SYRIA

[LeandroGCard]

Missão cumprida:

Vladimir Putin ordena retirada de tropas russas da Síria
Segundo Kremlin, o Exército já conseguiu realizar seu objetivo no país de Bashar al-Assad

por O Globo / Com agências internacionais, 14/03/2016

MOSCOU — O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou nesta segunda-feira o início da retirada das tropas na Síria mais de cinco meses depois do lançamento da operação militar em apoio a Bashar al-Assad. Durante uma reunião no Kremlin com as autoridades de Defesa e das Relações Exteriores, Putin afirmou que os objetivos da intervenção tinham sido cumpridos e solicitou que os esforços diplomáticos russos para mediar um acordo de paz no país sejam intensificados.

— O trabalho eficaz de nossos militares criou as condições para o início do processo de paz — disse Putin, ressaltando que a medida entrará em vigor na terça-feira. — Ordenei ao ministério da Defesa que a partir de amanhã comece a retirada da maior parte dos contingentes militares da República Árabe da Síria.

Putin, no entanto, sinalizou que Moscou vai manter uma presença militar na Síria, indicando que forças russas ficariam instaladas no porto de Tartous e na base aérea de Hmeymim. Ele também não definiu um prazo para a conclusão da retirada das tropas.

Segundo o porta-voz do Kremlin, o presidente russo ligou para Assad para informar sobre a decisão. Mas a medida já havia sido anunciada no dia em que as negociações entre as partes do conflito na Síria foram retomadas em Genebra.

As tropas russas começaram a ajudar o governo sírio a combater jihadistas do Estado Islâmico (EI) no país desde setembro do ano passado. Mas enquanto os aliados argumentavam que estavam combatendo terroristas, a comunidade internacional denunciou várias vezes os ataques a opositores de Assad, agravando ainda mais a guerra que já dura cinco anos no país.

Leandro G. Card

[wagnerm25]

A CNN tb tá anunciando isso.

O Assad vai se sustentar sem os Russos dando aquele background?

http://edition.cnn.com/2016/03/14/world ... index.html

(CNN)Russian President Vladimir Putin announced Monday that he has ordered Russian forces to begin withdrawing from Syria, saying they have achieved their goals in the country.

[mmatuso]

Saldo final: EUA e Otan foram desmoralizados pela Rússia naquela lorota de que combatiam ISIS.

Em poucos meses os comunas viraram o jogo e ainda colocaram os equipamentos que sempre foram amplamente criticados em evidência e se refirmaram como o único país fora os EUA com capacidade de intervenção global.

[Brasileiro]

Missão cumprida:

Vladimir Putin ordena retirada de tropas russas da Síria
Segundo Kremlin, o Exército já conseguiu realizar seu objetivo no país de Bashar al-Assad

por O Globo / Com agências internacionais, 14/03/2016

MOSCOU — O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou nesta segunda-feira o início da retirada das tropas na Síria mais de cinco meses depois do lançamento da operação militar em apoio a Bashar al-Assad. Durante uma reunião no Kremlin com as autoridades de Defesa e das Relações Exteriores, Putin afirmou que os objetivos da intervenção tinham sido cumpridos e solicitou que os esforços diplomáticos russos para mediar um acordo de paz no país sejam intensificados.

— O trabalho eficaz de nossos militares criou as condições para o início do processo de paz — disse Putin, ressaltando que a medida entrará em vigor na terça-feira. — Ordenei ao ministério da Defesa que a partir de amanhã comece a retirada da maior parte dos contingentes militares da República Árabe da Síria.

Putin, no entanto, sinalizou que Moscou vai manter uma presença militar na Síria, indicando que forças russas ficariam instaladas no porto de Tartous e na base aérea de Hmeymim. Ele também não definiu um prazo para a conclusão da retirada das tropas.

Segundo o porta-voz do Kremlin, o presidente russo ligou para Assad para informar sobre a decisão. Mas a medida já havia sido anunciada no dia em que as negociações entre as partes do conflito na Síria foram retomadas em Genebra.

As tropas russas começaram a ajudar o governo sírio a combater jihadistas do Estado Islâmico (EI) no país desde setembro do ano passado. Mas enquanto os aliados argumentavam que estavam combatendo terroristas, a comunidade internacional denunciou várias vezes os ataques a opositores de Assad, agravando ainda mais a guerra que já dura cinco anos no país.

