Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Juniorbombeiro
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13801 Mensagem por Juniorbombeiro » Qua Jul 20, 2016 8:35 pm

gabriel219 escreveu:
Juniorbombeiro escreveu: O dados que o Luis Enrique apresentou não tem confiabilidade para fazer um juízo de custo de operação de um navio desses pela MB. Esses navios custariam muito mais caro de operar que qualquer coisa parecida que a MB já tenha operado. Os custos "baixos" da US Navy para esse tipo de navio escondem uma porção de armadilhas que a gente não consegue enxergar. Não sei se alguém aqui trabalha com manutenção, acredito que deva haver alguns. Alguém aqui já ouviu falar de curva da banheira??
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Pq vocês acham que na US Navy tudo parece flores quanto a custo de operação de equipamentos que aqui nossos militares rasgam o c... para manterem funcionando????

Bingo!!!!

Isso mesmo, é pq é tudo novinho, com vida útil programada, cadeia logística consolidada e dezenas ou centenas de unidades para diluir os custos. Não será o nosso caso, ainda mais com 4 unidades usadas, escolhidas de forma (provavelmente) aleatória, gastas até o osso, por mais que teimem em dizer que não.

Se é tão "barato" de operar, pq vocês acham que os europeus não constroem destroyers com 4 turbinas a gás???
Pq eles não operam 6 dezenas de unidades e também não compram combustível a preço de banana. Quanto custa o galão de diesel naval para US Navy??? Ainda mais aos borbotões do jeito que eles compram para manter o seu "porrete diplomático" azeitado...

Isso aí não foi feito para navegar no aquário do mediterrâneo ou para marinha pobretona que nem a nossa. Navio com 4 turbinas é velocidade alta o tempo todo, se não é botar combustível fora, a faixa de operação otimizada é alta, isso aí é pau na máquina direto. O máximo que poderíamos tolerar é um arranjo assimétrico com dois pares de turbina de tamanho diferente, mas isso aí são 4 GE LM2500, gargantões de mais de 25 MW cada, é querer usar um Fórmula 1 para ir comprar pão na padaria, não vai rolar.

Não tem como, isso aí vai ficar ancorado no porto se vier.
Tudo bem, o Almirantado inteiro discorda de você.

Se você jura que usaremos todo o potencial das turbinas e usar os destróiers até o talo... Ta bom.
Sem comentários, se formos pelo que o Almirantado inteiro pensa, sabe bem onde iremos parar. Aliás, se eles pensassem no pais, não estavam todos até hoje enfiados na Bahia da Guanabara.
Amigo, não é o questão de usar ou não usar as turbinas até o talo, turbina a gás não é liquidificador que você pode regular a velocidade de 1 a 10, turbina a gás tem curva de rendimento, mesmo operando com uma só, gasta um horror de combustível para andar a baixa velocidade, turbina a gás só tem rendimento ótimo perto da potência nominal.
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Por isso que ninguém mais projeta e constrói destroyer e fragata nessa configuração. Comprar essas tralhas a US$ 1 bi é um crime de lesa pátria, se fossem dadas como foi o São Paulo, ainda vá...dava para retrofitar as máquinas, os próprios americanos tem projeto para isso. Se fizerem essa compra, tem que ressuscitar o João Cândido e mandar ele descer a chibata nesses irresponsáveis.




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Penguin
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13802 Mensagem por Penguin » Qua Jul 20, 2016 8:45 pm

Juniorbombeiro escreveu:
gabriel219 escreveu: Tudo bem, o Almirantado inteiro discorda de você.

Se você jura que usaremos todo o potencial das turbinas e usar os destróiers até o talo... Ta bom.
Sem comentários, se formos pelo que o Almirantado inteiro pensa, sabe bem onde iremos parar. Aliás, se eles pensassem no pais, não estavam todos até hoje enfiados na Bahia da Guanabara.
Amigo, não é o questão de usar ou não usar as turbinas até o talo, turbina a gás não é liquidificador que você pode regular a velocidade de 1 a 10, turbina a gás tem curva de rendimento, mesmo operando com uma só, gasta um horror de combustível para andar a baixa velocidade, turbina a gás só tem rendimento ótimo perto da potência nominal.
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Por isso que ninguém mais projeta e constrói destroyer e fragata nessa configuração. Comprar essas tralhas a US$ 1 bi é um crime de lesa pátria, se fossem dadas como foi o São Paulo, ainda vá...dava para retrofitar as máquinas, os próprios americanos tem projeto para isso. Se fizerem essa compra, tem que ressuscitar o João Cândido e mandar ele descer a chibata nesses irresponsáveis.

