China...

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Re: China...

#586 Mensagem por akivrx78 » Qui Ago 11, 2016 4:48 pm

11 de agosto de 2016
China cancela benefícios sociais de quem frequenta igreja

Um órgão governamental na província central de Guizhou, China, anunciou que vai cancelar a ajuda financeira dos cidadãos que frequentam as atividades da igreja. É a mais nova tentativa de interromper o crescimento do cristianismo no país, segundo a China Aid. No mês passado o alvo foram as crianças.

O “benefício” é uma espécie de ajuda de custo dada pelo governo, especialmente para os mais velhos, já que o sistema de aposentadoria no país é bastante deficiente. Para as famílias mais pobres é uma importante complementação de renda.

Mou, membro da uma igreja doméstica da região, disse: “[As autoridades] Anunciaram que a partir de julho os cristãos não poderiam mais ter os benefícios nem qualquer seguro de velhice… Agora, [o Partido Comunista] pediu ao governo das cidades e aldeias que os crentes se registrem, assinando um compromisso que, se eles se reuniram novamente, o auxilio seria cortado”.

Esse tipo de pressão não é nova e já foi implantada anteriormente. Zhang Shucai, membro de uma das igrejas afetadas revela que seus pais, que são cristãos e já idosos, tiveram seus benefícios cancelados por não terem desistido de continuar frequentando a igrejas.

Ele explica que a maioria dos fiéis que foram punidos pelo governo não sabem como defender seus direitos. O regime chinês é comunista e tudo passa pelo governo. O temor agora é que essa lei passe a valer em todo o país.
Comunistas querem o fim da igreja

Durante décadas a perseguição contra os cristãos não ocorria de forma tão intensa na China, país governado pelo Partido Comunista desde 1949. Na década de 1970, Pequim anunciou que desistiria de tentar erradicar a religião organizada. Mas desde que Xi Jinping passou a ser presidente, tem defendido que “todos os esforços devem ser feitos para incorporar religiões à sociedade socialista”.

Ano passado, ele anunciou que seu Partido, que continua sendo o único oficial, irá restringir a participação de pessoas “viciadas em religião”, numa alusão específica aos cristãos.

Sob sua orientação, centenas de igrejas domésticas foram fechadas, seus líderes interrogados e ameaçados, além da retirada à força de cruzes de mais de 1.800 igrejas. A perseguição contra os cristãos na China cresceu 700% na última década.

A China Aid, missão evangélica que acompanhar a luta pela liberdade religiosa no país mais populoso do mundo, acredita que apesar do agravamento da situação, há esperança. “Vemos com grande esperança o rápido crescimento do movimento de igrejas subterrâneas em toda a China e acreditamos firmemente que o amor e a justiça de Deus acabarão por encher a vasta extensão desta nação”.

Oficialmente, existem hoje cerca de 100 milhões de cristãos no país mais populoso do mundo. Estudiosos acreditam que o número pode ser 3 vezes maior. Ao mesmo tempo, os membros do Partido Comunista Chinês totalizam 86,7 milhões, sendo que a maioria é comunista só de nome.

https://noticias.gospelprime.com.br/chi ... ta-igreja/




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Re: China...

#587 Mensagem por akivrx78 » Qui Ago 11, 2016 4:49 pm

China: Apelo para libertar ativista é um "interferência grosseira"

A China classificou hoje "uma interferência grosseira nos assuntos internos da China e na sua soberania judicial" o apelo de especialistas das Nações Unidas em Direitos Humanos para que Pequim liberte um ativista preso.

Mundo ONU Há 12 Horas POR Lusa

Membros do Alto Comissariado para a defesa dos Direitos Humanos da ONU expressaram a sua preocupação sobre Yang Maodong, cujo estado de saúde se está a deteriorar, depois de ter feito uma greve de fome, e urgiram as autoridades chinesas a libertá-lo.

"A China opõe-se resolutamente a isto", afirmou em comunicado a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Hua Chunying.

Hua considerou que os comentários são irresponsáveis e têm como base informações falsas, apelando a um trabalho objetivo e justo, e ao diálogo construtivo entre todos os países.

"O estado de saúde de Yang é normal e os seus direitos legítimos estão garantidos", sublinhou Hua.

A Amnistia Internacional alertou na semana passada que Pequim mantém 14 ativistas sob custódia da polícia.

Na mesma semana, um tribunal no norte da China julgou quatro ativistas por "subversão do poder do Estado", como parte de uma campanha de Pequim contra advogados dos Direitos Humanos.

Hu Shigen, um dos ativistas, foi condenado a sete anos e meio de prisão, a pena mais pesada.

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/ ... -grosseira




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Re: China...

