Marechal-do-ar escreveu:Kirk, concordo 100% com o argumento dos custos, mas é um argumento que você raramente usa, geralmente você insiste nas bravatas do Gripen todo poderoso.
E voltando a pergunta anterior, por que o custo de desenvolvimento do Gripen foi bem menor do que Eurofighter, Rafale e F-22? Porque não eram a mesma coisa! É como a comparação Ferrari e Marussia, uma é uma equipe de formula 1 lutando pelo titulo e a outra uma equipe lutando para ficar no grid. O Gripen foi um projeto bem menos ambicioso que os outros 3, usou ao máximo possível componentes já prontos ou, no máximo, evolução do que já existia, enquanto os outros tiveram quase todos seus componentes desenvolvidos em seu projeto, por exemplo, os 3 grandões tiveram motores desenvolvidos para eles, o custo de desenvolvimento do motor foi adicionado ao custo do projeto, o Gripen usou o motor do Hornet, o PIRATE foi desenvolvido para o Eurofighter, o IRST do Gripen é baseado no PIRATE, etc.
E, supondo que os outros seguissem o exemplo da SAAB e só usassem componentes prontos, ai não existiria Gripen! Porque ninguém desenvolveria motor, nem IRST e nem porra nenhuma.
Concordo parcialmente !
Entendo que é mais uma questão de filosofia de cada empresa/país ... entendo que a Saab faz questão de desenvolver o que atribui como prioridade, acabamos de ler sobre o GaN aplicado em componentes do Gripen E/F, isso é tecnologia de ponta.
Mas sobretudo a filosofia é trabalhar com parcerias de risco, o RM-12 por exemplo é exclusivamente para o Gripen, apesar de ser uma evolução do F404 teve personalizações para operar monomotor ... o GE F-414 do SH também sofreu modificações para operar monomotor, assim, não creio que seja uma prioridade da Saab o desenvolvimento do zero considerando que há empresas especializadas para isso ... porque ao meu ver o custo/benefício seria desfavorável.
É mais uma questão comercial e de mitigação de riscos e custos, por exemplo, o Selex Raven, é uma operação conjunta, o PS05 não está e nem estará disponível no mercado é específico para o Gripen E/F, a Saab entende que seja o que há de melhor em termos de radar, porém ela mesma desenvolveu seu próprio AESA que disponibilizará para os usuários do C/D e ofertou para o K-X da Coreia do Sul.
O IRST do Gripen pode ser baseado no PIRATE, mas já o superou, são as vantagens de não ter o compromisso de fazer tudo em casa, procurar o que tem de melhor no mercado e aplicar em seus produtos ... a Embraer também faz isso.
Já a filosofia francesa é de fazer tudo que seja possível em "casa" e isso tem duas implicações 1ª no custo a 2ª é que nem sempre terá o que há de melhor no mundo.
Assim não posso concordar com a analogia da Ferrari com a Marussia, nem o Gripen está sendo desenvolvido para ser coadjuvante entre os caças de 4ªG, assim como o A-29 ST foi desenvolvido para ser análogo ao Marussia ... mas para ser TOP de sua categoria e o são.