O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9121 Mensagem por Bolovo » Qui Out 06, 2016 12:11 am

gabriel219 escreveu:Pantsir com guiagem por laser? De onde tiraram essa?

Teria que reprojetar a guiagem dos mísseis 57E6, que são guiados por comandos de rádio.
Como demonstrado no slide da proposta russa ao Brasil.

http://www.alide.com.br/joomla/images/notas/AARussa/Pantsir/Pantsir04.jpg

http://www.alide.com.br/joomla/componen ... a-o-brasil




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9122 Mensagem por Energys » Qui Out 06, 2016 12:19 am

gabriel219 escreveu:Citei 3 exemplos, um era acompanhando tropas, outro quando precisasse se mover ou estar espalhado pelo campo e outro estar fixo em um alvo estratégico. Leu essa parte?
Estou dizendo, você não lê o que você mesmo escreve.

No post abaixo você apenas escreve sobre movimento em campo de batalha e é neste ponto que eu comentei sobre o ROB (ROC) nada dizer.

viewtopic.php?f=3&t=14171&start=9090#p5467389
gabriel219 escreveu:E o que se refere a bateria completa? Mesmo que o MCC necessite de menos tempo para ser posto em combate, ele não tem capacidade para disparar em movimento, o que é um erro num sistema que necessita se mover constantemente, já que o mesmo não poderá enfrentar aeronaves que a estejam atacando e nem poderá proteger sistemas móveis, a não ser que fique estático no campo de batalha e quando precisar se mover, abrirá um leque de tempo para que seja um alvo.

Se este sistema tivesse 50 km de alcance, tudo bem, mas para um sistema no limite de curto alcance, que não tem capacidade para disparar em movimento e só pode guiar 2 mísseis por vez numa faixa de 7º? Há sistemas de médio alcance que nem estão no foco anti-PGM ou anti-saturação que possuem uma faixa bem maior que isso.
E é sim uma desvantagem para um sistema do tipo. Só um helicóptero (já estão desenvolvendo mísseis com maior alcance que 20 km para helis, como o Hermes) que seria alvo do Bamse, pois qualquer caça hoje em dia, com bombas ou míssil anti-radiação ataca o Bamse sem dificuldades.
Só se o sistema antiaéreo não atacar o vetor antes, o que aliás, antes da suas teorias, era essa a função dele. E não é exclusividade do BAMSE ser passível de sofrer ataque de longo alcance.
Ninguém ta discutindo ROB, estamos discutindo as capacidades do Bamse, ou a falta delas.
Você pode discutir até o sexo dos anjos, quem delimita quem participa ou não da concorrência é o ROB (ROC).
O Bamse é um sistema de curto alcance (não sei como um sistema desse tipo é de médio alcance), não pode disparar em movimento, tem um capacidade anti-saturação extremamente limitada e pode guiar poucos mísseis por vez. Me diz como isso pode ser bom para nós? Ele tem características de sistemas de médio e longo alcance, mas com mísseis de curto alcance.
O BAMSE é curto alcance tendo seu alcance e altitude iguais, por exemplo, ao Pantisyr? Como o míssil pode ter características de médio e longo alcance e ser de curto alcance? De onde você tira essas teorias estapafúrdias? Quem disse que precisa disparar em movimento para cumprir a missão designada ao sistema de média altura pelos requisitos elaborados pelas 3 Forças ou quer contestá-los também?

Att.




Editado pela última vez por Energys em Qui Out 06, 2016 12:25 am, em um total de 1 vez.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9123 Mensagem por gabriel219 » Qui Out 06, 2016 12:21 am

Muito estranho mudarem o guiamento do míssil. Creio ser um complemento e não uma substituição.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9124 Mensagem por gabriel219 » Qui Out 06, 2016 12:33 am

Energys escreveu:Estou dizendo, você não lê o que você mesmo escreve.