#588 Mensagem por akivrx78 » Sex Ago 12, 2016 8:07 pm

Tensão com China irrompe em exibição de badminton da Rio 2016 em Hong Kong

Reuters internacional
12. Agosto 2016 - 20:02

Por Venus Wu e Brnda Goh

Ativistas pró-democracia de Hong Kong protestaram com bastante barulho durante a exibição em um telão de um jogo de badminton entre Hong Kong e China na Olimpíada do Rio de Janeiro nesta sexta-feira em Hong Kong, no sinal mais recente das tensões crescentes resultantes do controle de Pequim.

"Destruam a China! Somos Hong Kong!", entoou um grupo de cerca de 100 pessoas enquanto assistia aos chineses Zhang Nan e Zhao Yunlei enfrentarem a dupla de Hong Kong Chau Hoi-wah e Reginald Lee na partida preliminar de duplas mistas.

Foi a primeira vez em que o sentimento anti-China presente em Hong Kong transbordou tão explicitamente para o palco olímpico.

Atletas olímpicos da China continental costumam ser populares no antigo território britânico.

A transmissão ao vivo foi organizada por três grupos, incluindo o Hong Kong Indigenous, que advoga a independência de Hong Kong, território transferido para o governo chinês em 1997.

Ativistas e torcedores se sentaram diante de um telão em Mongkok, bairro comercial movimentado que foi o cenário de alguns dos confrontos mais violentos entre a polícia e manifestantes durante passeatas pró-democracia em 2014.

O clima nesta sexta-feira era tranquilo, e a multidão se dispersou sem incidentes após a partida, vencida pela dupla chinesa.

"O povo de Hong Kong despertou e não pensa mais que é chinês. Isso porque Hong Kong vem sendo cada vez mais oprimido por Pequim", disse o organizador do evento Simon Sin.

No Rio, Chau disse que o esporte não deveria ser politizado. "Somos todos amigos da China... e acho que as pessoas deveriam saber que o esporte não tem a ver com política", afirmou o representante de Hong Kong à Reuters. "Competimos, mas competimos só na quadra".

http://www.swissinfo.ch/por/tens%C3%A3o ... g/42371084




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Re: China...

#589 Mensagem por akivrx78 » Ter Ago 23, 2016 12:26 pm

23/08/16 11:39
Enviado de direitos humanos da ONU acusa autoridades da China de interferência
Por Ben Blanchard

PEQUIM (Reuters) - Um enviado de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) disse nesta terça-feira que o governo da China interferiu com seu trabalho durante uma visita ao país, impedindo acesso a indivíduos que ele tinha esperança de encontrar.

Philip Alston, Relator Especial da ONU para Pobreza Extrema e Direitos Humanos, disse a repórteres ao final de uma visita de nove dias à China que havia notificado o governo com antecedência sobre os acadêmicos com quem queria se encontrar durante sua estadia, uma prática rotineira para um Relator Especial da ONU.

"Nenhum destes encontros foi arranjado e a mensagem que recebi de muitas das pessoas que contatei foi que elas haviam sido aconselhadas a estar de férias na ocasião", disse o australiano Alston, professor de Direito da Escola de Direito da Universidade de Nova York.

O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

"A posição que a Organização das Nações Unidas sempre seguiu, e que eu segui em cada um dos países que já visitei, e foram muitos, é que o relator tem direito de se encontrar com quem quer que deseje encontrar, que tem direito de ir onde quer que deseje ir", afirmou Alston.

Desde que assumiu o cargo mais de três anos atrás, o presidente chinês, Xi Jinping, vem reprimindo a dissidência, refreando a mídia e a sociedade civil e detendo dezenas de ativistas de direitos humanos.

Os grupos de direitos humanos dizem que o governo está tentando silenciar seus críticos e também argumentam que as minorias étnicas do país, especialmente em locais como Tibete, Mongólia Interior e Xinjiang, região do oeste chinês, enfrentam medidas discriminatórias severas.

O governo rejeita de forma rotineira as críticas contra suas políticas para populações minoritárias e nega qualquer abuso de direitos humanos ou de liberdade de expressão, dizendo que está perseguindo os fora da lei.

http://extra.globo.com/noticias/mundo/e ... z4IAZPHREv




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Re: China...

#590 Mensagem por akivrx78 » Ter Ago 23, 2016 12:30 pm

China repatriou um terço dos suspeitos de corrupção mais procurados no estrangeiro
Lusa 23 Ago, 2016, 07:10 | Mundo

Um terço dos cem suspeitos de corrupção mais procurados pela China no estrangeiro foram já repatriados, anunciou esta semana o órgão máximo anticorrupção do Partido Comunista Chinês (PCC).

Em abril de 2015, a secção chinesa da Interpol publicou uma lista com os nomes de cem altos quadros suspeitos que terão fugido para o estrangeiro, com o objetivo de tentar garantir a sua detenção e extradição.

Entre estes, 60 eram suspeitos de corrupção e os restantes acusados de negligência no cumprimento das suas funções e abuso de poder, de acordo com o jornal oficial China Daily.

