Geopolítica Brasileira
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Re: Geopolítica Brasileira
Brasil corre perigo
Dos Brics, o país é o mais vulnerável
23/12/2016 - 16h13
Paulo Nogueira Batista Jr., O Globo
O Brasil corre riscos sérios. Estou longe, mas acompanho sempre que posso o que está acontecendo aí — e com preocupação cada vez maior. A situação mundial, marcada por aguda polarização, oferece grandes perigos para nações fragilizadas por conflitos internos. Existem certamente casos mais graves que o brasileiro, países destroçados por intervenções externas e/ ou crises domésticas: Síria, Iraque, Líbia, Grécia — para citar casos mais notórios.
Não chegamos a esses extremos, mas não há como negar que o nosso país está em perigo. Dos Brics, o Brasil é no momento o mais vulnerável. E repare, leitor, que a situação da Rússia e da África do Sul é bem complicada. A China também enfrenta desafios econômicos, institucionais e políticos. A Índia acaba de lançar uma reforma monetária radical, com efeito desestabilizador. Em todos os quatro países, a corrupção é problema grave.
Mas, entre os Brics, o Brasil é “hors concours”. Não necessariamente em corrupção, mas na fragilidade do quadro econômico, social e político. As razões parecem claras. Primeiro, a intensa polarização interna. O que antes era patrimônio dos nossos vizinhos ao Sul — a incapacidade crônica dos argentinos de conciliar e chegar a entendimentos — parece ter sido importado maciçamente pelos brasileiros. A intolerância, o colapso do diálogo, a perda de legitimidade de instituições fundamentais, o enfraquecimento da democracia — tudo isso representa um imenso perigo para a nação brasileira. E mais o seguinte: o triunfo da mais profunda e radical ignorância em diversos campos da vida nacional.
A essa degradação política e social se acrescenta uma das piores crises econômica da nossa história. Recessão forte e prolongada, desemprego crescente, redução dos salários reais — “em casa onde falta pão...” A crise econômica alimenta a crise política, e vice-versa. Nesse ambiente, os governos brasileiros perderam apoio e legitimidade, a classe política atingiu o seu nadir, a Justiça perdeu o Norte.
Criou-se, leitor, um terreno fértil para a intervenção estrangeira — e era neste ponto que queria chegar. A intervenção externa não precisa ser ostensiva — e muito menos militar. Ela toma formas mais sutis. Com o enfraquecimento dos governos e a crise econômica, fica mais fácil para investidores de outros países, não raro com apoio estratégico de seus governos, aterrissar no Brasil e comprar empresas, terras e outros ativos brasileiros sem controle ou restrições — e na bacia das almas. O Brasil está à venda, em liquidação? Quem protege os nossos interesses? Quem nos representa no plano internacional?
Leitor, não se iluda, para determinados fins estratégicos não há substituto para o Estado nacional. Os setores privados, as organizações da sociedade civil, as universidades, os intelectuais, os artistas — todos eles carregam de alguma forma, bem ou mal, o estandarte nacional, por onde quer que andem e circulem. Mas não existem instâncias supranacionais a quem um país possa confiar a defesa dos seus interesses nacionais e dos seus objetivos vitais. Ou existem? Peço ao leitor que me aponte uma, pelo menos uma.
As entidades multilaterais mais relevantes são internacionais, vale dizer são associações entre nações, entre Estados — e delas só se beneficiam aqueles países que têm um mínimo de coesão interna e um Estado razoavelmente estruturado.
O Brasil precisa encontrar um meio legítimo de superar o quadro de polarização destrutiva e frear o processo de desintegração em curso.