Até a USN (e a RN) está buscando formas de economizar combustível...
Navy Set to Install Hybrid Electric Drives in Destroyer Fleet Staring Next Year

By: Sam LaGrone
September 23, 2015 6:33 PM

Next year the Navy will begin installing a hybrid electric drive (HED) system on 34 Flight IIA Arleigh Burke guided missile destroyers in a bid to lower the fuel costs of the ships, Naval Sea Systems Command (NAVSEA) told USNI News in a statement.

The system, which will marry an electric motor to the ships’ main reduction gear to drive the ship at low speeds, promises to save the service thousands of barrels of fuel in over a ship’s deployment.

Earlier this year L-3 — the company was awarded contract in 2012 to develop the technology — delivered two pre-production HED systems for testing ahead of the first installation in the Burkes in the fourth quarter of Fiscal Year 2016 after research and development testing is done, NAVSEA said.

The almost $50 million program, to date, follows the lead of the U.K. Royal Navy which used a similar scheme to drive its Type 23 Duke-class frigates.

While the Burke’s four LM-2500 gas turbines are highly efficient at top speeds, the efficiency decreases at lower speeds, wasting more fuel.

Utilizing a preexisting quill drive in the main reduction gear, the HED motor is capable of turning the drive shaft and propelling the ship at speeds less than 13 kts. That speed range would work well with missions like ballistic missile defense or maritime security operations.

“HED will provide DDG-51 commanding officers with an additional propulsion option at low speeds. Lowering the rate of fuel consumption during low speed operation increases mission effectiveness through greater time on station,” read the statement from NAVSEA.

In an operational context, using HED 50 percent of the time increases time on station by as much as 2.5 days between refueling.”

NAVSEA began investigating the HED concept for destroyers around 2008, when oil prices were at $174 a barrel said NAVSEA’s Glen Sturtevant in an interview with Jane’s Defence Weekly in 2010.

The service tested the concept on USS Truxtun (DDG-103) under a research and development contract with General Atomics using a DRS Technologies permanent magnet motor in 2012 before selecting L-3 to outfit the Flight IIA ships.

Following the first two ships in FY 2016, NAVSEA plans to outfit four ships with the HED capability a year.
https://news.usni.org/2015/09/23/navy-s ... -next-year




Editado pela última vez por Penguin em Qua Jul 20, 2016 8:56 pm, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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gabriel219
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13803 Mensagem por gabriel219 » Qua Jul 20, 2016 8:50 pm

Ta bom, se acha que é isso...

É, o Penguin desvendou a charada.




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akivrx78
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13804 Mensagem por akivrx78 » Qua Jul 20, 2016 9:59 pm

gabriel219 escreveu: A classe Akizuki foi construída para substituir as Takanami. A Marinha Japonesa já possui navios como a classe Atago e a Kongõ, navios com mais de 90 vls, não precisavam de mais um navios com 64 vls, por exemplo.

No nosso caso, teremos como espinha dorsal navios pesados, caros e sub-armados. Não tem como comparar uma marinha com a outra e suas necessidades. Se é pra ter algo assim, com 16 vls, tem opções de segunda mão com 3,200 toneladas que seria mais barato. Se é pra ter algo pesado e caro, que tenha toda a sua capacidade de armamentos e não fazer um downgrade enorme num navio com excelente potencial como o KD-X II.
https://en.wikipedia.org/wiki/Asagiri-class_destroyer

Errado a classe Takanami ainda aguenta mais uns 15 anos tranquilo, estes navios da classe Akizuki não esta substituindo classe nenhuma, eles ampliaram o numero de escoltas de 47 para 54, as próximas classes que eles pretendem substituir será a Abukuma por uma nova classe e dois classe Hatakaze por um derivado da classe Atago até 2020, a classe Asagiri que deveria dar baixa em 2018 foi prolongada sua substituição para até 2023~2028.