No post abaixo você apenas escreve sobre movimento em campo de batalha e é neste ponto que eu comentei sobre o ROB (ROC) nada dizer.

viewtopic.php?f=3&t=14171&start=9090#p5467389
NINGUÉM está falando de ROB, estamos falando da confiabilidade do Bamse. Volte páginas atrás e verá isso.
Energys escreveu:Só se o sistema antiaéreo não atacar o vetor antes, o que aliás, antes da suas teorias, era essa a função dele.

O Bamse não deve enfrentar os vetores, não tem capacidade e nem alcance para isso. O problema está na limitada capacidade de enfrentar os armamentos dos vetores em caso de SEAD, que geralmente é feito com saturação. Um sistema que, com sua bateria completa, intercepta apenas 8 alvos por vez não tem capacidade de se proteger, quanto mais proteger a área.

Se a função dele é atacar os vetores, então ele é pior do que eu pensava!
Energys escreveu:Você pode discutir até o sexo dos anjos, quem delimita quem participa ou não da concorrência é o ROB (ROC).
???
Chegou a ler as páginas anteriores? Todos estão falando da capacidade do Bamse e o ROB não foi feito para o Bamse, tanto que nem escolheram o mesmo. Citamos vários outros sistemas, de SPYDER até Crotale.
Energys escreveu:O BAMSE é curto alcance tendo seu alcance e altitude iguais, por exemplo, ao Pantisyr? Como o míssil pode ter características de médio e longo alcance e ser de curto alcance? De onde você tira essas teorias estapafúrdias? Quem disse que precisa disparar em movimento para cumprir a missão designada ao sistema de média altura pelos requisitos elaborados pelas 3 Forças ou quer contestá-los também?

Att.
O Pantsir também é um sistema de curto alcance, na minha opinião. Não tem capacidade de enfrentar vetores, a não ser por burrice de quem pilota determinada aeronave ou alguma tática elaborada de emboscada antiaérea.

Ninguém falou de míssil, isso é um sinal que não presta a devida atenção. Falei que o SISTEMA tem características de médio e longo alcance, sendo elas: não dispara em movimento (pois não precisam, para sua proteção são usados viaturas como Pantsir ou TOR, Bamse não faz isso), possui uma faixa azimutal de guiagem de mísseis pequena (já que enfrenta vetores e vetores sempre voam juntos e não separados, pois podem ser pegos por outras aeronaves), possui capacidade de combate fixa (precisa se fixar no solo, depois de um tempo para ficar pronto pro combate) e guia poucos mísseis por vez.

Se o Bamse tivesse um alcance perto de 40 km ou mais que isso (isso para nossa região é o suficiente) tudo bem, mas para um sistema que mal pode enfrentar seus vetores e nem se proteger?

Eu não falei que só porque não dispara em movimento não serve, presta atenção. Parece que não sabe ler.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9125 Mensagem por Luís Henrique » Qui Out 06, 2016 12:41 am

gabriel219 escreveu:
Luís Henrique escreveu:Pelo que encontrei na Internet e li, ele eh monocanal mas possui 2 computadores.
Portanto consegue GUIAR 2 mísseis simultaneamente.
Mas eh necessário que estejam em voo próximo. Os tais 7 graus de diferença.
Se é esperado que esteja em voo próximo isso vai ser a coisa mais rara do campo de batalha, ainda mais em um cenário com armas PGM que mudam de trajetória. Um simples ataque de 2 mísseis, sendo um de cruzeiro e outro anti-radiação, sendo o ultimo indo direto ao alvo, é só o outro ir pelo outro lado.

7º de faixa pra um sistema de curto alcance é horrível, é quase um MANPAD com alcance estendido e radar. O pantsir mesmo
Luís Henrique escreveu:Isso não eh de todo ruim, CONSIDERANDO que eh um sistema de CURTO/MÉDIO alcance, quando for necessário disparar 2 mísseis simultaneamente eh evidente que os 2 alvos estarão vindo da mesma direção.

