Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Ilya Ehrenburg
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14446 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Ter Jan 10, 2017 1:16 am

juarez castro escreveu:
Ilya Ehrenburg escreveu: Custo 50% maior...
"Sócio oculto"...
"escaler torto"...

Tadinho...
Ele acredita nisso.
Ô dó.

Até a pouco as nossas carreiras estavam ocupadas com Plataformas para produção Offshore e Petroleiros de 200.000 tons...
Os nipônicos debandaram assim que as encomendas foram canceladas e os autores desta obra são os idolatrados santos justiceiros da provinciana Curitiba.

O fator que nos prejudica é o câmbio. O real deveria estar depreciado na proporção de 4:1 em relação à moeda de referência.
O fato da legislação brasileira impor benefícios que dobram o custo para o empregador, pouco influi, posto que o salário de referência é baixo, mesmo após uma política de aumentos constantes por 13 anos. O dobro de muito pouco, é pouco. A remuneração de um soldador nipônico, ou coreano, é bem maior do que a de um soldador brasileiro, ainda que os custos trabalhistas sejam o que são.

Pois... Continue acreditando na propaganda liberal que nos martelou por todos estes anos, justamente, para nos levar ao atoleiro onde estamos., apesar de tudo há quem não perca a fé.
Eu não acredito, apenas observo. Quem se aposentou, muito bem, quem ainda não, jamais.
;)
Pelo visto ou tu és analfabeto ou um dos soldados do partido.
Os sócios dos nossos estaleiros, Japoneses, Coreanos, e etc porque viram que aqui eram obrigadod a manter uma mão de obra cara, ineficiente e mal treinada, que impactava nos custos e na qualidade do produto final.
O João Cândido com os Coreanos de chicote na mão saiu torto, atrasado é custando 50 por cento a mais e isto não se deve a nenhum jurista de CWB e sim as politicagem e pelegagem dos chinelos que tu defende e recebe o dízimo.
Aprende, vocês perderam, tudo que nos dissemos que iiria acontecer, aconteceu.
Perdeu plaiboy...

G abraco
Guarde os adjetivos para você.
Digo que és uma pessoa que enxerga apenas pela lente ideológica, portanto é míope quanto a realidade que nos ronda.
Em qualquer lugar do mundo, quando se apura casos de corrupção e correlatos, apena-se as pessoas físicas enquanto se poupa a pessoa jurídica., e isto por motivos óbvios. Por aqui, não se permitiu à maior construtura do país um acordo de leniência, por pura escolha política, o que obrigou a esta mesma empreiteira a fazer acordos com nações estrangeiras, submetendo-se desta maneira ao julgo estrangeiro e oferecendo aos mesmos acessos a projetos estratégicos da nossa nação.
isto, para você pouco significa, ou nada. 140 bilhões de reais de prejuízo econômico para recuperar 6,5 bilhões deve ser uma conta que lhe agrada.

Agora, uma coisa que vou lhe dizer: prove você que ganho "dízimo" de quem quer que seja. Prove!
Ou então assuma que como pessoa é um ser leviano.
Fui bem claro?




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14447 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Ter Jan 10, 2017 1:27 am

Bolovo escreveu:
Só eu acho essa FFX-II muito pequena? A tonelagem dele é próxima das Niterói...
Tenham cuidado com as afirmações advindas do jornalista Roberto Lopes, elas costumam não se concretizar...
Em vista do desejo da MB as FFX-II são pequenas...




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14448 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jan 10, 2017 8:48 am

Túlio escreveu: Quem está viajando agora, Leandro véio? Outra coisa que faço há anos é criticar o que costumo chamar de "modelo EMBRAER", muito eficiente para business mas um desastre para Defesa Nacional. Tudo o que falei sobre o modelo de "indústria bélica naval" vale igualmente para a EMBRAER (e nem vou falar novamente da EUROBRÁS). É excelente para gerar empregos e divisas mas, no dia em que se fizer necessária para ajudar a DEFENDER isso tudo, será tão útil quanto tetas numa galinha. Não se improvisa de um dia para o outro AAM/SAM, turbina, radar, etc.

