Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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gabriel219
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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#571 Mensagem por gabriel219 » Qui Jul 28, 2016 11:30 pm

osolamaalua escreveu:O A-12 só operaria com o F18A e após a catapulta operar com pressão máxima (logo menor vida util). Não temos como manter a configuração atual da esquadra+ aviação naval+ fuzileiros. E se falarmos que não protege o pré sal os políticos vão rir.
Osola, o Tikuna acabou de postar um texto em que o F-18C fez testes nas catapultas do A-12 quando ainda era Foch com as catapultas atuais. Há proposta de elevar a capacidade das catapultas para 25 toneladas.

Esquadra o problema não é dinheiro, os navios estão velhos demais, aviação opera sim, quem viaja ou mora em Natal era muito comum de se vê A-4 voando perto de Ponta Verde. Passei as férias lá e fui 5 vezes na praia de Ponta Verde em 2 vezes vi A-4 voando a uns 2 km da praia.

Fuzileiros também operam bem.




JL
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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#572 Mensagem por JL » Qui Jul 28, 2016 11:44 pm

gabriel219 escreveu:
JL escreveu:
1-) Já falei aqui e repito, da para lançar um F 18 ou um Rafale do São Paulo, sim mas tem limitações, consequências e problemas. Não tem como fazer mágica, não tem como fazer o navio crescer.

2-) Diferença entre F 18 e Rafale, simples F 18 depende de política, Rafale depende de dinheiro. Isto já é tradição os franceses vendem suas armas para quem precisa, fazem o seu preço e paga quem pode e precisa.

3-) Não precisa de Nae para defender o pré-sal, existem outras alternativas. O Nae é muito útil, já postei outras vezes, mas não é uma necessidade exclusiva para defesa do pré-sal.

4-) Peço desculpas caro colega, seu entusiasmo é vibrante, mas operar um Nae com F 18 bem como ter um submarino nuclear, realmente é algo mirabolante, face o estado atual. O Brasil operou um Nae quando haviam por aí vários porta aviões britânicos de segunda mão e várias aeronaves usadas aptas para operar nele. A Argentina teve dois Naes, a Austrália, o Canadá também tiveram navios de origem britânica. Isto acabou, acabou. Os Naes ficaram gigantes para operar aviões grandes. É outra realidade.


5-) E países como Itália e Espanha, ambos com um padrão em tudo superior não fazem não, eles não tem Nae gigantes com caças supersônicos de alto desempenho. Eles estão seguindo outro caminho em termos de aviação embarcada e por Deus, pensa bem em que patamar histórico estivemos próximos de potências como França e Grã-Bretanha. São potências históricas e nucleares. E mesmo assim com tudo que a França gasta e produz, somente tem um Nae pelo custo que ele representa. De onde você acha que os políticos brasileiros, vão abrir um torneira de dinheiro para isto ficar viável. Não esqueça ainda o dinheiro que tem que pagar pelo acordo Brasil-França, na área de submarinos. Muito dinheiro.
1) A limitação de decolagem do F-18C ficaria em torno de 20 tons de MTOW, uma configuração ar-ar fica por 17 tons, ou seja, totalmente factível. Estudos já foram feitos quando ele ainda era Foch.

2) Não há praticamente nenhum tipo de bloqueio por oferecerem F-18C. Aliás, já ofereceram o SH para nós.

3) Se você não entendeu a sacada de "proteger Pré-Sal", não sei por onde esteve esses anos. Praticamente todos os programas que andaram foram sobre essa premissa. Não custa nada tentar.

4) Mirabolante? Se você acha mirabolante ter NAe com 18 F-18 pra um país que gasta 20 Bi em Olimpíadas ou 26 Bi em bolsa família todo ano que não dá resultado nenhum, está no país errado. Não tem absolutamente nada de mirabolante.

