes de batalha e um ataque químico, além de ser uma coisa pouco eficiente do ponto de vista militar (sobretudo numa cidade longe da linha de frente como Khan Shaykhun), só serve pra alimentar o discurso de "Assad must go", como estamos vendo novamente. Lembrando que a Síria se desfez de seu arsenal químico em 2014, coisa que foi vistoriada por ONU, UE, EUA, Rússia e todo mundo. Essa ação do Trump serviu para incentivar a al-Qaeda e amiguinhos realizarem seus ataques químicos sem medo, pois em seguida os EUA irão bombardear justamente as tropas de Assad, afinal segundo maior parte do mundo ocidental, somente ele pode realizar esses ataques.

[Penguin]

E como é que tu sabe que o lado Russo e o certo?

G abraco

Simples: eu leio os dois tipos de mídia e comparo com os fatos. Antes, quando a gente só podia enxergar o mundo através da "lente" de Veja, Globo, Estadão, Folha de São Paulo, etc, a gente só tinha o ponto de vista do Ocidente. Mas agora, com a Internet, dá para ouvir os dois lados da história. Um juiz, quando vai julgar alguém tem que ouvir os dois lados . Até um bandido merece ser ouvido, antes de se dar a sentença, antes de receber o justo castigo por seus atos.

Então, vamos comparar as duas versões:

1- O Ocidente diz que Assad realizou um ataque químico - e mostrou várias imagens na mídia de criancinhas sofrendo. As imagens chocam.

2- A Rússia diz que quem realizou os ataques químicos foram os rebeldes. Na verdade, a versão russa é a seguinte: os rebeldes preparam uma "armadilha" para Assad: estocaram armas químicas em um depósito e fizeram grandes movimentações lá. A inteligência pró-Assad estava vendo essa movimentação, as imagens de satélite estavam vendo também. O que a força aérea síria faz quando terroristas entram e saem armados de um depósito? Qualquer criança de 6 anos pode responder essa: bombardeia, claro! Só que no depósito, havia uma armadilha: armas químicas estocadas que, ao serem bombardeadas, se espalharam e atingiram a população civil ao redor.



Ok, temos as duas versões. Agora vamos comparar com os fatos.

A primeira questão a levantar é: porque Assad, com a Guerra praticamente ganha, utilizaria armas químicas e suscitaria a ira e indignação internacional, arriscando-se até a dar um motivo para intervenção dos EUA? Armas químicas não dão vantagem nenhuma nesse tipo de guerra; só fazem mal a população civil. Se Assad fosse o responsável certamente ganharia o prêmio Nobel da Burrice.

Mas claro, a mídia já preparou a resposta para essa questão que aparece de cara. Eu assisti hoje na rede globo "especialistas" explicando: Sim, foi Assad que fez os ataques quimicos (como eles sabem? estavam lá?) e ele fez esse ataque para demonstrar "poder", mostrar a eles que ele pode lançar ataque químico a mulheres e crianças e o mundo inteiro mesmo assim não fará nada.

Ora, esse argumento para mim é ridículo. Que demonstração de força compensaria a indignação internacional e a possibilidade de intervenção americana e prolongamento da Guerra? A coisa que Assad mais quer é terminar logo a Guerra e reconstruir seu país, arrasado pela guerra.

Um ataque como esse poderia fazer aumentar os terroristas, que já familiares dessas crianças poderiam passar para o outro lado. E poderia gerar revolta nos aliados de Assad - Rússia, Irã e Hezbollah ficariam indignados se o Asssad fizesse uma cagada dessas. Mas se quiser acreditar na versão ocidental, fique a vontade. Eu não acredito.