Sobre diminuir armamentos para ter cascos maiores eu acho normal pois para operar em alto mar quanto maior for o navio melhor será sua navegabilidade, a próxima classe de corvetas deles vai ter 3000t vazio ~ 4000~4500t carregado, eu tinha uma fotos de escoltas deles acho que era da classe Asagiri que não encontrei, que se parecia mais submarinos na superfície do que navios.


https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/83/JS_Chiyoda_%28AS-405%29_in_the_South_China_Sea%2C_-6_Oct._2000_a.jpg
http://www.youtube.com/watch?v=RaIFlojT448
Um navio que eles pretendem dar baixa que poderia interessar a MB seria o As-405 Chiyoda o substituto dele esta em construção.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13805 Mensagem por Juniorbombeiro » Qua Jul 20, 2016 10:18 pm

akivrx78 escreveu:
gabriel219 escreveu: A classe Akizuki foi construída para substituir as Takanami. A Marinha Japonesa já possui navios como a classe Atago e a Kongõ, navios com mais de 90 vls, não precisavam de mais um navios com 64 vls, por exemplo.

No nosso caso, teremos como espinha dorsal navios pesados, caros e sub-armados. Não tem como comparar uma marinha com a outra e suas necessidades. Se é pra ter algo assim, com 16 vls, tem opções de segunda mão com 3,200 toneladas que seria mais barato. Se é pra ter algo pesado e caro, que tenha toda a sua capacidade de armamentos e não fazer um downgrade enorme num navio com excelente potencial como o KD-X II.
https://en.wikipedia.org/wiki/Asagiri-class_destroyer

Errado a classe Takanami ainda aguenta mais uns 15 anos tranquilo, estes navios da classe Akizuki não esta substituindo classe nenhuma, eles ampliaram o numero de escoltas de 47 para 54, as próximas classes que eles pretendem substituir será a Abukuma por uma nova classe e dois classe Hatakaze por um derivado da classe Atago até 2020, a classe Asagiri que deveria dar baixa em 2018 foi prolongada sua substituição para até 2023~2028.

Sobre diminuir armamentos para ter cascos maiores eu acho normal pois para operar em alto mar quanto maior for o navio melhor será sua navegabilidade, a próxima classe de corvetas deles vai ter 3000t vazio ~ 4000~4500t carregado, eu tinha uma fotos de escoltas deles acho que era da classe Asagiri que não encontrei, que se parecia mais submarinos na superfície do que navios.


https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/83/JS_Chiyoda_%28AS-405%29_in_the_South_China_Sea%2C_-6_Oct._2000_a.jpg
http://www.youtube.com/watch?v=RaIFlojT448
Um navio que eles pretendem dar baixa que poderia interessar a MB seria o As-405 Chiyoda o substituto dele esta em construção.
Que eu saiba os Japas não vendem equipamentos militares.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13806 Mensagem por akivrx78 » Qua Jul 20, 2016 10:20 pm

joaolx escreveu:
Penguin escreveu: Onde foi noticiado de que eles estão oferecendo AB e a MB estaria interessada?
Escutei essa história em fóruns, mas nunca vi alguma confirmação da MB ou dos EUA sobre isso.
Desculpe, mas sou cético com relação a esse tema.
X2 não encontro nenhum site internacional com essa noticia...
O mais estranho é que estão dizendo ser as Flight IIA se fosse a Flight I que é uma bomba relógio eu até acredito pois eles devem começar a dar baixa em breve nelas, mas as Flight IIA são novos porque a USN iria vender navios semi novos com um preço simbólico para a MB?
A USN pretende mandar 60% dos seus meios mais novos para o pacifico até 2020, ela somente mudaria de plano se um tal maluco pato Donald assumir o poder ai sim poderia ter uma possibilidade real de aparecer meios de todos os tipos ofertados a preço de banana.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13807 Mensagem por akivrx78 » Qua Jul 20, 2016 10:57 pm

Juniorbombeiro escreveu:
Que eu saiba os Japas não vendem equipamentos militares.
Isto já era no ano passado ofereceram P-1 para os ingleses, neste ano perderam a licitação para os subs Australianos, no próximo mês a Kawasaki vai inaugurar uma empresa para exportação do P-1 e C-2, esta em negociação a transferência de P-3C usados para o Vietnã e Filipinas, neste ano foi doado TC20 da marinha japonesa para as Filipinas, esta em negociação a venda de US-2 para Índia, a regulamentação para transferência de material usado esta em caminho para ajudar nações amigas.

