henriquejr escreveu:FCarvalho escreveu:Os militares, via de regra geral, procuram seguir o que está escrito na END, mesmo que ninguém no Planalto dê a mínima para isso. Obviamente que sempre que possível a BID irá ser privilegiada nos negócios da defesa. A saber qual o aspecto prevalecerá neste negócio. Se o operacional ou se o doutrinal. Com a Avex priorizando a asa fixa, eu tendo a duvidar em uma compra direta por aqora de qualquer helo de ataque. Simplesmente não há e não haverá verba para isso. Já no caso do apoio a um projeto conjunto entre Brasil e Itália, gerador de novas tecnologias, empregos e renda aqui, bem, aí a coisa já entra na seara política. E é aí que os italianos tem de entrar.
A Helibrás sabe muito bem como fazer isso. Os americanos também, só que com menos paixão.
abs.
Concordaria plenamente com vosso comentário, se acreditasse que o EB adquirisse uma quantidade de AH que compensasse uma participação no desenvolvimento de um novo modelo, ou até mesmo a produção sob licença no Brasil. Basta ver o histórico de aquisição de helicóptero feito pelas forças armadas nos últimos anos. Todos eles foram aquisições de prateleira, excerto o EC-725, que foi um programa do MD, envolvendo aquisições para as três FAs, e assim criando uma demanda suficiente para uma montagem em instalações já existentes, da Helibras.
Investir milhões só para participar de um programa de desenvolvimento, e posteriormente adquirir algumas poucas dezenas (sendo otimista), a preço de ouro, não acredito que seja viável. Ao contrário do EC-725, que tem versão civil, inclusive operando no Brasil, o AH é um equipamento muito específico, até mesmo para nossas FAs.
A idéia do helo de ataque no EB, ao menos o que está descrito na ultima versão do PEEx, salvo engano, é que seriam adquiridos, inicialmente, 36 undes entre 2016 e 2019, não sendo especificado o modelo de aquisição. Entretanto, este planejamento deverá ser alterado na próxima revisão, para o quadriênio 2020 a 2023. Agora o problema ($) é a asa fixa.
Acredito que neste próximo período deverá buscar-se tal propósito em melhores condições que as atuais, que por óbvio, são severas e desvantajosas demais para nós. Neste sentido, a proposta italiana pode ganhar fôlego se conseguir contar com a ajuda certa e necessária aqui.
Embora o EB nesta fase de seu planejamento estratégico não apresente nenhuma indicação de expansão das organização/estrutura da Avex, é sabido que ao menos no TO amazônico é esperado que se possa implementar mais um BaVex em Belém, a fim de apoiar o CMN. Isso poderá ser conseguido no curto/médio prazo com a transferência do 1o ou do 2o Bavex em Taubaté para lá. Há propostas em estudo neste momento. Da mesma forma existe a ideia de um Bavex no sul do país. Mas os recursos são escassos e há pouca ou nenhuma flexibilidade em relação a novos investimentos com relação à novas encomendas de H225M, com os BH sendo o objeto de desejo de 11 entre 10 aviadores verde-oliva.
No caso presente, estas 36 undes iniciais serviriam para cobrir os atuais 4 Bavex que temos com, digamos, 9 helos cada. Com relação ao longo prazo, sabe-se que o planejamento é cobrir todos os comandos de área com ao menos um Bavex, ou seja, 8 Bavex, que teriam o apoio orgânico de pelo menos 9 helos de ataque, se mantida aquela proposição inicial. Isto nos dá no longo prazo uma demanda potencial para, no mínimo, 72 undes, somente para a Avex.
Por hora, diga-se, e é importante saber, este projeto visa atender também o exercito italiano, que tem pouco mais de 60 AH-129 para serem substituídos. Então, mesmo que encomendemos apenas 36 agora, serão na verdade 96 undes ou mais a serem encomendadas, posto que, espera-se que a encomenda seja conjunta, tanto quanto o projeto e desenvolvimento do helo em si.
Já dá para pensar em uma linha de produção aqui sim.
abs.