Diferente de um sistema de maior alcance.

No caso do bamse, caso existam outras ameaças vindo de outras direções, elas serão engajadas por outra MCC.

Vocês estão se esquecendo que estamos falando de sistemas com alcance de 20 km ou menos.
E que a missão no Brasil seria proteger instalações fixas estratégicas.
O Bamse, falando de uma bateria inteira, só pode engajar 8 alvos por vez. Isso é a quantidade de bombas GBU-39 que apenas UM F-16 pode levar, se for Su-30MK2 piora. Essa bateria tem a mesma capacidade (talvez com a eficiência menor) que 2 viaturas Pantsir. Para o seu alcance é um sistema MUITO limitado.

Não é nem perto de médio alcance. Médio alcance são sistemas com 35 km de alcance no mínimo, que podem enfrentar aeronaves. Hoje qualquer aeronave pode atingir alvos há 25 km de alcance, fora do leque do Pantsir e do Bamse, então não são de médio alcance.
Luís Henrique escreveu:Ninguém vai colocar um MCC do bamse exatamente aonde está a estrutura a ser protegida e precisar que ele dispare vários mísseis, 1para cada direção...

Será avaliado qual a ameaça. De que lugar ela vem. Se vier do mar, forma-se tipo um arco a frente da instalação estratégica.

Se o alvo tiver a proteção de uma ÚNICA bateria de bamse, ele poderá ter até 6 MCC.

JÁ que a missão eh proteger um alvo estratégico e não a cidade inteira, cada MCC ficaria relativamente próximo um do outro.

Um ataque de saturação seria enfrentado pela bateria inteira. Que em pouco mais de 20 segundos poderia disparar 36 mísseis.

Eh claro que neste quesito o pantsir eh melhor.
Mas o bamse não eh medíocre como alguns entendem
E acha que o inimigo não saberá disso também? Uma bateria do Bamse NÃO tem nenhuma capacidade de enfrentar alvos de saturação. Pode até disparar 36 mísseis, mas só vai guiar apenas 12 deles, com um radar extra talvez 16 com sorte.

Vai disparar 36 mísseis e torcer para que acertem? Pois se errar, precisará de 4 minutos para rearmar. Se o ataque vier de frente, contando o fraquíssimo alcance azimutal do Bamse em guiar mísseis, 7º, qualquer ataque vindo de 90º já era. Se todos os sistemas cobrir a frente, vão apenas cobrir 42º. Só poderão cobrir apenas 42º, os outros 318º ficaram livres. Irão precisar se sistemas VSHORAD para complementar (muitos, talvez 2 baterias ou mais) para evitar isso.

Espalha-las por alguns km do alvo a ser protegido é pior ainda, pois cada uma só poderá interceptar 2 alvos num leque de 7º, cada sistema fica 15 km separados um do outro (segundo a própria SAAB), se forem ajudar outro sistema a se salvar, ficarão vulneráveis. Atingir apenas um nessa formação, abre um espaço de 5 km onde ficarão livres para penetrar a formação e atingir o valor estratégico ou até fazer SEAD pelos flancos ou retaguardas do sistema.

Se ficarem próximos um do outro, vão ficar vulneráveis a qualquer armamento que tenha 25 km de alcance. Até artilharia solo-solo! Um ataque com 20 mísseis ou bombas e já era todo o sistema. Para enfrentar Pantsir ou TOR precisaram de muito mais esforço.

Tudo bem, se protegidos por sistemas de alcance maior aumentam sua proteção, porém não terão capacidade de defender estes sistemas como o TOR e o Pantsir fazem.

Gabriel, você está confundindo sobre o 7 graus.