Sua premissa de "NAes ficaram gigantes para aeronaves gigantes" é totalmente equivocada. Cada Marinha possui o NAe de acordo com sua necessidade, tai ai EUA com Nimitz (90,000 tons) e F-35C\F-18 SH (aeronaves média e grande), Reino Unido com Queen Elizabeth (70,000 tons) e F-35B (aeronave pequena), Espanha com Juan Carlos I (26,000 tons) e AV-8B Plus (aeronave pequena), Itália com Cavour (27,000 tons) e AV-8B (aeronave pequena), Índia contará com o INS Vikhant (40,000 tons) e MiG-29K\Tejas Naval (aeronave média e pequena), Rússia com o Kuznetsov (65,000 tons) e MiG-29K\Su-33 (média e pequena) e entre outras.

Cada Marinha possui seu requisito e sua necessidade, não tem nada a ver de "NAe's grandes para operar caças grandes".

5) PROSUB está garantido e ainda há dinheiro para outras necessidades. Índia não é uma potência nuclear histórica e muito menos a China, ambos tiveram "planos mirabolantes" e veja como estão hoje, isso vale para Egito que comprou os Mistrals.

Desculpa Gabriel, mas discordo de muito do que você coloca

1-) Não disse que não da para operar no São Paulo, um F 18 ou Rafale, apenas disse que vai haver limitações, veja o caso do 25 de mayo argentino, já era difícil operar com o Skyhawk, mas o Super Etandard era mais complicado.

2-) Você esta comparando navios com sistemas diferentes, estou falando de navios com catapultas e para pode constatar o crescimento você tem que observar o desenvolvimento deste navios ou seja dos norte americanos, dos britânicos enquanto ainda operam com catapultas até o HMS ARK ROYAL e dos franceses. Os outros que você mencionou operam por outros sistemas. Não é possível a comparação. Se você discorda então imagine pousar um F 18 no Cavour ou lançar um Mig 29 em uma catapulta.

3-) Não sou favorável as Olimpíadas ou outros gastos exorbitante. Mas sinceramente como cidadão, preferia ter um saúde pública de qualidade, ter estradas de qualidade etc e viveria o resto da vida muito bem, com um estado civilizatório adequado, mesmo tendo uma marinha que não passa-se de uma guarda costeira, acredite mão faria muita diferença. Acredito que a maioria da população pensa assim. Claro que acredito pessoalmente que deveríamos superar muitos problemas sociais e de infraestrutura para depois pensarmos nestes projetos. Por isso considero realmente mirabolante.

4-) Quanto aos EUA eles estão absolutamente certos a venda de suas armas obedece condições políticas a história demonstra isto, queira você assim ou não e eles impõem as regras.

5-) China meu amigo é uma potência, sem comparações.

6-) Índia, faz de tudo para se armar as custas de uma população vivendo em uma miséria absoluta não quero viver isto no Brasil.

7-) O que o Egito vai fazer com o Mistral, não tem nem fuzileiros para embarcar, belo alvo para a marinha de Israel não. De onde veio o dinheiro só Deus sabe.

8-) Defender o pré sal de quem? De quem? Meu amigo quem pode vir até o Atlântico Sul banca uma briga não vai ter dificuldades com o São Paulo com 15 caças F 18, me entende. A maioria dos países não tem esta condição de enfrentamento, então se você quer defender o pré-sal é melhor pensar em táticas assimétricas do que enfrentamento de esquadra vs esquadra. O Nae no Brasil, serve para o que todo Nae serve levar o poder para longe da costa brasileira.

9-) Ver um caça voando não significa que ele esta apto a lutar e combater. Meu amigo até caças da II Guerra Mundial ainda voam nos EUA. Se houvesse um conflito estes Skyhawk iriam lutar com o que, atacariam um navio com o que?

Bem meu amigo são minhas opiniões.




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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#573 Mensagem por gabriel219 » Sex Jul 29, 2016 12:12 am

JL, tente ser mais consistente.

Diz que não podemos operar um NAe por que outras marinha operam muito maiores? O que isso tem a ver com o A-12? O MiG-29K pode sim operar por catapulta, desde que faça as devidas modificações no mesmo. O F-18C pode operar no A-12 modernizado, afinal fez testes quando ainda era Foch. Há F-18 em tudo quanto é lugar, desde os mais baratinhos do AMARC, até os do Kwait que logo darão baixa para os EF-2000. Basta vontade política para tal.