A lei no momento sem alteração permite a venda de material estatal usado pelo o preço de mercado, a lei não permite a doação de material usado, para burlar a legislação atual eles emprestaram os cinco TC20 para as Filipinas em paralelo se tenta criar uma legislação especifica para o comercio e transferência de material militar usado, a venda de material novo parece que a regulamentação já foi finalizada.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13808 Mensagem por Tikuna » Qui Jul 21, 2016 12:14 am

Uma coisa interessante:
Brazil's Top Navy Officer Tours RTC

Imagem

GREAT LAKES, Ill. (NNS) -- Adm. Eduardo Bacellar Leal Ferreira, commander of the Brazilian Navy, toured U.S. Navy training facilities at Recruit Training Command (RTC), the Navy's only boot camp, Aug. 21.

[...]

The tour culminated at USS Trayer, RTC's premiere training facility. Trayer, the 210-foot-long Arleigh Burke-class destroyer simulator, is where recruits go through Battle Stations, a grueling 12-hour culmination of basic training and the last evolution they must accomplish before they graduate.

[...]
http://www.navy.mil/submit/display.asp?story_id=90773




"Most people do not listen with the intent to understand; they listen with the intent to reply."
- Stephen R. Covey
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13809 Mensagem por Tikuna » Qui Jul 21, 2016 12:31 am

Sobre o preço dos novos Arleigh burke:

680 mi de dolares. Isso foi o que a General Dynamics está cobrando por cada um dos 5 (3,4 BI no total)

http://www.generaldynamics.com/news/pre ... nstruction

Mas atenção que não inclui Sistemas e armamentos fornecidos pelo governo.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13810 Mensagem por Lord Nauta » Qui Jul 21, 2016 3:53 am

Marechal-do-ar escreveu:Cada vez mais parece que vem as AB para escoltar o São Paulo...

Bingo. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13811 Mensagem por Lord Nauta » Qui Jul 21, 2016 3:55 am

Prezados Senhores,
A resposta do contra almirante Rabelo em relação à possível divulgação da atualização do PAEMB ocorrida em 2013 e um dos pontos altos da entrevista. A qualificação do documento como sigiloso demonstra o elevado nível de responsabilidade da alta administração naval.
A divulgação do documento em referencia poderia mais uma vez, já que não existe a certeza dos recursos necessários para a realização dos projetos existentes, criarem expectativas desnecessárias entre as empresas e nos contribuintes que consideram a agenda de Defesa como uma das prioridades do país.
Claro que também pesa nesta decisão extremamente sensata a analise critica do que ocorreu quando da divulgação do PAEMB em 2010. Naquela ocasião o programa com exceção das potencias militares de fato, que não possuem suas populações com as costas voltadas para o mar, era um dos mais ambiciosos do mundo. O CM da época era reverenciado pelos representantes dos grandes estaleiros europeus quase como uma divindade mística. Infelizmente o que aconteceu e que o PAEMB mesmo nas etapas iniciais deixou de ser uma realidade exeqüível, por falta de compromisso do país com a sua defesa, caiu no descrédito além de ridicularizar o próprio Brasil. E bom lembrar-se dos fatos e se remeter a historia, ao compararmos o que estava previsto no PAEMB entre 2010 e 2022 e o que foi de fato realizado ou que será possível realizar chegamos à conclusão que os nossos homens do mar não são respeitados pelos que ao longo da existência da nação brasileira os chamaram diversas vezes para defendê-los.