A lista, que pode ser consultada na página oficial da Comissão Central de Inspeção e Disciplina (http://www.ccdi.gov.cn), o órgão máximo anticorrupção do governo chinês, contém os nomes, fotografias, números de passaporte e presumíveis países onde se refugiaram os altos quadros em fuga.

A maioria assumia cargos locais e provinciais e as autoridades referiram então que muitos optaram por se esconder nos Estados Unidos e Canadá, apesar de também serem identificados presumíveis fugitivos na Nova Zelândia, Reino Unido, França ou Tailândia, entre outros países.

A campanha Skynet foi também criada para travar o uso ilegal de companhias registadas em paraísos fiscais e a transferência de ativos além-fronteiras por bancos ilegais.

De acordo com o órgão máximo anticorrupção do PCC, mais de 380 fugitivos chineses, incluindo 57 funcionários do Governo, foram repatriados a partir de 40 países e regiões, no primeiro semestre de 2016.

No total, as autoridades chinesas recuperaram 1,24 mil milhões de yuan (cerca de 160 milhões de euros), que tinham sido desviados por funcionários corruptos.

O mais mediático alvo da campanha Skynet é o empresário Ling Wancheng, irmão do ex-diretor do Comité Central do PCC e adjunto do antigo presidente Hu Jintao, Ling Jihua, que foi condenado este ano à prisão perpétua.

O paradeiro de Ling Wancheng, 58 anos, está dado como desconhecido desde outubro de 2014, quando se crê que vivia numa moradia nos subúrbios de Sacramento, no estado norte-americano da Califórnia.

http://www.rtp.pt/noticias/mundo/china- ... ro_n942356




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Re: China...

#591 Mensagem por akivrx78 » Ter Ago 30, 2016 4:57 am

impõe férias obrigatórias para ter céus azuis na cúpula do G20

http://cdn1.img.br.sputniknews.com/images/41/71/417118.jpg
29.08.2016

As autoridades chinesas fecharam várias fábricas e impuseram férias obrigatórias aos trabalhadores às vésperas da cúpula do G20 em Hangzhou, no leste do país, a fim de reduzir a poluição e garantir a previsão de céus azuis durante a reunião de líderes.

A administração de Hangzhou, onde o G20 se reunirá nos dias 4 e 5 de setembro, impôs férias às empresas no centro da cidade entre os dias 1º e 7 de setembro, de acordo com um comunicado oficial postado nas redes sociais nesta segunda-feira (29).

As autoridades locais também têm incentivado os cidadãos a deixar a cidade durante suas férias, na esperança de reduzir o congestionamento.

Além do feriado obrigatório, algumas fábricas em um raio de 300 quilômetros de Hangzhou foram obrigadas a fechar as portas por 12 dias a fim de garantir um horizonte livre de nuvens de poluição na recepção aos representantes das 20 maiores economias desenvolvidas e emergentes do mundo, de acordo com sites do governo chinês.

A medida diz respeito às fábricas de produtos químicos, às fábricas de materiais de construção e aos fabricantes de têxteis que se estendem até Xangai e quatro províncias.




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Re: China...

#592 Mensagem por akivrx78 » Qua Ago 31, 2016 2:14 am

Governo chinês declara guerra à promoção do estilo de vida ocidental nos media
30/8/2016, 22:40

O Governo chinês vai colocar restrições à difusão de notícias que reflitam um estilo de vida ocidental e que ponham em causa aqueles que devem ser os valores fundamentais do Estado.
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Este parece ser mais um passo do Presidente chinês, Xi Jinping, para controlar de forma cada vez mais repressiva os media

A malha aperta-se. O Governo chinês vai impor duras restrições à difusão de notícias que promovam o estilo de vida ocidental e que ponham em causa, de alguma forma, os valores defendidos pelo Partido Comunista chinês.

A decisão do Governo chinês mereceu o destaque do International Business Times, que ajuda a perceber como este parece ser mais um passo do Presidente chinês, Xi Jinping, no sentido de controlar de forma cada vez mais repressiva os media daquele país.

De acordo com o regulador para os media chineses, citado pela mesma publicação, as notícias de caráter social ou de entretenimento devem ser fieis à ideologia dominante e transmitir “energia positiva” — um slogan desenvolvido pela máquina de propaganda chinesa para traduzir o conteúdo mediático assente nos valores mais tradicionais.

Segundo as novas orientações aprovadas, os jornais e televisões chinesas devem evitar, entre outras coisas, dar eco a piadas impróprias e evitar expressar “admiração ostensiva pelo estilo de vida ocidental”, endeusar celebridades e milionários estrangeiros.

O Governo chinês tem apostado num controlo rigoroso da Internet, bloqueando o acesso dos seus cidadãos a plataformas como Facebook e o Twitter, sempre sob o argumento de que essa é melhor forma de garantir a estabilidade e a segurança do país. Este parece ser mais um passo nesse sentido.

http://observador.pt/2016/08/30/governo ... nos-media/


Agência reguladora da China irá reprimir notícias que incentivem hábitos ocidentais

Reuters 30 de agosto de 2016

PEQUIM (Reuters) - A China irá reprimir notícias de entretenimento e sociedade que incentivem valores inadequados e "estilos de vida ocidentais", informou a agência reguladora de comunicações do país, na iniciativa mais recente para censurar um ambiente midiático já rigidamente regulado.