O BAMSE pode disparar contra qualquer alvo a 360 graus. Para qualquer lado.
O que não pode é guiar 2 mísseis SIMULTANEAMENTE em direções opostas.
Simplesmente porque o radar de controle de fogo deverá estar DIRECIONADO para 1 direção.
Por isso, ele possui capacidade para disparar 2 mísseis simultaneamente mas com diferença de 7 graus entre o 1º e 2º míssil.

O colega Energys fez a matemática.
Em 15 km de distância, esse 7 graus significa que o BAMSE pode disparar 2 mísseis simultaneamente, e guia-los até a destruição de 2 alvos distintos e separados por quase 2.000 m de distância um do outro.

O Pantsir também tem limitação de angulo para guiar simultaneamente 2 ou 3 mísseis.
Não consegue disparar 4 mísseis simultaneamente, 1 para cada lado.

E para guiar o 4º míssil depende do sistema eletro-ótico.
Pelo radar consegue guiar apenas 3.

Até 2012, as primeiras versões do Pantsir conseguia guiar apenas 2 mísseis simultaneamente, exatamente como o BAMSE.
1 míssil guiado pelo radar e 1 pelo sistema eletro-ótico.
A partir de 2012, evoluíram o sistema para acompanhar 3 mísseis pelo radar e mais 1 pelo sistema eletro-ótico.

Por isso que eu digo que essa vantagem, pode ser igualada em uma nova versão do BAMSE.

Mas mesmo na versão atual, o BAMSE também possui suas vantagens.
Em um próximo post vou deixar mais claro essas vantagens...




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9126 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Qui Out 06, 2016 1:42 am

Não vejo que vantagem o BAMSE pode apresentar, alem de ser um sistema com menos de 20 toneladas e ser sueco, o que vale dizer "limpinho e cheiroso"...




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9127 Mensagem por Bolovo » Qui Out 06, 2016 2:51 am

Luís Henrique escreveu:O Pantsir também tem limitação de angulo para guiar simultaneamente 2 ou 3 mísseis.
Não consegue disparar 4 mísseis simultaneamente, 1 para cada lado.

E para guiar o 4º míssil depende do sistema eletro-ótico.
Pelo radar consegue guiar apenas 3.
Então você está contestando uma informação dada pelos russos aos brasileiros.

"Simultaneous firing against 4 targets from different directions"

Está escrito exatamente assim na página 54 na apresentação salva pelo Roberto Caiafa no issuu.

Você mesmo pode conferir: https://issuu.com/robertovaladarescaiaf ... esentation

Bamse é lixo!




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9128 Mensagem por Penguin » Qui Out 06, 2016 6:42 am

Bolovo escreveu:
Luís Henrique escreveu:O Pantsir também tem limitação de angulo para guiar simultaneamente 2 ou 3 mísseis.
Não consegue disparar 4 mísseis simultaneamente, 1 para cada lado.

E para guiar o 4º míssil depende do sistema eletro-ótico.
Pelo radar consegue guiar apenas 3.
Então você está contestando uma informação dada pelos russos aos brasileiros.

"Simultaneous firing against 4 targets from different directions"

Está escrito exatamente assim na página 54 na apresentação salva pelo Roberto Caiafa no issuu.

Você mesmo pode conferir: https://issuu.com/robertovaladarescaiaf ... esentation

Bamse é lixo!
Essa info sobre o Pantsir está incompleta. Não eh informada as restrições. Mas isso eh normal em folhetos....

Se PP está errado, o Pantsir deve utilizar um radar milimétrico para guiar o míssil, possivelmente na banda Ku. E esse não consegue emitir feixes de guiagem, que são muito estreitos, em qq direção. Pode emitir em diferentes direções, o que é diferente de qualquer direção, mas não explica as restrições.