Paulo Nogueira Batista Jr. é vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, sediado em Xangai, mas expressa seus pontos de vista em caráter pessoal
Dos Brics, o país é o mais vulnerável
23/12/2016 - 16h13
Paulo Nogueira Batista Jr., O Globo
O Brasil corre riscos sérios. Estou longe, mas acompanho sempre que posso o que está acontecendo aí — e com preocupação cada vez maior. A situação mundial, marcada por aguda polarização, oferece grandes perigos para nações fragilizadas por conflitos internos. Existem certamente casos mais graves que o brasileiro, países destroçados por intervenções externas e/ ou crises domésticas: Síria, Iraque, Líbia, Grécia — para citar casos mais notórios.
Não chegamos a esses extremos, mas não há como negar que o nosso país está em perigo. Dos Brics, o Brasil é no momento o mais vulnerável. E repare, leitor, que a situação da Rússia e da África do Sul é bem complicada. A China também enfrenta desafios econômicos, institucionais e políticos. A Índia acaba de lançar uma reforma monetária radical, com efeito desestabilizador. Em todos os quatro países, a corrupção é problema grave.
Mas, entre os Brics, o Brasil é “hors concours”. Não necessariamente em corrupção, mas na fragilidade do quadro econômico, social e político. As razões parecem claras. Primeiro, a intensa polarização interna. O que antes era patrimônio dos nossos vizinhos ao Sul — a incapacidade crônica dos argentinos de conciliar e chegar a entendimentos — parece ter sido importado maciçamente pelos brasileiros. A intolerância, o colapso do diálogo, a perda de legitimidade de instituições fundamentais, o enfraquecimento da democracia — tudo isso representa um imenso perigo para a nação brasileira. E mais o seguinte: o triunfo da mais profunda e radical ignorância em diversos campos da vida nacional.
A essa degradação política e social se acrescenta uma das piores crises econômica da nossa história. Recessão forte e prolongada, desemprego crescente, redução dos salários reais — “em casa onde falta pão...” A crise econômica alimenta a crise política, e vice-versa. Nesse ambiente, os governos brasileiros perderam apoio e legitimidade, a classe política atingiu o seu nadir, a Justiça perdeu o Norte.
Criou-se, leitor, um terreno fértil para a intervenção estrangeira — e era neste ponto que queria chegar. A intervenção externa não precisa ser ostensiva — e muito menos militar. Ela toma formas mais sutis. Com o enfraquecimento dos governos e a crise econômica, fica mais fácil para investidores de outros países, não raro com apoio estratégico de seus governos, aterrissar no Brasil e comprar empresas, terras e outros ativos brasileiros sem controle ou restrições — e na bacia das almas. O Brasil está à venda, em liquidação? Quem protege os nossos interesses? Quem nos representa no plano internacional?
Leitor, não se iluda, para determinados fins estratégicos não há substituto para o Estado nacional. Os setores privados, as organizações da sociedade civil, as universidades, os intelectuais, os artistas — todos eles carregam de alguma forma, bem ou mal, o estandarte nacional, por onde quer que andem e circulem. Mas não existem instâncias supranacionais a quem um país possa confiar a defesa dos seus interesses nacionais e dos seus objetivos vitais. Ou existem? Peço ao leitor que me aponte uma, pelo menos uma.
As entidades multilaterais mais relevantes são internacionais, vale dizer são associações entre nações, entre Estados — e delas só se beneficiam aqueles países que têm um mínimo de coesão interna e um Estado razoavelmente estruturado.
O Brasil precisa encontrar um meio legítimo de superar o quadro de polarização destrutiva e frear o processo de desintegração em curso.
Paulo Nogueira Batista Jr. é vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, sediado em Xangai, mas expressa seus pontos de vista em caráter pessoal
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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- FCarvalho
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Re: Geopolítica Brasileira
Para CIA, nordeste era crucial para defender EUA de ataque soviético.
http://www.defesaaereanaval.com.br/para ... sovietico/
abs
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abs
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Re: Geopolítica Brasileira
20 de Janeiro, 2017 - 11:50 ( Brasília )
Inteligência
CIA publica 11 mil documentos sobre o Brasil
Agência se interessou pelos mais diversos temas, acompanhando a situação da esquerda no fim da ditadura, a ascensão de Lula, a simpatia pelo nazismo no governo Vargas e a conspiração comunista de poloneses no Paraná.
http://www.defesanet.com.br/inteligenci ... -o-Brasil/
18 de Janeiro, 2017 - 17:00 ( Brasília )
Inteligência
CIA coloca 12 milhões de páginas na internet
Cerca de 800 mil documentos que estavam disponíveis apenas em Washington podem agora ser consultados pela internet. Arquivo vai dos anos 1940 à década de 1990.
http://www.defesanet.com.br/inteligenci ... -internet/
abs.