Mas vamos a mais fatos. Os americanos já mentiram descaradamente para justificar guerras. Vou citar dois exemplos:

1- Primeira Guerra do Golfo: uma menina kwaitiana foi ao Congresso dos Estados Unidos contar como presenciou os soldados de Sadam Hussein invadirem um Hospital e assassinaram centenas de criancinhas. Claro, o presidente americano na época, Bush Pai, soltou lágrimas pelas criancinhas do Kwait. Que malvado esse Sadam, não? Mas posteriormente, descobriram que tudo não passou de uma farsa dantesca: essa menina kwaitina era sabe quem? a filha do embaixador do Kwait nos EUA; ela tomou até aulas de interpretação para fazer esse papelão em pleno Congresso dos EUA e a história era uma grande mentira. Pesquise na Intenet sobre isso.

2- Segunda Guerra do Golfo: nem preciso comentar, não é? a história de que Sadam tinha armas químicas e de destruição em massa que, depois da Guerra nunca se confirmou é pública e notória.

Não? Os estoques de armas químicas de

Agora vem os EUA justificarem um ataque à Síria, argumentando que foi Assad. E nenhuma investigação foi realizada. E os rebeldes que lutam contra o Assad já cometeram diversos crimes hediondos, são terroristas e a Rússia já os acusou várias vezes de usar armas químicas (mas a mídia não deu atenção ao fato, claro. Só dão atenção se a acusação recair sobre o Assad).

Além disso, claro que o ataque tinha que coincidir com a visita do líder chinês aos Estados Unidos? acredita em coincidência?

Diante de tudo isso, você quer que eu acredite em quem?

Cara, olha só. Tu vai depositar alguma grana na minha conta se você pensar como eu penso? Não? então acredite no que quiser, ok, eu respeito. Você pode até ter um santuário na tua casa dedicado ao tio Sam e adorar, é sua opção. No entanto, respeite a minha opinião, eu acredito nos russos e os admiro e ponto final. Cada um na sua.

Agora, se vc me apresentar um argumento que possa fazer sentido e não simplesmente repetir o que "especialistas" que vão falar na rede Globo dizem, aí tudo bem. Vamos argumentar.

chris

Nessa história não tem lado certo, muito menos as potências estrangeiras que interferem na Síria para defenderem seus interesses.
A questão é que uso de armas químicas é amplamente proibido pela esmagadora maioria dos países. Seu uso não é aceito. Apenas 3 países não assinaram a Convenção sobre Armas Químicas: Egito, Coréia do Norte e Sudão do Sul.

Por que o lado russo não mostra uma, uma única foto desse depósito que foi bombardeado?
Se ele era um alvo, foi identificado previamente, não?

Como dizia o Nelson Jobin, o histórico não ajudam Assad.

- Ele possuía um grande estoque de armas químicas (+1.300t), incluindo Sarin e VX (http://www.bbc.com/news/world-middle-east-22307705). Desconfia-se que não destruiu todo o estoque.
- Ele já usou antes armas químicas contra civis.
- Obama se desmoralizou há alguns anos quando Assad usou armas químicas (ultrapassou a linha vermelha) e não fez nada significativo.
- O que Trump fez foi pirotecnia. Combinou com os russos (e por tabela com os sírios). Significou muito mais uma mensagens para o público interno e principalmente para a China/Coreia do Norte do que outra coisa. Ele não quer e creio que não vai combater o regime de Assad.

Já Assad não quer apenas acabar com a guerra. Ele quer aniquilar a oposição (que diga-se, é heterogênea, tem de tudo, menos bonzinhos). E nisso os civis sofrem: 500.000 mortos e mais da metade da população do país refugiada.

Trump no início do seu governo deu praticamente uma carta branca para Assad.
Assad nunca se preocupou com a população civil.
Ela já usou antes armas químicas contra civis e se tiver brecha e os meios não duvido que use novamente. O mesmo comportamento de outro ditador, Saddan Hussein.
Esse tipo de ditador quer aniquilar quem é contra seu regime.

Apenas para constar, dito isso, não duvido que algum grupo de oposição a Assad seja realmente capaz de usar algum tipo de arma química.