Você compara o Cavour ao A-12? O mesmo é menor e possui pista menor ainda que o A-12, não faz o menor sentido o que você diz.

Sobre o Pré-sal, é o simples de mudar a opinião pública a seu favor. Olhe quando o Rafale iria ser fechado na premissa de "defender o pré-sal". Assim foi feito com outros projetos, como PROSUB e até mesmo o Astros Mk6 veio com a premissa de possibilidade de defender o Pré-Sal, mesmo que o mesmo não tenha armamentos anti-navio. É simples estratégia de opinião. Se você não entende ou não viu isso, muito provavelmente acordou do coma à pouco.

Você diz que o NAe é basicamente uma arma de projeção de poder, cerco? Sugiro que leia o tópico sobre a doutrina de um NAe, que vai desde projeção de poder até controle de área marítima e defesa da costa, além de defesa aérea da esquadra, já que sem aviação embarcada, qualquer teco-teco há 130 km voando há 20 pés se esconde de qualquer radar no mundo, inclusive Aegis e pode disparar mísseis. NAe é muito mais que projeção de poder.

Comparações com a China e Índia são óbvias. Até décadas atrás eram dois países sem tecnologia alguma e com a ambição de Militares e Governantes, hoje se tornaram potências Militares. Hoje se continuarmos com o pensamento ínfimo para sempre seremos conhecidos como republiqueta anã diplomática.




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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#574 Mensagem por Lucas Lasota » Sex Jul 29, 2016 5:46 am

A discussão dos colegas é instigante. Obrigado.

Todavia, quando o assunto é porta-aviões, creio que o simbolismo da atrelado à esta máquina prevalece sobre o ideário de algo mais simples e operacional para nós.

Em tópicos sobre a modernização do EB, defende-se a adoção de equipamentos simples, contidos, bastantes ao "cenário latinoamericano", bem diferentes dos melhores e mais caros da atualidade. Por exemplo, se contentamos com:
. dotar a tropa com IA-2 (e não com Tavor ou Scar ou AK-12)
. uma família de carros de combate medianos (e não Armatas, Leo2 A7)
. aviação do exército enxuta (e não algo com Ospreys e C-5 Galaxys)
. Guarani, que é um carro leve e de filosofia econômica (ao invés de Boxers, Terex, etc)
. Astros 2020 (e não uma força estratégica nuclear baseada em ICBM)

O mesmo se aplica à FAB. Parece-nos razoável ter:

. 3 Boeings 767 para transporte estratégico (e não uma esquadrões de 40 C-5 Galaxy)
. KC-390 (e não Antonovs ou Il-76)
. Gripen (e não F-22 e T-50)

Todavia, quando o assunto é a MB, tendencionamos a acreditar que o porta-aviões é algo essencial, sendo que não temos nem aviões nem dinheiro para mantê-lo. Sim, o problema é a crônica "falta de vontade política", mas como os amigos já colocaram, até mesmo no governo militar a utilização de porta-aviões tinha uma característica muito diferente, com aviões de patrulha que se inseriam em uma missão específica para caçar submarinos soviéticos no Atlântico Sul.

O porta-aviões hoje na MB é um desvario, um ralo de recursos sem utilidade prática.

A suposta vantagem estratégica ou tática do uso naval de aviões podem ser superados por uma combinação de sistemas de armas baseadas em terra entre aviões de patrulha (P-3) e mísseis de longo alcance (Harpoon + Gripen + Exocet ou outro míssil), vetorados por radares de costa ou outros meios de vigilância com ARP de longo alcance, satélites, etc. Esses sistemas combinados proporcionam um agregado tecnológico muito maior do que uma reforma "de igreja" no São Paulo, criando até mesmo uma proteção estratégica maior ao país, justamente pela diversidade sistêmica.

De fato, os planos para o São Paulo não aproveitam a grandeza escalar atrelada à ideia de um porta-aviões como navio capitânia da esquadra. Exemplo disso é que a modernização prevê a utilização de um radar aéreo que, não obstante a sua modernidade, irá ser usado nas novas corvetas...