Leandro G. Card

Será que é só isso? Sabemos que a campanha lançada pela Rússia não é nada barata e que a economia não anda muito bem... Já fazem algumas semanas que a Rússia diminuiu bastante os bombardeios, mesmo aqueles sobre o EI, que não está incluído no cessar-fogo.

Ainda mais que o conflito está entrando em momentos decisivos para o lado da Síria, que está empenhada em uma ofensiva sobre Palmira em direção ao leste e, mais ao norte, em direção a Raqqa, atual capital do EI. Ou então os russos estão bem convencidos da capacidade das forças sírias em avançar solidamente sobre estas regiões... Mas não estou convencido de que seja isto.


abraços

[wagnerm25]

A Turquia vai ficar com caminho livre para jogar uns traques nos Curdos.

[FOXTROT]

Nas próximas semanas saberemos se Assad pode ou não lidar com a situação?

Pelo bem do povo Sírio, espero que sim.

Saudações

[Viktor Reznov]

Mas será que vai mesmo acontecer essa retirada? Ninguem sabe quantos militares russos estão em serviço na Síria, na prática a Rússia pode simplesmente dar uma enxugada no contingente, manter ainda os caças e defesas anti-aérea no país e falar que contribuiu pro "processo de paz". Eu sinceramente espero que isso seja só manobra política do Putin.

[Bolovo]

Mas será que vai mesmo acontecer essa retirada? Ninguem sabe quantos militares russos estão em serviço na Síria, na prática a Rússia pode simplesmente dar uma enxugada no contingente, manter ainda os caças e defesas anti-aérea no país e falar que contribuiu pro "processo de paz". Eu sinceramente espero que isso seja só manobra política do Putin.

Eu acho que é por aí. Latakia, onde está o porto e a base aérea russa, já está segura, garantida. Com o cessar-fogo de 15 dias atrás, o número de bombardeios russos diminuiu drasticamente. Com as negociações de paz, foi colocado um limite nos ataques aéreos, até porque alguns dos grupos que os russos atacavam estão nesses negociações. Ou seja, não é necessário mais 100 ataques aéreos por dia, como ocorria até mês passado. O resultado disso são tropas ociosas, sem ter o que fazer lá, e agora elas voltarão para a casa. Essa é a grande "retirada" russa, uma enxugada do contingente como vc mesmo disse. Até porque os russos já falaram que continuarão em Latakia e Tartus, ou seja, continuarão lá garantindo a segurança do regime sírio.

[romeo]

Segundo o Almasdarnews,... " a Força Aérea russa não vai a lugar nenhum; na verdade, a Federação da Rússia só vai efetuar a retirada das suas forças terrestres que estavam estacionados principalmente em Latakia para proteger seus ativos aéreos. Sim, os meios aéreos russos estão permanecendo na Síria, incluindo seus sofisticados S-400 mísseis antiaéreos que foram implantados no país após a Turkish Air Defense derrubado um avião de caça russo sobre o Lataquia.
No entanto, o Hmaymim Airfields estão totalmente garantidos e Lataquia está à beira de ser sob o controle completo do Exército Árabe Sírio (SAA) e seus aliados. Assim, na realidade, os fuzileiros navais russas estacionadas na Lataquia actualmente não são mais necessários."

[knigh7]

Será que é só isso? Sabemos que a campanha lançada pela Rússia não é nada barata e que a economia não anda muito bem... Já fazem algumas semanas que a Rússia diminuiu bastante os bombardeios, mesmo aqueles sobre o EI, que não está incluído no cessar-fogo.

Ainda mais que o conflito está entrando em momentos decisivos para o lado da Síria, que está empenhada em uma ofensiva sobre Palmira em direção ao leste e, mais ao norte, em direção a Raqqa, atual capital do EI. Ou então os russos estão bem convencidos da capacidade das forças sírias em avançar solidamente sobre estas regiões... Mas não estou convencido de que seja isto.


abraços

Eu também achei que foi muito precoce. A situação ainda não confortável para o Governo Sírio a ponto de justificar essa decisão . A surpresa só não foi maior porque o Governo Russo havia anunciado uma redução no orçamento militar principlamente pela economia, que está em recessão.