[LeandroGCard]

Por mais que racionalize para tentar justificar a posição de EUA, França e UK a questão permanece: Então Assad e seus militares além de déspotas sanguinários insensíveis e indiferentes ao sofrimento do povo sírio são também retardados mentais, estúpidos ou masoquistas com tendências suicidas? Porque só algo assim justificaria usar agora armas químicas, quando finalmente se está vencendo a guerra, e ainda mais contra construções ao invés de concentrações devtropas e na retaguarda da frente. Até agora elas não foram empregadas nem mesmo contra os eixos de progressão dos rebeldes quando dos diversos ataques destes contra as cidades sírias sob controle do governo, e de repente do nada são lançadas contra civis? É demais querer que alguém acredite nisso.

Uma ação destas agora não faz o menor sentido nem político nem militar, e a rapidez com que estes países ocidentais se agarraram à tese do ataque deliberado para justificar a continuação de seu apoio aos rebeldes é prova cabal de que o interesse deles passa bem longe de qualquer preocupação com o encerramento desta guerra e do sofrimento do povo sírio, muito pelo contrário. Então qual a diferença entre eles e Assad?


Leandro G. Cardoso

[chris]

Por que o lado russo não mostra uma, uma única foto desse depósito que foi bombardeado?
Se ele era um alvo, foi identificado previamente, não?

A Rússia aceitou e pediu uma investigação internacional. O que ela não aceitou é que a comissão fosse composta somente por ocidentais, mas que fosse uma comissão mista: metade gente dela, metade gente do ocidente. Por que os EUA não aceitaram ou então esperaram pela investigação? por que decidiram que o ataque tinha que ser agora (inclusive enquanto o líder chinês estava em visita oficial) e nem esperaram por evidências? aliás, por que não mostram alguma evidência?

- Ele possuía um grande estoque de armas químicas (+1.300t), incluindo Sarin e VX (http://www.bbc.com/news/world-middle-east-22307705). Desconfia-se que não destruiu todo o estoque.

Que foi destruído com supervisão da ONU. Que vantagem o Assad teria em esconder esse tipo de armamento, se depois não poderia usá-lo?

- Ele já usou antes armas químicas contra civis. O mesmo comportamento de outro ditador, Saddan Hussein.

Quando? está se referindo ao episódio de 2013, quando os EUA queriam atacar a Síria usando esse pretexto?

Sadam usou sim armas químicas, mas era um cenário totalmente diferente. Quando Sadam as usou, foi contra os curdos; os curdos não formavam a base do exército de Sadam, e a ação era realmente para punir o povo curdo inteiro, matar mesmo os civis. Mas Sadam nunca usou e nunca usaria armas químicas contra os próprios iraquianos. Além disso, Assad não consegue discernir no meio da população civil quem é a favor dele ou não. Ou melhor, consegue sim: Assad sabe que 99% por cento da população síria é a favor dele. Todos preferem Assad ao EStado Islâmico ou qualquer outro grupo terrorista que está lutando na Síria. Eu já disse isso e vou repetir: o que está acontecendo na Síria não é uma guerra civil, não é sírio contra sírio. Os terroristas que atuam na Síria, a maioria nem fala a língua dos sírios. Trata-se de uma legião estrangeira, paga e financiada pelo Ocidente, tendo como principal financiador a Arábia Saudita.

- Obama se desmoralizou há alguns anos quando Assad usou armas químicas (ultrapassou a linha vermelha) e não fez nada significativo.

Obama é um escroto, mas quando se recusou a fazer nada significativo, como vc afirma, ele simplesmente se recusou a entrar para a História como o presidente que inicou a Terceira Guerra Mundial.

Já Assad não quer apenas acabar com a guerra. Ele quer aniquilar a oposição (que diga-se, é heterogênea, tem de tudo, menos bonzinhos). E nisso os civis sofrem: 500.000 mortos e mais da metade da população do país refugiada.

Assad quer aniquilar a própria população? aqueles que são pais, amigos e parentes dos soldados que dão a vida por ele e suportam o seu exército? os caras estão lutando a 6 anos numa guerra louca, para defender um cara que mata os seus parentes e amigos?

Assad nunca se preocupou com a população civil.