Mas vou além, aproveitando a "bebedeira" ( :twisted: me lembres de checar o teor alcoólico do Sprite 600 ml, que é o que estou tomando agora :twisted: ): ,ao fim e ao cabo, o que propões é uma espécie de EMBRAMAR, ou seja, uma EMBRAER do mar? Porque de repente começou a me parecer isso, e aí sim, devo admitir que não tinha entendido mesmo o quer querias dizer...
Túlio, raciocine pelo seguinte lado: Se amanhã o povo brasileiro acordar com seus espíritos substituídos pelos de alienígenas e decidir que afinal o país tem tudo para dar certo e que devemos fazer as coisas funcionar da maneira correta e irem para a frente, quanto tempo e quanto esforço levaria para desenvolvermos aqui AAM, SAM, e até muitos dos sistemas embarcados de aeronaves como a parte elétrica, hidráulica e etc...? Lembrando que muito disso já se faz por aqui, apenas não com a redução de peso e a qualidade requerida para uso em aeronaves homologadas. Até as partes mais difíceis (como turbinas e radares) o que não faltam são empresas querendo desenvolver já agora (veja as pequenas turbinas para drones já em testes e os radares da Bradar), o que falta é vontade de abraçar estas iniciativas e tocá-las para a frente.

Mas quanto tempo levaria para aprendermos a projetar e desenvolver AERONAVES, e integrar todos estes sistemas nelas depois? E mais ainda, se não produzíssemos nem aeronaves nem sistemas, quanto tempo levaria (se é que seria possível, pois até as especificações básicas teriam que ser descobertas do zero)?

O Brasil não pode fazer tudo (e hoje ninguém pode, sem os EUA), e cada vez pode fazer menos. Mas desistir e decidir não fazer absolutamente nada é a pior solução possível e imaginável.


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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14449 Mensagem por Juniorbombeiro » Ter Jan 10, 2017 9:01 am

LeandroGCard escreveu:
Juniorbombeiro escreveu:A primeira vantagem seria o financiamento, ou você acha que os ingleses iriam financiar as CV3??? A outra vantagem seria o tamanho, não se apegue as corvetas de Omã, o projeto tem potencial para chegar a 4000 t, é uma fragata, na prática, e quem disse que não caberá SAM de longo alcance na Type-26, os ingleses tem as Type-45, as nossas não precisam ser exatamente iguais. Think out off de box. :wink:
Porque será que todo mundo fala em financiamento como se fosse dinheiro caído do céu por milagre, que não se precisaria pagar (em libras esterlinas) depois? Parece minha mulher com o cartão de crédito :wink: ! E é óbvio que os ingleses financiariam seus navios, pois o dinheiro voltaria praticamente todo para suas empresas, seus engenheiros e seus fornecedores, e depois ficaríamos nós pagando juros a eles sabe-se lá por quantas décadas. Muito bom para a Inglaterra, mas e para nós?

As corvetas sub-armadas de Omã talvez possam até chegar às 4000 ton, e quem sabe até receber armamento mais adequado. Mas não de graça. Se é para gastar dinheiro aumentando o tamanho do navio deles e correndo os riscos inerentes, porque fazer isso com o projeto deles e não com o nosso próprio? Ainda não vejo o sentido disso.

E a RN não prevê instalar mísseis AAe de longo alcance nas suas Type-26, devido aos custos envolvidos. Mas ela tem os 4 Type-45 prontos para recebê-los e pretende contar com 2 NAe´s equipados com caças para dar cobertura às suas frotas (sem falar na OTAN). Nós não teríamos nada disso, e seríamos forçados pagar pelo desenvolvimento de uma versão do navio com este sistema para nós. Porque fazer isso se existem outras opções já provadas no mercado mundial com esta capacidade, se é que precisaríamos mesmo comprar um projeto estrangeiro?


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Não é essa a questão Leandro, óbvio que financiamento precisa ser pago, mas você bem sabe o que aconteceu com todos os programas de desenvolvimento de corvetas nacionais anteriores a CV3, era para ser 20, virou 4, era para ser 10, virou 1, não sei se são esses os números corretos, apenas como exemplo.
Eu bem gostaria que o BNDES financiasse nossos projetos militares, mas eu e tu sabemos que a chance de não se concretizarem é muito grande. Um financiamento externo é mais imune a este tipo de problema, existem garantias e compromissos que tornam mais difíceis de serem contingenciados. Ainda mais se houver uma carência que permita que os trabalhos avancem a um ponto que torne economicamente desaconselhável o cancelamento quando os desembolsos começarem a acorrer.
O projeto de Oman é só um exemplo já executado, existem outras variantes do mesmo projeto e a RN vai adotar uma também, batizado de Type-31, certamente maior, enquanto a nossa CV3 já atingiu o limite do casco. Participar do projeto da Type 31 nos economizaria tempo e teríamos a estrutura de estaleiro para futuramente partirmos para a Type 26, que é um projeto modular que pode receber SAM de maior porte sim, inclusive tem versões oferecidas para Canadá e Austrália. Podemos utilizar outros projetos sim, assim como podemos comprar fora ou partir para um desenvolvimento próprio, apenas acho que uma parceria estrangeira para um pacote abrangente é um caminho mais racional e exequível, só isso.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14450 Mensagem por Marechal-do-ar » Ter Jan 10, 2017 9:16 am