Inteligência
CIA publica 11 mil documentos sobre o Brasil
Agência se interessou pelos mais diversos temas, acompanhando a situação da esquerda no fim da ditadura, a ascensão de Lula, a simpatia pelo nazismo no governo Vargas e a conspiração comunista de poloneses no Paraná.
http://www.defesanet.com.br/inteligenci ... -o-Brasil/
18 de Janeiro, 2017 - 17:00 ( Brasília )
Inteligência
CIA coloca 12 milhões de páginas na internet
Cerca de 800 mil documentos que estavam disponíveis apenas em Washington podem agora ser consultados pela internet. Arquivo vai dos anos 1940 à década de 1990.
http://www.defesanet.com.br/inteligenci ... -internet/
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- Bolovo
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Re: Geopolítica Brasileira
Aloysio Nunes é nosso novo chanceler. Tal como o Serra, é um mestre da diplomacia:
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Geopolítica Brasileira
Em matéria de diplomacia estamos bem pra caramba já faz muito tempo...
abs.
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- J.Ricardo
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Re: Geopolítica Brasileira
Mas parece que o Temer escolhe justamente os mais revoltados...
isso porque voltei nesse doido pra Senador aqui em SP, também com a opções que tinhamos...
isso porque voltei nesse doido pra Senador aqui em SP, também com a opções que tinhamos...
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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- EduClau
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Re: Geopolítica Brasileira
Não sabia onde postar, acho que pode ser aqui:
Sds.Corrupción y marxismo
En Colombia, partidos afiliados al foro de Sao Pablo patrocinador de la corrupción de Odebrecht, se rasgan las vestiduras y promueven firmatones en contra de ese flagelo, pero no renuncian a pertenecer a semejante engendro, buscando engañar a la ciudadanía
Para las elites de la secta marxista leninista en diferentes partes del mundo, utilizar la corrupción es otra forma de lucha, ya sea para conquistar el poder o consolidar por siempre a sus camarillas en la dirección de algunos Estados; con ello queda patentado que el foro de Sao Pablo bajo la batuta de Lula Da Silva dio la orientación política para que se materializara la corrupción de la empresa brasileña Odebrecht, que pago coimas en 12 países a funcionarios del sector privado y público, y también dio dinero para campañas políticas, comprometiendo a futuros gobiernos con el proyecto del socialismo de siglo XXl, de diferentes maneras.
Indiscutiblemente los regímenes más corruptos que se han conocido en el planeta en el último siglo, son los de las dictaduras marxistas o ¿Quien puede controlar la corrupción en Norcorea, Cuba, China o Vietnam? Porque no se conoce de algún castigo a funcionario, y si lo hay es porque cayó en desgracia con la cúpula del partido comunista, de la misma manera la corrupción de la pandilla del PSUV(partido socialista unido de Venezuela) es inocultable y los controles a los bandidos de esa burocracia gobernante, prácticamente son inexistentes, recordando que en Venezuela fue el país en donde Odebrecht repartió mas sobornos, pues la cuantía es cercana a 100 millones de dólares, entonces ahí esta retratado de cuerpo entero el comunismo totalitario con la corrupción.
http://www.periodismosinfronteras.org/c ... xismo.html
- Viktor Reznov
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Re: Geopolítica Brasileira
O Temer se você fizer um chamego nele, já ganha cargo pra ministério.J.Ricardo escreveu:Mas parece que o Temer escolhe justamente os mais revoltados...
isso porque voltei nesse doido pra Senador aqui em SP, também com a opções que tinhamos...