Aliás, na matéria do Ilya sobre o Pantsir é dito que...
Os mísseis podem ser disparados com intervalos de 4 segundos entre si
http://portaldefesa.com/3390-pantsyr-s-1-para-o-brasil/




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9129 Mensagem por Penguin » Qui Out 06, 2016 11:10 am

Imagem

O Radar 2 (banda Ku, milimétrico) guia o míssil.
Logo, ele poderá guiar outro míssil dentro de um cone no qual poderá emitir alternadamente o feixe que guiará o outro míssil. Digo alternadamente, pois o radar não é AESA e não emite simultaneamente.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9130 Mensagem por Luís Henrique » Qui Out 06, 2016 11:31 am

Bolovo escreveu:Eu tenho certeza que se a SAAB apresenta-lo por aqui como "Bamse NG" ganharão a venda.
É bem provável que ofereçam uma versão NG.

O PANTSIR evoluiu. Tinha 8 mísseis, passou para 12.
Tinha alcance máximo de 15 km, aumentou para 20.
Tinha altitude máxima de 12 km, aumentou para 15.
Possuía capacidade para guiar 2 mísseis simultaneamente, 1 por radar e 1 por sistema eletro-ótico, aumentou para 4 (3 com radar e 1 com sistema eletro-ótico).

O RBS 23 BAMSE também pode evoluir.
Quem sabe não oferecem um, com alcance estendido, 12 mísseis em vez de 6 e multi-canal.
:wink:




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9131 Mensagem por Luís Henrique » Qui Out 06, 2016 11:33 am

Ilya Ehrenburg escreveu:Não vejo que vantagem o BAMSE pode apresentar, alem de ser um sistema com menos de 20 toneladas e ser sueco, o que vale dizer "limpinho e cheiroso"...
Tem sim. Vou colocar em seguida.
Resultado de horas de pesquisas...




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9132 Mensagem por Luís Henrique » Qui Out 06, 2016 11:49 am

Como prometido, gostaria de compartilhar algumas vantagens do sistema RBS 23 BAMSE, que encontrei em minhas pesquisas.
Também aproveitar para esclarecer algumas críticas

Primeiramente, vamos esclarecer a MISSÃO

MISSÃO: ACOMPANHAR COLUNAS DE BLINDADOS

O PANTSIR é evidentemente mais adequado do que o RBS 23 BAMSE nesta missão.
Dispara em movimento e possui segunda camada de defesa, os canhões. Que também possuem capacidade para engajar alvos terrestres, como blindados.

O RBS 23 BAMSE também pode ser operado de forma autônoma, sem necessitar de um Posto de Comando. A MCC possui capacidade para detectar, rastrear e disparar seus mísseis contra 2 alvos simultaneamente, SEM necessitar de ajuda externa. Também pode disparar seus mísseis contra blindados. Porém para ESTA MISSÃO fica devendo, pois não possui capacidade de disparar em movimento, além de não contar com os canhões.
Teria que operar em um sistema de rodízio, 1 MCC parado pronto para combate e 1 MCC em movimento para se posicionar mais à frente. Ou contar com cobertura radar externa, e acompanhar os blindados normalmente, só estacionar e se preparar para combate caso a fonte externa acuse um inimigo potencial se aproximando.

Como única vantagem é aerotransportável em KC-390 / C-130. Uma força blindada pode ser exigida em um local distante, por exemplo, os blindados Guarani. E o RBS 23 BAMSE pode chegar JUNTO com os blindados. Todos aerotransportados por aeronaves KC-390.

MISSÃO: PROTEGER INSTALAÇÕES ESTRATÉGICAS FIXAS

1) TEMPO PARA ENTRAR EM COMBATE:

Tanto o RBS 23 BAMSE como o PANTSIR levam MENOS de 10 minutos para entrarem em formação de combate. Ou seja, o blindado Posto de Comando e todos os blindados com mísseis se posicionam. O radar do Posto de Comando é erguido e começa a realizar a cobertura da área a ser defendida. Os blindados ‘porta-mísseis’ também acionam seus sensores e ficam de prontidão de combate. Tudo isso em menos de 10 minutos.

Ninguém leva vantagem neste quesito. EMPATE.