E o projeto das CV-03 nos traz mais conhecimento para, talvez, no futuro, criar um casco novo maior e sem limitações.


E para deixar a discussão toda ainda mais absurda, as diversas menções às fragatas sul coreanas, elas são, basicamente, o nosso programa de corvetas, o programa deles está muito mais avançado, é claro, mas partiu do zero, como nós, começaram com projetos simples, e foram criando (e não pegando projetos de fora) projetos cada vez mais avançados, até os KD-III (dessa vez sem o "X" de eXperimental), e eles começaram tudo isso bem depois de nós, agora cogitamos comprar deles? HAHAHAHA é o melhor exemplo de atestado de incompetência.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14451 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jan 10, 2017 9:20 am

Túlio escreveu:Li duas vezes e ainda não sei se entendi teu ponto. De qualquer modo, os soldadores Romenos foram assunto de amplos debates aqui mesmo, no DB. Que eu me lembre, foi ali pela época em que dizes que "se um deles pedisse demissão, ...".
Que parte do "não havia gente SUFICIENTE para a QUANTIDADE DE PROGRAMAS" colocada por nosso amigo Juniorbombeiro está difícil de entender? E ainda falam disso como se fosse um pecado, e países como os EUA não fizessem isso em escala maciça o tempo todo há mais de 100 anos :roll: .

E ao dele acrescento outro exemplo, na área onde eu atuo agora exclusivamente: No final do ano passado foi feita uma reunião mundial dos especialistas em desenvolvimento de ferramentas de estampagem ("coisinhas simples" que chegam a custar mais de R$15 milhões cada) da empresa GM, incluindo pessoal especializado dos EUA, da Alemanha, da Coréia do Sul e do Brasil. A reunião foi realizada na Coréia, país tido por muitos (inclusive fora do Brasil) como o mais avançado do mundo no desenvolvimento de ferramentas deste tipo, e onde boa parte das indústrias automobilísticas instaladas no Brasil constrói suas ferramentas. Foram analisadas as técnicas e procedimentos empregados nestes 4 países, incluindo a estrutura organizacional dos departamentos de projeto e construção das ferramentas, bem como o qualidade e consistência dos resultados obtidos. Balanço final: Os procedimentos usados e resultados obtidos no Brasil foram considerados os melhores do planeta, e serão adotados como padrão pelas outras unidades internacionais da empresa 8-] .

Este é um cliente que eu acompanho há pelo menos 12 anos, fazendo visitas periódicas de treinamento e para tirar dúvidas (passo pelo menos um dia inteiro por mês no CT de São Caetano), acompanhei todo o desenvolvimento feito pelo pessoal daqui e sei exatamente qual a base do sucesso deles: Eles não pararam de desenvolver e construir ferramentas em nenhum momento destes 12 anos, fosse nos momentos de bonança ou de crise, e todos os engenheiros e projetistas deles tem no mínimo 15 (geralmente bem mais) anos de experiência ininterrupta no setor. E foram incorporando os avanços mais recentes (inclusive o software de simulação de estampagem que distribuímos) aos poucos, a cada passo acompanhando os resultados e calibrando os procedimentos. Tudo feito aqui por brasileiros, sem nenhum americano, alemão ou outro estrangeiro qualquer para atrapalhar.

Ou seja, se feita como deve ser a coisa funciona sim e muito bem aqui mesmo no Brasil. Mas o pessoal leigo (inclusive governo e empresários) ao primeiro sinalzinho de dificuldades grita logo: " pára tudo e vamos correndo comprar lá fora, que os gringos é que são bons!"

Tão tá então, vamos ser um país de jecas-tatu de I-phone e morrer de felicidade com isso :? .