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
- mmatuso
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Re: Geopolítica Brasileira
Aquele alexandre de morais saiu de secretário do Alckimin para ministro do supremo em poucos meses.Viktor Reznov escreveu:O Temer se você fizer um chamego nele, já ganha cargo pra ministério.J.Ricardo escreveu:Mas parece que o Temer escolhe justamente os mais revoltados...
isso porque voltei nesse doido pra Senador aqui em SP, também com a opções que tinhamos...
Ascensão mais meteorica de todos os tempos.
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Re: Geopolítica Brasileira
Por isso, políticos e potenciais ocupantes de ministérios e do governo não deveriam se meter nas questões externas estrangeiras. Já que um dia pode virar colega. Algo que costuma ser ignorado. Só não causa mais problemas pelo Brasil ser "só um cara legal" no cenário internacional.
Mas o Aloysio Nunes não estava só. Muito político aí disse abertamente que o Trump é um horror ou um facista.
Mas o Aloysio Nunes não estava só. Muito político aí disse abertamente que o Trump é um horror ou um facista.
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Re: Geopolítica Brasileira
É até difícil achar um político do PSDB que não tenha cagado 20 metros de hemorroidas pra fora quando o Trump se candidatou a presidente.Bourne escreveu:Por isso, políticos e potenciais ocupantes de ministérios e do governo não deveriam se meter nas questões externas estrangeiras. Já que um dia pode virar colega. Algo que costuma ser ignorado. Só não causa mais problemas pelo Brasil ser "só um cara legal" no cenário internacional.
Mas o Aloysio Nunes não estava só. Muito político aí disse abertamente que o Trump é um horror ou um facista.
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Re: Geopolítica Brasileira
Trump provavelmente caga e anda para AAloysio Nunes, PSDB, Brasil ou qualquer coisa ligada.
Acho que até podem mostrar para ele, mas deve ignorar.
Acho que até podem mostrar para ele, mas deve ignorar.
- Túlio
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Re: Geopolítica Brasileira
mmatuso escreveu:Trump provavelmente caga e anda para AAloysio Nunes, PSDB, Brasil ou qualquer coisa ligada.
Acho que até podem mostrar para ele, mas deve ignorar.
De acordo. Os tempos em que o Brasil buscava protagonismo internacional já são idos, hoje é tão irrelevante na Comunidade das Nações que o Trump se importa muito mais com a pequena Cuba ou a fronteira com o México do que com toda a América do Sul (Brasil incluído)...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Geopolítica Brasileira
Brasil é irrelevante, talvez, apenas talvez, se fosse o governo do Obama alguém poderia dizer algo apenas para fingir que da alguma atenção.Túlio escreveu:mmatuso escreveu:Trump provavelmente caga e anda para AAloysio Nunes, PSDB, Brasil ou qualquer coisa ligada.
Acho que até podem mostrar para ele, mas deve ignorar.
De acordo. Os tempos em que o Brasil buscava protagonismo internacional já são idos, hoje é tão irrelevante na Comunidade das Nações que o Trump se importa muito mais com a pequena Cuba ou a fronteira com o México do que com toda a América do Sul (Brasil incluído)...
Trump é mais pragmático pelo menos parece não fingir que gosta de alguém, ele vai lá e fala na lata e nem aperta a mão.
- Bourne
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Re: Geopolítica Brasileira
Não fingia. O Obama ignorava o Brasil.
Também após o Lula deixou de ter política externa. A Presidenta nem viajava e, quando falava, queria mais agradar público interno do que estabelecer relações internacional. Igual ao atual Presidento e nem tenta discursar.
#VoltaLula
Também após o Lula deixou de ter política externa. A Presidenta nem viajava e, quando falava, queria mais agradar público interno do que estabelecer relações internacional. Igual ao atual Presidento e nem tenta discursar.
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