Alguns estão fazendo uma comparação ABSURDA. De um lado colocam o tempo de MENOS de 10 minutos para uma bateria COMPLETA de BAMSE se preparar e do outro dizem que o PANTSIR pode disparar em segundos. Estão equivocados.

As 2 Baterias COMPLETAS entram em formação de combate com praticamente O MESMO TEMPO.

Vejam o que está escrito no site da SAAB:
Short deployment time; a COMPLETE battery is combat-ready in less than 10 min.

E o que diz a recente matéria de Pedro Paulo Rezende sobre o PANTSIR:
O Sistema PANTSIR S1

O PANTSIR S1, não tem equivalente no mercado ocidental. Ele pode ser disparado em movimento enquanto protege colunas em deslocamento. Neste modo, as viaturas empregam seus radares de gestão de tiro, com alcance superior a 30 km, para detectar possíveis ameaças. Em posição defensiva, a bateria pode ser instalada em terreno em menos de dez minutos.

Os lançadores são controlados remotamente por uma unidade de tiro alimentada por dois radares de aquisição com alcance superior a 80 km. O sistema é capaz de acompanhar 40 alvos e cada lançador pode adquirir e acoplar quatro alvos por vez.
CONCLUSÃO: EMPATE

2) CAPACIDADE DO POSTO DE COMANDO

Antes de analisar qual sistema dispara mais mísseis, qual míssil tem maior alcance, o PRINCIPAL é primeiramente DETECTAR a ameaça, para DEPOIS poder disparar e destruí-la.

O sistema de comando do PANTSIR possui 2 radares com mais de 80 km de alcance e capacidade para acompanhar 40 alvos.

O sistema de comando do RBS 23 BAMSE possui alcance de 120 km e capacidade para acompanhar 150 alvos e ainda receber + 80 alvos de outras fontes, como por exemplo, uma aeronave AEW.

CONCLUSÃO: Vitória do RBS 23 BAMSE, pois provavelmente detectará os alvos antes e toda a bateria terá maior tempo para se preparar adequadamente.

3) CAPACIDADE DO MÍSSIL (ALCANCE E ALTITUDE)

Ambos os sistemas divulgam 20 km de alcance e 15 km de altitude.

Mas existe uma diferença muito interessante:

O PANTSIR utiliza um míssil com 2 estágios, porém o segundo estágio NÃO É PROPULSADO.
No primeiro estágio, o booster acelera por cerca de 2 segundos o que leva o míssil a velocidade de 1.300 m/s. Em seguida o booster é desacoplado e o segundo estágio do míssil sustenta a velocidade apenas cineticamente.

Caso não seja necessário realizar manobras bruscas, o segundo estágio consegue atingir 12 km com a velocidade de 900 m/s e 18 km com velocidade de 700 m/s.

A velocidade MÉDIA do segundo estágio é de 600 m/s.

Caso necessite realizar manobras o míssil perde energia rapidamente.
Portanto os tais 20 km de alcance só é realmente efetivo contra alvos pouco manobráveis. Para alvos altamente manobráveis o alcance efetivo cai bastante.


O RBS 23 BAMSE utiliza um míssil com 2 estágios também, com a diferença que os dois estágio SÃO PROPULSADOS. Após alguns segundo o booster é desacoplado. Em seguida um outro motor é acionado.

A SAAB divulga em seu site que o míssil mantém altíssima velocidade e excelente capacidade de manobra até o LIMITE do seus parâmetros de voo. Ou seja, até 20 km de alcance e até 15 km de altitude. Graças ao segundo estágio PROPULSADO.

Quando analisamos os pesos, entendemos melhor essas sutis diferenças.
O míssil do PANTSIR pesa 65 kg, sendo que 20 kg se refere à cabeça de guerra. Portanto sobra 45 kg para o resto do míssil.
O míssil do RBS 23 BAMSE pesa 85 kg, sendo que o peso da cabeça de guerra é informação classificada, mas é criticada como sendo equivalente a 3 kg. Se realmente for 3 kg, são 82 kg para o restante do míssil. Quase o dobro em relação ao míssil do PANTSIR.