[Brasileiro]

Será que é só isso? Sabemos que a campanha lançada pela Rússia não é nada barata e que a economia não anda muito bem... Já fazem algumas semanas que a Rússia diminuiu bastante os bombardeios, mesmo aqueles sobre o EI, que não está incluído no cessar-fogo.

Ainda mais que o conflito está entrando em momentos decisivos para o lado da Síria, que está empenhada em uma ofensiva sobre Palmira em direção ao leste e, mais ao norte, em direção a Raqqa, atual capital do EI. Ou então os russos estão bem convencidos da capacidade das forças sírias em avançar solidamente sobre estas regiões... Mas não estou convencido de que seja isto.


abraços

Eu também achei que foi muito precoce. A situação ainda não confortável para o Governo Sírio a ponto de justificar essa decisão . A surpresa só não foi maior porque o Governo Russo havia anunciado uma redução no orçamento militar principlamente pela economia, que está em recessão.

E me lembrei agora que, um pouco antes do cessar fogo, os russos estavam preparando a todo vapor uma nova base aérea em Shairat, que seria operada por Spetsnaz e aeronaves de ataque, para apoiar justamente esta ofensiva sobre Palmira que está acontecendo agora... Muito suspeita esta retirada russa.

[knigh7]

Sim, aquela outra base aérea. Aliás a manutenção deles fortaleceria o poder do Governo Sírio nas negociações com os rebeldes. Eles deveriam ter ficado mais.
São coisas desse tipo que me deixaram surpreso. Saíram para se prepararem para uma eventual escalada de atrito com o Governo Ucraniano, junto com a necessidade de economia com gastos com a defesa devido a recessão?

Sei lá... aquela explicação oficial não foi muito convincente. ..

[Lucas Lasota]

Saldo das Operações Russas na Síria

Transcrevo aos amigos uma curta - todavia muito interessante - análise sobre o saldo de operações russa na Síria, preparada pelo blog russo Ostraya Politika.

1. Bashar Assad continua no poder. Suas tropas, com o apoio da Aviação Russa e assistência do Irã, fora, capazes de reforçar suas posições em todos os frontes. O principal avanço das tropas governamentais consistiu-se no cerco de Aleppo, tendo em vista que é a maior cidade da Síria, parte da qual estava sob controle rebelde. Como resultado do cerco, a cidade caiu à beira de um desastre humanitário (a ONU advertiu sobre a ameaça de fome para 300 mil pessoas). Em entrevista ao El Pais, Assad disse que estava pronto para conceder anistia aos adversários que tenham deposto as armas.

2. O Ocidente teve de negociar com a Rússia. Na sequência da introdução de sanções contra a Rússia, a participação de Moscou na vida política internacional era mínima. As operações na Síria permitiram à Rússia mais uma vez desempenhar um papel importante no cenário mundial. Sem a participação russa, a solução pacífica do conflito na Síria seria impossível - apesar do fato de que os países ocidentais se posicionaram fortemente contra a intervenção militar russa. Enquanto que a condição irredutível dos Estados Unidos e seus aliados era a renúncia imediata de Bashar al-Assad como presidente da Síria, durante a campanha russa a posição do Ocidente abrandou-se significativamente: agora se fala de um período de transição, e os diplomatas não focam mais no tema da remoção imediata de Assad. A Rússia juntamente com os Estados Unidos concordaram em uma trégua, anunciada em 27 de fevereiro. As negociações sobre os termos do cessar-fogo foram assinadas pelo chanceler russo, Sergei Lavrov e o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry.

3. O chamado "Estado islâmico" foi forçado a uma posição de defesa, todavia não foi totalmente eliminado. Ao final de 2015, a organização perdeu diversos de seus territórios anteriormente conquistados na Síria. No entanto, sob controle dos terroristas continuam uma parte significativa da Síria e do Iraque. Os agentes do EI continuam a realizar operações terroristas no exterior. De qualquer forma, ainda não está claro qual é o mérito das tropas russas na luta contra EI, todavia há um papel crucial atualmente creditado à coalizão entre o Ocidente e Rússia.

