Enquanto isso no Chile...FCarvalho escreveu:Os P-3AM não vão durar para sempre. Apesar da troca das asas que será feita no check D de cada aeronave, salvo engano. Neste sentido, colocar uma aeronave de patrulha marítima em operação é algo bastante trabalhoso e gasta-se muito tempo nisso até que ela atinja o seu FOC. No caso dos P-3 da FAB, a vida útil estimada deles anda na casa dos 10/15 anos, com a troca das asas. Como estamos no Brasil, estes números podem se tornar bem mais longevos.
Considerando, hipoteticamente, que eles durem até por volta de 2030, o que estamos fazendo hoje de prático para definir o seu futuro substituto? Com quem vai ficar afinal a patrulha marítima? FAB ou MB? Quais as alternativas temos em relação a escolha deste tipo de aeronave? Ela poderia ser nacional ou necessariamente será importada?
A substituição dos P-3AM será via compra de oportunidade ou fruto de planejamento de longo prazo? Se optarmos por um modelo nacional, qual demanda justificaria esse investimento, já que tais aeronaves são muito mais caras de se obter e operar? Os armamentos e sistemas embarcados do próximo substituto serão nacionais ou importados?
São tantas perguntas que acho que seria interessante tentar vislumbrar qual a melhor saída para FAB e MB em relação a esta questão. Fato é que a FAB não deseja mais permanecer com a aviação de patrulha, enquanto a MB não teria as verbas necessárias, e nem a infra-estrutura humana e material, para operá-los sem considerarmos o longo prazo.
Assim, presumo que se não começarmos a pensar desde agora com quem vai ficar essa batata, é bem capaz de, mais uma vez, ficarmos na mesma situação dos Neptune, que, sem ter um substituto a altura, acabou sedendo o seu lugar aos Bandeirulhas muitos anos depois da sua aposentadoria, com consequências bem sérias em relação a nossa capacidade de ASW e ASupW.
Mas me parece que por aqui, nem MB e menos ainda a FAB estão preocupados com isso.
abs.
Pitaco:Chilean P-3 Overhaul Begins Execution Phase
http://www.defense-aerospace.com/articl ... grade.html
The Chilean navy’s Lockheed P-3 Orions are 52 years old on average, and have been in Chilean service for 23 years. This major refurbishment and upgrade is intended to keep them in service until 2037. (Chile navy photo)
CONCON, Chile --- The first Chilean P-3 Orion has left Concon Air Base on its way to Canada for a major overhaul under the Albatros IV project. The aircraft will travel to Halifax, Canada, where IMP Aerospace will conduct the upgrade under a contract signed in October 2016.
Under Albatros IV, IMP will upgrade the wings and stabilizers, the engines, and the avionics on two Chilean Navy P-3s. The current Allison T56-A10 engines will be replaced with T56-A14 engines. Rockwell Collins' Flight2 integrated avionics suite of communications, navigation and surveillance equipment integrates new-generation avionics with legacy sensors, radios, autopilot and aircraft systems will also be included.
Chile's P-3 fleet have an average of 52 years of service in total, and 23 years for Chile. During their time in Chilean service, the aircraft have each exceeded 19,000 hours of flight, the maximum recommended by manufacturer Lockheed Martin.
While at one point, Chile planned to replace the P-3s with C-295 MPA's, the longer range and capability of the P-3s was seen as necessary to the Navy. Therefore, Santiago decided to keep the aircraft and upgrade them to extend their useful lives. The life extension will allow Chile to keep the P-3s operational until 2037.
-ends-
Veremos os P-3AM ainda por muito, mas muito tempo operando no Atlântico Sul.
A Patrulha Marítima está estruturada e tem tempo para planejar o seu futuro.
Pelos menos os vetores (P-3AM e P-95M) foram modernizados recentemente.