O presidente chinês, Xi Jinping, vem demonstrando um ímpeto jamais visto no cerco a veículos de mídia que não refletem as visões dos líderes do Partido Comunista. As autoridades já emitiram regras limitando programas de televisão "de inspiração estrangeira" e adotaram penalidades mais duras contra a disseminação de rumores nas redes sociais.

As notícias sociais e de entretenimento devem ser dominadas pelas ideologias reinantes e pela "energia positiva", relatou a agência estatal de notícias Xinhua no final da segunda-feira, citando a Administração Estatal de Imprensa, Publicações, Rádio, Filme e Televisão (SAPPRFT, na sigla em inglês).

O termo "energia positiva" é uma frase de efeito que vem sendo favorecida pelas autoridades de propaganda e internet da China desde a ascensão de Xi e se refere a conteúdos moralmente edificantes e patrióticos.

As notícias não devem conter piadas impróprias, denegrir clássicos ou "expressar uma admiração excessiva por estilos de vida ocidentais", informou a agência reguladora em uma circular, de acordo com a Xinhua.

"Elas também deveriam evitar colocar astros, bilionários ou celebridades da internet em pedestais", louvar a fama repentina ou supervalorizar brigas familiares, disse a Xinhua.

Nesta semana, a legislatura chinesa também está revisando o rascunho de uma lei que exigiria que funcionários da indústria do cinema mantenham uma "integridade moral" excepcional na esteira de casos recentes nos quais celebridades foram presas por acusações relacionadas a drogas e prostituição, noticiou a Xinhua em outra reportagem.

Xi foi explícito ao indicar que a mídia deve seguir a linha do partido, preservar a diretriz correta na opinião pública e incentivar a "propaganda positiva".

(Por Michael Martina)
https://br.noticias.yahoo.com/ag%C3%AAn ... 30513.html




Editado pela última vez por akivrx78 em Qua Ago 31, 2016 2:21 am, em um total de 1 vez.
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Re: China...

#593 Mensagem por akivrx78 » Qua Ago 31, 2016 2:16 am

Embaixada da China no Quirguistão é alvo de ataque suicida

postado em 30/08/2016 10:50

Agência Estado

Pequim, 30 - Um carro-bomba atingiu a embaixada chinesa no Quirguistão e deixou cinco pessoas feridas, segundo a imprensa estatal. O autor do ataque foi o único morto.

O atentado ocorreu na capital quirguiz, Bishkek, às 9h32 (hora local) da terça-feira, quando o autor lançou o veículo sobre o portão da embaixada, segundo a agência estatal chinesa Xinhua. A explosão, equivalente a 100 quilos de TNT, deixou três funcionários quirguizes e dois guardas feridos, além de danificar o complexo da embaixada e prédios próximos, acrescentou a Xinhua.

Autoridades não disseram quem pode estar por trás do ataque. O Quirguistão tenta identificar o autor por meio de testes de DNA, segundo a agência. O vice-premiê quirguiz, Zhenish Razakov, descreveu o episódio como um ataque suicida, em declarações à imprensa local e à agência russa Interfax.

A China condenou o ataque "extremo e violento" e pediu que as autoridades do Quirguistão que esclareçam o episódio, disse uma porta-voz da chancelaria de Pequim. Os três funcionários da embaixada não tiveram ferimentos graves, segundo a funcionária.

O Quirguistão, que tem fronteira com a região chinesa de Xinjiang, abriga uma população uigur considerável, que representa 1% de seus 5,5 milhões de habitantes. Os uigures são falantes de turco, em sua maioria muçulmanos, e lutam há tempos contra o domínio chinês. Um movimento separatista uigur tem periodicamente atacado a polícia e representantes do governo chinês nas últimas décadas em Xinjiang e a violência em alguns momentos cruzou as fronteiras. Fonte: Dow Jones Newswires.

http://www.em.com.br/app/noticia/intern ... cida.shtml




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Re: China...

#594 Mensagem por akivrx78 » Qua Ago 31, 2016 2:18 am

China só quer notícias com energia positiva
30 de AGOSTO de 2016 - 10:13

As autoridades chinesas responsáveis pela censura anunciaram uma campanha contra notícias de sociedade ou entretenimento que "careçam de energia positiva, valores adequados ou elevados".

Segundo uma circular difundida pela Administração Estatal de Imprensa, Publicações, Rádio, Cinema e Televisão, o conteúdo deste tipo de notícia terá que estar moldado pelas "ideologia principais" e por "energia positiva".

Em concreto, o documento refere-se a notícias que "fazem humor inapropriado com as tradições" ou "expressem abertamente admiração pelo estilo de vida do ocidente".