O problema do São Paulo pode ser ainda atacado sob o prisma institucional. Vende-se a ideia de que precisamos do porta-aviões porque nossa principal base naval é no RJ. O câmbio institucional dentro da MB de descentralização da força naval em direção ao norte-nordeste proporcionaria a relativização desta necessidade.

Ou seja, limitamos nossa visão estratégica a um elemento somente que em nada agrega o poder naval brasileiro da forma que está hoje. Em uma realidade paralela onde as coisas fossem diferentes aqui no Brasil, poderia ser que a estrutura do poder naval necessitasse de um porta-aviões nos moldes em que o sistema de armas fosse algo efetivo e dissuasório. Hoje, todavia, não temos estes pressupostos.




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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#575 Mensagem por JL » Sex Jul 29, 2016 9:55 am

O forista Lucas fez uma postagem bem completa e interessante.

Mas completando, creio que discordar e argumentar é algo que acarreta validade para o Fórum, desta forma caro Gabriel:

1-) Realmente um Nae pode ser usado para muitos fins, mas veja esta doutrina de emprego que você se refere foi produzida com o pensamento no seu uso em muito na 2 Guerra Mundial, existem dúvidas para alguns cenários no futuro, focando no caso brasileiro teremos basicamente dois caminhos uma concepção defensiva deste mar, incluindo o pré-sal ou uma condição digamos mais ofensiva, onde almejamos nos tornar uma potência regional. Creio que neste último caso o Nae se torna muito mais significativo, ou seja, o velho sonho de uma marinha de águas azuis. Mas porque tenho dúvidas do uso do Nae na defesa do pré-sal, simplesmente porque independe do que a doutrina contenha, um Nae será um alvo e quem nos atacar terá que ser uma força por demais poderosas em armas, tamanho e tecnologia, assim não bastará o Nae necessitaremos de muito, muito mas. Certamente os almirantes concebem este plano, mas não conseguem executá-lo.

2-) Quando citei o Cavour italiano, foi como forma de demonstrar que um navio que usa catapultas e outro que opera aeronaves como o Harrier ou futuramente o F35 são bem diferentes.

3-) Não discordo de você que tenham várias possibilidades de aquisição de F 18, mas afirmo que somente podem ser adquiridos e mantidos bem com autorização dos EUA. Também não disse que não podemos ter esta autorização, ou que existe impedimentos para isto ou que não devemos. Apenas disse que para os franceses, basta ter dinheiro. Ficou claro. Não existe ao meu ver atualmente impedimento político contra o F 18.

4-) Quanto a operar o F18 no São Paulo, creio que como foi demonstrado nos estudos será possível, mas acredito que haverão sérias dificuldades.

5-) Mig-29 com catapulta, modificações. Olha os russos nunca lançaram um avião assim, não tem experiência neste tipo de projeto. E acredito que não seja algo tão simples. Basta dar uma olhada no trem de pouso de um F 18 e olhar o trem de pouso de um F 16, para se ver diferença. O impacto que toda a fuselagem sofre no lançamento é algo considerável. Uma aeronave naval tem diferenças de projeto significativas. O comum é ver caças navais operando em terra e não adaptações ao contrário. Não conheço o que mudou no Rafale. Mas os franceses tem expertise em caças lançados por catapulta, somente EUA e França dominam este tipo de tecnologia, isto é um fato real.

6-) Meu amigo Lucas, certamente ouvi muitas vezes este argumento de defender o pré sal e não gosto de ouvir, aliás detesto é o argumento para os incultos, para aqueles que nada sabem, uma infelicidade da política brasileira que isto seja prática oficial. Antes era o argumento de patrulhar as 200 milhas. Enquanto estes argumentos forem usados teremos estas forças armadas, inclusive o Nae simbólico afinal tudo se resume a fachada ao que o povo precisa acreditar. Por isso não vou me referir a este argumento, para não replicar a falácia.

