O que o atual governo tem a ver com esse debate?!Satta Massagana escreveu:Mais uma vez usando a tática ultra manjada de misturar alhos com bugalhos para colocar tudo e todos no mesmo balaio.Penguin escreveu: ???
Curioso, vc cita a todo o momento o Gloden Sentry...
Esse link é sobre uma apresentação em português, realizado no Brasil pelo governo americano sobre os programas de Monitoramento e Conformidade do Uso Final dos EUA entre os quais está o Golden Sentry.
Nenhum país é obrigado a adquirir equipmantos de defesa americanos ou componentes, instrumentos, máquinas e equipamentos civis de uso dual e controlados, todos sujeitos a visitas de verificação de conformidade do uso final e muito menos os que constam da lista EEUM.
Mas muitos o fazem, incluindo os países dos BRICS.
A Índia, por exemplo, tem comprado equipamentos militares submetidos a visitas de verificação do Uso Final que se enquadram no Golden Sentry. Inclusive adquiriu recentemente o mesmo míssil que a FAB, o Harpoon II.
Instituições, universidades e empresas da China e Russia têm adquirido componentes, instrumentos, máquinas e equipamentos civis de uso dual monitorados e submetidos a visitas de verificação.
Então, a soberania desses países está sendo ferida com as visitas de monitoramento? A solução "seria fácil": não comprar dos EUA! O galho é que na vida real esses países continuam comprando dos EUA e recebendo as visitas de monitoramento.
Curioso é fugires de comentar os termos extremamente lesivos do Golden Sentry contra nós, Brasil! Fica nesse looping infinito de misturar propositalmente vários tipo de restrições já dissecadas aqui. Por pura "coincidência" o "inocente" (ou para inocentes...) pdf do Departamento de Comércio dos EUA postado por ti faz o mesmo:
Pág. 3, Prioridades:
- Proliferação de armas de destruição em massa e seus vetores de
lançamento (nuclear, químico, biológico, e mísseis)
- Terrorismo (incluindo organizações designadas como organizações
terroristas e estados patrocinadores de terrorismo)
- Sanções/embargos (p.ex., Coréia do Norte, Irã, Síria)
- Usuário/uso final para fins militares não autorizados
- Política externa/direitos humanos
Óbvio e ululante não? As restrições acima são universais e correlatas a acordos e tratados internacionais dos países signatários destes, como já explicitado nos exemplos do TNPN, Convention on Cluster Munitions (CCM), Tratado de Otawa (Mine Ban Treaty) ou Arranjo de Wassenaar.
A questão é o que não está ali escrito, ou seja, o alinhamemto e subserviência aos intresses da Polítia de Estado dos EUA que implicam termos restritivos como o do Golden Sentry.
Se para ti é tudo igual talvez sejas a favor de o Brasil assinar os protocolos adicionais do TNPN, que seria o Golden Sentry da questão nuclear: aceitar inspeções intrusivas em qualquer lugar e sem aviso prévio!
E a questão da dualidade de alguns insumos e de algumas tecnologias também é óbvia e universal e já foi abordada em post anteriores e engloba os acordos e tratados acima citados; assim como questões comerciais não tem nada a ver com o assunto. A questão que foges aqui é sobre o alinhamento com a Política de Estado dos EUA, subserviência e atentado contra a Soberania Nacional que implica aceitar os termos do Golden Sentry na compra de sistemas de armas dos EUA. Mas, como também já foi explicitado, o nível de intrusão e controle também é variável de acordo com os interesses e possibilidades das Politicas de Estado de Washington quanto ao país em questão. Exemplo claríssimo da Política de Estado extremamente hipócrita e criminosa dos EUA é o fornecimento de centenas de mísseis TOW, sujeitos as regras do ITAR e Golden Sentry, para a Arábia Saudita que foram desviados para os terroristas na Síria. Fora o que foi fornecido diretamente pela CIA ou Pentágono.
A FAB escolheu o Harpoon na sua política ignorante, cômoda e ideológica de dependência crônica dos EUA, mesma após imenso histórico de vetos e embargos, inclusive de coisas simples como o sistema inercial de lotes do A-29.
Independência dá trabalho, como muito bem demonstra a MB.
Não existe nenhum cabimento comparar nossos medíocres exemplos com a recente aproximação idiossincrática entre Índia e EUA. É outro nível. A India é potência nuclear e convencional com P maiúsculo e defende a qualquer custo seus Interesses e Soberania Nacional. Essa aproximação foi uma janela de oportunismo para ambos, cachorros grandes na Geopolítica. Para os EUA fazem parte da estratégia de contenção da China e de enfraquecimento da cooperação entre os BRICS (cujo o golpe de 2016 daqui tem claramente suas mãos. Erámos o elo fraco e foi barbada, não?)). Os indianos além de terem problemas de fronteira não totalmente resolvidos com a China e disputarem o mesmo espaço de influência na área banhada pelo Oceano Índico veem seus arqui-inimigos paquistaneses em intensa cooperação de defesa com os chineses.
Os EUA elevaram a tal ponto essa estratégia que estão abertos até a parceiras na área nuclear com a Índia.