Não, Assad não se preocupa com a população de onde saem os seus soldados. E ele não se preocupa com a população que ele vai precisar para reconstruir a Síria. Ele é burro.


chris

[chris]

Por mais que racionalize para tentar justificar a posição de EUA, França e UK a questão permanece: Então Assad e seus militares além de déspotas sanguinários insensíveis e indiferentes ao sofrimento do povo sírio são também retardados mentais, estúpidos ou masoquistas com tendências suicidas? Porque só algo assim justificaria usar agora armas químicas, quando finalmente se está vencendo a guerra, e ainda mais contra construções ao invés de concentrações devtropas e na retaguarda da frente. Até agora elas não foram empregadas nem mesmo contra os eixos de progressão dos rebeldes quando dos diversos ataques destes contra as cidades sírias sob controle do governo, e de repente do nada são lançadas contra civis? É demais querer que alguém acredite nisso.

Uma ação destas agora não faz o menor sentido nem político nem militar, e a rapidez com que estes países ocidentais se agarraram à tese do ataque deliberado para justificar a continuação de seu apoio aos rebeldes é prova cabal de que o interesse deles passa bem longe de qualquer preocupação com o encerramento desta guerra e do sofrimento do povo sírio, muito pelo contrário. Então qual a diferença entre eles e Assad?


Leandro G. Cardoso

O pior não é eles acharem que nós somos idiotas a ponto de acreditar no argumento deles. O pior é eles terem razão: sim, somos idiotas a ponto de acreditar "na preocupação de Trump com as criancinhas da Síria".

chris

[Penguin]

US Air Force to quit Incirlik, move to Syria base
DEBKAfile Exclusive Report April 8, 2017, 7:28 PM (IDT)
http://www.debka.com/article/26004/US-A ... Syria-base

Several US engineering teams are working round the clock to build a big new air base in northern Syria after completing the expansion of another four. They are all situated in the Syrian borderland with Iraq, DEBKAfile’s military forces report.

This was going on over the weekend as senators, news correspondents and commentators were outguessing each other over whether the US missile attack on the Syrian Shayrat air base Friday, in retaliation for the Assad regime’s chemical attack on Khan Sheikhoun, was a one-off or the start of a new series.

As the White House parried those questions, the Trump administration was going full steam ahead on the massive project of preparing to pull US air force units out of the Incirlik air base in southern Turkey, in active American use since 2002. Those units were in the middle of a big moving job to the five new and expanded air bases in Syria. Their hub is to be Tabqa, which is just 110km west of the Islamic State’s Syrian capital, Raqqa. The other five are Hajar airport in the Rmelan region, two small air fields serving farm transport in Qamishli, which have been converted to military us; and a fifth in the Kurdish Kobani enclave north of Aleppo near the Syrian-Turkish border.

Tabqa is also becoming the main assembly-point for the joint US, Kurdish, tribal Arab force that is coming together in readiness for a major charge on Raqqa.

When the work is finished, the rising complex of air bases will enable America to deploy twice as many warplanes and helicopters in Syria as the Russians currently maintain.

The site of the Tabqa air field was captured as recently as late March by the Syrian Democratic Force (Kurdish-Arab fighters) which were flown in and dropped there by the US Air Force’s Air Mobility Command. It was quickly dubbed “Incirlik 2” or “Qayyarah-2” after the US command center running the Iraqi military offensive against ISIS in Mosul.

Tabqa is designed to accommodate the 2,500 US military personnel housed at Incirlik. Like the Americans, the German Bundeswehr is also on the point of quitting Incirlik and eying a number of new locations in Cyprus and Jordan. The Germans are pulling out over the crisis in their relations with Ankara. The Americans are quitting because President Donald Trump wants to chill US ties with Turkish President Reccep Tayyip Erdogan and cooperation with the Turkish army.

The five US bases in Syria are part of Trump’s three-pronged strategy which aims at a) fighting Islamist terror; b) blocking Iran’s land and air access to Syria; and c) providing the enclaves of the Syrian Kurdish-PYD-YPG with a military shield against the Turkish army.

