Carvalho, absolutamente NINGUÉM falou pra comprar F-18 em 2000. Mas ninguém, não sei onde leu isso. O que eu falei foi ter comprado o A-12 e ter feito uma modernização extensa nele, que demoraria até 2004-2005. Lá havia grandes chances de adquirir os F-18C\D que já estava dando baixa para os Super Hornet.FCarvalho escreveu:Gente, não adianta reclamar dos A-4 agora. Em 1998, era o que a MB podia comprar com o que tinha no bolso. O GF nunca deu dinheiro para a MB comprar porcaria nenhuma. Era o que cabia no orçamento... e no A-11 Minas Gerais. Ninguém aqui sequer sonhava com Foch na MB. Era pegar ou largar.
Ademais, se me permitem, mas nem f...do a MB conseguiria operar F-18 ou AV-8 naquela época. Como uma aviação naval que praticamente estava (re)começando do zero iria assim simplesmente do nada operar o caça naval mais moderno da época? Tão loucos? Eles sequer estavam disponíveis para países como o Brasil. Os americanos já faziam maior beiço e colocavam muitas dificuldades em liberar os block 50 do F-16C/D para o FX-1, imagina F-18 para a inexpressiva aviação naval, que sequer tinha porta-aviões para isso.
Lembrar também que houve várias e várias vezes ofertas (digo pressão) à FAB de F-16 do deserto recauchutados para o FX-1. Os caras queriam de qualquer jeito empurrar aquelas bagaças para nós porque simplesmente o congresso não autorizava - porque tinham até então sérias dúvidas até mesmo sobre a nossa capacidade de operá-los, dentre outras restrições - os modelos mais modernos. Havia muita desconfiança e pouca intimidade. Menos ainda que agora. Isso, apesar do governo aqui ser amplamente americanófilo. As prioridades deles para nós eram outras.
Lembram do discurso da MB guarda costeira, do EB policia de fronteira e FAB taxi aéreo? O pensamento, e os argumentos, deles não mudaram muito desde então em relação a nós, nossas ffaa's e defesa.
Sejamos honestos. O problema todo nunca foram os A-4K ou C-1, ou qualquer outro modelo, mas simplesmente o fato, como tenho insistido aqui, de que a MB topou levar no peito e na raça mais este projeto porque era a chance única de começar de novo sua aviação de asa fixa. Com o que dava, como dava. Agora, se o orçamento nunca correspondeu nem as piores previsões do almirantado, 20 anos depois, é menos problema do aviões do que da instituição que os comprou. Caramba, temos um Nae comprado a toque da caixa que em 16 anos nunca foi totalmente operacional um único ano. E que jamais deixou de apresentar problemas em maior ou menor escala sempre que se fazia ao mar Afinal, a 16 anos atrás, ele já tinha passado dos 50 anos, bolas.
Enfim, o nosso problema hoje, como em o era em 1998, 2000, 2005, 2010 e agora em 2016 ainda é o mesmo. Não temos grana, e nem cacife, para operar caças embarcados e nem um único e mísero Nae.
De quem é a responsabilidade por essa merda toda afinal?
abs.
abs.
E em 2005 tinha dinheiro sim, a Marinha que preferiu sonhar com PRONAe, PROSUPER, PROSUB e esqueceu o presente. Se lembrasse do presente, nossa situação era muito melhor que hoje.