Também se deverá evitar "glorificar estrelas, milionários ou celebridades da internet", assim como "dar destaque a assuntos da vida privada, intrigas ou egoísmos".

O documento surge numa altura em que Pequim reforça o controlo sobre a comunicação social e restringe algumas formas populares de expressão da opinião pública, como fóruns ?online'.

Várias séries e programas de televisão estrangeiros estão censurados na internet do país e, desde junho passado, programas televisivos com formatos importados devem ser submetidos com dois meses de antecedência para aprovação.

Após ascender ao poder, em 2013, o Presidente chinês, Xi Jinping, advogou que a cultura e a arte se devem subordinar aos "valores socialistas", numa mensagem dirigida às principais figuras das artes e da literatura chinesas.

http://www.tsf.pt/internacional/interio ... 62992.html




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Re: China...

#595 Mensagem por akivrx78 » Ter Set 06, 2016 9:42 am

Ativistas anti-China comemoram vitória em Hong Kong

Jovens ativistas da Revolução dos Guarda-Chuvas conquistam assentos no Parlamento e geram preocupação em Pequim. Observadores veem conquista como "forte mensagem" para o governo chinês.

http://www.dw.com/image/0,,19526399_303,00.html
Líder do Movimento dos Guarda-Chuvas, Nathan Law, de 23 anos, celebra conquista de assento no Parlamento de Hong Kong

Uma nova geração de jovens pró-independência conquistou espaço no Conselho Legislativo (Parlamento) de Hong Kong. Mais de 2 milhões de pessoas foram às urnas nas eleições deste domingo (04/09), que contaram com a participação de novos partidos que exigem maior autonomia em relação a Pequim.

Legendas pró-democracia conseguiram 30 dos 70 assentos – ficando cinco deles nas mãos de jovens ativistas que defendem a separação da antiga colônia britânica da China. A ala conservadora ainda garantiu 40 assentos.

Entre os membros da nova geração que conquistaram um assento no Parlamento está Nathan Law, de 23 anos, um dos líderes do Revolução dos Guarda-Chuvas de 2014. Ele conquistou mais de 50 mil votos e se tornou o membro mais jovem do Parlamento. Seu partido, Demosisto, pede um referendo sobre a independência de Hong Kong da China para que a população expresse sua opinião.

"Acho que as pessoas de Hong Kong querem uma mudança. Os jovens têm um sentimento de urgência em relação ao futuro", disse Law. "Temos de estar unidos para lutar contra o Partido Comunista [Chinês]."

Eddie Chu Hoi-Dick, candidato radical pró-independência que defende o pressuposto da equidade do uso das terras nas zonas rurais de Hong Kong, foi um dos candidatos mais votados, com mais de 84 mil votos.

Law e Hoi-Dick terão a companhia de Yau Wai-ching, do partido recém-formado Youngspiration; de Sixtus "Baggio" Leung, do mesmo partido; e de Cheng Chung-tai, do grupo independentista Civic Passion.

Essa foi a maior votação desde os protestos pró-democracia de 2014. Observadores veem a vitória de grupos pró-independência como uma "forte mensagem para a China". Pequim se opõe a candidatos que apoiam uma separação de Hong Kong da região administrativa especial.

De acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, o Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau da China afirmou que se "opõe resolutamente" a qualquer forma de independência, dizendo que isso violaria a Constituição chinesa.

http://www.dw.com/pt/ativistas-anti-chi ... a-19527803




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Re: China...

#596 Mensagem por akivrx78 » Ter Set 06, 2016 9:56 am

Incidente em chegada de Obama expõe nacionalismo chinês

Lourival Sant’Anna

05 Setembro 2016 | 13h19
http://internacional.estadao.com.br/blogs/lourival-santanna/wp-content/uploads/sites/346/2016/09/16.9.5-Obama-.jpg
Uma controvérsia em torno do desembarque do presidente Barack Obama, no sábado, para a cúpula do G-20, em Hangzhou, serviu para mostrar como andam os ânimos nacionalistas de ambas as partes, principalmente do lado chinês.

Inicialmente, as autoridades chinesas haviam autorizado o uso de uma escada portátil da porta da frente do Air Force One, o avião presidencial americano. Na última hora, informaram que a descida teria de ser feita por uma escada rebocada do aeroporto. Os tripulantes e agentes secretos americanos concordaram. Entretanto, não conseguiram se comunicar com o funcionário chinês que vinha rebocando a escada, e pediram sua substituição por alguém que falasse inglês. Os chineses recusaram.

Obama então desceu pela porta central, por uma pequena escada portátil do avião, fora do tapete vermelho. A mudança causou corre-corre na pista, com funcionários chineses passando na frente dos cinegrafistas e fotógrafos americanos que cobriam a chegada do presidente, para evitar que eles registrassem aquela cena constrangedora.