Os indianos estão cientes dos interesses idiossincráticos e oportunistas dos EUA e agem inteligentemente explorando em seu benefício essa janela.
O Harpoon entrou na esteira do pacote de P-8I que só foi aceito pela Marinha Indiana porquê é uma versão de exportação customizada do P-8A; usa, por exemplo, Data Link e IFF da Bharat Electronics Limited (BEL), sistemas HAL (Hindustan Aeronautics Ltd), sistema de sigilo de voz da ECIL (Electronics Corporation da Índia Ltd) e móvel SATCOM (sistema de comunicação via satélite) da Avantel.
Fonte: http://www.indiastrategic.in/topstories ... rcraft.htm
O Harpoon faz parte do pacote ou achas que os EUA forneceriam os códigos fontes para intregar mísseis russos no P-8I? Além do quê tem mísseis muitíssimos mais capazes como o BrahMos-A (4 vezes mais rápidos e com mais de o dobro do alcance) que está em fase final de integração aos Su-30MKI!
A primeira encomenda da IAF é de nada menos que 200 mísseis e 40 Su-30MKI serão equipados com eles.
Coisa para meter respeito e medo! Coisa que não é para a "melhor pequena Força Aérea perto de você".
Fontes: http://aviationweek.com/defense/air-var ... l-end-2013
https://web.archive.org/web/20130728144 ... /1/10.html
http://www.ainonline.com/aviation-news/ ... oi-fighter
https://www.flightglobal.com/news/artic ... -m-426705/
Fora outros mísseis anti-navio ar-superfície utilizados pela India como o Sea Eagle, o Kh-35, ambos equivalentes ao Harpoon.
Logo no início da aproximação com os EUA a India deixou claro que não iria aceitar o nível de intrusão dos contratos regulares dos EUA. Ficou explícita essa postura após receberem o INS Jalashwa (ex-USS Trenton, LPD da classe Austin). Foi tal o escândalo das restrições do contrato na Índia que foram canceladas as tratativas para outras 4 unidades similares com os EUA e lançaram um edital para estaleiros privados locais.
Fontes:
https://www.telegraphindia.com/1100416/ ... 344802.jsp
http://www.janes.com/article/44805/indi ... -shipyards (link já morto).
Outro nível, não?
Resumindo: em quaisquer dimensão não tem comparação com uma republiqueta de quinta categoria cujo atual presidente, golpista, era informante da embaixada dos EUA (https://wikileaks.org/plusd/cables/06SAOPAULO689_a.html) ou que o atual Procurador Geral da República e seus subordinados viajam para os EUA para fornecer informações estratégicas para o Departamento de Estado contra as empresas do país e aceitam sem questionamentos informações da espionagem dos EUA contra nosso Programa Nulclear! Lá nos nos EUA, ou qualquer país que respeita sua Soberania isso se chama Alta Traição! Mas aqui são aplaudidos como heróis pela classe média e elite anti-nacionais.
Que comício!
Parece se esquecer que:
-- A escolha do Super Hornet ocorreria no governo Dilma.
-- A compra do Harpoon nasceu no governo Dilma.
Tirando a cortina de fumaça que vc tenta jogar, a India está sujeita ao mesmíssimo Golden Sentry (End-Use Monitoring program) que o Brasil ou qualquer usuário de artigos de defesa e serviços fornecidos pelo Tio Sam/Gov dos EUA está. Pode ter Brahmos, Su-30 e o escambau. Receberá as visitas de verificação do mesmo jeito que o Brasil.
Aliás, no programa Golden Sentry há 3 tipos de visitas:
1.Familiarization and Assistance Visits (FAV)
2.Compliance Assessment Visits (CAV)
3.Investigation Visits
No site do Golden Sentry, na seção sobre as visitas (C8.5. - Golden Sentry Program Visit Policy and Guidance), não há previsão de visitas surpresas. As visitas são coordenados com o país usuário e com antecedência:
http://www.samm.dsca.mil/chapter/chapter-8
Com relação à Síria, os americanos estavam armando os rebeldes via a Arábia Saudita. Isso é público. E quem decide onde as armas podem parar é o fabricante. Se vc tem dúvidas quanto a isso, pq vc acha que o Brasil não doou os Mirage 2000 à Argentina?
Substitua por Rússia e a frase continuará válida. Os russos ou qualquer país também têm interesses idiossincráticos e não deixam passar oportunidades...Os indianos estão cientes dos interesses idiossincráticos e oportunistas dos EUA.
Só há um caminho caso algum país não queira depender de outro em termos de equipamentos militares: desenvolver seus próprios equipamentos, especialmente os críticos. Mas isso custa muito caro, requer planejamento, priorização, constância e poucos conseguem.
Depois de tanta sabotagem interna via corrupção, que não poupa nem os programas militares, vai ficar realmente complicado para o Brasil obter independência em termo de equipamentos militares:
ODEBRECHT DELATA PROPINA PARA PROJETO DE SUBMARINO NUCLEAR DA MARINHA
5 DE DEZEMBRO DE 2016
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/ ... arinha.htm
OBS.: Não é a AEL que produz o radar autodiretor do MANSUP?