4. No que tange às vítimas entre a população civil, a Rússia foi acusada repetidamente de bombardear não apenas terroristas. Funcionários e observadores dos EUA assinalaram que os aviões russos atingiram não somente os rebeldes que lutavam contra o exército de Bashar al-Assad, mas também áreas pr civis. De acordo com estimativas dos observadores da organização Observatório Sírio de Londres para os Direitos Humanos, os bombardeios russos realizados entre 30 de setembro de 2015 a 01 de março de 2016 mataram cerca de 1.700 civis. A Rússia também é acusada de ataques aéreos deliberados a hospitais. Por outro lado, o Ministério da Defesa da Rússia refuta veementemente as mortes de civis e os ataques a hospitais.

5. A Rússia entrou em um prolixo conflito com a Turquia. Sua causa principal foi o ataque turco contra bombardeiro tático russo Su-24, que, alegadamente, tinha violado a fronteira aérea do país, versão esta defendida pelas das autoridades turcas, cuja a Rússia nega. Vladimir Putin chamou o abate ao bombardeiro "golpe nas costas a favor dos terroristas". A Rússia impôs sanções alimentares contra a Turquia e aboliu o regime de isenção de vistos, bem como o o turismo organizado, congelando grandes projetos econômicos. Empresários e estudantes turcos na Rússia começaram a se queixar de assédio por parte das autoridades. Na mídia russa, a Turquia tomou o lugar da Ucrânia: foi criada na mídia de massa uma imagem de "país inimigo", que colabora com os terroristas e que se opõe à Rússia.

6. Não foi possível evitar vítimas entre os soldados russos. Cerca de um mês após o bombardeio, foi anunciada a morte de um mercenário de 19 anos, Vadim Kostenko. De acordo com a versão oficial, ele cometeu suicídio por causa do término do namoro. Todavia, a família de Kostenko se recusou a acreditar na história de seu suicídio. No dia 24 de novembro, o piloto Oleg Peshkov, do bombardeiro Su-24 abatido pelos turcos, foi morto por fogo procedente do solo, quando descia de pára-quedas. O navegador da aeronave abatida, Konstantin Murahtin, foi salvo por uma operação de resgate, na qual o fuzileiro naval Alexander Pozynich faleceu. No 03 de fevereiro, o Ministério da Defesa da Rússia relatou as mortes de conselheiros militares na Síria, durante um ataque de morteiro. De acordo com a versão oficial, os conselheiros não participaram das hostilidades, mas estavam envolvidos na formação dos militares sírios que estavam aprendendo a utilizar equipamento militar russo. O Ministério da Defesa não mencionou o nome dos falecidos.

7. Experimentação de armamento moderno. Apesar do fato de Vladimir Putin negar que um dos objetivos das operações na Síria consistiam-se também de testes para novas armas, o Ministério da Defesa aproveitou a oportunidade. Testes de armas ocorreram contra alvos na Síria foram realizados não só por aviões, mas também por navios e submarinos, entre eles o "Rostov-on-Don", que lançou mísseis de cruzeiro a partir do Mar Cáspio, a uma distância de mais de 2.500 km do alvo. Além disso, pela primeira vez, a Rússia usou mísseis de cruzeiro X-101 e outros equipamentos modernos. de acordo com a agência de notícias RBC, mesmo antes do lançamento dos X-101, a Rússia gastava com as operações na Síria pelo menos 500 mil dólares por dia. Se assumirmos que os cálculos estão corretos (a própria publicação observa que eles são aproximados), verifica-se que até 14 de março, o país gastou mais de 415 milhões de dólares.


Conclusão (minha):

Os russos chegaram com os dois pés na porta, bateram o piru na mesa, trouxeram os EUA e Europa para conversar sério e pularam fora antes que ficasse ruim de sair (ao melhor estilo VLW FLW).

[Marechal-do-ar]

Sem a participação russa, a solução pacífica do conflito na Síria seria impossível

É uma estranha definição de "solução pacífica"...

[Algus]

Sem a participação russa, a solução pacífica do conflito na Síria seria impossível

É uma estranha definição de "solução pacífica"...

Acho que ele falou isso considerando o rumo que estava sendo tomado.