Um funcionário chinês gritou para um funcionário da Casa Branca: “Este é nosso país, este é nosso aeroporto”. A frase foi gravada por um celular e postada nas redes sociais chinesas, e viralizou na China. O Departamento de Segurança Pública chinês postou a frase em seu perfil no Weibo, equivalente do Twitter, que é bloqueado na China: “Este é nosso país. É, isso é bem China”, com a imagem de Obama descendo pela escada apertada.

A história rendeu uma enxurrada de postagens antiamericanas e nacionalistas dos chineses, enquanto parte da imprensa americana interpretava a falta da escada e do tapete vermelho como um ato de esnobamento de Obama por parte do presidente chinês, Xi Jinping. Não foi o que aconteceu. Mas as reações mostram o grau de nervosismo entre os dois países, que em alguns momentos lembra a guerra fria.

A competição entre os dois países se explicitou com o lançamento, em fevereiro, da Parceria do Transpacífico, liderada pelos Estados Unidos, que inclui as principais economias banhados por esse oceano, com exceção da China. Ao falar dessa iniciativa, Obama declarou, em outubro do ano passado: “Quando mais de 95% de nossos clientes potenciais vivem fora de nossas fronteiras, não podemos deixar países como a China escrever as regras da economia global. Nós devemos escrever essas regras, abrindo novos mercados para produtos americanos enquanto estabelecemos altos padrões para a proteção de trabalhadores e a preservação de nosso ambiente”.

Xi Jinping, de sua parte, tem elevado um pouco o tom nacionalista de seu discurso, e adotado uma política agressiva de projeção do país sobre os mares do Sul e do Leste da China, provocando tensões com aliados dos Estados Unidos, como o Japão, as Filipinas, a Austrália e o Vietnã. Tudo isso e muito mais estavam latentes, na disputa em torno da escada.

http://internacional.estadao.com.br/blo ... mo-chines/




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Re: China...

#597 Mensagem por akivrx78 » Qua Set 14, 2016 9:07 am

Tragédia suscita debate sobre pobreza na China
14 de SETEMBRO de 2016 - 11:10
http://static.globalnoticias.pt/tsf/image.aspx?type=generate&name=original&id=5388592&w=700&t=20160914112200
A China é a segunda maior economia mundial e continua a ser um país em desenvolvimento, mas os especialistas alertam para os grandes desequilíbrios.
Foto: Jason Lee/Reuters

A incidência de pobreza extrema na China voltou esta semana a ser tema de debate por uma mãe ter matado os seus quatro filhos depois de lhe ter sido negado o rendimento mínimo.

A mulher suicidou-se a seguir, ingerindo pesticida. O marido, Li Keying, acabou também por pôr fim à vida, depois de realizado o funeral.

Eram um dos casais mais pobres na aldeia de Agushan, segundo escreveram os jornais, mas foi-lhes negado o subsídio destinado pelo Governo às famílias com rendimentos baixos.

O comité da aldeia justificou a decisão apontando que o seu rendimento anual era superior a 2.300 yuan (307 euros) por pessoa.

Testemunhos de familiares difundidos na imprensa, contudo, garantem que o apoio foi anulado porque o casal rejeitou subornar os funcionários locais.

"Olhem agora para a exuberância que foi o G20", ironizou um internauta no Sina Weibo, o Twitter chinês, aludindo à renovação da cidade de Hangzhou, na costa leste da China, visando receber a cimeira de dois dias.

Os trabalhos demoraram seis meses e envolveram milhares de operários, ilustrando os esforços de Pequim para promover a imagem da China no exterior.

Outro internauta reagiu assim: "Somos uma sociedade brutal, em que as pessoas se comem umas às outras".

Ao jornal Global Times, o especialista em problemas sociais Hu Xingdou disse que o caso "serve para alertar o público e o Governo de que, enquanto alguns gozam de uma boa vida nas cidades, a China continua a ser um país em desenvolvimento, com grandes desequilíbrios".

Xiang Songzuo, economista-chefe no Agricultural Bank of China, considerou na sua conta oficial nas redes sociais que a "situação reflete exatamente a dura realidade da pobreza na China".

"Por um lado, temos funcionários corruptos a desviar centenas de milhões a cada instante e os ricos que gastam aos milhares por dia, competindo para ver quem compra mais, enquanto do outro lado estão os que vivem numa pobreza tão extrema que perdem a vontade de viver", disse.

Yang e Li e os quatro filhos viviam com a avó e o pai de Yang numa pequena casa de tijolo, com chão de terra batida. As suas "mais valiosas possessões eram três vacas e 12 galinhas", segundo o jornal China Youth Daily.

A mulher lavrava a terra, enquanto Li era um dos milhões de rurais chineses que ocorrem às cidades em busca de todo o tipo de trabalho.

Segundo o Global Times, o homem tinha um vencimento anual de 7.000 yuan (934 euros), quase metade enviado para casa, visando garantir a subsistência da família.