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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14452 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jan 10, 2017 9:38 am

Juniorbombeiro escreveu:Não é essa a questão Leandro, óbvio que financiamento precisa ser pago, mas você bem sabe o que aconteceu com todos os programas de desenvolvimento de corvetas nacionais anteriores a CV3, era para ser 20, virou 4, era para ser 10, virou 1, não sei se são esses os números corretos, apenas como exemplo.
Eu bem gostaria que o BNDES financiasse nossos projetos militares, mas eu e tu sabemos que a chance de não se concretizarem é muito grande. Um financiamento externo é mais imune a este tipo de problema, existem garantias e compromissos que tornam mais difíceis de serem contingenciados. Ainda mais se houver uma carência que permita que os trabalhos avancem a um ponto que torne economicamente desaconselhável o cancelamento quando os desembolsos começarem a acorrer.
Ou seja, usar de compromissos internacionais e pagamento de juros lá fora para obrigar nossos governantes a serem responsáveis e completar aquilo que é começado.

Até dá para entender, mas é um erro para consertar o outro, sacrificando nossa competência e competitividade nacionais por conta da má gestão de quem nem é da área. Desculpe, mas não consigo me sentir confortável e feliz com isso. Ou aprendemos a resolver nós mesmos os nossos problemas internos ou pra que queremos FA's afinal? Vamos logo vender o país pra eles e voltar a ser colônia, pelo menos assim eles teriam algumas obrigações para conosco também.

Juniorbombeiro escreveu:O projeto de Oman é só um exemplo já executado, existem outras variantes do mesmo projeto e a RN vai adotar uma também, batizado de Type-31, certamente maior, enquanto a nossa CV3 já atingiu o limite do casco. Participar do projeto da Type 31 nos economizaria tempo e teríamos a estrutura de estaleiro para futuramente partirmos para a Type 26, que é um projeto modular que pode receber SAM de maior porte sim, inclusive tem versões oferecidas para Canadá e Austrália. Podemos utilizar outros projetos sim, assim como podemos comprar fora ou partir para um desenvolvimento próprio, apenas acho que uma parceria estrangeira para um pacote abrangente é um caminho mais racional e exequível, só isso.
A CV-3 está de fato no limite de um projeto seguro. E também a River, que embora com boca mais larga é estruturalmente menos robusta (pelo próprio conceito empregado em OPV's). É trocar 6 por meia dúzia, e porquê, só pela grife britânica?

Vamos completar o nosso projeto e enquanto ele estiver sendo construído manter a equipe trabalhando para desenvolver o próximo. Se precisarmos de auxílio podemos simplesmente contratar especialistas lá de fora para cada necessidade específica, não há necessidade de nos atrelar à priori a projeto estrangeiro algum e ainda mai sde alguém que também está reaprendendo e fazendo acochambrações. A própria Inglaterra descuidou disso (desenvolveu a Type-23 e depois ficou mais de 20 anos produzindo o mesmo projeto) e agora está pagando o preço da falta de experiência de seus projetistas com os múltiplos problemas das Type-45. E está refazendo os mesmos passos que nós agora com as River.


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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14453 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jan 10, 2017 9:42 am

Marechal-do-ar escreveu:E o projeto das CV-03 nos traz mais conhecimento para, talvez, no futuro, criar um casco novo maior e sem limitações.

E para deixar a discussão toda ainda mais absurda, as diversas menções às fragatas sul coreanas, elas são, basicamente, o nosso programa de corvetas, o programa deles está muito mais avançado, é claro, mas partiu do zero, como nós, começaram com projetos simples, e foram criando (e não pegando projetos de fora) projetos cada vez mais avançados, até os KD-III (dessa vez sem o "X" de eXperimental), e eles começaram tudo isso bem depois de nós, agora cogitamos comprar deles? HAHAHAHA é o melhor exemplo de atestado de incompetência.
Pois é, e o pessoal daqui ainda fica muito bravo cada vez que surge qualquer tentativa de acabar com esta nossa incompetência congênita :roll: .


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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14454 Mensagem por J.Ricardo » Ter Jan 10, 2017 11:10 am

Falar de P&D no Brasil é complicado, o nobreack do supercomputador da universidade do Rio de Janeiro esta quebrado e custa 450.000...
muito caro?
O anel que vagabunda da ex-primeira dama do Rio ganhou de presente de uma empreita custou o dobro disso, aqui sobra dinheiro pra corrupção e mingua pra coisa séria...

Enquato isso as pesquisas desenvolvidas por lá estão todas paradas... vão me falar agora em P&D aqui em banânina....




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14455 Mensagem por Luís Henrique » Ter Jan 10, 2017 11:25 am

Eu acredito que o Brasil deveria COPIAR modelos que deram certo.