Vamos então lembrar um pouco do PAEMB 2010 do Brasil varonil:

1. Meios navais previstos para o período de 2010-2022:

Submarinos convencionais: 5
Submarino nuclear: 1
Navios de propósito múltiplos: 2
Navios de escolta: 6
Navios varredor: 8
Navios caça minas: 4
Navios de apoio logístico: 3
Navio de socorro submarino: 2
Rebocadores de alto mar: 7
Dique flutuante: 2
Veiculo de desembarque de colchão de ar: 4
Embarcação de desembarque de carga geral: 8
Embarcação de desembarque de viaturas e material: 32
Navio transporte de apoio: 2
Navios de patrulha fluvial: 8
Rebocador fluvial: 3
Navio de assistência hospitalar: 6
Navio hidrográfico fluvial: 2
Avisos hidrográficos fluviais: 6
NaPaOc: 9
Napa 500: 20
Napa 200: 3
Navio hidroceanográfico: 3
Aviso hidroceanográfico: 1
Navio hidroceanográfico balizador: 3
Navio hidroceanográfico faroleiro: 1
Aviso de instrução: 6
Navio transporte fluvial: 5
Navio de apoio logístico fluvial: 1

2. Meios aeronavais previstos para o período de 2010-2022:

Aeronaves AEW: 4
Aeronaves CDO/REVO: 4
Aeronaves de vigilância marítima: 5
Helicópteros de múltiplo emprego (MH-16): 25
Helicópteros de emprego geral pequeno porte: 24
Helicópteros de emprego geral grande porte: 37
Helicópteros de instrução: 15
Sistemas de ARP embarcados: 4

Quando comparamos o que estava planejado e o que de fato aconteceu concluímos que não vivemos em um país serio em relação a sua defesa e também desenvolvimento. A indústria naval e um segmento de alta capilaridade quanto à geração de empregos e renda e contribui efetivamente para o crescimento do país. Desde o aço a tintas são empregados para a construção de navios. Ao observarmos o PAEMB vimos claramente o potencial do mesmo em contribuir para o progresso nacional. A maior parte dos meios previstos com eficiência profissional da MB contempla navios que poderiam ser construídos em diversos estaleiros de pequeno e médio porte no país mantendo aquecido o seguimento da construção naval. Entretanto somos governados por quem tem ‘’cagado ralinho’’ ao longo dos séculos para a maritimidade brasileira, que representam um povo ignorante que tem as costas voltadas para o mar.
Sds

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13812 Mensagem por gabriel219 » Qui Jul 21, 2016 9:25 am

akivrx78 escreveu:
gabriel219 escreveu: A classe Akizuki foi construída para substituir as Takanami. A Marinha Japonesa já possui navios como a classe Atago e a Kongõ, navios com mais de 90 vls, não precisavam de mais um navios com 64 vls, por exemplo.

No nosso caso, teremos como espinha dorsal navios pesados, caros e sub-armados. Não tem como comparar uma marinha com a outra e suas necessidades. Se é pra ter algo assim, com 16 vls, tem opções de segunda mão com 3,200 toneladas que seria mais barato. Se é pra ter algo pesado e caro, que tenha toda a sua capacidade de armamentos e não fazer um downgrade enorme num navio com excelente potencial como o KD-X II.
https://en.wikipedia.org/wiki/Asagiri-class_destroyer

Errado a classe Takanami ainda aguenta mais uns 15 anos tranquilo, estes navios da classe Akizuki não esta substituindo classe nenhuma, eles ampliaram o numero de escoltas de 47 para 54, as próximas classes que eles pretendem substituir será a Abukuma por uma nova classe e dois classe Hatakaze por um derivado da classe Atago até 2020, a classe Asagiri que deveria dar baixa em 2018 foi prolongada sua substituição para até 2023~2028.

Sobre diminuir armamentos para ter cascos maiores eu acho normal pois para operar em alto mar quanto maior for o navio melhor será sua navegabilidade, a próxima classe de corvetas deles vai ter 3000t vazio ~ 4000~4500t carregado, eu tinha uma fotos de escoltas deles acho que era da classe Asagiri que não encontrei, que se parecia mais submarinos na superfície do que navios.


https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/83/JS_Chiyoda_%28AS-405%29_in_the_South_China_Sea%2C_-6_Oct._2000_a.jpg
http://www.youtube.com/watch?v=RaIFlojT448
Um navio que eles pretendem dar baixa que poderia interessar a MB seria o As-405 Chiyoda o substituto dele esta em construção.
A classe Azikuzi foram construídas para substituir no futuro as Takanami e não que estão substituindo. Sendo ou não, eles possuem coisas bem maiores, como Atago e Kongõ.