A desigualdade social é uma das principais fontes de descontentamento popular no "gigante" asiático, onde um terço da riqueza está concentrado em apenas 1% da população.

O rendimento 'per capita' em Pequim ou Xangai, as cidades mais prósperas do país, é dez vezes superior ao das áreas rurais, onde quase metade dos 1.350 milhões de chineses continua a viver.

Segundo o Gabinete Nacional de Estatísticas chinês, 70 milhões de chineses continuam a viver abaixo da linha de pobreza, fixada pelo país num rendimento anual inferior a 2.800 yuan (374 euros).

A mesma fonte detalha que o rendimento anual 'per capita' dos residentes rurais na China fixou-se em 10.772 yuan (1.512 euros) em 2015, menos do que muitos países africanos.

No mesmo ano, a China ultrapassou os Estados Unidos da América em número de bilionários.
http://www.tsf.pt/internacional/interio ... 88592.html




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Re: China...

#598 Mensagem por akivrx78 » Qua Set 14, 2016 9:18 am

EUA surpreendidos com influência da China na política australiana

https://static.noticiasaominuto.com/stockimages/1370x587/naom_5183f7fb893b6.jpg
O embaixador dos Estados Unidos da América em Camberra afirmou-se hoje surpreendido e preocupado, numa entrevista hoje publicada num jornal australiano, após recentes revelações de que a China apoiou financeiramente personalidades influentes da política australiana.

Mundo John Berry Há 1 Hora POR Lusa

Donativos oferecidos a políticos por entidades estrangeiras, especialmente pela China, tornaram-se um assunto sensível na Austrália, depois de um líder da oposição ter resignado na semana passada, admitindo ter aceitado dinheiro para cobrir despesas, durante a campanha.

"Estamos surpreendidos, muito honestamente, com a amplitude do envolvimento do Governo chinês na política australiana", afirmou o embaixador norte-americano, John Berry, ao jornal The Australian.

"É uma questão totalmente diferente, quando o Governo chinês está apto a dirigir fundos diretamente para candidatos políticos, de forma a promover os seus interesses nacionais na vossa campanha nacional", disse.

"Para nós é uma preocupação. Não conseguimos conceber que um donativo, oriundo de um governo estrangeiro, aliado ou adversário, seja considerado legitimo", acrescentou.

Os doadores estrangeiros são ilegais nos EUA, o maior aliado da Austrália, e Berry apelou a Camberra para adotar a mesma solução.

"Esperamos que, ao resolver isto, a Austrália considere fazer o que fizeram muitas outras democracias: proteger as suas principais responsabilidades contra a indevida influência de governos que não partilham os nossos valores", afirmou.

O Partido dos Trabalhadores - debilitado após a queda do seu senador Sam Dastyari, que recebeu dinheiro de um doador com ligações ao Governo chinês - propôs a interdição de doadores estrangeiros na campanha eleitoral.

Porém, também o primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull, do Partido Liberal, recebeu largas quantias de dinheiro em donativos oriundos de empresas e individuais chineses, muitos com ligações a Pequim.

"A Austrália é uma nação independente, mas eu não consigo ver como é que o envolvimento de um governo estrangeiro, através de contribuições, seja positivo para os interesses da Austrália", apontou o embaixador.

"No nosso país é ilegal. Se um membro do governo, em qualquer nível, aceitasse um donativo oriundo de uma entidade estrangeira, isto constituiria uma infração da lei", acrescentou.

A política assertiva adotada por Pequim no Mar do Sul da China, que reclama quase na totalidade, tem alimentando o renovar de tensões entre China e EUA.

No mês passado, Camberra rejeitou a venda do grupo privado que detém mais terrenos no país a um consórcio liderado por investidores chineses.

Dados oficiais revelam que entidades britânicas e norte-americanas possuem muito mais terrenos agrícolas na Austrália do que cidadãos ou entidades chinesas.

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/ ... ustraliana




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Re: China...

#599 Mensagem por akivrx78 » Qui Set 15, 2016 4:05 pm

Cinco jornalistas de Hong Kong detidos e expulsos por cobertura de protestos na China

Lusa 15 Set, 2016, 07:32 | Mundo

Cinco jornalistas de Hong Kong foram reenviados para a antiga colónia britânica esta noite depois de terem sido detidos na China quando estavam a cobrir a repressão das autoridades aos protestos da população de Wukan, na província de Guangdong.

Um forte dispositivo policial está instalado na localidade desde terça-feira para tentar controlar os protestos dos populares contra a prisão do chefe local democraticamente eleito.

O chefe local, Lin Zulian, foi detido em junho, por alegado desvio de fundos públicos e, na semana passada, condenado a três anos de prisão por corrupção.

Os jornalistas que estavam a cobrir os acontecimentos na localidade da cidade de Lufeng -- incluindo os que estavam ao serviço dos jornais South China Morning Post, Ming Pao e HK01 -- disseram que foram detidos durante a noite.