7-) Por favor não compara Brasil com China e India, estes países são absolutamente diferentes, não digo que estes países tiveram um passado colonial como o Brasil, eu diria que eles passaram por dominação de uma potência estrangeira a tempos recentes. Pois quando os portugueses nossos colonizadores, ainda eram bárbaros sob o julgo romano, na China e na India existiam civilizações milenares. Qualquer comparação é rala e baseada em conceitos incompletos, o mesmo que levam a dizer que o Brasil estava entre as dez maiores economias mundias. Pura groselha econômica. Sabe qual a diferença meu amigo, lhe digo: É que aqui no Brasil, independente da carteira de convênio médico que você tiver no bolso, se você sofrer um sério acidente de trânsito em uma estrada, você será levado para o pronto socorro público, se nenhum parente for lá para transferir para o seu convênio particular e neste pronto socorro público talvez você precise de que um funcionário público da saúde muito mal pago e valorizado fique bombando um respirador manual durante horas para você viver. Alguém de mãos muitas vezes cansada que faz isso por um desconhecido e estes sim verdadeiros heróis desconhecidos. Simplesmente porque ninguém leva a sério nada neste país.

8-) Por fim meu amigo seria bonito, seria ter um Nae cheio de caças, escoltado por fragatas no estado da arte, bem como uma força de submarinos, com umas quatro unidades nucleares. Seria. Mas lançar isto hoje é irreal. Quanto ao dinheiro, bem também ouço falar nestas cifras absurdas para lá e para cá. Mas na prática somente vejo a falta deste no setor público.




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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#576 Mensagem por FCarvalho » Sex Jul 29, 2016 11:54 am

gabriel219 escreveu:Carvalho, sinto muito, mas se nós seguimos sua linha de pensamento, seria dissolvida as Forças Armadas e até a Força Nacional de segurança.
Se continuar com esse pensamento minúsculo, pra não falar medido em nanômetros, continuaremos a ser o que seremos. Se a Marinha adquirisse os F-18, os recursos iam aparecer para operar ou sua tarefa constitucional estaria ameaçada. Qual Presidente louco iria deixar acontecer algo do tipo?...
Gabriel,
Longe de ter e/ou expressar um pensamento fatalista, minusculo, como dizes, o que estou a fazer aqui é apenas relatar o que é a nossa realidade.
A asa fixa na aviação naval é um sonho muito antigo dos nossos almirantes. Eles sabem da sua importância e, também, das suas complexidades de manutenção.
E sabem mais ainda que este país não tem a mínima consciência e responsabilidade sobre isso. Quanto menos lhe dão a importância e respeito necessários.
Daí a MB, neste e em outros projetos seus, não raras vezes, dar a cara a tapa a fim de dar-lhes cumprimento por si mesma, sem esperar ou pedir nenhuma benesse ou incentivo do poder público ou da sociedade civil.
Se não fosse assim, não teríamos nada hoje. Repito, nada. Não haveria asa fixa na MB hoje.
Dinheiro sempre houve neste país, para tudo. O problema da defesa nunca foi falta de verba. Isto sempre foi a consequência de outra ausência: vontade política. E sem vontade política, e consciência na sociedade sobre os assuntos da defesa, sempre irá faltar verba para tudo. É a nossa realidade desde 1822. E os militares convivem, até bem, com isso, desde então.
Defesa não faz parte da agenda nacional. Nunca fez. E nem fará tão cedo. Passamos por várias situações onde as ffaa's tiveram que ser chamadas a trabalhar efetivamente no seu objeto concreto de atividade, e o que nós como país aprendemos? Nada. Continuamos como se nada tivesse acontecido. Embalados na ignorância e na alienação de sempre. Pobres, ricos e remediados. Simplesmente ninguém dá a mínima.
Então, o que se há de fazer é tentar trabalhar com o que nos é possível. O que o que podemos fazer, com o que dá para fazer. Sem pretensões demais, ou de menos.
Não espere que se a MB colocar essa ou aquela desculpa de proteger isso e aquilo, fará alguma diferença, porque não fará a mínima diferença para o populacho, que não quer nem saber se temos ou não pré-sal ou pré-qualquer coisa. O brasileiro simplesmente vive de costa para o mar. Entenda isso. É cultural. Não muda de uma hora para outra. Será preciso várias gerações - e uma educação completamente diferente, e melhor - para podermos ter o apoio necessário da sociedade para angariar os planos da MB em termos de aviação naval, frota de mar e outras coisas. Sem isso, sem votos, sem atenção, sem dinheiro, sem navios, sem meios.
É assim que as coisas andam por aqui.
Como já disse aqui antes, temos de nos ocupar agora de engendrar alternativas que sejam passíveis de execução e manutenção em acordo com as condições, ou a falta delas, na MB.
Exemplifico novamente, o que já sugeri aqui: se não temos para operar Nae, que mal há em comprar um lote de F-18 usados, ou de qualquer outra coisa que voe e caiba no bolso, e operá-los de terra, a partir das bases aéreas de onde operam os patrulha da FAB afim de manter a expertise e não se perder de vez tudo que foi feito até agora, até que um dia tenhamos vontade política, apoio da sociedade concreto e verba para garantir plenamente a posse e operação de um Nae novo?
Isto poderia ser feito em um contexto de 10 anos. Não seria para amanhã ou para semana que vem. Seria uma alternativa viável e paulatina dentro das possibilidades orçamentárias da MB, sem ter que ficar com o pires na mão pedindo esmolas do governo. Até mesmo negociar com a FAB a transferência de alguns A-29 para o AF-1 a fim de se manter a mão e poupar os poucos jatos que nos restam já seria a se pensar.
Enfim, temos como fazer estas coisas pensando no longo prazo. A MB tem sérios problemas hoje para resolver. A insolvência da esquadra em bloco, a sobrevivência do Prosub, a manutenção da aviação naval e da FFE, os navios patrulha e a força de minagem, as CV-3, etc...
Não temos como resolver tudo de uma vez, e menos ainda no curto prazo. Então temos que saber priorizar o que é possível fazer. Para fazer bem feito. Chega de soluções meia boca.
Prefiro ver os pilotos do AF-1 voando 100 horas por ano em A-29, do que equipado com F-18 mas voando menos da metade da metade disso.