Não muda o fato que o seu plano de adquirir KD-X II e arma-las com apenas 16 vls, um navio de 5,200 tons e usando o Japão de comparação não faz sentido algum. É como construir um fuzil de 5 kg que dispare munição .22.

Se é pra ter KD-X II, que venham com no mínimo 48 VLS, 16 vls é motivo de piada, a fragata Karel Doorman que tem deslocamento de algumas corvetas teria o mesmo poder de fogo. Quando a navegabilidade, pergunte aos Britânicos se eles se queixam das Type 45 ou mesmo US Navy dos Arleighs Burke navegando no atlântico. Navegabilidade vai muito além de peso.

Tem coisas bem mais leves que mal conseguem enfrentar um temporal.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13813 Mensagem por akivrx78 » Qui Jul 21, 2016 10:19 am

gabriel219 escreveu: A classe Azikuzi foram construídas para substituir no futuro as Takanami e não que estão substituindo. Sendo ou não, eles possuem coisas bem maiores, como Atago e Kongõ.

Não muda o fato que o seu plano de adquirir KD-X II e arma-las com apenas 16 vls, um navio de 5,200 tons e usando o Japão de comparação não faz sentido algum. É como construir um fuzil de 5 kg que dispare munição .22.

Se é pra ter KD-X II, que venham com no mínimo 48 VLS, 16 vls é motivo de piada, a fragata Karel Doorman que tem deslocamento de algumas corvetas teria o mesmo poder de fogo. Quando a navegabilidade, pergunte aos Britânicos se eles se queixam das Type 45 ou mesmo US Navy dos Arleighs Burke navegando no atlântico. Navegabilidade vai muito além de peso.

Tem coisas bem mais leves que mal conseguem enfrentar um temporal.

Meu deus a classe Takanami não vai sair da linha de frente o pessoal pensa que a marinha japonesa é igual as ocidentais... eles constroem lotes de navios que variam de 2 a 4 a 6 a 8 sempre aperfeiçoando as classes se a classe Takanami vai dar baixa em 2030 nunca que o projeto Akizuki de hoje ira substituir as Takanami em 2030, pode apostar que será um novo navio de outra classe.

Eu não disse que o navio somente teria 16, eu disse que no futuro se poderia instalar mais VlS de acordo com a situação financeira, mas ao que parece, eu estou propondo uma fragata para MB sair do buraco que ela mesmo cavou, e você esta propondo Contratorpedeiros para salvar a MB, desisto de discutir este assunto a MB deveria colocar um Zumwalt também na lista...

Por falar Takanami algumas fotos do dia 30 de junho deste ano em um exercício no Golfo de Áden junto com a marinha italiana classe Maestrale Euro.
http://livedoor.blogimg.jp/corez18c24-mili777/imgs/1/2/125396bd.jpghttp://livedoor.blogimg.jp/corez18c24-mili777/imgs/f/d/fd536bf8.jpghttp://livedoor.blogimg.jp/corez18c24-mili777/imgs/3/0/30eaca32.jpg
http://livedoor.blogimg.jp/corez18c24-mili777/imgs/9/d/9d14602a.jpghttp://livedoor.blogimg.jp/corez18c24-mili777/imgs/7/1/712b4dba.jpghttp://livedoor.blogimg.jp/corez18c24-mili777/imgs/3/7/37585790.jpg




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13814 Mensagem por FCarvalho » Qui Jul 21, 2016 11:03 am

A multiplicidade de navios e meios aéreos e navais que foram alocados nos dois PAEMB divulgados, se fossem implementados e priorizados, poderiam fazer com que a industria naval nacional continuasse respirando, ao mesmo tempo em que estaria se qualificando também, tendo em vista a modernidade dos meios solicitados.

Horas, basta uma rápida olhada nestas listas e podemos perceber, como bem disse o Lord, que a maior parte dos meios solicitados poderia ser construída nos pais em estaleiros pequenos e médios. Mas como tenho insistido aqui, a MB sofre de sérios problemas de prioridade.