1) Buy American Act americano.

Se estabelece um valor. Por exemplo 100 mil reais. Uma compra governamental que exceda o tal valor, deve ser adquirido e PRODUZIDO em solo brasileiro.
Principalmente equipamentos militares, que por motivos óbvios são ítens que garantem a soberania nacional e isto não podemos confiar totalmente à terceiros.

2) lei chinesa que permite uma porcentagem máxima de capital estrangeiro em empresas operando na China.
Resumindo, todas as empresas estrangeiras que existem no Brasil, devem abrir seu capital em uma determinada PORCENTAGEM para pessoas e empresas brasileiras.
Desta forma garantimos que nosso país não será de funcionários e que os lucros serão 100% dos estrangeiros.
O povo brasileiro será SÓCIO das grandes empresas estrangeiras que operam em nosso país.
PARTE dos lucros vai embora, mas PARTE fica.
Se não me engano, a legislação chinesa coloca o percentual em 30%.
70% fica com os chineses.


Partindo destas 2 leis, teremos muito mais brasileiros empresários, acionistas, e em atividades de alto valor agregado.

Eu sou MUITO MAIS 4 CV-03 PROJETADAS e construídas no Brasil. Alavancando nossa economia, nossas empresas, gerando empregos, etc.
Do que 4 Type-26 com tot, que nos ensinariam apenas a apertar parafusos e 99% do dinheiro iria tudo para a Inglaterra.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14456 Mensagem por JL » Qua Jan 11, 2017 12:28 am

Sou da opinião de que apesar de todo o ganho que um projeto como o da CV 3 poderia trazer em termos de engenharia para o nosso país. Creio que ele terá muitas dificuldades para nascer e se começar vai ser bem difícil a sua continuidade. Estamos em meio a uma crise barra pesada. Por isso sou da opinião se querem construir então vamos fazer algo mas simples, sou forte defensor dos OPV, mas não barcos mal artilhados com uma arma de 30 mm na proa.

Penso em um OPV tendo como arma principal um canhão de proa de 76 mm e peças de menor calibre de fogo rápido, não como as peças dos Amazonas que servem mas para o tiro de superfície. O OPV deverá ser dotado com alguma capacidade básica em termos de ESM/ECM, para que possa prever quando será um alvo e lançadores de chaff iguais aos que já fabricamos, assim eles tem alguma chance de defesa contra um míssil, podem ter o espaço e o cabeamento necessários para acrescer mísseis anti navio de forma a terem um ferrão caso seja necessário. Em tese estes navios tem quase o mesmo poder de ataque de uma corveta, claro que não tem sensores a altura, mas podem embarcar um helicóptero que lhe dará olhos além do horizonte e também acresce capacidade ASW. Devendo lembrar que em breve nem convoos teremos para os nossos Sea Lynx.

Claro que estes OPV não são corvetas e nunca serão, não podem competir com uma CV 3 ou com uma fragata, mas são certamente são muito mais baratos, muito mais fáceis de construir e teremos um número maior e se tiverem mísseis anti navio podem afundar uma corveta, sim poderão.

Agora, esta história de que uma CV 3 pela sua construção estanque, com anteparas e padrões militares, ao ser atingida por um míssil, mesmo um leve vai sobreviver e continuar lutando, isso não procede, vejam o estrago da última corveta usada como alvo, um navio vazio, sem munição, sem combustível, sem lubrificantes, o Penguim fez um arrombo enorme, claro a tripulação pode exercer o controle de danos, mas ela vai perder toda a capacidade de combate, isso na prática representa o mesmo que ir para o fundo na batalha, sobrevive a tripulação se o navio não for atingido novamente, como a corveta alvo foi em seguida pelo Exocet.

Mas não da para viver de ter somente OPV então é preciso comprar alguma escolta, pelo menos três e aí sinceramente não dá para escolher e temos que ter sim alguns poucos, nem que bem poucos navios com verdadeira capacidade de combate, porque, simplesmente não saberemos como vai ficar o mundo daqui há alguns anos, aí quando houver alguém hostil, então apresentemos os nossos projetos. Neste ponto um navio que venha pronto como o sul coreano, parece que taparia bem o buraco, isto também não é uma situação eterna, haverá oportunidade para se desenvolver novos projetos.