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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#577 Mensagem por Carlos Lima » Sex Jul 29, 2016 12:43 pm

Todos aqui querem que o Brasil tenha o que há de melhor e não menos.

O problema é que entre os 'ideais', sonhos e a realidade estão os politicos e as politiquices (tanto de civis quanto de militares).

Daí a situação fica como está hoje. :|

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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#578 Mensagem por JL » Sex Jul 29, 2016 12:58 pm

Parabéns aos colegas.

Não sou inimigo da marinha, o cara que não acredita ou que não quer ver um Nae apinhado de aviões. Somente estou tentando ser pragmático.

Sou um fã absoluto da arma aérea naval, na minha opinião a FAB não devia nem operar os P3 Orion e os P 95, estes deveriam ser da aviação naval.

Mas hoje, creio que é um erro investir nos Skyhawk ou nos Tracker, simplesmente porque eles podem operar no São Paulo, outras aeronaves poderiam viabilizar um núcleo de pilotos e pessoal de terra apto a operar.

De imediato, como não tem dinheiro para absolutamente nada, talvez a solução seja quebrar de vez esta briga com a FAB e poder adquirir alguns poucos A29 de imediato, como emergência, para manter os pilotos em voo e formar pessoal. Permitindo que a marinha opere aeronaves de asa fixa em terra.

Quanto a vigilância aérea, creio que talvez a marinha deva iniciar a experiência com UAV de longo alcance, como o Hermes 900. Criando o embrião desta arma.

Quando a situação melhorar, conseguir alguns F 18 seria uma ótima ideia, conjugando eles com o A 29 para os pilotos poderem voar mais.

Mas por enquanto a coisa tá feia.

quanto dinheiro iria ser necessário para isso.




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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#579 Mensagem por FCarvalho » Sex Jul 29, 2016 1:01 pm

Todos aqui querem que o Brasil tenha o que há de melhor e não menos.

O problema é que entre os 'ideais', sonhos e a realidade estão os politicos e as politiquices (tanto de civis quanto de militares).

