Acho que a coisa toda ficou no seguinte sentido: a FAB queria operar a patrulha ASW de novo e não tinha grana para comprar algo novo e a Embraer não tinha algo no nível que eles queriam (MP-145). Foram no tio sam e ofereceram os P-3A do deserto do jeito que tava, ou então, em um "negócio de amigo para amigo", pagar a modernização, a troca das asas e o check D das aeronaves adiantada no meio. Era pegar ou largar. Bem, sabemos no que deu.
Era quase como um tiro no pé, mas era o que se tinha. Ou então ficar sem patrulha marítima porque a modernização dos Bandeirulha, também ainda não tinha sido aventada. Naquela época ainda não se havia convencionado a questão de simplesmente repassar a patrulha para a MB. Isso final dos anos 90's e começo do 2000's.
Infelizmente, acho que a MB na época poderia ter feito um pouco mais de pressão e conseguido a patrulha de volta só com os Bandeirulha, sem os P-3, em uma solução parecida com a aquisição dos A-4. Modernizados depois, ainda dariam um tempo para formar mão de obra e infra-estrutura. Hoje quem sabe teríamos uma aviação de patrulha com menos problemas e um futuro mais interessante, e perceptível, a frente. Mas isso agora são águas passadas.
A FAB querendo ou não, vai ter que pagar agora o preço do seu improviso. Quer, dizer, nós vamos pagar né.
abs.