Para finalizar, caro amigo Leandro não acredito que o programa CV 3 acrescente tanta coisa a em termos de engenharia, do que o programa de OPV pode fazer. Claro que o desenvolvimento de programas de informática, a integração de complexos sistemas dará muito conhecimento, mas afirmo que quando acabar o último navio, em uma média de 25 anos que leve um programa destes os técnicos especializados estarão aposentados e repito já temos um programa de alta tecnologia em andamento com os franceses, um programa de bilhões de euros.

Agora que tipo de OPV aí precisamos abrir um outro tópico, não?




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14457 Mensagem por Túlio » Qua Jan 11, 2017 12:25 pm

LeandroGCard escreveu: Túlio, raciocine pelo seguinte lado: Se amanhã o povo brasileiro acordar com seus espíritos substituídos pelos de alienígenas e decidir que afinal o país tem tudo para dar certo e que devemos fazer as coisas funcionar da maneira correta e irem para a frente, quanto tempo e quanto esforço levaria para desenvolvermos aqui AAM, SAM, e até muitos dos sistemas embarcados de aeronaves como a parte elétrica, hidráulica e etc...?
Primeiro, minhas desculpas por não ter respondido ontem, é que deu uma pane DOIDA aqui: nunca mexo na josta do router mas ontem de manhã liguei o PC e necas de internet, só uma luzinha vermelha no "@" do aparelho. Liguei pra Assistência e necas, ganhei um simpaticíssimo VAI TE F e tchau; daí fui fuçar, assumindo que fosse problema de software e, em sendo, eu acabaria resolvendo. Pelo meio da tarde ainda necas de resolver, daí segui teu conselho de um post anterior: ME ENCHI DE CERVASSS! Não tinha onde postar mesmo, fui pra casa de um pessoal e DETONAMOS (para minha eterna vergonha, até KAISER eu tomei, PUTZ)! Agora de manhã tentei de novo e acertei já na terceira tentativa (o erro: por alguma razão o router se desconfigurou sozinho, na reconfiguração eu botava meu user e a senha, mas não tinha notado que ao lado do username tem que botar "@"). Foi fazer isso e PIMBA, net de volta!

Isso posto, tive bastante tempo para pensar e creio que achei também a razão pela qual nossos posts não estão batendo: tu pareces achar absurdo quando falo que tivemos um par de SÉCULOS para evitar de chegar a uma situação como a atual e pouco mais do que nada foi feito. Ademais, eu talvez não tenha sido claro o suficiente no demonstrar que é preciso começar de algum ponto, mas NÃO do que comprovadamente não funciona, ou seja, fazer casco e rechear com insumos importados sobre o qual não temos qualquer controle. Pior, OUTROS o têm! Assim, preferiria que este $$$, e em reais, não dólares/euros, fosse empregado para desenvolver justamente os tales de insumos. PENSES COMIGO: a MB tem projeto de tudo (e tudo em marcha lenta ou parado), entre os quais destaco um: Sonar Rebocado, sensor que nem importado temos e utilíssimo tanto em Escoltas ASW quanto em Submarinos (normalmente SSNs). Tem muito mais coisa mas tudo parado para ver se se junta $$$ para fazer casco e importar insumo (quase tudo em USD/EUR), fora o que é desperdiçado com aquela fábrica de ferrugem que não sai do estaleiro há anos.
LeandroGCard escreveu:Lembrando que muito disso já se faz por aqui, apenas não com a redução de peso e a qualidade requerida para uso em aeronaves homologadas. Até as partes mais difíceis (como turbinas e radares) o que não faltam são empresas querendo desenvolver já agora (veja as pequenas turbinas para drones já em testes e os radares da Bradar), o que falta é vontade de abraçar estas iniciativas e tocá-las para a frente.
Concordo integralmente. A MB adoraria deslanchar de vez seu sonar rebocado, a ex-Polaris (Turbomachine ou algo assim) adoraria fazer mais do que turbininhas para drone e míssil (uma que eles já tem é mais potente que a do Harpoon!!!) e o EB adoraria deslanchar de vez seu MANPADS, que já tem até protótipo da cabeça de busca pronto. Mas falta $$$ porque precisamos importar o que podemos fazer aqui mesmo...
LeandroGCard escreveu:Mas quanto tempo levaria para aprendermos a projetar e desenvolver AERONAVES, e integrar todos estes sistemas nelas depois? E mais ainda, se não produzíssemos nem aeronaves nem sistemas, quanto tempo levaria (se é que seria possível, pois até as especificações básicas teriam que ser descobertas do zero)?
Reitero, se propões uma espécie de EMBRAMAR, com o mesmo conceito de negócio e excelente gerenciamento e controle de qualidade da EMBRAER, eu apóio sem reservas. Ia gerar empregos para gente de alta qualificação, exportações a talvez até algumas vendas internas. E acabou! No dia em que fosse preciso, não poderíamos fabricar belonave alguma - como não podemos fabricar aeronave de combate alguma, aliás - sem importar. Lembro que, no momento em que um País entra em guerra, vem embargo de todo lado (exceto se for da OTAN).
LeandroGCard escreveu:O Brasil não pode fazer tudo (e hoje ninguém pode, sem os EUA), e cada vez pode fazer menos. Mas desistir e decidir não fazer absolutamente nada é a pior solução possível e imaginável.