Segundo um dos jornalistas, a polícia chinesa invadiu a casa de um residente onde estavam alojados por volta das 21:00 locais e levou-os, escreve a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK).

O jornalista disse que nenhum ofereceu resistência, mas que foram agredidos fisicamente pela polícia com socos e estaladas.

As autoridades pediram aos jornalistas para assinarem uma declaração em que prometiam não voltar a Lufeng para fazerem "cobertura jornalística ilegal" e reportagens sobre Wukan, acrescenta a RTHK.

Os jornalistas ficaram detidos até às 03:00 locais, tendo sido colocados num autocarro com destino à cidade chinesa de Shenzhen, a partir da qual regressaram a Hong Kong.

Com 15.000 habitantes, Wukan, uma localidade costeira do sul da China, tornou-se um símbolo de resistência popular em 2011, quando protagonizou uma das mais celebradas experiências democráticas do país.

Protestos contra a expropriação ilegal de terras culminaram com a demissão dos líderes locais, acusados de corrupção, e a eleição de um novo comité de aldeia por sufrágio direto.

Após a detenção de Lin Zulian, que encabeçou os protestos, a polícia disse que residentes locais "continuaram a lançar boatos e a insultar, ameaçar, forçar e subornar, visando instigar, planear e lançar manifestações de massas ilegais".

"Perturbação da ordem e dos transportes públicos", justificaram as detenções anunciadas esta semana, segundo um comunicado difundido pela polícia local.

Depois das detenções, os residentes entraram em confrontos com a polícia, que usou balas de borracha e gás lacrimogéneo para dispersar a manifestação, informou o jornal de Hong Kong South China Morning Post.

Vídeos e fotos difundidos na internet mostram os manifestantes, alguns deles a sangrar, a atirar pedras contra a polícia.

Os protestos de 2011, em Wukan, foram inicialmente vistos apenas como um levantamento popular, semelhante às dezenas de milhares que todos os anos ocorrem na China.

A morte de um dos líderes dos protestos, sob custódia da polícia, contudo, levou os residentes a bloquear as estradas que davam acesso à aldeia, conseguindo expulsar as forças de segurança durante mais de uma semana.

O Partido Comunista Chinês decidiu então recuar e fazer conceções raras, incluindo investigar as disputas de terra e permitir aos locais organizar eleições livres.

Lin Zulian, 70 anos, foi então nomeado chefe local com 6.205 votos, num total de 6.812 eleitores, substituindo um homem de negócios que era acusado de roubar terras para as vender a promotores.

Na semana passada, porém, foi condenado a três anos de prisão por corrupção, depois de confessar ter aceitado subornos no valor de 590.000 yuan (80.150 euros).

http://www.rtp.pt/noticias/mundo/cinco- ... na_n947338




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Re: China...

#600 Mensagem por akivrx78 » Ter Set 27, 2016 9:34 pm

China condena defensores dos direitos dos trabalhadores
27/09/2016 06:06

Três ativistas da defesa dos direitos dos trabalhadores foram condenados na China a penas de prisão, mas com suspensão condicional das sentenças, por terem organizado protestos que "perturbaram a ordem social", informou a agência Xinhua.

Zeng Feiyang, diretor de um centro de ajuda aos trabalhadores migrantes procedentes de zonas rurais, foi condenado a quatro anos de prisão com suspensão condicional da pena, enquanto dois colaboradores, Tang Huanxing e Zhu Xiaomei, foram sentenciados a dois anos, também com sursis.

Os três ajudaram trabalhadores da província meridional de Guangdong, conhecida como a "oficina do mundo", a obter o pagamento de seus salários em disputas com os patrões. O tribunal popular do distrito de Panyu, na região de Cantão, considerou o trio culpado de ter "ignorado a lei do país ao organizar reuniões em massa que perturbaram a ordem social", indicou a agência estatal.

Zhu Xiaomei ajudou no início de 2015 milhares de trabalhadores da fábrica de calçados Lide, em Panyu, a organizar uma greve para exigir o pagamento dos salários.

Para evitar o crescimento de um movimento independente dos trabalhadores, o Partido Comunista chinês autoriza a existência de apenas um sindicato, oficial, controlado pelas autoridades.

Os três acusados, detidos no fim de 2015, se declararam culpados.

A Xinhua afirma que Zeng teria recebido ao longo de vários anos mais de cinco milhões de yuanes (660.000 euros) de organizações e embaixadas estrangeiras.

"Aceitei ser treinado e pago por organizações estrangeiras hostis a China e, a pedido destas, estimulei trabalhadores a defender seus direitos de forma extrema, organizando seu movimento", declarou o principal réu no tribunal, de acordo com agência estatal.

"Dávamos a impressão de lutar para defender os direitos dos trabalhadores, mas nosso objetivo era aumentar nossa influência, particularmente no exterior", disse Tang Huanxing, também segundo a Xinhua.

http://www.istoedinheiro.com.br/noticia ... res/416973




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