CONCLUSÃO: BAMSE melhor.

4) CAPACIDADE DO MÍSSIL (VELOCIDADE, TEMPO DE VÔO)

O míssil do Pantsir demora 2 segundos para atingir 1.300 m/s. Em seguida o booster é desacoplado e o míssil sustenta velocidade cineticamente. Vai perdendo velocidade. Com 12 km a velocidade cai para 900 m/s e 18 km cai para 700 m/s. Caso seja necessário manobras, a velocidade cai muito mais.

O míssil do BAMSE atinge 1.000 m/s em MENOS de 1 segundo. O booster continua por mais alguns segundos. Depois um segundo estágio é acionado e o míssil continua sendo impulsionado por motor. Portanto consegue manter altíssima velocidade até o limite de alcance e também manter ótima manobrabilidade.

Isto confere ao BAMSE um tempo mais curto de voo, até atingir o alvo.

CONCLUSÃO: BAMSE melhor.

4) CAPACIDADE CONTRA ATAQUES DE SATURAÇÃO

Indo direto ao ponto. Cada ‘porta-mísseis’ do PANTSIR pode guiar 4 mísseis simultaneamente, com uma ressalva, 3 são guiados pelo radar e 1 pelo sistema eletro-ótico. Enquanto que cada ‘porta-mísseis’ do RBS 23 BAMSE pode guiar 2 mísseis simultaneamente, ambos guiados pelo radar.

Mas, não é só isso que conta. Existem outros fatores que devem ser analisados:

- O sistema de alerta antecipado do BAMSE é melhor, possui maior alcance e pode acompanhar um maior número de alvos. Isso lhe dá vantagem para enfrentar ataques de saturação também, pois os ‘porta-mísseis’ possuem maior tempo para se posicionarem. O que pode significar em maior número de ‘porta-mísseis’ disponíveis na área ameaçada.

- O míssil do BAMSE possui segundo estágio propulsado que lhe confere maior capacidade de manobra até o limite do alcance. Ou seja, seu alcance EFETIVO é superior ao do PANTSIR. Isto pode significar que com o BAMSE você pode disparar a primeira salva ANTES.

- O míssil do BAMSE atinge Mach 3 mais rápido que o míssil do PANTSIR. E devido ao segundo estágio propulsado, mantém a alta velocidade durante todo o percurso, enquanto que o PANTSIR perde mais velocidade. Ou seja, o BAMSE leva MENOS SEGUNDOS para destruir o alvo. Isto pode significar que a SEGUNDA salva estará disponível ANTES em relação ao Pantsir.


CONCLUSÃO: a primeira vista o Pantsir leva vantagem, pois dispara 4 mísseis contra 2 do BAMSE. Porém, levando em conta que o posto de comando do BAMSE é melhor e isto pode significar MAIS MCC disponíveis, levando em conta que o alcance efetivo do míssil do BAMSE é maior, que pode significar em disparar PRIMEIRO, e levando em conta que a duração de voo do míssil do BAMSE é MENOR, que pode significar que uma segunda salva de 2 mísseis será disparada antes da segunda salva do Pantsir, acaba não ficando tão evidente a vantagem do Pantsir neste quesito.

Eu colocaria o Pantsir um pouco à frente neste quesito por possuir mais mísseis (12) contra (6 do BAMSE) e também por possuir os canhões como último recurso. Mas acho extremamente exagerado falar que o BAMSE não presta neste quesito.
Muito pelo contrário, uma bateria completa poderia disparar 36 mísseis em pouco mais de 20 segundos. Acho uma tremenda capacidade contra um ataque de saturação.