[Penguin]

US expands northern Syria airfield for huge cargo plane
http://www.dailystar.com.lb/News/Middle ... plane.ashx

Agence France Presse

WASHINGTON: The United States has expanded a runway at a northern Syria air base to accommodate the large C-17 military plane needed to help with logistics for the push to retake the ISIS stronghold of Raqqa, a U.S. defense official said Tuesday.

The huge military air freighter will play an essential role in supplying the Syrian Democratic Forces as they mount an offensive to retake the city, ISIS's last big stronghold in Syria.

The U.S. military has in recent weeks sent hundreds of extra troops into Syria, including a Marine artillery contingent that is targeting Raqqa.

The airstrip near the Kurdish town of Kobane was first used by a C-17 in December, the military's Central Command spokesman Colonel John Thomas said.

"It's a very important logistical hub for the Raqqa operation," Thomas told AFP, in public comments confirming a story that first appeared in the Stars and Stripes military newspaper.

The C-17 can carry "all of the small armored technical vehicles and small armored infantry vehicles that are in play and authorized to move into the region," he added.

Thomas said the improved air base, located about 90 miles (145 kilometers) north of Raqqa, is not dissimilar from another base the U.S. helped expand near Mosul in Iraq ahead of the fight for that city.

"Air lift and logistics are important for supporting our partner forces on the ground – this is the kind of capability that is helping a lot," Thomas said.

The SDF launched its offensive for the city of Raqa in November, seizing around two-thirds of the surrounding province, according to the pro-opposition Britain-based Syrian Observatory for Human Rights.

At their closest point, they are just eight kilometers (five miles) from the city, to the northeast.

The Pentagon is arming and training the SDF, but questions remain over how much support the United States should give the Kurdish component of the alliance, given concerns from Turkey, which views the Kurdish fighters as "terrorists."

[chris]

US Air Force to quit Incirlik, move to Syria base
DEBKAfile Exclusive Report April 8, 2017, 7:28 PM (IDT)
http://www.debka.com/article/26004/US-A ... Syria-base

Several US engineering teams are working round the clock to build a big new air base in northern Syria after completing the expansion of another four. They are all situated in the Syrian borderland with Iraq, DEBKAfile’s military forces report.

This was going on over the weekend as senators, news correspondents and commentators were outguessing each other over whether the US missile attack on the Syrian Shayrat air base Friday, in retaliation for the Assad regime’s chemical attack on Khan Sheikhoun, was a one-off or the start of a new series.

As the White House parried those questions, the Trump administration was going full steam ahead on the massive project of preparing to pull US air force units out of the Incirlik air base in southern Turkey, in active American use since 2002. Those units were in the middle of a big moving job to the five new and expanded air bases in Syria. Their hub is to be Tabqa, which is just 110km west of the Islamic State’s Syrian capital, Raqqa. The other five are Hajar airport in the Rmelan region, two small air fields serving farm transport in Qamishli, which have been converted to military us; and a fifth in the Kurdish Kobani enclave north of Aleppo near the Syrian-Turkish border.

Tabqa is also becoming the main assembly-point for the joint US, Kurdish, tribal Arab force that is coming together in readiness for a major charge on Raqqa.

When the work is finished, the rising complex of air bases will enable America to deploy twice as many warplanes and helicopters in Syria as the Russians currently maintain.

The site of the Tabqa air field was captured as recently as late March by the Syrian Democratic Force (Kurdish-Arab fighters) which were flown in and dropped there by the US Air Force’s Air Mobility Command. It was quickly dubbed “Incirlik 2” or “Qayyarah-2” after the US command center running the Iraqi military offensive against ISIS in Mosul.

Tabqa is designed to accommodate the 2,500 US military personnel housed at Incirlik. Like the Americans, the German Bundeswehr is also on the point of quitting Incirlik and eying a number of new locations in Cyprus and Jordan. The Germans are pulling out over the crisis in their relations with Ankara. The Americans are quitting because President Donald Trump wants to chill US ties with Turkish President Reccep Tayyip Erdogan and cooperation with the Turkish army.