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Não é nem parecido com o que propus. Não vejo como possa ser mais claro do que fui. Sei lá, talvez tomando UMAS PINGAS... :lol: :lol: :lol: :lol:




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14458 Mensagem por Túlio » Qua Jan 11, 2017 12:54 pm

LeandroGCard escreveu:Que parte do "não havia gente SUFICIENTE para a QUANTIDADE DE PROGRAMAS" colocada por nosso amigo Juniorbombeiro está difícil de entender? E ainda falam disso como se fosse um pecado, e países como os EUA não fizessem isso em escala maciça o tempo todo há mais de 100 anos :roll: .
Creio que não me entendeste (acho que o Juniorbaiano sim): EUA e vários outros Países avançados fazem isso de modo rotineiro, ou seja, nada errado com os soldadores estrangeiros. A questão só pode ser compreendida à luz dos debates que tivemos então, ou seja, AS RAZÕES pelas quais se importou muito mais soldador do que seria de se esperar. Vão desde a má qualidade/baixa produtividade de grande parte da mão de obra nacional e, dos que realmente eram de nível PRO, muitos saíam de outras províncias do Brasil, atraídos pelos altos salários e, após "encherem a mala", ficavam com saudades de casa e voltavam, deixando o empregador pendurado no pincel. Tenho certeza de que o Colega a que te referiste poderia nos dar aula sobre aquele período terrível...
LeandroGCard escreveu:E ao dele acrescento outro exemplo, na área onde eu atuo agora exclusivamente: No final do ano passado foi feita uma reunião mundial dos especialistas em desenvolvimento de ferramentas de estampagem ("coisinhas simples" que chegam a custar mais de R$15 milhões cada) da empresa GM, incluindo pessoal especializado dos EUA, da Alemanha, da Coréia do Sul e do Brasil. A reunião foi realizada na Coréia, país tido por muitos (inclusive fora do Brasil) como o mais avançado do mundo no desenvolvimento de ferramentas deste tipo, e onde boa parte das indústrias automobilísticas instaladas no Brasil constrói suas ferramentas. Foram analisadas as técnicas e procedimentos empregados nestes 4 países, incluindo a estrutura organizacional dos departamentos de projeto e construção das ferramentas, bem como o qualidade e consistência dos resultados obtidos. Balanço final: Os procedimentos usados e resultados obtidos no Brasil foram considerados os melhores do planeta, e serão adotados como padrão pelas outras unidades internacionais da empresa 8-] .

Este é um cliente que eu acompanho há pelo menos 12 anos, fazendo visitas periódicas de treinamento e para tirar dúvidas (passo pelo menos um dia inteiro por mês no CT de São Caetano), acompanhei todo o desenvolvimento feito pelo pessoal daqui e sei exatamente qual a base do sucesso deles: Eles não pararam de desenvolver e construir ferramentas em nenhum momento destes 12 anos, fosse nos momentos de bonança ou de crise, e todos os engenheiros e projetistas deles tem no mínimo 15 (geralmente bem mais) anos de experiência ininterrupta no setor. E foram incorporando os avanços mais recentes (inclusive o software de simulação de estampagem que distribuímos) aos poucos, a cada passo acompanhando os resultados e calibrando os procedimentos. Tudo feito aqui por brasileiros, sem nenhum americano, alemão ou outro estrangeiro qualquer para atrapalhar.

Ou seja, se feita como deve ser a coisa funciona sim e muito bem aqui mesmo no Brasil. Mas o pessoal leigo (inclusive governo e empresários) ao primeiro sinalzinho de dificuldades grita logo: " pára tudo e vamos correndo comprar lá fora, que os gringos é que são bons!"

Tão tá então, vamos ser um país de jecas-tatu de I-phone e morrer de felicidade com isso :? .