Então eu fico aqui pensando com os meus botões: quantos projetos tecnológicos da MB não poderiam estar sendo tocados pra frente agora se tivessem o respaldo necessário através da comercialização e encomenda de navios de patrulha, apoio e especializados bolados naqueles planos aos estaleiros nacionais com capacitação para isso? Mas não, o pessoal quer por que quer começar a (re)construir a casa a partir do telhado.

Assim fica difícil mesmo.

abs.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#13815 Mensagem por Luís Henrique » Qui Jul 21, 2016 2:22 pm

Juniorbombeiro escreveu:
gabriel219 escreveu: Não exatamente. Até alguns foristas aqui, como o Luis, já mostraram que podemos sim opera-los.
O dados que o Luis Enrique apresentou não tem confiabilidade para fazer um juízo de custo de operação de um navio desses pela MB. Esses navios custariam muito mais caro de operar que qualquer coisa parecida que a MB já tenha operado. Os custos "baixos" da US Navy para esse tipo de navio escondem uma porção de armadilhas que a gente não consegue enxergar. Não sei se alguém aqui trabalha com manutenção, acredito que deva haver alguns. Alguém aqui já ouviu falar de curva da banheira??
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Pq vocês acham que na US Navy tudo parece flores quanto a custo de operação de equipamentos que aqui nossos militares rasgam o c... para manterem funcionando????

Bingo!!!!

Isso mesmo, é pq é tudo novinho, com vida útil programada, cadeia logística consolidada e dezenas ou centenas de unidades para diluir os custos. Não será o nosso caso, ainda mais com 4 unidades usadas, escolhidas de forma (provavelmente) aleatória, gastas até o osso, por mais que teimem em dizer que não.

Se é tão "barato" de operar, pq vocês acham que os europeus não constroem destroyers com 4 turbinas a gás???
Pq eles não operam 6 dezenas de unidades e também não compram combustível a preço de banana. Quanto custa o galão de diesel naval para US Navy??? Ainda mais aos borbotões do jeito que eles compram para manter o seu "porrete diplomático" azeitado...

Isso aí não foi feito para navegar no aquário do mediterrâneo ou para marinha pobretona que nem a nossa. Navio com 4 turbinas é velocidade alta o tempo todo, se não é botar combustível fora, a faixa de operação otimizada é alta, isso aí é pau na máquina direto. O máximo que poderíamos tolerar é um arranjo assimétrico com dois pares de turbina de tamanho diferente, mas isso aí são 4 GE LM2500, gargantões de mais de 25 MW cada, é querer usar um Fórmula 1 para ir comprar pão na padaria, não vai rolar.

Não tem como, isso aí vai ficar ancorado no porto se vier.

Eu coloquei informações de uma tabela fornecida pelo Congressional Budget Office.
Ou seja, é uma informação oficial.

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Está explicito o valor gasto com COMBUSTÍVEL que é de U$ 331 mi pelo período de 35 anos.

Em 1 ANO o gasto com combustível é de U$ 9,45 mi ou U$ 787 mil por mês.

Todos sabemos que não é barato.

Mas também todos nós sabemos que o RITMO de operações da US NAVY é muito maior que o ritmo de operações da MB.

Os Arleigh Burke na US Navy navegam por todo o mundo. Estão quase sempre em alta velocidade, acompanhando forças tarefas nucleadas em navios aeródromos.

Se você navegar em MENOR VELOCIDADE você vai gastar MENOS combustível.
Se você participar de MENOS EXERCÍCIOS você vai gastar MENOS combustível.
Se você operar com o navio a maior parte do ano próximo à nossa costa, em vez de dar voltas e voltas ao redor do mundo, você também vai gastar MENOS combustível.

Portanto, não é nenhum absurdo supor que nosso gasto seria MENOR do que o gasto da US Navy.

Como exemplo para COMPARAÇÃO, temos os dados de consumo da FRAGATA OHP.
U$ 4,16 mi POR ANO.

Realmente, os destroyers gastam um pouco mais que o dobro.

Mas estamos falando em substituir 8/9 Fragatas por apenas 4 Destroyers.

Para mim a conta FECHA.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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