Daí a situação fica como está hoje. :|

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Pois é. [001]

edit: a hora de voo do A-29 está cotada em cerca de US$ 500 dólares. Qual é o problema em arrumar uns 6/8 com a FAB, em forma de leasing até, se for possível, ou transferência mesmo (afinal para que serve aquela bosta de MD? :x ) e resolveríamos os problemas da manutenção operacional do AF-1. Os C-1 também podem operar de terra, e o mesmo com uma eventual versão de AEW utilizando os S-2. Enfim,melhor do que deixar morrer no limbo este projeto que tanto se lutou para reaver, e que é muito caro a MB e sua aviação naval. Os A-29 da FAB custaram cerca de US 5,5 milhões na época. Hoje talvez custem um pouco mais. Comprar novos, em conjunto com a FAB, também deveria ser pensado como uma alternativa factível de ajustamento da asa fixa na MB.

abs.




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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#580 Mensagem por JL » Sex Jul 29, 2016 1:19 pm

FCarvalho escreveu:
Todos aqui querem que o Brasil tenha o que há de melhor e não menos.

O problema é que entre os 'ideais', sonhos e a realidade estão os politicos e as politiquices (tanto de civis quanto de militares).

Daí a situação fica como está hoje. :|

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edit: a hora de voo do A-29 está cotada em cerca de US$ 500 dólares. Qual é o problema em arrumar uns 6/8 com a FAB, em forma de leasing até, se for possível, ou transferência mesmo (afinal para que serve aquela bosta de MD? :x ) e resolveríamos os problemas da manutenção operacional do AF-1. Os C-1 também podem operar de terra, e o mesmo com uma eventual versão de AEW utilizando os S-2. Enfim,melhor do que deixar morrer no limbo este projeto que tanto se lutou para reaver, e que é muito caro a MB e sua aviação naval. Os A-29 da FAB custaram cerca de US 5,5 milhões na época. Hoje talvez custem um pouco mais. Comprar novos, em conjunto com a FAB, também deveria ser pensado como uma alternativa factível de ajustamento da asa fixa na MB.

abs.
O A 29 é a solução adequada caseira e de baixo custo e de emergência para manter o esquadrão no momento de vacas magras.
Só para expandir o tema, posto um link de uma propositura interessante

http://sistemasdearmas.com.br/ca/p29.html




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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#581 Mensagem por Carlos Lima » Sex Jul 29, 2016 1:55 pm

O problema 'e que ate' hoje a MB nao pode operar aeronaves de asa fixa que nao possam operar em PA...

Sim... em pleno Sec. XXI

:|

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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#582 Mensagem por alex » Sex Jul 29, 2016 2:32 pm

:D Então fecha a conta vamos tomar uma no bar :D




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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#583 Mensagem por Penguin » Sex Jul 29, 2016 2:35 pm





Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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FCarvalho
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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#584 Mensagem por FCarvalho » Sex Jul 29, 2016 6:58 pm

Carlos Lima escreveu:O problema 'e que ate' hoje a MB nao pode operar aeronaves de asa fixa que nao possam operar em PA...
Sim... em pleno Sec. XXI
:|
[]s
CB_Lima
Legalmente não, mas ela já faz isso há tempos. Afinal, os A-4 operam desde São Pedro D'Aldeia e Natal, e com a ajuda da FAB. :roll:

Aliás, este é apenas mais um daqueles imbróglios legais que atualmente não tem serventia nenhuma. É apenas uma questão de protocolo o cmte da MB pedir ao MD que modifique a lei e será feito. O EB já está trabalhando nisso em relação à Avex, por causa da asa fixa para ela.
A FAB hoje não tem nenhuma oposição a despeito desta questão.
Aliás, não sei porque até hoje não resolveram isso.

abs




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JL
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Re: Programa KC-2 Turbo Trader (ex- CHUPA QUE É DE UVA !!!!!!!!)

#585 Mensagem por JL » Sex Jul 29, 2016 8:44 pm

Questão fundamental, pois aeronaves de asa fixa de pequeno porte são de absoluta importância para o Exército na Amazônia e nas outras fronteiras. E para a Marinha também. Afinal não tem como uma força naval ser completa sem ter a sua aviação própria.




Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
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