Leandro G. Card
Notes, falamos da GM DO BRASIL, ou seja, subsidiária de empresa estrangeira. Poderíamos estar falando da excelência da AEL também, da GE Celma, etc. Desenvolvimentos feitos por Brasileiros mas gerenciados por estrangeiros. Talvez (e é só um palpite) nosso problema seja então este, o GERENCIAMENTO. Talvez...




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14459 Mensagem por JL » Qua Jan 11, 2017 5:26 pm

Túlio escreveu:
LeandroGCard escreveu:Que parte do "não havia gente SUFICIENTE para a QUANTIDADE DE PROGRAMAS" colocada por nosso amigo Juniorbombeiro está difícil de entender? E ainda falam disso como se fosse um pecado, e países como os EUA não fizessem isso em escala maciça o tempo todo há mais de 100 anos :roll: .
Creio que não me entendeste (acho que o Juniorbaiano sim): EUA e vários outros Países avançados fazem isso de modo rotineiro, ou seja, nada errado com os soldadores estrangeiros. A questão só pode ser compreendida à luz dos debates que tivemos então, ou seja, AS RAZÕES pelas quais se importou muito mais soldador do que seria de se esperar. Vão desde a má qualidade/baixa produtividade de grande parte da mão de obra nacional e, dos que realmente eram de nível PRO, muitos saíam de outras províncias do Brasil, atraídos pelos altos salários e, após "encherem a mala", ficavam com saudades de casa e voltavam, deixando o empregador pendurado no pincel. Tenho certeza de que o Colega a que te referiste poderia nos dar aula sobre aquele período terrível...
LeandroGCard escreveu:E ao dele acrescento outro exemplo, na área onde eu atuo agora exclusivamente: No final do ano passado foi feita uma reunião mundial dos especialistas em desenvolvimento de ferramentas de estampagem ("coisinhas simples" que chegam a custar mais de R$15 milhões cada) da empresa GM, incluindo pessoal especializado dos EUA, da Alemanha, da Coréia do Sul e do Brasil. A reunião foi realizada na Coréia, país tido por muitos (inclusive fora do Brasil) como o mais avançado do mundo no desenvolvimento de ferramentas deste tipo, e onde boa parte das indústrias automobilísticas instaladas no Brasil constrói suas ferramentas. Foram analisadas as técnicas e procedimentos empregados nestes 4 países, incluindo a estrutura organizacional dos departamentos de projeto e construção das ferramentas, bem como o qualidade e consistência dos resultados obtidos. Balanço final: Os procedimentos usados e resultados obtidos no Brasil foram considerados os melhores do planeta, e serão adotados como padrão pelas outras unidades internacionais da empresa 8-] .

Este é um cliente que eu acompanho há pelo menos 12 anos, fazendo visitas periódicas de treinamento e para tirar dúvidas (passo pelo menos um dia inteiro por mês no CT de São Caetano), acompanhei todo o desenvolvimento feito pelo pessoal daqui e sei exatamente qual a base do sucesso deles: Eles não pararam de desenvolver e construir ferramentas em nenhum momento destes 12 anos, fosse nos momentos de bonança ou de crise, e todos os engenheiros e projetistas deles tem no mínimo 15 (geralmente bem mais) anos de experiência ininterrupta no setor. E foram incorporando os avanços mais recentes (inclusive o software de simulação de estampagem que distribuímos) aos poucos, a cada passo acompanhando os resultados e calibrando os procedimentos. Tudo feito aqui por brasileiros, sem nenhum americano, alemão ou outro estrangeiro qualquer para atrapalhar.

Ou seja, se feita como deve ser a coisa funciona sim e muito bem aqui mesmo no Brasil. Mas o pessoal leigo (inclusive governo e empresários) ao primeiro sinalzinho de dificuldades grita logo: " pára tudo e vamos correndo comprar lá fora, que os gringos é que são bons!"

Tão tá então, vamos ser um país de jecas-tatu de I-phone e morrer de felicidade com isso :? .


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Esta empresa certamente não tem clientes no setor público, não fica dependendo dos empenhos de verbas públicas para iniciar alguma coisa, não tem que parar porque faltou verba etc. Então ela pode manter a sua tecnologia em contínua evolução. Agora o programa das corvetas é público e vai repetir o que aconteceu com os outros programas.

certamente é muito bem gerida




Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#14460 Mensagem por JL » Qua Jan 11, 2017 5:48 pm





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