The five US bases in Syria are part of Trump’s three-pronged strategy which aims at a) fighting Islamist terror; b) blocking Iran’s land and air access to Syria; and c) providing the enclaves of the Syrian Kurdish-PYD-YPG with a military shield against the Turkish army.

Então já está adiantada esse idéia de entregar Incirlik por um tequinho da Síria?

kkkkkkkkkkkkkkkk


Deixa eu olhar o mapa....me parece que o tal Curdistão não vai ter acesso ao mar, confere? hummm....se a Turquia negar o acesso aos americanos, eles terão que pedir permissão para sobrevoar o Irã para abastecer a base? kkkkkkkkkkkkk

Peraí, deixa eu pegar uma calculadora para fazer as contas....quanto vale a Turquia, segundo maior exército da OTAN (só perde para os EUA), em termos estratégicos?

Se a OTAN perder a Turquia, vai perder o acesso ao Mar Negro?

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Bem, tomara mesmo que os States consigam criar o Curdistão, esse povo merece o seu cantinho. Mas cuidado que não vai ser tão fácil assim manipulá-los e tem uma turma lá bem ligada aos russos......

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Quer um pedaço da Síria, quer independência do Curdistão? pode ficar....pode ficar.....A Rússia deixa.....kkkkkkk

A Turquia vai ficar furiosa....kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Mas vai tirando o cavalinho da chuva que os curdos nunca vão morrer só para tentar derrubar o Assad....kkkkkkk

[vargasem]

Mais peças são movimentadas no tabuleiro.

Força tarefa liderada pelo USS Carl Vinson a caminho da Peninsula da Coreia:

https://www.theguardian.com/world/2017/ ... ile-strike

[chris]

CENÁRIOS DE ESCALAÇÃO DA VIOLÊNCIA NA SÍRIA - PARTE 1

Em termos do fracasso real dos esforços diplomáticos para resolver a crise síria, a ameaça de um conflito armado direto entre a Rússia e os Estados Unidos está se tornando cada vez mais uma realidade.

Ao simular um possível conflito armado entre as Forças Armadas dos países envolvidos, podemos afirmar com alguma confiança que começará com uma série de ações provocadoras. As possibilidades incluem ataques aéreos de "aeronaves desconhecidas" sobre civis, uso de armas químicas, destruição de comboios humanitários, "tiroteio" em aviões militares ou navios das forças da coalizão e, possivelmente, até mesmo abrangendo sua destruição completa. Os Estados Unidos e os países ocidentais acusarão indubitavelmente as Forças Armadas sírias ou russas de qualquer ação nesse sentido.

Além disso, ignorando todas as organizações internacionais e suas resoluções, um certo "grupo de amigos da Síria" declarará uma decisão de estabelecer uma zona de exclusão aérea sobre a Síria para "garantir a segurança da população civil" como parte dos EUA "R2P - Responsabilidade de proteger a estratégia. Depois de um episódio provocativo repetido, por exemplo, o uso de armas químicas, haverá um anúncio para o início de uma operação militar em grande escala contra o "regime criminoso e seu aliado"

Se for decidido implementar plenamente este cenário de projeção de poder, o alvo da primeira greve serão os sistemas de defesa aérea e os centros de comando e controle do exército sírio. Os EUA mostrarão sua força e vontade de tomar medidas extremas para compensar o regime de Assad. Neste cenário, a campanha contra a mídia propagandizada "mal universal" é melhorar a reputação dos Estados Unidos no cenário mundial. Esta greve será lançada com mísseis de cruzeiro sobre os alvos mais vulneráveis, que serão situados em locais com o sistema de defesa aérea mais fraco. As greves serão realizadas a uma distância segura de 500 km dos principais alvos. Neste caso, o grupo naval do Mediterrâneo dos EUA estará fora da zona de derrota de mísseis anti-navio "X-35" (Range - até 200 km) e "Onyx" (SS-N-26 Strobile, range-up A 300 km). O exército sírio não será capaz de atacar por conta própria, e a Rússia pode estar disposta a fazer concessões significativas no processo de negociação. Isso poderia aliviar os Estados Unidos da necessidade de realizar operações mais extensas e onerosas.