CONCLUSÃO FINAL:

Para acompanhar colunas de blindados, não tem o que discutir. O PANTSIR leva ampla vantagem.

Para a missão que o BRASIL prentede utilizar, os 2 sistemas são equivalentes. Ambos possuem vantagens e desvantagens.
O BAMSE ainda possui a vantagem de ser aerotrasnportado por kC-390 e poder realizar a proteção de OUTRA instalação estratégica, conforme a necessidade. O Pantsir leva mais mísseis e possui os canhões.
Eu ficaria muito feliz com qualquer um. Tomaria minha decisão pelo que oferecesse o maior grau de independência, acesso às tecnologias e o que custasse MAIS BARATO.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9133 Mensagem por Ziba » Qui Out 06, 2016 12:54 pm

Também não vejo. Bamse já pode ser montado em blindados? atira enquanto se move? pode ser utilizado como apoio para as troas em terra como os Shilka, Tunguska e Pantsir.




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Energys
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9134 Mensagem por Energys » Qui Out 06, 2016 1:40 pm

Um post bastante interessante, Luís Henrique. Parabéns pela pesquisa.

Sobre a questão de acompanhamento de colunas/tropas em deslocamento, você foi irretocável. O Pantsyr foi desenvolvido para isso e nisso é especializado. Por outro lado, e você também muito bem lembrou (e eu cansei de dizer), não é essa a missão designada via ROB/ROC elaborado em sua última versão.

Gostaria de destacar abaixo o que você escreveu. Comento em seguida.
Luís Henrique escreveu:Eu colocaria o Pantsir um pouco à frente neste quesito por possuir mais mísseis (12) contra (6 do BAMSE) e também por possuir os canhões como último recurso.
Há que se levar em conta a facilidade de recarga do sistema. Como é de seu conhecimento, uma recarga completa ou parcial de Pantsyr exige equipamentos especializados e leva algum tempo, ao contrário do BAMSE que recarga manualmente, de maneira muito simples e relativamente rápida. Pode não parecer relevante, mas isso faz também grande diferença no aprestamento operacional do meio.

Lembro (não você, mas à outros que talvez não saibam) que o atual ROB/ROC foi alterado para "abrigar" o Pantsyr, uma vez que este foi um sistema sugerido via Presidência da República no governo anterior. Dado as mudanças recentes de ordem política, há que se questionar se este sistema manterá o mesmo protagonismo que teve anteriormente. Tendo a crer que não. [005]

Att.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#9135 Mensagem por Bolovo » Qui Out 06, 2016 4:01 pm

Penguin escreveu:
Bolovo escreveu: Então você está contestando uma informação dada pelos russos aos brasileiros.

"Simultaneous firing against 4 targets from different directions"

Está escrito exatamente assim na página 54 na apresentação salva pelo Roberto Caiafa no issuu.

Você mesmo pode conferir: https://issuu.com/robertovaladarescaiaf ... esentation

Bamse é lixo!
Essa info sobre o Pantsir está incompleta. Não eh informada as restrições. Mas isso eh normal em folhetos....

Se PP está errado, o Pantsir deve utilizar um radar milimétrico para guiar o míssil, possivelmente na banda Ku. E esse não consegue emitir feixes de guiagem, que são muito estreitos, em qq direção. Pode emitir em diferentes direções, o que é diferente de qualquer direção, mas não explica as restrições.

Aliás, na matéria do Ilya sobre o Pantsir é dito que...
Os mísseis podem ser disparados com intervalos de 4 segundos entre si
http://portaldefesa.com/3390-pantsyr-s-1-para-o-brasil/
Bem, independente disso, você não conseguiu contestar minha informação. Falou e falou, mas não provou nada. Sinto muito.

O que temos de concreto é que o Pantsir pode, ao menos, guiar dois mísseis em dois alvos diferentes: um pelo radar e outro pelo sistema eletro-óptico.

Coisa que o Bamse não consegue.




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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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