[chris]

CENÁRIOS DE ESCALAÇÃO DA VIOLÊNCIA NA SÍRIA - PARTE 2

No entanto, a Rússia provável que a Rússa passe a agir a partir da posição de força. Qualificando as mortes de vários grupos de conselheiros militares russos nas áreas alvos da Síria como um ato de agressão, a Rússia pode executar várias operações militares, direta ou indiretamente. Em particular, vários navios americanos na frota mediterrânica dos EUA poderiam ser destruídos por submarinos diesel-elétricos furtivos o Projeto 636 "Warszawianka". Além disso, navios de guerra dos EUA podem ser atacados por bombardeiros estratégicos Tu-160. Ou navios de guerra norte-americanos, aviação e forças terrestres e instalações no Oriente Médio envolvidos na agressão podem ser atacados por foguetes russos, artilharia e sistemas de defesa aérea do território sírio e em nome do Exército Árabe Sírio. Quaisquer operações diretas ou indiretas também serão enquadradas pelos EUA como um ato de agressão. Assim, eles vão passar para o cenário de um ataque maciço das forças das duas frotas

Em geral, esta greve pode ser executada por mais de 1500 mísseis de cruzeiro. Atualmente, no Mar Mediterrâneo, há 4 destróieres de mísseis-guiados da Marinha Americana - USS Ross (DDG-71), USS Carney (DDG 64), USS Donald Cook (DDG 75) e USS Porter (DDG 78). Cada um deles está equipado com vários sistemas de lançamento vertical com nada menos que 90 células de arranque, cada uma das quais pode ser carregada com um anti-submarino, um antiaéreo ou um míssil de cruzeiro. Quando as greves são executadas nos alvos terrestres cada célula pode ser carregada com um míssil de cruzeiro BGM-109 "Tomahawk". O grupo de combate naval seria sombreado com um sub nuclear de classe nuclear Ohio com mais de 150 mísseis de cruzeiro a bordo.

A 5 ª frota dos EUA tem outro grupo poderoso de navios de guerra, que podem ser implantados no Golfo Pérsico e no Mar Vermelho. Atualmente, além do porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower (CVN 69), é composto por quatro destróieres de mísseis guiados USS Nitze (DDG 94), USS Roosevelt (DDG 80), USS Stout (DDG 55), USS Mason (DDG 87) e dois cruzadores de mísseis guiados (USS San Jacinto (CG 56), USS Monterey (CG 61). Este grupo naval é reforçado com dois submarinos de mísseis guiados.

[chris]

CENÁRIOS DE ESCALAÇÃO DE VIOLÊNCIA NA SÍRIA - PARTE 3

Leia o restante do artigo na íntegra e sem a minha tradução ruim: https://southfront.org/forecasting-esca ... -in-syria/

[Marechal-do-ar]

Por que o lado russo não mostra uma, uma única foto desse depósito que foi bombardeado?
Se ele era um alvo, foi identificado previamente, não?

Antes de disparar os mísseis e matar algumas pessoas, os americanos mostraram provas de que foi o Assad que disparou o gás? Ou só um lado que precisa apresentar provas?

[Ilya Ehrenburg]

Por que o lado russo não mostra uma, uma única foto desse depósito que foi bombardeado?
Se ele era um alvo, foi identificado previamente, não?

Antes de disparar os mísseis e matar algumas pessoas, os americanos mostraram provas de que foi o Assad que disparou o gás? Ou só um lado que precisa apresentar provas?

Aliás, as cenas das "vitimas", bem como dos "socorristas" eram ridículas: vitimas chorosas e se movimentando? Como se foram alvo de gases neurotóxicos?
Onde estavam os vômitos e a paralisia resultante? Socorristas atendendo vítimas de gases neurotóxicos com as mãos nuas?
Para quem entende, piada.